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FITOTERAPIA INTERAÇÃO COM NUTRIENTES

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FARMACOLOGIA
APLICADA A
NUTRIÇÃO E
INTERPRETAÇÃO
DE EXAMES
LABORATORIAIS
Letícia Hoerbe
Andrighetti
Lucimar Filot da 
Silva Brum
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
A573f Andrighetti, Letícia Hoerbe.
 Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de 
 exames laboratoriais / Letícia Hoerbe Andrighetti, Lucimar 
 Filot da Silva Brum. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 347 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-058-0
 1. Farmacologia. 2. Nutrição. 3. Exames laboratoriais – 
 Interpretação. I. Brum, Lucimar Filot da Silva. II. Título.
CDU 615:613.2
Fitoterapia e interações 
com nutrientes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Conhecer o histórico da fitoterapia no Brasil e as atribuições do pro-
fissional nutricionista na prática da fitoterapia.
 � Correlacionar os mecanismos farmacocinéticos e farmacodinâmi-
cos envolvidos em interações entre fitoterápicos e nutrientes e/ou
medicamentos.
 � Identificar interações envolvendo fitoterápicos e nutrientes e/ou me-
dicamentos com maior relevância clínica.
Introdução
Cada vez maior é o número de indivíduos que fazem uso de fitoterápicos, 
plantas medicinais e suplementos dietéticos ao mesmo tempo em que 
fazem uso de medicamentos. Porém, apesar de naturais, os fitoterápicos 
não estão isentos de efeitos colaterais ou de interações com medicamen-
tos e/ou alimentos ou suplementos dietéticos. 
Neste capítulo, você vai conhecer um breve histórico da fitoterapia no 
Brasil e as atribuições do profissional nutricionista na prática da fitoterapia. 
Vai entender, também, os mecanismos farmacocinéticos e farmacodi-
nâmicos envolvidos em interações entre fitoterápicos e nutrientes e/
ou medicamentos e, finalmente, descrever as interações envolvendo 
fitoterápicos com maior relevância clínica.
Interações fitoterápicos-nutrientes/
medicamentos
Você sabia que a incidência de interações entre fitoterápicos e suplementos 
alimentares com medicamentos convencionais ainda não é completamente 
conhecida? Além disso, ainda não existe um manual ou órgão que forneça as 
informações confiáveis. A falta de evidências de interações entre fitoterápicos 
e medicamentos, ou fitoterápicos e nutrientes, pode ser resultante de insu-
ficiência no número de notificações de interações, pois, em muitas situações, 
os profissionais de saúde não sabem que o paciente está consumindo fitoterá-
picos, plantas medicinais ou suplementos dietéticos ao mesmo tempo em que 
toma medicamentos. Em algumas situações, a equipe de saúde não associa o 
agravamento do quadro clínico do paciente, seja por ineficácia terapêutica ou 
surgimento de efeitos colaterais, à interação entre medicamentos e fitoterápicos. 
Mesmo em situações nas quais é comprovada a interação dos fitoterápicos com 
medicamentos ou alimentos, a importância clínica de alguns casos relatados não 
pode ser avaliada com precisão devido à variação na natureza própria da planta e 
dos produtos produzidos a partir dela. Portanto, o profissional da saúde deve avaliar 
com muito cuidado todas as informações antes de fazer as orientações aos pacientes 
quanto à segurança (ou não) de combinações de fitoterápicos ou outros suplementos 
dietéticos com medicamentos convencionais.
Confira na Tabela 1 as indicações de uso, os efeitos colaterais e as pre-
cauções e contraindicações de alguns fitoterápicos utilizados com maior 
frequência. 
Hoje, não contamos com muitas informações específicas abordando a 
interação entre fitoterápicos e nutrientes, porém, não há dúvidas de que a 
utilização de fitoterápicos e produtos nutricionais concomitantemente com 
medicamentos convencionais é uma importante questão de saúde pública. 
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais328
Tabela 1. Indicações de uso, efeitos colaterais e precauções e contraindicações de alguns 
fitoterápicos mais comumente utilizados.
