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@ste.vett Raiva Agente: vírus lyssavirus – doença viral caracterizada por encefalite aguda e progressiva com elevada letalidade Depois que passa o período de encubação começa a fase aguda. Vírus tem forma de projetil – o ácido nucleico tem formato de espiral Características: Ácido nucleico composto por RNA – não tem taxa de mutação elevada, mas mesmo assim tem variantes antigenicas. Vírus envelopado – tem uma camada lipídica que deixa o vírus menos resistente e + sensível a condições ambientais (raios solares, temperaturas) e desinfetantes (álcool, éter, acetona, detergentes) Desinfetantes usados: hipoclorito de sódio 2%, formol 10%, formoldeidos 1-2%, formalina 0,9% (usado para necropsias) As variantes são usadas para rastrear as infecções - Tem espiculas chamadas de proteínas G (é uma glicoproteina) – a vacinação atinge a proteína G, ela quem é o alvo para neutralizar o agente A proteína G é responsável pela adsorção do agente (interação do vírus com os receptores da membrana das células) durante a primeira etapa da infecção A vacinação tem anticorpos que neutralizam a proteína G – são vacinas inativadas TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA: Hospedeiros: mamíferos – cão e gato, morcegos (frugívoro, polinizarmos e insetivoro) Agente: lyssavirus Ambiente: urbano Variação antigênica Variação Reservatórios 1 Cão 2 Cão – isolada humanos e silvestres terrestres 3 Morcego hematófago (isolada morcegos/humanos e silvestres/cães/gatos/animais de produção) 4 Morcego não hematófago (isolada cães e gatos) 5 Morcego hematófago (Venezuela) 6 Morcego não hematófago (isolado morcegos insetívoros/cães/gatos) Perfil Primatas - sagui Vias de eliminação: saliva é a principal Via de transmissão: mordidas, arranhadura ou lambedura Porta de entrada: mucosa e solução de continuidade da pele (lesões) Período de incubação: variável Em humanos é em torno de 60 dias @ste.vett Em cães e gatos é em torno de 60 dias podendo se estender ate 6 meses O vírus e inoculado na lesão -> replica nas células musculares -> invasão da JNM -> migra pelos nervos periféricos até adentrar no SNC -> multiplicação -> inflamação -> encefalite progressiva grave e fatal com alteração de comportamento Acomete olho, córnea, glândula salivar e pele Mordidas no tronco ou rosto estão mais perto do cérebro, tendo um período de incubação menor Período de incubação: de 2 meses (60 dias) até 180 dias em cães e gatos Excreção do vírus: 2 a 5 dias anteriores a manifestação clínica Morte: cerca de 7 dias após as manifestações clinicas CLINICA DA DOENÇA EM HUMANOS FASE PRODROMICA: mudança de comportamento, isolamento, permanecem em locais escuros, agitação RAIVA FURIOSA: transmitida entre cães pela variante 1 e 2 – tem sinais furiosos, de agressividade Agressividade (tendência a morder objetos, a si mesmo, tutor e animais) Irritação Salivação abundante Latido rouco RAIVA PARALÍTICA: paralisia de tronco e membros Fase neurológica: convulsão, incoordenação motora Paralisia PROFILAXIA Diferente para cada padrão: contato direto, acidente leve ou acidente grave Contato direto: Manipulação de utensílios que poderiam ter sido contaminados Lambedura em pele íntegra Acidente com agulhas durante vacina de animal Acidente leve: Ferimento superficial, pouco extenso e geralmente úmidos (tronco e membros, exceto mão) causado por mordedura ou arranhaduras. Lambedura de pele com lesão superficial O que fazer? - Cão ou gato sem suspeita - Lavar com água e sabão, observar o animal por 10 dias pós acidente- se o animal morrer, desaparecer o se tornar raivoso administrar 4 doses de vacina nos dias 0, 3, 7 e 14. - Cão ou gato clinicamente suspeito - Lavar com água e sabão, iniciar esquema profilático com 2 doses de vacina nos dias 0 e 3, observar o animal por 10 dias pós acidente - se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso completar com 4 doses de vacina nos dias 7 e 14º dia IM ou nos dias 0, 3, 7 e 28 por ID - Cão ou gato raivoso desaparecido ou morto: - Lavar com água e sabão, esquema profilático com 4 doses, nos dias 0, 3, 7 e 14 por IM ou no dia nos dias 0, 3, 7 e 28 por ID @ste.vett Resumindo... Se em 10 dias o animal não apresentar manifestação, quer dizer que ele não estava excretando raiva Se o animal morrer ou sumir: 4 doses de vacina nos dias 7 e 14º dia IM ou nos dias 0, 3, 7 e 28º por ID Acidente grave: Ferimentos em cabeça, face, pescoço, mãos ou planta do pé. Ferimentos profundos, múltiplos e extensos em qualquer região do corpo Lambedura de mucosas ou de pele já com lesão grave - Realizar a vacina imediatamente após o acidente e administração de soro Diagnóstico pós mortem Amostra: encéfalo inteiro ou fragmentos de tecido cerebral de córtex, cerebelo, hipocampo, tronco encefálico e medula OU cabeça do animal suspeito ou cadáver NÃO COLOCAR NO ÁLCOOL OU FORMOL – ate 24h refrigera, após isso se congela * Não se coloca no álcool ou formol pois o vírus e sensível a esses componentes, sendo assim, não será possível fazer o diagnóstico Imunofluorescencia direta Prova biológica PCR – animais e humanos faz PCR com saliva Detecção de anticorpo específicos – soroneutralização – usado para detectar anticorpos e detectar nível protetor CONTROLE Animais: Vacinação Eliminação de fonte de infecção Isolamento e observação de animais suspeitos ou agressores – por 10 dias Bloqueio de foco - Até 72h do inicio – abrange uns 5km - Visita em casa - Vacinação - Captura de animais abandonados - Intensificar coleta de amostra e diagnostico - Educação em saúde Controle populacional Vigilância epidemiológica – notificação de casos e coleta e envio de material para exames laboratoriais
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