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PRÁTICA EMPRESARIAL

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PRÁTICA EMPRESARIAL
· O pedido liminar precisa de um tópico para ele, porém a subjetividade está em colocá-lo no início ou final da petição, na prática real é mais lógico colocar no final.
CONTRATO SOCIAL DE SOCIEDADE LIMITADA – PADRÃO DREI IN 81, JUNHO DE 2020
NOME DA SOCIEDADE LTDA.
SÓCIO PESSOA FÍSICA (nome), NACIONALIDADE, ESTADO CIVIL (indicar o regime
de bens se for casado), data de nascimento (se solteiro), [emancipado (se o titular for emancipado)], PROFISSÃO, nº do CPF, RESIDENTE E DOMICILIADO no(a):
(Logradouro), Bairro, (Complemento), (Município) - (UF), CEP, [se for o caso, representado, neste ato, por seu (PROCURADOR, CURADOR, DIRETOR, SÓCIO, ADMINISTRADOR, PAIS), (NOME DO REPRESENTANTE), (NACIONALIDADE),
(ESTADO CIVIL - indicar união estável, se for o caso), (REGIME DE BENS - se casado), nascido em (DD/MM/AAAA), se solteiro, nº do CPF, RESIDENTE E DOMICILIADO no(a): (Logradouro), Bairro, (Complemento), (Município) - (UF), CEP]
SÓCIO PESSOA JURÍDICA (nome empresarial), CNPJ, número de inscrição no Cartório competente, com sede no(a): (Logradouro), Bairro, (Complemento), (Município)
-	(UF), CEP, representado, neste ato, por (NOME DO REPRESENTANTE), (NACIONALIDADE), (ESTADO CIVIL - indicar união estável, se for o caso), (REGIME DE BENS - se casado), nascido em (DD/MM/AAAA), se solteiro, nº do CPF, RESIDENTE E DOMICILIADO no(a): (Logradouro), Bairro, (Complemento), (Município)
-	(UF), CEP.
SÓCIO PESSOA JURÍDICA ESTRANGEIRA (nome empresarial), CNPJ, nacionalidade, com sede no(a): , representada por (NOME DO REPRESENTANTE), (NACIONALIDADE), (ESTADO CIVIL - indicar união estável, se for o caso), (REGIME DE BENS - se casado), nascido em (DD/MM/AAAA), se solteiro, nº do CPF, RESIDENTE E DOMICILIADO no(a): (Logradouro), Bairro, (Complemento), (Município)
-	(UF), CEP. * Caso haja mais sócios, repetir a redação para cada um. Resolve(m), em comum acordo (se for o caso), constituir uma sociedade limitada, mediante as condições e cláusulas seguintes:
DO NOME EMPRESARIAL (ART. 997, II, DO CC) Cláusula Primeira - A sociedade adotará o seguinte nome empresarial: 	
DA SEDE (ART. 997, II, DO CC) Cláusula Segunda - A sociedade terá sua sede no seguinte endereço: (Logradouro), (Número), (Bairro), (Cidade) - UF, CEP.
DO OBJETO SOCIAL (ART. 997, II, DO CC) Cláusula Terceira - A sociedade terá por objeto o exercício das seguintes atividades econômicas: (Descrição precisa e detalhada do objeto social).
Parágrafo único. Em estabelecimento eleito como Sede (Matriz) será(ão) exercida(s) a(s) atividade(s) de (Descrição precisa e detalhada do objeto social, conforme o objeto da empresa de forma parcial ou integral).
DO INÍCIO DAS ATIVIDADES E DO PRAZO (ART. 53, III, F, DO DECRETO Nº 1.800,
DE 1996) Cláusula Quarta - A sociedade iniciará suas atividades a partir de
 	e seu prazo de duração indeterminado.
OU Cláusula Quarta - A sociedade iniciará suas atividades a partir de	e terá o seguinte prazo de duração:	.
 
DO CAPITAL SOCIAL (ART. 997, III E IV E ARTS. 1.052 E 1.055 DO CC) Cláusula
Quinta - O capital é de R$		(valor por extenso), divididos em (nº de quotas), no valor nominal de (valor da quota) cada uma, formado por R$	(valor por extenso) em moeda corrente do País, e/ou R$	(por extenso) em bem(ns) móvel(is), e/ou e R$	(por extenso) em bem(ns) imóvel(is) abaixo descrito(s):
a) Imóvel situado no (Identificação:		, área: , dados relativos a sua titulação:		e número de sua matrícula no Registro Imobiliário:	) integralizado pelo valor contábil de R$	(valor por
extenso).
Parágrafo único. O capital encontra-se subscrito e integralizado pelo sócio único.
OU Parágrafo único. O capital encontra-se subscrito pelo sócio único e será integralizado até / / , em moeda corrente do País, a partir de / / .
OU Parágrafo único. O capital encontra-se subscrito e integralizado pelos sócios da seguinte forma: SÓCIO Nº de Quotas Valor Percentual Nome XXX R$ XXX XX % Nome XXX R$ XXX XX % TOTAL XXX R$ XXX 100 % OU Parágrafo único. O capital encontra- se subscrito e será integralizado até / / , em moeda corrente do País, a partir
de	/	/	sendo distribuídas conforme segue: SÓCIO Nº de Quotas Valor
Percentual Nome XXX R$ XXX XX % Nome XXX R$ XXX XX % TOTAL XXX R$ XXX 100 %
DA ADMINISTRAÇÃO (ARTS. 997, VI; 1.013; 1.015; 1.064 DO CC) Cláusula Sexta - A
administração da sociedade será exercida pelo(s) sócio(s) (informar os sócios que farão parte da administração), que representará(ão) legalmente a sociedade e poderá(ão) praticar todo e qualquer ato de gestão pertinente ao objeto social. Parágrafo único. Não constituindo o objeto social, a alienação ou a oneração de bens imóveis depende de autorização da maioria.
OU Cláusula Sexta - A administração da sociedade será exercida pelo(s) (informar o NOME(S) E QUALIFICAÇÃO(ÕES) DO ADMINISTRADOR(ES) não sócio(s) que
fará(ão) parte da administração), que representará(ão) legalmente a sociedade e poderá(ão) praticar todo e qualquer ato de gestão pertinente ao objeto social. Parágrafo único. Não constituindo o objeto social, a alienação ou a oneração de bens imóveis depende de autorização da maioria.
DO BALANÇO PATRIMONIAL (ART. 1.065 DO CC) Cláusula Sétima - Ao término de cada exercício, em (INDICAR DIA E MÊS), o administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo ao(s) sócio(s), os lucros ou perdas apuradas na proporção de suas quotas (se for o caso).
DA DECLARAÇÃO DE DESIMPEDIMENTO DE ADMINISTRADOR (ART. 1.011, § 1º, DO CC E ART. 37, II, DA LEI Nº 8.934, DE 1994) Cláusula Oitava - O(s)
administrador(es) da empresa declara(m), sob as penas da lei, que não está(ão) impedido(s) de exercer a administração da empresa, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade.
 
DO FORO/CLÁUSULA ARBITRAL Cláusula Nona - A(s) parte(s) elege(m) o foro da sede para dirimir quaisquer dúvidas decorrentes do presente instrumento contratual, bem como para o exercício e cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato, renunciando a qualquer outro, por mais privilegiado que possa ser. OU Cláusula Nona - A(s) parte(s) elege(m) o foro	(INDICAR O FORO) para dirimir quaisquer dúvidas decorrentes do presente instrumento contratual, bem como para o exercício e cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato, renunciando a qualquer outro, por mais privilegiado que possa ser.