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Alho � Propriedades 
antibióticas
 � Pequena 
redução no 
colesterol 
sanguíneo ou 
na pressão 
arterial 
mostrou-se 
eficaz em 
alguns 
estudos, mas 
não em todos
 � Desconforto 
do trato GI 
(p. ex., azia, 
flatulência)
 � Odor 
desagradável
 � Pacientes pré ou 
pós-cirúrgicos
 � Mulheres em 
período perinatal
 � Pessoas com uma 
história de cálculo 
biliar
 � Pessoas que usam 
medicamentos 
anticoagulantes ou 
para tratar a aids
Equinácea � Estimulação 
do sistema 
imune
 � Prevenção ou 
tratamento 
de resfriados 
ou outras 
infecções (no 
máximo um 
efeito leve)
 � Náusea
 � Irritação 
cutânea
 � Reações 
alérgicas
 � Leve 
desconforto 
do trato GI
 � Aumento da 
micção
 � Qualquer pessoa 
com uma doença 
autoimune
 � Pacientes pré ou 
pós cirúrgicos
 � Pessoas com 
alergias a 
margaridas
Erva de 
São João 
(jipérico)
 � Alívio da 
depressão (no 
máximo um 
efeito leve)
 � Desconforto 
leve do trato 
GI
 � Eritemas 
cutâneos
 � Cansaço
 � Inquietação
 � Aumento da 
sensibilidade 
ao sol
 � Qualquer pessoa 
que esteja usando 
um medicamento 
prescrito
 � Pessoas com 
sensibilidade UV, 
incluindo a induzida 
por medicamentos 
ou outros 
tratamentos** 
(Continua)
Fitoterapia e interações com nutrientes 329
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 � Pessoas com 
transtorno bipolar
 � Qualquer pessoa 
em recuparação 
de enxerto ou 
transplante de 
órgão
 � Qualquer 
pessoa que usa 
ritalina, cafeína, 
medicamentos anti-
HIV, medicamentos 
para insuficiência 
cardíaca, 
hipocolesterêmicos, 
medicamentos para 
afinar o sangue, 
quimioterapia, 
contraceptivos orais, 
antidepressivos, 
antipsicóticos ou 
para tratar a asma
Ginko 
biloba
 � Aumenta a 
circulação
 � Melhora a 
memória 
(especialmente 
para pessoas 
com doença
 � Cefaleia leve
 � Desconforto 
no trato GI
 � Irritabilidade
 � Diminuição da 
coagulação 
sanguínea
 � Pessoas com 
distúrbios de 
sangramento
 � Pacientes pré ou 
pós cirúrgicos
 � Pessoas com alergia 
à planta
(Continuação)
Tabela 1. Indicações de uso, efeitos colaterais e precauções e contraindicações de alguns 
fitoterápicos mais comumente utilizados.
(Continua)
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais330330
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� de Alzheimer, 
pouca 
evidência de 
eficácia)
 � Convulsões (se 
contaminado 
com sementes 
tóxicas de 
ginko)
 � Uso concomitante 
com matricária, 
alho, ginseng, 
dong quai ou trevo 
vermelho
 � Pessoas que usam 
medicamentos 
para diabete, 
anticoagulantes, 
suplementos 
de vitamina E, 
antidepressivos ou 
diuréticos
Ginseng � Mais energia
 � Alívio do 
estresse
 � Menos 
fraqueza e 
fadiga (eficácia 
amplamente 
desconhecida)
 � Hipertensão
 � Crises de asma
 � Batimentos 
cardíacos 
irregulares
 � Insônia
 � Cefaleia
 � Nervosismo
 � Desconforto 
no trato GI
 � Redução da 
coagulação 
sanguínea
 � Irregularidades 
menstruais e 
sensibilidade 
mamária
 � Qualquer 
pessoa que usa 
medicamento 
prescrito deverá 
consultar um 
médico antes de 
usar
 � Mulheres em terapia 
hormonal 
 � Mulheres que 
tiveram doença de 
mama
 � Qualquer pessoa 
com uma doença 
crônica do trato GI
 � Qualquer pessoa 
com hipertensão 
descontrolada
(Continuação)
Tabela 1. Indicações de uso, efeitos colaterais e precauções e contraindicações de alguns 
fitoterápicos mais comumente utilizados.
(Continua)
Fitoterapia e interações com nutrientes 331
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 � Qualquer 
pessoa que usa 
medicamento 
anticoagulante, 
diabetes, depressão 
ou insuficiência 
cardíacaValeriana � Alívio da 
inquietação 
e outros 
transtornos 
do sono 
provenientes 
de condições 
nervosas
Redução da an-
siedade (alguma 
evidência de 
eficácia)
 � Prejuízo da 
atenção
 � Cefaleia
 � Tontura 
matinal
 � Batimentos 
cardíacos 
irregulares
 � Desconforto 
do trato GI
 � Odor 
desagradável
 � Delírio por 
abstinência
 � Qualquer pessoa 
que esteja usando 
depressores do 
sistema nervoso 
central***
 � Qualquer pessoa 
que consuma álcool
 � Pessoas que 
irão operar 
equipamentos 
pesados ou dirigir
(Continuação)
Tabela 1. Indicações de uso, efeitos colaterais e precauções e contraindicações de alguns 
fitoterápicos mais comumente utilizados.
