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Eletroterapia Agentes físicos · todo o material ou ação empregada para obter uma resposta fisiológica no organismo, que por sua vez, desencadeie um efeito terapêutico. · portador de uma determinada energia (térmica, mecânica, eletromagnética) · Agentes naturais (sol, água, calor, frio, etc.) podem aliviar ou curar. · agentes físicos produzidos artificialmente (eletricidade, ultrassom, micro-ondas, laser, etc.) Tipos de agentes físicos 1. ionizantes: elétrons (-) são deslocados dos átomos e moléculas, este processo pode gerar alterações moleculares capazes de lesar os tecidos biológicos, incluindo efeitos no material genético. Portanto, são aqueles que ao interagirem com a matéria, exemplo: raio-x 2. não ionizantes: empregados na Fisioterapia; trata-se de agentes naturais e artificiais, cuja interação com o material biológico não produz ionização. OBS.: Os agentes físicos ao interagirem com os tecidos orgânico produzirão uma resposta, que posteriormente se evidenciam em nível celular. A intensidade da ação que o agente será empregado poderá ocasionar resultados terapêuticos (ex. analgesia) ou lesivos (queimadura). Conceitos fundamentais de eletricidade Tipos de correntes terapêuticas Ondas (pulsos ou impulsos) CONCEITO: Perturbação que se propaga através de um meio, que se transmite em forma de movimento ondulatório, a uma velocidade constante, característica deste meio Eletroterapia • Utilização de corrente elétrica em um corpo vivo: resolução ou investigação do pleno funcionamento celular: • Agente terapêutico. • Agente de diagnóstico (eletrofisiologia). • Agente produtor de outros agentes físicos (IV, US, Laser). • Base para o entendimento das ações fisiológicas e terapêuticas DOSE: •Quantidade de energia suficiente para estimular o sistema biológico sem saturá-lo ou lesá-lo. •Quais são os valores para conseguir estimular sem lesar? 1. Depende da patologia. 2. Estado geral do paciente (estado evolutivo). 3. Área tratada. 4. Osteossíntese. 5. Infecção. 6. Técnica empregada, etc. •Dose para diferentes técnicas, objetivos ou efeitos fisiológicos: 1. Respostas motoras. 2. Respostas sensitivas. 3. Alterações eletroquímicas. 4. Aplicação energética (influi no metabolismo). Obs.: elevaremos a intensidade até conseguir a resposta pretendida, sempre que o paciente tolere sem risco de queimadura. ELETROESTIMULAÇÃO: · Eletroestimulação com o objetivo: efeito motor, para uma conduta terapêutica em patologia com lesão motora. · Eletroestimulação sobre os nervos sensíveis: analgesia. · Eletroestimulação transcutânea: realizada através da pele, eletrodos de contato. · Estimulação elétrica nervosa transcutânea (transcutaneous electrical nerve stimulatios – TENS). · Estimulação transcutânea de fibras nervosas (sensíveis, motoras e autônomas). · Estimulação elétrica neuromuscular (neuromuscular electrical stimulation – NMES). Toda estimulação é neuromuscular. Ação excitomotora ou efeito motor – contração muscular. · Estimulação elétrica muscular (muscular electrical stimulation – MES). Ativação elétrica das fibras musculares (possível no músculo denervado). · Estimulação elétrica funcional (functional electrical stimulation – FES). Para aprimorar um movimento. Aplicações da Eletroestimulação Muscular (EEM): •Conseguir contração muscular quando esta for impossível de realizar de maneira voluntária. •Recuperar o tônus muscular perdido depois de um longo período de imobilização. •Reforçar a contração muscular voluntária insuficiente. •Potencializar ou melhorar o rendimento de músculos específicos ou a eficácia dos exercícios fisiológicos. •Diminuir a tensão e contratura muscular, assim como a dor por elas produzida. Efeitos Físicos da Corrente Elétrica 1) Calor ao longo do circuito: calor produzido é proporcional a resistência do tecido e ao tempo. 2) Efeito eletromagnético: a corrente elétrica gera um campo eletromagnético. 3) Efeito eletroquímico: produz deslocamento de íons, produzindo diversas reações químicas. Efeitos Fisiológicos da Corrente Elétrica • Ação vasodilatadora: a corrente elétrica impede a secreção de noradrenalina, produzindo vasodilatação passiva. A vasodilatação cutânea é produzida pela liberação de histamina. • Ação simpaticolítica: ocorre por ação das correntes de média frequência quando são aplicadas sobre vísceras ou pontos da cadeia simpática. • Ação ionizante: correntes unidirecionais que produzem aumento da permeabilidade da membrana e eletrólise (íons são atraídos pelo pólo oposto da sua carga). • Efeito excitomotor: resulta do músculo ser um tecido excitável, cuja resposta é a contração. • Efeito analgésico: explicado pela teoria das comportas e ativação/produção de substâncias endógenas (endorfinas). Classificação da Eletroterapia segundo as diferentes frequências •Pode ser dividida em 3 grupos, como base as diferentes frequências: 1. Baixa Frequência (até 1.000 Hz): onde encontra-se a maioria das correntes utilizadas (Galvânica, Farádica, Diadinâmicas, TENS e FES). As frequências utilizadas não ultrapassam os 250 Hz, considerando o alcance biológico. 2. Média Frequência (de 1.000 Hz à 10.000 Hz): no âmbito da Fisioterapia, as frequências empregadas estão na faixa de 2000 Hz à 4000 Hz (Interferencial, Russa). 3. Alta Frequência (10.000 Hz à 100.000 Hz): são ondas eletromagnéticas (Ondas Curtas, Microondas, Ultrassom – sendo uma onda mecânica). Níveis de Estimulação •Estimulação de nível sensível: a partir do nível sub umbral, ou seja, com o aumento da intensidade o indivíduo percebe uma parestesia (formigamento, vibração). •Estimulação no nível motor: conforme se eleva a intensidade, aumenta a sensação parestésica, até aparecer contrações musculares palpáveis. •Estimulação no nível doloroso: neste nível se estimulam as fibras (A-Delta e C), que transmitem impulsos nociceptivos. Relação da Frequência (Hz) X Resistência da Pele = Resposta •É de suma importância o entendimento do alcance biológico conseguido com as correntes elétricas. •Desta forma, explica-se a divisão da eletroterapia quanto às diferentes frequências utilizadas nos diversos tratamentos. Exemplo: Ao utilizar uma terapia analgésica com TENS, o primeiro parâmetro e selecionar será a definição da frequência. Se pretendemos produzir analgesia num processo agudo, devemos selecionar uma frequência que não produza contração muscular, entre 80 e 150 Hz. Se pretendemos analgesia numa dor crônica, a frequência deve estar abaixo de 10 Hz, produzindo contração muscular visível e estimulando a liberação de endorfinas.