OU Cláusula Nona - A(s) parte(s) elege(m), nos termos dos art. 4º, caput, § 1º e art. 5º da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, o foro arbitral	para dirimir quaisquer dúvidas decorrentes do presente instrumento contratual, bem como para o exercício e cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato, renunciando a qualquer outro, por mais privilegiado que possa ser.
E, por estar assim constituída, assina(m) o presente instrumento particular, em via única. LOCAL E DATA ASSINATURA(S) NOME(S) (art. 36, Decreto nº 1.800, de 1996)
Visto:	(OAB/UF XXXX)
CLÁUSULAS PADRONIZADAS OPCIONAIS
Cláusula - Anuência do cônjuge do titular (outorga uxória ou marital): Cicrano(a) de Tal, (qualificação completa), autoriza o sócio (nome) a incorporar ao capital da empresa o(s) imóvel(is) especificado(s) na cláusula deste instrumento. * Deve constar a assinatura do cônjuge ao final do instrumento.
DAS FILIAIS (ART. 1.000 DO CC) Cláusula - Sem prejuízo da possibilidade de abrir ou fechar filial, ou qualquer dependência, mediante alteração deste ato constitutivo, na forma da lei, a sociedade atuará: Parágrafo Primeiro. Em estabelecimento eleito como Sede (Matriz) situado na(o) (Logradouro), (Número), (Bairro), (Cidade)- UF, CEP, no qual será(ão) exercida(s) a(s) atividade(s) de (Descrição precisa e detalhada do objeto social, conforme o objeto da empresa de forma parcial ou integral). Parágrafo Segundo. Em estabelecimento eleito como Filial situado na(o) (Logradouro), (Número), (Bairro), (Cidade) - UF, CEP, no qual será(ão) exercida(s) a(s) atividade(s) de (Descrição precisa e detalhada do objeto social, conforme o objeto da empresa de forma parcial ou integral).
DO ENQUADRAMENTO (ME OU EPP) Cláusula - Os sócios declaram que a sociedade se enquadra como Microempresa - ME, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e que não se enquadra em qualquer das hipóteses de exclusão relacionadas no § 4º do art. 3º da mencionada lei. (art. 3º, I, da Lei Complementar nº 123, de 2006)
OU Cláusula - Os sócios declaram que a sociedade se enquadra como Empresa de Pequeno Porte - EPP, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e que não se enquadra em qualquer das hipóteses de exclusão relacionadas no
§ 4º do art. 3º da mencionada lei. (art. 3º, II, da Lei Complementar nº 123, de 2006)
DO PRO LABORE Cláusula - Os sócios poderão, de comum acordo, fixar uma retirada mensal, a título de pro labore para o(s) sócio(s) administrador(es), observadas as disposições regulamentares pertinentes.
 
DA EXCLUSÃO EXTRAJUDICIAL DE SÓCIO MINORITÁRIO POR JUSTA CAUSA
(ART. 1.085 DO CC) Cláusula - O sócio poderá ser excluído extrajudicialmente, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social, entender que ele está pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegável gravidade, mediante alteração do contrato social.
Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reunião ou assembleia especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa.
OU DA EXCLUSÃO EXTRAJUDICIAL DO SÓCIO MINORITÁRIO POR JUSTA CAUSA
(ART. 1.085, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CC) Cláusula - Sem a necessidade de reunião ou assembleia, no caso da sociedade composta de até dois sócios, o sócio que detiver mais da metade do capital social poderá excluir o sócio minoritário da sociedade, se entender que este está pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegável gravidade, mediante alteração do contrato social.
Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada se na alteração contratual contiver expressamente os motivos que justificam a exclusão por justa causa.
DA REGÊNCIA SUPLETIVA (ART. 1.053, PARÁGRAFO ÚNICO, CC) Cláusula - Por
este ato determina-se a regência supletiva da sociedade pelo regramento da sociedade anônima, conforme dispõe o parágrafo único do art. 1.053 do Código Civil.
DO CONSELHO FISCAL (ART. 1.066 DO CC) Cláusula - A sociedade terá um conselho fiscal composto por	(três ou mais membros) membros e igual número de suplentes, eleitos na assembleia anual dos sócios. Parágrafo Primeiro. É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente. Parágrafo Segundo. A mesma assembleia que eleger o conselho fiscal fixará sua remuneração.
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS Cláusula - A sociedade poderá levantar balanços intermediários ou intercalares e distribuir os lucros evidenciados nos mesmos.
EXEMPLOS DE CLÁUSULAS DE CONTRATO SOCIAL DE SOCIEDADE LIMITADA
Observação: trata-se de meros exemplos de algumas cláusulas que devem ser especificadas no Contrato Social, podendo haver variação no teor delas, no caso concreto, conforme a característica da sociedade e a intenção das partes (sócios).
DA ADMINISTRAÇÃO
A administração da sociedade caberá ao sócio FULANO DE TAL, com poderes e atribuições de representar a sociedade em juízo ou fora dele, obrigar a sociedade, firmar contratos, abrir contas bancárias, e tudo o mais que se fizer necessário à sua gestão. Fica vedada, entretanto, a utilização do nome empresarial da sociedade de que se trata em atividades estranhas aos interesses sociais, bem como em fianças, avais, endossos e aceites de todo e qualquer título de favor ou que importem na assunção de obrigações estranhas ao objeto social, seja em favor de qualquer dos quotistas, seja em favor de terceiros.
DA CESSÃO DE QUOTAS E DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE
A cessão, total ou parcial, de quotas de capital, a quem seja sócio, independe da audiência dos outros. Mas, as quotas de capital não podem ser alienadas a terceiros, estranhos à sociedade, sem que seja dado o direito de preferência aos sócios que nela permanecerem, sendo-lhes assegurada tal preferência em igualdade de condições, e somente será possível a cessão a terceiro se não houver a oposição de titulares de mais de ¼ (um quarto) do capital social.
Em caso de cessão, total ou parcial, de quota, cabe ao sócio que desejar ceder suas quotas ou retirar-se da sociedade comunicar aos demais, por escrito e com a antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, sua intenção de fazê-lo, garantindo aos sócios remanescentes, nesse prazo, o direito de preferência para a aquisição de sua quota-parte. Se, nesse prazo, nenhum dos sócios fizer uso desse direito de preferência e sendo negado ao notificante o direito de ceder sua quota-parte a terceiro, estará ele livre para promover a liquidação de sua quota, retirando-se, assim, da sociedade.
A cessão, total ou parcial, de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade. E até 2 (dois) anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio. Em caso de falecimento de sócio, a sociedade poderá continuar com os herdeiros do falecido em lugar do de cujus, se os sócios remanescentes assim deliberarem e aprovarem unanimemente.