Fonte: Adaptada de Wardlaw e Smith (2013, p. 663-664).
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais332
Fitoterapia no Brasil e a prática da 
fitoterapia pelo nutricionista
O uso de fitoterápicos e suplementos alimentares está aumentando muito em 
várias partes do mundo, sobretudo na Europa, nos Estados Unidos e na Austrália 
como parte da popularidade da medicina alternativa e complementar. Nos 
Estados Unidos, esses produtos não têm sua eficácia ou segurança avaliadas 
pela Food and Drug Adminstration (FDA), pois se encaixam na regulação da 
Dietary Supplement Health and Education Act, publicada em 1994. No Brasil 
a população de usuários de fitoterápicos também é muito grande. O uso de 
fitoterápicos é estimulado e implementado no SUS.
O Brasil é o país que detém a maior parcela da biodiversidade, em torno 
de 15 a 20% do total mundial, com destaque para as plantas superiores, cuja 
parcela se aproxima de 24% da biodiversidade. Entre os elementos que com-
põem a biodiversidade, as plantas são a matéria-prima para a fabricação de 
fitoterápicos e outros medicamentos. Além de seu uso como substrato para 
a fabricação de medicamentos, as plantas são também utilizadas em práticas 
populares e tradicionais, como remédios caseiros e comunitários, processo 
conhecido como medicina tradicional. Além desse acervo genético, o Brasil 
é detentor de rica diversidade cultural e étnica que resultou em um acúmulo 
considerável de conhecimentos e tecnologias tradicionais, passados de geração 
a geração, entre os quais se destaca o vasto acervo de conhecimentos sobre 
manejo e uso de plantas medicinais.
No intuito de estabelecer as diretrizes para a atuação do governo na área 
de plantas medicinais e fitoterápicos, o governo federal aprovou a Política 
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, por meio do Decreto nº 
5.813, de 22 de junho de 2006. Esse documento é parte essencial das políticas 
públicas de saúde, meio ambiente, desenvolvimento econômico e social como 
um dos elementos fundamentais de transversalidade na implementação de ações 
capazes de promover melhorias na qualidade de vida da população brasileira.
As ações decorrentes dessa política, manifestadas em um programa, são 
imprescindíveis para a melhoria do acesso da população a plantas medicinais 
e fitoterápicos, à inclusão social e regional, ao desenvolvimento industrial e 
tecnológico, à promoção da segurança alimentar e nutricional, além do uso 
sustentável da biodiversidade brasileira e da valorização e preservação do 
conhecimento tradicional associado das comunidades e povos tradicionais. 
A Portaria Interministerial nº 2960, de 9 de dezembro de 2008, aprova o 
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos que definiu como 
Fitoterapia e interações com nutrientes 333
princípios orientadores a ampliação das opções terapêuticas e melhoria da 
atenção à saúde aos usuários do SUS.
Em 1996, a 10ª Conferência Nacional de Saúde recomendou a incorporação, 
no SUS, das práticas de saúde como fitoterapia, acupuntura e homeopatia, 
contemplando as terapias alternativas e práticas populares. Recomendou, 
também, que o gestor federal da Saúde incentivasse a fitoterapia na assistência 
farmacêutica pública, com ampla participação popular para a elaboração das 
normas para sua utilização.
Por sua vez, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complemen-
tares no SUS, pactuada na Comissão Intergestores Tripartite, aprovada pelo 
Conselho Nacional de Saúde no ano de 2005 e publicada por meio de Portaria 
GM nº 971, de 03 de maio de 2006, propõe a inclusão das plantas medicinais e 
fitoterapia, homeopatia, medicina tradicional chinesa/acupuntura e termalismo 
social/crenoterapia como opções terapêuticas no sistema público de saúde 
(BRASIL, 2006). Essa política traz como diretrizes para plantas medicinais 
e fitoterapia a elaboração da Relação Nacional de Plantas Medicinais e de 
Fitoterápicos e o provimento do acesso a plantas medicinais e fitoterápicos 
aos usuários do SUS.