Caso não haja acordo nesse sentido, não sendo possível, assim, a continuação do empreendimento com os herdeiros do sócio falecido – bem como nos demais casos de interdição, falência ou insolvência do sócio –, seus haveres serão apurados em balanço especial, levantado para tal fim, e serão pagos aos legítimos herdeiros em até 12 (doze) parcelas mensais, iguais e consecutivas, vencendo-se a primeira parcela 120 (cento e vinte) dias após a ocorrência do evento (falecimento, interdição, falência ou insolvência). O pagamento dos haveres devidos ao sócio excluído ou retirante será efetuado nos mesmos termos do caput desta cláusula. E
EXCLUSÃO EXTRAJUDICIAL DE SÓCIO
Nos termos do artigo 1.085 do Código Civil (Lei n. 10.406/2002), que deverá ser integralmente observado, o sócio que puser em risco a continuidade da sociedade, em virtude de atos de inegável gravidade, poderá ser dela excluído mediante simples alteração do contrato social.
 SUGESTÃO DE PARÁGRAFO DO PROFESSOR:
Parágrafo único – Para efeito do disposto nesta cláusula, são dessa natureza e, portanto, consideradas justa causa, a prática, dentre outras similares, dos seguintes atos:
a)	divulgação ou revelação, a concorrentes ou a terceiros, de segredos ou estratégias empresariais da sociedade, ainda que eles não façam, direta ou indiretamente, efetiva utilização de tais informações privilegiadas;
b)	fornecimento, a terceiros, sem real necessidade, a bem do empreendimento, de informação sobre a situação econômico financeira da sociedade ou sobre qualquer outro que não foi objeto de divulgação, pela sociedade;
c)	o estabelecimento individual, ou como sócio de sociedade empresária, em atividade idêntica ou similar ao objeto social desta, ainda que a atividade seja considerada irregular ou de fato;
d)	imposição ao sócio, de qualquer de restrição creditícia que impeça ou dificulte a obtenção de credito, pela sociedade.
Poderia estar previsto no contrato a exclusão do sócio por Indiciamento pela prática de crime? 
· Violaria ou não o direito do sócio? Não seria contra a presunção deinocência?
Pensando na continuidade da empresa, a falta da condenação pode não ser tão significante, por afastar a clientela pelo envolvimento do sócio com um processo criminal. Não é questão de negar direitos ao sócio, mas para o bem da sociedade seria melhor o afastamento do sócio. Por isso é possível sim a previsão dessa cláusula. 
Depois da exclusão e se for absolvido, seria possível o pedido de danos morais? Depende do entendimento, mas a exclusão por uma cláusula que ele mesmo anuiu, gera algum dano? Vai do caso concreto. 
NULIDADE DE MARCA
O INPI verifica a possibilidade de concessão de marca, tendo conferido o sujeito passa a ser proprietário dela por 10 anos (decênio de proteção), podendo renovar por mais 10 anos por quantas vezes ele quiser. A patente que não poderá ser renovada. 
Se se fala em nulidade, está implícita a ocorrência de um vício na análise ou concessão da marca. Há a existência de um registro de marca concedido pelo INPI com vício. 
No caso de não haver registro de marca com vício, o titular da marca tem contra os demais que a utilizam o direito de ação, obrigação de não fazer.
Réu: marca viciosa
Autor: qualquer pessoa com legitimo interesse (prejudicado) e o próprio INPI (art. 173, LPI)
Art. 173. A ação de nulidade poderá ser proposta pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse.
Juízo competente: perante a justiça federal, o registro de marcas e patentes é uma lei federal, tem participação do INPI (autarquia federal).
Narrativa dos fatos e do direito: de que o INPI concedeu o registro, mas que ele padece de um vício formal ou material, principalmente se for contra algum artigo da LPI. 
Pedidos básicos: citação do réu, julgamento procedente da ação (nulidade do registro), pedido de intervenção do INPI como estabelecido na lei. 
Pedir todas as provas possíveis, ara que no final possa produzir quantas forem necessárias. 
Caberia um pedido liminar? Suspensão dos efeitos do registro
Pode haver cumulação dessa ação de nulidade com indenização, mas estrategicamente é perigoso por abrir muita margem para recurso. 
Valor da causa: se pedir astreinte ela não entra no valor da causa. Valor inestimável – dá-se um valor para fins fiscais. Se comprova dano material, no mínimo o valor da causa será o correspondente aos danos sofridos. 
OBS.: Astreinte é a multa diária imposta por condenação judicial.
Caso Concreto:
Ação de nulidade de registro de marca Comitê Olímpico X Zeppelin Comércio de Álcool (Fogo Olímpico) 
O INPI analisou e considerou não haver vício. A Zeppelin contestou que não havia concorrência e que era sobre a produção de álcool etílico, o INPI assumiu esse entendimento. MAS NÃO SE TRATAVA DE CONCORRÊNIA E SIM DE USO DAS CARACTERÍSTICAS OLÍMPICAS. 
Dentro do prazo de 5 anos, então, o Comitê ajuizou a ação de nulidade. 
O INPI poderia figurar como réu nessa ação em litisconsórcio? Isso aconteceu, o comitê ajuizou a ação contra a Zeppelin e contra o INPI, pois toda a legislação já indicava que o INPI deveria ter indeferido. Os dois foram condenados a pagamento de custas e horários, e claro, a nulidade do registro e seus efeitos.
O INPI não pode ser réu sozinho e em regra ele não será, mesmo em litisconsórcio, pois o réu é quem defende o seu registro. 
São situações mais comuns de violação a marca:
Art. 124 da Lei de Propriedade Industrial: Não são registráveis como marca:
    XIX - reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com marca alheia;
Não exige dolo apenas a reprodução ou imitação. 
Caso insista na conduta, após a notificação extrajudicial, o titular poderia entrar com uma ação de obrigação de não fazer, mesmo que não tenha marca registrada (o imitador) a mera imitação já configura direito ao titular. 
Autor: titular
Réu: imitador 
O INPI não seria parte na ação, pois aqui não existe vício com relação ao INPI, o réu muitas vezes nem teve contato com o INPI. 
É competência da justiça comum (envolve dois particulares (só será Justiça federal se bem justificado)
Documentação do registro, provando a regularidade, data do registro, a marca está protegida, apresentar comprovação do uso da marca.
Entretanto, chegou ao conhecimento da autora que o réu que é concorrente da autora estaria usando a alusão a marca, no brasil (proteção nacional) e que trabalha na mesma área, que houve notificação extrajudicial, oportunizando que cessasse a conduta, mas o réu não o fez, não podendo alegar desconhecimento. 
Art. 5º CF assegura proteção ao titular ao uso da marca 
Art. 129, LPI uso exclusivo em todo território nacional
Mas que esse direito está sendo violado pelo réu no contexto narrado. 
É apenas um sinal visual, e se o réu for ao INPI não poderá ajuizar pois já pertence ao autor.
Precisa fazer prova de confusão no mercado? Não, o inciso XIX fala em “suscetível” a confusão, tem que provar que é suscetível, e não que efetivamente gerou. Ex. marca nominativa da Coca-Cola, aparece alguém que use o mesmo nome, mas em grafia diferente, é suscetível de gerar confusão com os consumidores, e não que efetivamente já gerou (a prova concreta de confusão pode ser muito difícil de ser feita).
Tutela antecipada: quanto mais fácil a prova de suscetível confusão mais fácil conseguir a tutela antecipada 
 É possível a cumulação de pedidos, precisa ponderar a efetividade, pois quanto maior a ação, mais demorado o julgamento e mais chances de contestação. 
Mas poderia pedir a indenização e com diferentes parâmetros:
I- Lucros cessantes 
II- Lucros auferidos pelo réu com a utilização da marca
III- Quanto seria cobrado ao réu caso tivesse alugado a marca do titular 
Deferir a liminar de obrigação de não fazer com fixação de multa diária.
Julgamento procedente. 
...
Pedido completo de produção de provas. 
Valor da causa: so obrigação de não fazer: valor inestimável:
Se houver danos, inclui o seu valor.
Seria possível uma ação de obrigação de não fazer cumulada com danos, sem que tenha havido violação de marca, mas com configuração de uma prática desleal? Seria possível. Os crimes contra as marcas e patentes, são contrafação, que é diferente de concorrência desleal, se a contrafação ocorre é provável que também tenha ocorrido a concorrência desleal, mas pode ter concorrência desleal sem contrafação.
Trespasse: contrato de compra e venda do estabelecimento comercial (fundo de comércio – conjunto de bens corpóreos e incorpóreos usados para o exercício da atividade, ponto comercial, marca...
A compra da cartela de clientes e nada mais nada menos que assumir a obrigação de não fazer concorrência. Caso o contrato não tenha a clausula de não concorrência, a lei determina que será pelo prazo de 5 anos, mas não determina a abrangência no território, por isso é melhor determinar uma clausula específica. 
AÇÃO DE DESPEJO
Exemplo - Fundada no inadimplemento do locatário – falta de pagamento
Autor: Locador – pode ser pessoa física ou jurídica 
Réu: Locatário – pode ser pessoa física ou jurídica – o Fiador também pode estar presente na ação, formando um litisconsórcio passivo com o locatário (o autor pode logo citá-lo para facilitar a execução futura).
Notificação pré monitória: estando em débito, o locador o notificou, dando oportunidade para que quitasse a dívida, mas que notificado, não tomou nenhuma providência, se tornando necessário o ajuizamento da ação. (Deve constar esse documento comprovando a notificação) OBRIGATÓRIA nessa ação – nas ações de obrigação de não fazer ela perde um pouco esse caráter, não precisa dela, mas com a presença será bem mais fácil.
Planilha discriminando o débito, valor, juros... se for uns ¾ meses, será uma questão simples, pode até conseguir coloca-la no corpo, caso sejam mais pode anexar o arquivo. Pode cobrar as prestações vencidas e as vincendas, visto que não precisará entrar com um processo a cada vencimento. Se não tiver cobrança, apenas despejo, não será necessário. 
Valor da causa: seráequivalente a doze meses de aluguel
OBS.: Ação renovatória (art. 51 da lei do inquilinato): após 5 anos, pode exigir a renovação do contrato (60 meses). Legislador deu essa garantia para evitar que o locador esperasse que o locatário criasse um ponto e depois tirasse e o explorasse ou que após a criação do ponto aumentasse o aluguel (penalizando o empresário pelo seu mérito). 
Prazo para proposição: no mínimo 1 ano e no máximo 6 meses antes do término do contrato. 
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.
§ 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo sublocatário.
§ 2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá ser exercido pelo locatário ou pela sociedade.
§ 3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub - rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo.
§ 4º O direito a renovação do contrato estende - se às locações celebradas por indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituídas, desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo.
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.
É preciso apresentar uma proposta de renovação de 5 anos, preferencialmente, manter os fiadores, os termos do antigo contrato, para manter o ponto, as vezes seja interessante oferecer um valor superior ao que já é pago...
Pedir que seja feito o depósito judicial dos aluguéis posteriores ao prazo, ou então que o juiz determine que o locador disponibilize seus dados bancários para o pagamento dos aluguéis.
Deve demonstrar que está em dia com suas obrigações de paramento.
Valor da causa: 12 meses de aluguel. 
Possibilidades de defesa:
Art. 52. O locador não estará obrigado a renovar o contrato se:
I - por determinação do Poder Público, tiver que realizar no imóvel obras que importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade;
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente.
1º Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também envolvia o fundo de comércio, com as instalações e pertences.
2º Nas locações de espaço em shopping centers, o locador não poderá recusar a renovação do contrato com fundamento no inciso II deste artigo.
3º O locatário terá direito a indenização para ressarcimento dos prejuízos e dos lucros cessantes que tiver que arcar com mudança, perda do lugar e desvalorização do fundo de comércio, se a renovação não ocorrer em razão de proposta de terceiro, em melhores condições, ou se o locador, no prazo de três meses da entrega do imóvel, não der o destino alegado ou não iniciar as obras determinadas pelo Poder Público ou que declarou pretender realizar.
O empresário (locatário) que era titular do ponto, ele que pode cobrar que não fosse utilizado aquele ponto e não o proprietário do local. Para falar em ponto, tem que ser algo contínuo, abrir ou novo negócio no mesmo lugar depois de 6 meses, não há que se falar em ponto. 
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE
A diretoria da S.A. pode ser composta por um ou mais diretores. Não é tratada como órgão colegiado. Quem age pela Sociedade é o diretor/administrador, no exercício de suas funções ele é a sociedade. A sua obrigação é envidar os melhores esforços para alcançar o lucro, sendo sua obrigação um meio, mas não há como garantir um resultado. Excepcionalmente, ele pode vir a ser responsabilizado pessoalmente por suas ações quando violar os seus deveres. Mesmo ele não desempenhando da melhor forma possível, pode acontecer dele não ser responsabilizado, mesmo agindo com culpa. 
Teoria ultra-vires societatis: além do conteúdo da sociedade. Ao praticar atos de gestão, viola o objeto social da sociedade, não poderá responsabilizar a sociedade. 
Imprudência: existe uma linha tênue, o sujeito sendo muito conservador pode perder muitas oportunidades de crescimento para a sociedade. Da mesma forma que o mais audacioso poderia tomar decisões arriscadas que poriam em risco o crescimento da sociedade, e os sócios poderiam considera-lo imprudente. 
Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembleia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.
§ 1º A deliberação poderá ser tomada em assembleia-geral ordinária e, se prevista na ordem do dia, ou for consequência direta de assunto nela incluído, em assembleia-geral extraordinária.
§ 2º O administrador ou administradores contra os quais deva ser proposta ação ficarão impedidos e deverão ser substituídos na mesma assembleia.
§ 3º Qualquer acionista poderá promover a ação, se não for proposta no prazo de 3 (três) meses da deliberação da assembleia-geral.
§ 4º Se a assembleia deliberar não promover a ação, poderá ela ser proposta por acionistas que representem 5% (cinco por cento), pelo menos, do capital social.
§ 5º Os resultados da ação promovida por acionista deferem-se à companhia, mas esta deverá indenizá-lo, até o limite daqueles resultados, de todas as despesas em que tiver incorrido, inclusive correção monetária e juros dos dispêndios realizados.
Ação de responsabilidade: proposta pela sociedade contra o ex-sócio na justiça estadual. No caso da inércia da sociedade – pode ocorrer um conluio, alguns acionistas podem ter sidos beneficiados pela conduta e garantiram ao administrador a não propositura da ação, para impedir a lei determina que (§ 3º), qualquer acionista poderá propor a ação. 
Se a assembleia não concordar com a propositura da ação, acionistas com no mínimo 5% do CS podem propô-la. Pode ser que a maioria dos acionistas também estava em conluio com o administrador. (Direito de Minoria (minoria do capital social – une uma minoria expressiva do capital social) e Direito de Minoritário (qualquer acionista)
Os resultados da ação beneficiam a companhia e dessa forma a sociedade deverá ressarcir aos acionistas os gastos que ele teve com a ação. 