Em novembro de 2011, a Anvisa, por meio da Farmacopeia Brasileira, 
lançou o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira (Resolução 
RDC nº 60 de 10 de novembro de 2011), voltado principalmente às práticas de 
manipulação e dispensação de fitoterápicos (BRASIL, 2011). Em 2014, com 
a publicação pela Anvisa da Resolução RDC nº 26 de 13 de maio de 2014, 
foi criada a classe de Produto Tradicional Fitoterápico, tendo como base para 
sua notificação o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 
(BRASIL, 2014). 
Em 2016, foi publicado o Memento de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, um docu-
mento para consulta rápida que visa a orientar a prescrição de plantas medicinais e 
fitoterápicos. Para isso, as monografias apresentadas têm um conteúdo baseado em 
evidências científicas que auxiliam na conduta terapêutica do profissional prescritor. 
Para acessar, visite o site: https://goo.gl/gtushU.
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais334
https://goo.gl/gtushU.
Com relação ao papel do nutricionista na prática da fitoterapia, o artigo 
6º da Resolução CFN n° 556, de 11 de abril de 2015, traz o seguinte texto: 
Regulamenta a prática da Fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe 
competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas 
medicinais e chás medicinais, medicamentos fitoterápicos, produtos 
tradicionais fitoterápicos e preparações magistrais de fitoterápicos como 
complemento da prescrição dietética e dá outras providências. (BRASIL, 
2015). 
Entre as inúmeras atribuições descritas na Resolução 556/2015, cabe tam-
bém ao nutricionista 
[...] reconhecer e adotar condutas que permitam minimizar os riscos 
sanitários e a toxicidade potencial da fitoterapia e potencializem os efeitos 
terapêuticos dessa prática, considerando as interações entre os fitoterá-
picos e entre estes e os alimentos e os medicamentos. Recomendamos 
que acessem o site do Ministério da Saúde e site do Conselho Federal de 
Nutricionistas para a obtenção de maiores informações sobre a Política 
nacional de plantas medicinais e fitoterápicos; Fitoterapia no SUS e atri-
buições do nutricionista na prática da fitoterapia. (BRASIL, 2015).
Interações envolvendo fitoterápicos
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), plantas medicinais são todas as 
plantas silvestres ou cultivadas, utilizadas como recurso para prevenir, aliviar, 
curar ou modificar um processo fisiológico normal ou patológico, ou utilizado 
como fonte de fármacos e de seus precursores. Fitoterápicos são produtos 
medicinais acabados e etiquetados, cujos componentes ativos são formados 
por partes aéreas ou subterrâneas de plantas, ou outro material vegetal, ou 
combinações destes, em estado bruto ou em formas de preparações vegetais.
De acordo com a Anvisa, 
[...] fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. 
Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga 
vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros). Não é objeto 
de registro como medicamento fitoterápico, planta medicinal ou suas 
Fitoterapia e interações com nutrientes 335
partes, após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo ser 
íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. (BRASIL, 2016).
Os fitoterápicos,assim como todos os medicamentos, devem oferecer garantia de 
qualidade, ter efeitos terapêuticos comprovados, composição padronizada e segurança 
de uso para a população.
Determinados grupos de pacientes apresentam maior predisposição no uso 
de fitoterápicos e suplementos alimentares, incluindo os pacientes oncológicos 
(p. ex., uso de sementes de linhaça, chá-verde e vitaminas C e E), idosos 
(hypericum, ginseng) e indivíduos com obesidade (p. ex., efedra, cafeína). 
Uma interação ocorre quando o efeito de um fármaco é alterado pela 
presença de outra substância, incluindo aquelas contidas em medicamentos 
fitoterápicos e alimentos. Existem interações medicamentosas benéficas ou 
desejáveis, cujos objetivos são tratar doenças concomitantes, reduzir efeitos 
adversos, prolongar a duração do efeito, impedir ou retardar o surgimento 
de resistência bacteriana, aumentar a adesão ao tratamento, incrementar 
a eficácia ou permitir a redução de dose. As consequências das interações 
podem se expressar em ineficácia terapêutica ou toxicidade dos fármacos, e, 
em casos de interações envolvendo nutrientes, pode ocorrer diminuição de 
absorção e biodisponibilidade dos nutrientes. Um exemplo da diminuição na 
eficácia de medicamentos pode ser observado na interação entre hypericum 
(hipérico, erva-de-são-joão) e ciclosporina (imunossupressor) – o hipérico 
causa redução dos níveis plasmáticos de ciclosporina, podendo resultar em 
rejeição de transplantes.