Procedimento comum
Apresentar os documentos, ato constitutivo, provas... para justificar os pedidos de reparação de danos. 
Correspondente ao valor que está sendo cobrado a título de indenização. 
STJ, 4ª T., REsp 1.349.233-SP, rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 6/11/2014, DJe 5/2/2015 RT vol. 956 p. 377
Ementa: DIREITO EMPRESARIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. SOCIEDADE ANÔNIMA. DIRETORIA. ATOS PRATICADOS COM EXCESSO DE PODER E FORA DO OBJETO SOCIAL DA COMPANHIA (ATOS ULTRA VIRES). RESPONSABILIDADE INTERNA CORPORIS DO ADMINISTRADOR. RETORNO FINANCEIRO À COMPANHIA NÃO DEMONSTRADO. ÔNUS QUE CABIA AO DIRETOR QUE EXORBITOU DE SEUS PODERES. ATOS DE MÁ GESTÃO. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. OBRIGAÇÃO DE MEIO. DEVER DE DILIGÊNCIA. COMPROVAÇÃO DE DOLO E CULPA. INDENIZAÇÃO DEVIDA. RESSALVAS DO RELATOR. 1. As limitações estatutárias ao exercício da diretoria, em princípio, são, de fato, matéria interna corporis, inoponíveis a terceiros de boa-fé que com a sociedade venham a contratar. E, em linha de princípio, temse reconhecido que a pessoa jurídica se obrigaperante terceiros de boa-fé por atos praticados por seus administradores com excesso de poder. Precedentes. 2. Nesse passo, é consequência lógica da responsabilidade externa corporis da companhia para com terceiros contratantes a responsabilidade interna corporis do administrador perante a companhia, em relação às obrigações contraídas com excesso de poder ou desvio do objeto social. 3. Os atos praticados com excesso de poder ou desvio estatutário não guardam relação com a problemática da eficiência da gestão, mas sim com o alcance do poder de representação e, por consequência, com os limites e possibilidades de submissão da pessoa jurídica - externa e internamente. Com efeito, se no âmbito externo os vícios de representação podem não ser aptos a desobrigar a companhia para com terceiros - isso por apreço à boa-fé, aparência e tráfego empresarial -, no âmbito interno fazem romper o nexo de imputação do ato à sociedade empresarial. Internamente, a pessoa jurídica não se obriga por ele, exatamente porque manifestado por quem não detinha poderes para tanto. Não são imputáveis à sociedade exatamente porque o são ao administrador que exorbitou dos seus poderes. 4. Portanto, para além dos danos reflexos eventualmente experimentados pela companhia, também responde o diretor perante ela pelas próprias obrigações contraídas com excesso de poder ou fora do objeto social da sociedade. 5. Se a regra é que o administrador se obriga pessoalmente frente a companhia pelos valores despendidos com excesso de poder, quem excepciona essa regra é que deve suportar o ônus de provar o benefício, para que se possa cogitar de compensação entre a obrigação de indenizar e o suposto proveito econômico, se não for possível simplesmente desfazer o ato exorbitante. Vale dizer, com base no princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, eventuais acréscimos patrimoniais à pessoa jurídica constituem fatos modificativos ou extintivos do direito do autor, os quais devem ser provados pelo réu (art. 333, inciso II, CPC). 6. Assim, no âmbito societário, o diretor que exorbita de seus poderes age por conta e risco, de modo que, se porventura os benefícios experimentados pela empresa forem de difícil ou impossível mensuração, haverá ele de responder integralmente pelo ato, sem possibilidade de eventual "compensação". No caso em apreço, e especificamente quanto aos contratos de patrocínio da SPFW e os celebrados com a Campari Itália S.P.A., as instâncias ordinárias não reconheceram nenhum retorno para a companhia, seja patrimonial, seja marcário. Tal conclusão não se desfaz sem reexame de provas, o que é vedado pela Súmula 7/STJ. 7. Entendimento da douta maioria quanto aos contratos de publicidade celebrados com África São Paulo Ltda. e 3P Comunicações Ltda. (notas taquigráficas): atos de que resultaram bom proveito para a companhia. Incidência do art. 159, § 6º, da Lei n. 6.404/1976: "O juiz poderá reconhecer a exclusão da responsabilidade do administrador, se convencido de que este agiu de boa-fé e visando ao interesse da companhia". É possível reconhecer que a publicidade em rede aberta de televisão favorece a exposição da marca. Ausência de prejuízo à companhia. Interpretação do art. 158 da LSA, invocado no recurso especial e prequestionado. Ressalva do ponto de vista do relator: é incabível a aplicação do art. 159, § 6º, da Lei n. 6.404/1976, à falta de prequestionamento, não sendo o caso de fazer incidir o art. 257 do RISTJ, com aplicação do direito à espécie. Quanto aos referidos contratos de publicidade, já existia limitação decorrente do acordo de acionistas de conhecimento de todos. Excesso de poder reconhecido. Exegese do art. 118, § 1º, da LSA e do art. 1.154, caput, do Código Civil de 2002. 8. Tendo o acórdão recorrido assentado peremptoriamente que as festas promovidas pelo diretor em nome da companhia eram estranhas ao objeto social, tal conclusão não se desfaz sem reexame de provas. Incidência da Súmula 7/STJ. 9. Por atos praticados nos limites dos poderes estatutários, o administrador assume uma responsabilidade de meio e não de resultado, de modo que somente os prejuízos causados por culpa ou dolo devem ser suportados por ele. Daí por que, em regra, erros de avaliação para atingir as metas sociais não geram responsabilidade civil do administrador perante a companhia, se não ficar demonstrada a falta de diligência que dele se esperava (art. 153 da LSA). 10. Não obstante essa construção, no caso em exame, segundo apuraram as instâncias ordinárias, não se trata simplesmente de uma gestão infrutuosa - o que seria tolerável no âmbito da responsabilidade civil -, caso não demonstrada a falta de diligência do administrador. Segundo se apurou, tratou-se de gastos com nítidos traços de fraude, como despesas em duplicidade, hospedagens simultâneas em mais de uma cidade, notas fiscais servis a encobrir despesas particulares próprias, de parentes e outros. Incidência, no particular, da Súmula 7/STJ. 11. Recurso especial parcialmente provido.
§ 6º O juiz poderá reconhecer a exclusão da responsabilidade do administrador, se convencido de que este agiu de boa-fé e visando ao interesse da companhia.
AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE 
Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto:
I - a resolução da sociedade empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; e
II - a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; ou
III - somente a resolução ou a apuração de haveres.
§ 1º A petição inicial será necessariamente instruída com o contrato social consolidado.
§ 2º A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter também por objeto a sociedade anônima de capital fechado quando demonstrado, por acionista ou acionistas que representem cinco por cento ou mais do capital social, que não pode preencher o seu fim.
Art. 600. A ação pode ser proposta:
I - pelo espólio do sócio falecido, quando a totalidade dos sucessores não ingressar na sociedade;
II - pelos sucessores, após concluída a partilha do sócio falecido;
III - pela sociedade, se os sócios sobreviventes não admitirem o ingresso do espólio ou dos sucessores do falecido na sociedade, quando esse direito decorrer do contrato social;
IV - pelo sócio que exerceu o direito de retirada ou recesso, se não tiver sido providenciada, pelos demais sócios, a alteração contratual consensual formalizando o desligamento, depois de transcorridos 10 (dez) dias do exercício do direito;
V - pela sociedade, nos casos em que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial; exclusão extrajudicial: art. 1.085: previsão no contrato social da exclusão do sócio minoritário. ou
VI - pelo sócio excluído. Para que o juiz declare a dissolução parcial, importante para responsabilização futura 
Parágrafo único. O cônjuge ou companheiro do sócio cujo casamento, união estável ou convivência terminou poderá requerer a apuração de seus haveres na sociedade, que serão pagos à conta da quota social titulada por este sócio.
 Art. 601. Os sócios e a sociedade serão citados para, no prazo de 15 (quinze) dias, concordar com o pedido ou apresentar contestação. Por quê concordariam? Se é direito do sócio se desvincular, não há o que contestar, eventualmente seria apenas para atrasar/procrastinar o processo. É uma possibilidade de abreviar a fase de conhecimento. 
Parágrafo único. A sociedade não será citada se todos os seus sócios o forem, mas ficará sujeita aos efeitos da decisão e à coisa julgada.
 Art. 602. A sociedade poderá formular pedido de indenização compensável com o valor dos haveres a apurar.
 Art. 603. Havendo manifestação expressa e unânime pela concordância da dissolução, o juiz a decretará, passando-se imediatamente à fase de liquidação.
§ 1º Na hipótese prevista no caput , não haverá condenação em honorários advocatícios de nenhuma das partes, e as custas serão rateadas segundo a participação das partes no capital social.
§ 2º Havendo contestação, observar-se-á o procedimentocomum, mas a liquidação da sentença seguirá o disposto neste Capítulo.
 Art. 604. Para apuração dos haveres, o juiz:
I - fixará a data da resolução da sociedade; 
II - definirá o critério de apuração dos haveres à vista do disposto no contrato social; e
III - nomeará o perito.
§ 1º O juiz determinará à sociedade ou aos sócios que nela permanecerem que depositem em juízo a parte incontroversa dos haveres devidos.
§ 2º O depósito poderá ser, desde logo, levantando pelo ex-sócio, pelo espólio ou pelos sucessores.
§ 3º Se o contrato social estabelecer o pagamento dos haveres, será observado o que nele se dispôs no depósito judicial da parte incontroversa.
 Art. 605. A data da resolução da sociedade será:
I - no caso de falecimento do sócio, a do óbito; pode ser que os herdeiros assuma a parte do falecido ou que recebam o valor referente. 
II - na retirada imotivada, o sexagésimo dia seguinte ao do recebimento, pela sociedade, da notificação do sócio retirante; seria justo que fosse como na saída motivada, no dia da notificação. 
III - no recesso, o dia do recebimento, pela sociedade, da notificação do sócio dissidente; recesso: saída motivada. 
IV - na retirada por justa causa de sociedade por prazo determinado e na exclusão judicial de sócio, a do trânsito em julgado da decisão que dissolver a sociedade; e
V - na exclusão extrajudicial, a data da assembleia ou da reunião de sócios que a tiver deliberado.
 Art. 606. Em caso de omissão do contrato social, o juiz definirá, como critério de apuração de haveres, o valor patrimonial apurado em balanço de determinação, tomando-se por referência a data da resolução e avaliando-se bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de saída, além do passivo também a ser apurado de igual forma.
Parágrafo único. Em todos os casos em que seja necessária a realização de perícia, a nomeação do perito recairá preferencialmente sobre especialista em avaliação de sociedades.
 Art. 607. A data da resolução e o critério de apuração de haveres podem ser revistos pelo juiz, a pedido da parte, a qualquer tempo antes do início da perícia.
 Art. 608. Até a data da resolução, integram o valor devido ao ex-sócio, ao espólio ou aos sucessores a participação nos lucros ou os juros sobre o capital próprio declarados pela sociedade e, se for o caso, a remuneração como administrador.
Parágrafo único. Após a data da resolução, o ex-sócio, o espólio ou os sucessores terão direito apenas à correção monetária dos valores apurados e aos juros contratuais ou legais.
 Art. 609. Uma vez apurados, os haveres do sócio retirante serão pagos conforme disciplinar o contrato social e, no silêncio deste, nos termos do § 2º do art. 1.031 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) .
Pedido Liminar: afastamento, destituição da administração, 
Cliente entrou como sócio para investir dinheiro, mas não tinha conhecimento sobre sua atuação. 2 anos depois ele descobriu uma série de ilicitudes e irregularidades. Não tinha condição de levar o negócio a diante. A sociedade admitiu a exclusão do sócio, mas alegou que não havia nada a pagá-lo. Entrou com a ação. Pede o arrolamento dos bens – listar os bens da sociedade ao tempo do ajuizamento da ação (a sociedade já estava dissolvendo bens – a sociedade pagava o carro do administrador). Ele havia investido 250.000, mas no capital social constava como 100.000, pode garantir um pagamento mínimo desse valor ou fazer um pedido liminar para depositar uma parcela mínima do que ele pagou? Capital social não é patrimônio, então não dá para desconstituí-lo e fazer o pagamento dos 100.000,00
Prova 
IV.III. Ação de responsabilidade do administrador (art. 158 e seguintes, Lei 6.404/76): o administrador é responsabilizado na extensão dos prejuízos que causar. O dano, por sua vez, deve ser mensurado não somente sob a quantia materialmente determinada, mas também com os danos à imagem e credibilidade da empresa.
Vê-se, pois, que é um problema interno da administração contra o administrador.
Na Cia. Têxtil Mineira, sociedade anônima aberta regular, sediada em Juiz de Fora/MG, João Nunes atuava regularmente como diretor da referida sociedade. O Conselho de Administração verificou a prática de atos suspeitos e, após realização de auditoria interna, houve Assembleia Geral Extraordinária, devidamente convocada, instalada e realizada em 2018. João Nunes se defendeu, argumentando que seus atos eram regulares de gestão, por estarem dentro dos limites de seus poderes de administrador, e que não causaram prejuízos à Companhia.
Contudo, os acionistas aprovaram, unanimemente, a imediata destituição de João Nunes da função de administrador e o ajuizamento da ação judicial contra ele, visando responsabilizá-lo civilmente pelos atos praticados em prejuízo da sociedade, pois, segundo os acionistas, João Nunes violou o dever de lealdade e de informar (insider trading), por ter se aproveitado de informação restrita e relevante sobre o estado e os negócios da sociedade, a que teve acesso em razão de seu cargo, para negociar ações da sociedade que administrava, antes da divulgação dessa informação aos acionistas, investidores ou operadores do mercado, evidenciando um privilégio indevido. E, além disso, omitiu tais informações, deixando de informar aos acionistas na oportunidade que teve para isso, de forma que o mercado tomou conhecimento dos fatos antes mesmo dos acionistas, o que abalou o conceito da S/A perante a sociedade, dificultando as futuras obtenções de recursos junto ao mercado, por meio de seus valores mobiliários, pela perda de credibilidade.