Fatores genéticos, idade, condições gerais de saúde, funções renal e hepática, consumo 
de álcool, tabagismo, dieta e fatores ambientais influenciam a suscetibilidade para 
interações medicamentosas.
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais336
Mecanismo de interação 
Você sabia que os mecanismos de interações medicamentosas são inúmeros? 
Por exemplo, as incompatibilidades físico-químicas, as interações farmacoci-
néticas (absorção, distribuição, metabolização e excreção) e as farmacodinâ-
micas. Em algumas situações, a interação não é desencadeada por apenas um 
mecanismo, mas pela combinação de diferentes mecanismos. Neste capítulo, 
você vai conhecer os mecanismos de interações que apresentam mais dados 
científicos envolvendo os fitoterápicos. São eles: 
 � Interações farmacocinéticas – afetam o processo pelo qual o fármaco é 
absorvido, distribuído, metabolizado e excretado. Embora todos esses 
mecanismos sejam incontestavelmente relevantes para as interações 
com medicamentos fitoterápicos, dados da literatura ressaltam que 
interações envolvendo fitoterápicos estão relacionadas a: 
 ■ interferências na ação das enzimas microssomais hepáticas (cito-
cromo P450), podendo gerar indução ou inibição enzimática; 
 ■ interferências nas proteínas de transporte de fármacos. 
 � Interações farmacodinâmicas – o efeito de um fármaco é alterado 
pela presença de outro fármaco no sítio de ação. As interações podem 
ocorrer em função da competição direta pelo receptor ou pela interação 
indireta, envolvendo a interferência com mecanismos fisiológicos. As 
interações farmacodinâmicas podem ser divididas em: 
 ■ sinérgica: se dois fármacos apresentam o mesmo efeito farmacológico 
e são administrados simultaneamente, seu efeito pode ser potenciali-
zado. Por exemplo, o álcool deprime o sistema nervoso centra (SNC) 
e, se ingerido de forma moderada com doses terapêuticas normais 
de medicamentos fitoterápicos (p. ex., valeriana), a sonolência pode 
aumentar. Também podemos citar exemplos de eventos hemorrági-
cos envolvendo o uso de fármacos anticoagulantes e fitoterápicos 
com efeito anticoagulante em potencial, tais como alfafa, angélica, 
semente de anis, arnica, aipo, boldo, camomila, castanha-da-índia, 
dente-de-leão, gengibre, gingko biloba, salsa, tamarindo, salgueiro, 
rábano, urtiga, álamo e sálvia;
 � antagônicas: quando dois fármacos, ou fármaco e nutriente, apresentam 
atividades contrárias um do outro. Por exemplo, a vitamina K (que tem 
efeito na coagulação sanguínea) proveniente de alimentos e/ou dieta 
enteral pode interferir no efeito anticoagulantes das cumarinas (como 
warfarina). Quanto aos alimentos ricos em vitamina K, o grupo dos 
Fitoterapia e interações com nutrientes 337
vegetais folhosos verde-escuros contém a maior concentração – espi-
nafre, brócolis e alguns tipos de alface.
Exemplos de interações envolvendo 
fitoterápicos 
Existem inúmeros fitoterápicos sendo usados por indivíduos que fazem uso de 
medicamentos e suplementos dietéticos. Em muitas situações, o paciente está 
apresentando uma alteração na resposta farmacológica ou no estado nutricional, 
que pode ser resultado de interações entre os fitoterápicos e alimentos/nutrientes 
ou medicamentos. Porém, na maioria dos casos, tais utilizações simultâneas 
não são detectadas pelo profissional da saúde. Portanto, é muito importante 
que, ao indicar ou prescrever um fitoterápico, o prescritor tenha conhecimento 
de eventuais interações que podem advir em decorrência da interferência na 
farmacocinética e/ou farmacodinâmica do fármaco e/ou alimento/nutriente. 
A seguir, você vai ler sobre interações ou potenciais interações entre os 
fitoterápicos utilizados com maior frequência. Como referencial bibliográfico 
básico, foi utilizado o Memento de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 
e outros documentos e sites.
Você encontra o Memento de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira no site https://
goo.gl/50n708
Alcachofra (Cynara scolymus L.)