A Companhia ajuizou ação de responsabilidade civil em face de João Nunes, perante a 2ª Vara Cível de Juiz de Fora. Em 1ª instância, o pedido foi julgado improcedente. Esses, os exatos termos da r. sentença:
“O pedido de ser rejeitado, pois não restou provado o valor, em espécie, do prejuízo financeiro supostamente causado pelo Réu à Autora, o que afasta o disposto no art. 159 da Lei n. 6.404/76. Em que pese a prova do ato desleal do Réu, o pedido da Autora deve ser indeferido, pois também não se provou a intenção dolosa do Réu.
Julgo improcedente o pedido, condeno a Autora ao pagamento das custas processuais e fixo honorários sucumbenciais de R$ 20.000,00 em favor do patrono do Réu.”
As partes foram intimadas acerca da prolação da sentença em 18/10/2021. Em contato com o seu escritório, a Autora manifestou seu interesse na reforma da decisão, em instância superior. Elabore a peça adequada para a defesa dos interesses dos clientes.
V. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
V.I. Definição: nos termos do art. 50, CC, quando houver abuso da personalidade jurídica, manifestado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial, pode ser retirado o véu protetivo para que o patrimônio pessoal dos sócios responda pelas obrigações sociais.
V.II. Não se confunde com:
V.II.I. Dissolução de sociedade → a dissolução tem o viso de acabar com a sociedade. Já na desconsideração, não se pretende retirar a personalidade ou extinguir a sociedade, mas tão somente levantar a proteção patrimonial dos sócios advinda da personalidade jurídica.
V.II.II. Responsabilidade de administrador → a responsabilidade do administrador é matéria interna corporis. Dessa forma, não é caso de desconsideração.
V.II.III. Responsabilidade ilimitada de sócio → nestes casos de sociedades despersonificadas, como a sociedade em conta de participação e em comum, não é necessário o requerimento para a desconsideração. Isso porque, nestes casos os sócios já respondem solidária e ilimitadamente.
Outro caso de responsabilidade ilimitada é daqueles modelos societários que geram esta responsabilização. Também há o caso dos sócios deliberarem matéria ilícita, caso em que se impõe a ilimitação.
V.II.IV. Despersonificação → com a despersonificação se busca acabar com a personalidade. Na desconsideração pouco importa a personalidade, vez que só se pretende levantar esta personalidade num momento pontual.
V.III. CPC, arts. 133/137
V.III.I. Não é requisito legal fazer provada insuficiência de bens da sociedade. Aliás, ter bens não é impeditivo da desconsideração (REsp 1729554/SP, 4ª Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão).
V.IV. Distribuição nos próprios autos da execução, mediante petição simples.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
IX.I. Títulos de Crédito: a partir do título tem-se a definição de autor (ficar atento se é de fato o credor, inclusive conferindo a cadeia ininterrupta de endossos) e réu, foro competente (foro da praça de pagamento), valor da causa (demonstrativo atualizado de débito).
IX.II. Inicial (formalidades e características): juntar o título (no caso de processo eletrônico, requerer a intimação para apresentar ou depositar no cofre da secretaria);
IX.III. Embargos: matéria ampla, conforme rol exemplificativo do art. 917, CPC.
Quais matérias podem ser invocadas pelo executado em sede de embargos? Matérias amplas, o art. 917 não é taxativo. 
A ausência do protesto pode ser invocada pelo suposto devedor principal? A duplicata muitas vezes é recusada, precisa estar acompanhada do protesto, vencida...
Se o título está na mão, vencida, presunção de não pagamento relativa – devedor pode provar que houve o pagamento. Juiz defere a cautelar de não registro do título. Ação declaratória de inexigibilidade do título, ele não é nulo, é válido, só não é mais exigível já que já foi pago. 
Construtora – prédio em Nova Lima (contratante empresa de SP) – empreitada por fases – parcela final 30% na entrega da obra -> por meio de duplicata 
Ação monitória: 
A contratante alegou que a obra não estava finalizada, por estar diferente do projeto, era má-fé da contratante -> mudaram o leiaute de determinado lugar e exigiram que mudassem o projeto, mas por escolha deles, o que gerou outros gastos. Não pode executar tudo em uma ação só, o credito garantido pela duplicada seria ação de execução e ação monitória para cobrar os demais gastos gerados nos adicionais das mudanças do projeto. Pois a ação monitória tem provas como e-mail, conversas, mas não tem um título executivo que possa ser executado diretamente como a duplicata. Se o título é inválido por qualquer motivo, pode entrar com a ação monitória também 
Prazo da ação monitória: não há um prazo na lei. 
Súmula 504 do STJ: O prazo para o ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. 
5 anos contados do dia seguinte ao vencimento. 
Súmula 503 do STJ: O prazo para o ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data da emissão estampada na cártula.
Prescrição do cheque: seis meses contados da data limite para sua apresentação (30 dias se emitido na praça de pagamento e 60 dias quando emitido em outro lugar)
Advogado recebe cheque em pagamento – apresenta o cheque, mas já tinha passado seis meses, então completou o cheque (escrevendo outro mês em cima do já preenchido), apresentou, não foi pago e ajuizou ação de execução. O título já não tinha mais força executiva devido a rasura (adulteração).
FALÊNCIA
 Lei 11.101/2005
 Pressupostos:
1- Condição empresarial do devedor
Qualquer empresário pode ser réu em uma ação de falência? Sim, todos os empresários (empresário individual, EIRELI, sociedades empresárias)
Só o empresário regular pode falir? Não
Para pedir a própria recuperação judicial o empresário precisa ser regular, mas para falir qualquer empresário fale, inclusive um empresário de fato
Para um empresário requerer a falência de outro empresário, é preciso demonstrar sua regularidade para ter legitimidade ativa
Tanto empresário de fato quanto de direito. Podem ser falidos: EIRELI, sociedade simples, sócio de sociedade responsabilidade ilimitada, sociedade de trabalho temporário.
· Produtor rural
O produtor rural pode falir, mas nem sempre
Art.974, CC: é facultado ao produtor rural ser tratado como empresário ou não
Então, se o produtor rural se registrar na junta comercial como empresário, ele poderá falir
Tem quem entenda que para ser tratado como empresário, o produtor rural precisa apenas exercer regularmente a atividade e outros que entendem que seria preciso o registro na junta comercial
2- Impontualidade / Insolvência
Art.94, Lei de falência
I- Dívida líquida, vencida e não paga de, no mínimo, 40 s.m. (pode ser a soma de dívidas)
II- Devedor executado, não nomeia bens a penhora, não deposita e não paga
· No processo civil é chamado de execução frustada
· Os Autores de falência gostam de chamar de tríplice omissão
· Nesse caso, não há limite de valor
· Instruir o pedido de falência com uma certidão do processo em que ocorreu a tríplice omissão
III- Atos de falência ou atos ruinosos
· Condutas incondizentes com o estado de solvência
· Situações que mostram a intenção de favorecer um credor em detrimento de outros ou dilapidar o patrimônio da sociedade
 → Impontualidade é uma questão de fato, denotada pelo descumprimento da obrigação no prazo acordado (art. 94, I, Lei 11.101/2005). Insolvência corresponde ao estado de descumprimento de obrigação, como é o caso da execução frustrada (art. 94, II).
Nos termos do art. 94, portanto, o empresário que se sujeita à falência é aquele impontual, insolvente ou que pratica atos ruinosos.
3- Decisão judicial transitada em julgado
Coloca fim na primeira fase do processo
Competência: 
Art.3, Lei de falências: O principal estabelecimento do devedor
O que se entende como principal estabelecimento do devedor?