A alcachofra tem sido utilizada por suas ações colerética e colagoga (pro-
movendo o aumento da secreção biliar), depurativa do sangue, digestiva, 
diurética e laxante. É auxiliar na prevenção da aterosclerose e coadjuvante 
no tratamento de dislipidemia mista leve a moderada, sendo auxiliar também 
nos sintomas da síndrome do intestino irritável.
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais338
http://goo.gl/50n708
Precauções e contraindicações 
A alcachofra é contraindicada para pacientes com obstrução do ducto biliar, 
grávidas ou em lactação. O uso concomitante com diuréticos em casos de 
hipertensão arterial ou cardiopatia deve ser realizado sob estrita supervisão 
médica, pois há possibilidade de ocorrer descompensação da pressão arterial, 
ou, se a eliminação de potássio for considerável, pode ocorrer potencialização 
de fármacos cardiotônicos.
Interações medicamentosas 
Há relatos de interação farmacodinâmica entre alcachofra e diuréticos, com 
potencialização do efeito diurético e consequente queda abrupta de pressão 
arterial, além do aumento na excreção de potássio, causando hipocalemia. As 
interações mais graves podem ser verificadas com diuréticos de alça (furose-
mida) e tiazídicos (clortalidona, hidroclorotiazida, indapamida).
Alho (Allium sativum L.) 
O alho é indicado como coadjuvante no tratamento de bronquite crônica e asma, 
como expectorante e como preventivo de alterações vasculares. É coadjuvante 
no tratamento de hiperlipidemia, hipertensão arterial leve a moderada, sintomas 
de gripes e resfriados e auxiliar na prevenção da aterosclerose. 
Precauções e contraindicações
O alho não deve ser usado em casos de hemorragia e tratamento com anticoa-
gulantes e anti-hipertensivos. Seu uso deve ser suspenso duas semanas antes de 
intervenções cirúrgicas. Não pode ser administrado em pessoas com gastrite, 
úlcera gastroduodenal, hipotensão arterial e hipoglicemia. Pode potencializar 
os efeitos antitrombóticos de fármacos anti-inflamatórios.
Interações medicamentosas 
Foi descrita interação potencial entre Allium sativum e warfarina. Pacientes que 
utilizam anticoagulantes orais, como a warfarina, podem apresentar aumento 
do tempo de sangramento quando forem administrados medicamentos contendo 
alho – efeito semelhante será observado no uso dos antiplaquetários. O alho não 
pode ser utilizado em associação com anticoagulantes orais, heparina, agentes 
Fitoterapia e interações com nutrientes 339
trombolíticos, antiagregantes plaquetário(p. ex., AAS) e anti-inflamatórios 
não –esteroides (AINEs), pois há aumento do risco de hemorragias. É preciso 
ter cuidado também com o uso do alho em pacientes com diabetes, pois o alho 
pode intensificar o efeito de fármacos hipoglicemiantes (insulina e glipizida), 
causando hipoglicemia grave. 
Erva de São João, Hipérico (Hypericum perforatum L.)
Indicado para o tratamento dos estados depressivos leves a moderados. 
Precauções e contraindicações
O paciente deve evitar a exposição ao sol ou aos raios ultravioletas quando 
usar esse fitoterápico, principalmente sem proteção, devido ao efeito fotos-
sensibilizante de H. perforatum. Pacientes com quadro de depressão grave 
não devem ser usuários. Esse fitoterápico é contraindicado para crianças 
com menos de 6 anos. Não há dados disponíveis sobre o uso de erva-de-são-
-joão na gravidez e na lactação, mas há relatos de que o extrato pode inibir 
a secreção de prolactina, portanto, não se recomenda seu uso em mulheres 
grávidas e lactantes.
Interações medicamentosas
Embora não haja relato de interação entre o hipérico e alimentos (queijos 
envelhecidos, fígado de galinha, creme azedo e vinho tinto) ou plantas que 
contenham tiramina, esta interação deve ser considerada. Os ácidos tânicos 
presentes no hipérico podem inibir a absorção de ferro. A possível interação 
medicamentosa entre o hipérico e os contraceptivos orais pode resultar em 
sangramentos e até em gravidez indesejada. 
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais340
A administração de hipérico com lansoprazol, omeprazol, piroxicam e sulfonamida 
pode aumentar a fotossensibilidade. O hipérico potencializa o efeito de inibidores da 
monoaminoxidase, aumentando a pressão sanguínea. Quando administrada com 
fármacos, como ciclosporina (para evitar a rejeição em transplantes) e indinavir (para 
tratamento de aids), os níveis sanguíneos desses fármacos podem ser reduzidos, 
gerando consequências graves. Outros fármacos que podem apresentar redução 
nos níveis sanguíneos e comprometimento da ação se usados conjuntamente com 
o hipérico são digoxina, teofilina e warfarina.
O hipérico interfere nas enzimas hepáticas citocromo P450 e, como con-
sequência, os níveis sanguíneos dos fármacos metabolizados pelo sistema 
microssomal hepático podem ser aumentados em pouco tempo. Isso causa 
aumento dos efeitos ou potencialização de reações adversas sérias. Exem-
plos de fármacos que podem ser afetados: omeprazol, tolbutamida, cafeína, 
carbamazepina, ciclosporina, midazolam, nifedipina, sinvastatina, teofilina, 
antidepressivos tricíclicos, warfarina, inibidores da transcriptase reversa não 
nucleosídeas, ou inibidores da protease. 
Ginkgo biloba (Ginkgo biloba L.)
Em geral, o ginkgo é indicado para o tratamento de vertigens e zumbido 
(tinidos) resultantes de distúrbios circulatórios e distúrbios circulatórios pe-
riféricos (cãibras).
Precauções e contraindicações
O uso do G. biloba deve ser suspenso pelo menos três dias antes de proce-
dimentos cirúrgicos. É contraindicado para menores de 12 anos, grávidas, 
lactantes e pacientes com histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer 
um dos componentes do fitoterápico. Pacientes com coagulopatias ou em uso 
de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários devem ser cuidadosamente 
monitorados. 
Fitoterapia e interações com nutrientes 341
Interações medicamentosas
O uso de ginkgo pode potencializar a ação do ácido acetilsalicílico (AAS) e 
do clopidogrel, de anticoagulantes como warfarina e heparina e de AINEs (p. 
ex., ibuprofeno ou naproxeno), aumentando, assim, o risco de sangramentos. 
Usuários de medicamentos contendo alho, vitamina E, warfarina, AAS e 
outros antiplaquetários ou anticoagulantes devem ser advertidos sobre os 
riscos decorrentes das possíveis interações com a planta. 
A administração do ginkgo pode diminuir a ação de anticonvulsivantes 
(fenitoína). Potencializa a ação farmacológica e os efeitos colaterais (p. ex., 
cefaleia, tremores e surtos maníacos) de antidepressivos inibidores da mo-
noaminoxidase (IMAO). Quando usado com sertralina, pode desencadear 
aumento nos batimentos cardíacos, hipertermia, sudorese intensificada, rigidez 
muscular e agitação. 
Estudos preliminares demonstram que o ginkgo afeta os níveis de insulina e 
do açúcar no sangue, o que demanda cuidados adicionais ao usuário. Também 
há relatos de interações com alimentos – doses elevadas de ginkgo podem 
elevar a pressão sanguínea quando administrado com alimentos que tenham 
tiramina (com elevados níveis de proteína ou em conservas). 
Ginseng (Panax ginseng C. A, Meyer)
Ginseng é indicado para pacientes que apresentam quadro de fadiga física 
e mental.
Precauções e contraindicações
O ginseng não é recomendado a gestantes ou mães que estejam amamentando. 
Deve haver cuidado no uso para pacientes com diabetes. O ginseng pode 
desencadear efeitos estrogênicos, e seu uso tem sido associado a relatos de 
sensibilidade de mama, falha de períodos menstruais, sangramentos vaginais 
pós-menopausa, aumento de mama em homens, dificuldade em conseguir e 
manter a ereção ou aumento da libido.
Interações medicamentosas
Estudos em humanos sugerem que o ginseng pode reduzir a ação anticoagulante 
da warfarina e aumentar o risco de sangramentos quando utilizado com AAS, 
heparina, clopidogrel e AINEs. 
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais342
O uso de ginseng com antidepressivos IMAO pode desencadear tremores, 
cefaleias e insônia. Baseado em relatos clínicos, o ginseng altera pressão 
sanguínea ou a efetividade de medicamentos cardíacos, incluindo bloquea-
dores de canais de cálcio. Teoricamente, esse fitoterápico pode interferir no 
metabolismo de fármacos metabolizados pelo sistema enzimático hepático 
P450, cuja consequência é o aumento da concentração de tais fármacos na 
corrente sanguínea, podendo causar o aumento do efeito ou da intensidade 
dos efeitos colaterais. Também há relatos de que o ginseng pode aumentar o 
efeito estimulante de café, chás, chocolate e cafeína. 
Fitoterapia e interações com nutrientes 343
1. Um caso de hemorragia intracerebral 
fatal foi relatado em uma paciente 
de 87 anos que fazia uso regular 
de gingko biloba, fato que 
ocorreu cinco semanas após ela 
ter começado a tomar 600 mg de 
ibuprofeno diariamente para dor na 
costas. Qual o provável mecanismo 
responsável pelo sangramento?
a) O ginkgo aumentou a 
absorção do ibuprofeno.
b) O gingko diminuiu a 
metabolização hepática 
do ibuprofeno.
c) O gingko diminui a excreção 
renal do ibuprofeno.
d) O gingko aumentou a 
concentração plasmática 
livre do ibuprofeno através 
da competição de ligação 
às proteínas plasmáticas.
e) O gingko, semelhante ao 
ibuprofeno, interferiu na 
agregação plaquetária.
2. Leia as afirmativas:
I. Antagonismo competitivo é 
o mecanismo envolvido na 
interação entre warfarina e 
vitamina K proveniente da dieta.
II. A vitamina K atua no processo 
de coagulação sanguínea. Ela 
é fundamental para a síntese 
hepática de proteínas envolvidas 
neste processo, como os 
fatores II (pró-trombina), VII, IX 
e X (fatores de coagulação) e as 
proteínas C, S e Z (inibidoras da 
coagulação). Porém, a warfarina 
é anticoagulante. Portanto, em 
pacientes que estejam fazendo 
uso de warfarina e ingiram 
alimentos ricos em vitamina K, 
a presença de hemorragia ou 
formação de coágulos/trombos 
vai depender da competição 
entre a concentração de 
vitamina K e concentração de 
warfarina no organismo.
Com relação ao texto, 
assinale a opção correta.
a) As asserções I e II são proposições 
verdadeiras, mas a II não é 
uma justificativa correta da I.
b) A asserção I é uma proposição 
verdadeira, e a II é falsa.
c) As asserções I e II são 
proposições falsas.
d) A asserção I é uma proposição 
falsa, e a II é verdadeira.
e) As asserções I e II são 
proposições verdadeiras, e a II 
é uma justificativa correta da I.
3. O resveratrol é um polifenol presente 
em uvas e vinhose tem sido 
usado por conta das propriedades 
antienvelhecimento. Também é 
conhecido pelas propriedades 
antioxidantes e antiplaquetárias, que 
sugerem potencial efeito benéfico 
em doenças cardiovasculares, 
incluindo aterosclerose. Baseado 
nas propriedades aqui descritas, 
com quais medicamentos e/ou 
fitoterápicos há a probabilidade de 
interação com resveratrol? 
a) Alcachofra.
b) Ácido acetilsalicílico.
c) Chá preto.
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais344
d) Propranolol.
e) Diuréticos.
4. Qual interação citada está 
relacionada a uma interação 
farmacocinética? 
a) Allium sativum e warfarina.
b) Camellia sinensis e ferro.
c) Gingko biloba e AINEs.
d) Vitamina K e anticoagulantes 
cumarínicos.
e) Alcachofra e diuréticos.
5. Clara, de 28 anos, apresenta um 
quadro de hipertensão moderada 
e faz uso contínuo do diurético 
furosemida. Porém, devido ao 
sedentarismo e à dieta inadequada, 
está com sobrepeso. Ela viu na 
internet que alcachofra auxilia 
na redução do peso, e, há 15 
dias, iniciou o uso de cápsulas 
de alcachofra, duas vezes ao dia, 
durante as refeições. Qual afirmativa 
descreve os mecanismos e a 
consequência da interação entre 
alcachofra e furosemida? 
a) A alcachofra promove 
diminuição da diurese, 
aumento da secreção de 
potássio e consequente 
aumento da pressão arterial.
b) A alcachofra promove aumento 
da diurese, diminuição 
da secreção de potássio 
e consequente aumento 
da pressão arterial.
c) A alcachofra promove 
diminuição da diurese, aumento 
da secreção de potássio e 
consequente diminuição 
da pressão arterial.
d) A alcachofra promove aumento 
da diurese, aumento da secreção 
de potássio e consequente 
diminuição da pressão arterial.
e) A alcachofra promove aumento 
da diurese, diminuição da 
secreção de potássio e 
consequente diminuição 
da pressão arterial.
Fitoterapia e interações com nutrientes 345
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http://www.abc.herbalgram.org/
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http://database.com/
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