· Corrente preponderante: local onde está localizado o centro administrativo da sociedade – onde se toma decisões.
· Corrente 2: local onde existem mais bens da sociedade
Poderia querer mudar o centro administrativo antes de declarar a falência para dificultar os atos dos credores, hoje com o processo eletrônico é mais difícil. 
Art. 94: 1. Impontual: dever, mesmo tendo recursos para pagar. 2. Devedor que numa ação prévia, devidamente intimado, não paga, deposita ou nomeia bens à penhora – execução frustrada
Petição Inicial
Demonstrar os requisitos que justificam o pedido da falência
Contestação
Tem particularidades:
Prazo: 10 dias e não de 15 dias
Possíveis alegações:
· Ilegitimidade ativa ou passiva
· Juízo incompetente
· Dívida prescrita ou já paga
· Ocorrência de novação
· Título fraudado
· A matéria de defesa é ampla
· Depósito elisivo
No prazo de 10 dias, o Réu pode contestar a ação e não fazer o depósito, contestar a ação e fazer o depósito de forma acautelatória (o depósito elisivo impede o juiz de decretar a falência – se reconhecer as alegações do Réu, ele levantará o que depositou; se não reconhecer, converte-se em ação de cobrança) ou não contesta a ação e oferece o depósito
Com o depósito elisivo, afasta-se a presunção jurídica de insolvência
Deve requerer na contestação a condenação do Autor em perdas e danos na forma do art. 101.
Também há a possibilidade de realizar o depósito elisivo, o qual tem por finalidade demonstrar que o devedor possui condição de pagar, mas que pretende discutir as questões em tela (art. 98, parágrafo único). Caso seja julgado improcedente a falência, pede-se a devolução do valor atualizado.
Deve requerer-se na contestação a condenação do autor em perdas e danos na forma do art. 101.
Sentença de falência 
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
I – Conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores;
II – Fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência;
IV – Explicitará o prazopara as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1º do art. 7º desta Lei;
V – Ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º desta Lei;
VI – Proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo; Por força da dissolução da sociedade, a atividade econômica da empresa terá fim. O juiz pode permitir a atividade provisória.
VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei;
VIII - ordenará ao Registro Público de Empresas e à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil que procedam à anotação da falência no registro do devedor, para que dele constem a expressão “falido”, a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei;       (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
IX – Nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei; Se parece muito com a figura do liquidante, mas não se confunde. 
X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido; Finalidade de encontrar os bens
XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei; A regra é a lacração do estabelecimento, paralização das atividades econômicas, mas o juiz pode excepcionalmente permitir a continuação provisória das atividades econômicas – para evitar aumentar o prejuízo dos credores – por exemplo, se a atividade tem relação com bens perecíveis, se lacrar o estabelecimento, haverá muitas perdas de leites, frigorífico... ou fábrica de telefonia móvel, se não terminar de fabricar o lote, em dois anos aquela mercadoria será ultrapassada e não será convertida em dinheiro através das vendas para arcar com as dívidas.
XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembleia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência;
XIII - ordenará a intimação eletrônica, nos termos da legislação vigente e respeitadas as prerrogativas funcionais, respectivamente, do Ministério Público e das Fazendas Públicas federal e de todos os Estados, Distrito Federal e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência.      (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)     (Vigência) Princípio da Publicidade 
§ 1º O juiz ordenará a publicação de edital eletrônico com a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores apresentada pelo falido.   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
§ 2º A intimação eletrônica das pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração pública indireta dos entes federativos referidos no inciso XIII do caput deste artigo será direcionada:   (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
I - no âmbito federal, à Procuradoria-Geral Federal e à Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil;       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)   (Vigência)
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, à respectiva Procuradoria-Geral, à qual competirá dar ciência a eventual órgão de representação judicial específico das entidades interessadas; e     (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
III - no âmbito dos Municípios, à respectiva Procuradoria-Geral ou, se inexistir, ao gabinete do Prefeito, à qual competirá dar ciência a eventual órgão de representação judicial específico das entidades interessadas.       (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)    (Vigência)
§ 3º Após decretada a quebra ou convolada a recuperação judicial em falência, o administrador deverá, no prazo de até 60 (sessenta) dias, contado do termo de nomeação, apresentar, para apreciação do juiz, plano detalhado de realização dos ativos, inclusive com a estimativa de tempo não superior a 180 (cento e oitenta) dias a partir da juntada de cada auto de arrecadação, na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei. 
Relatório e fundamentação: inciso I 
Fundamentação e Dispositivo: a partir do inciso II, mais grande parte se trata do dispositivo. 
O art. 99, Lei n. 11.101/2005 determina os requisitos da sentença da falência. Um deles (inciso II) é a fixação do termo legal da falência que é o momento a partir do qual se considera que a falência produz os seus efeitos (este termo retrotrai até 90 dias da data do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou da data do 1º protesto não pago).
A regra é que o estabelecimento falido será lacrado, pois não é função do administrador judicial dar continuidade, salvo se for realmente relevante a manutenção do funcionamento da empresa.
Recurso cabível contra essa sentença que decreta falência, cabe agravo de instrumento. Da sentença que denega cabe apelação (pedir efeito suspensivo). A sentença que declara a sentença não põe fim ao processo, uma vez que é uma fase pré-falimentar, a partir da decretação da falência que se inicia a fase falimentar. 
Restaurante Rua Direita Ltda. é sociedade empresária regular, constituída em 1990, tendo sede em Ouro Preto/MG, além de uma única filial, recentemente inaugurada em Mariana/MG (nessa cidade, as atividades são incipientes, se comparada à sede). O objeto social é o comércio de alimentos e bebidas, mercado que ficou muito abalado no Brasil, após as medidas de distanciamento social decorrentes da pandemia do Covid-19, a partir de março de 2020.
A sociedade passa por aguda crise econômico-financeira, pois sofreu abrupta diminuição no faturamento durante quase todo o ano de 2020, vez que dependia do turismo nas cidades históricas mineiras, – o que a deixou com dificuldades de honrar seus compromissos diversos com empregados, prestadores de serviços, fornecedores etc. –, somado ao fato de que a sociedade já estava descapitalizada, em razão das dívidas contraídas para reforma do imóvel alugado e para aquisição de mobiliário para a filial em Mariana, inaugurada em dezembro de 2019. Tudo isso fez com que ela não conseguisse se manter em dia com suas obrigações, o que levou a um passivo de aproximadamente R$ 90.000,00. Em abril de 2021, foi ajuizada ação de falência por Distribuidora de Bebidas Mineira Ltda., em razão do seu crédito, materializado em 8 duplicatas, vencidas e não pagas, devidamente protestadas em março e abril de 2021, que perfaziam R$ 44.531,70, devidamente atualizados até a data do ajuizamento da ação. A ação de
n. 5142716-89.2021.8.13.0461, tramita perante a 1ª Vara Cível de Ouro Preto/MG. Apresentada a defesa tempestivamente, sem depósito elisivo, a Ré argumentou que é boa pagadora, que a crise decorre de fatos externos e força maior, e que os pressupostos para a decretação da falência não estavam todos presentes, vez que uma das duplicatas, no valor de R$ 6.000,00, foi quitada após a lavratura do protesto, que deveria ter sido cancelado, justificando, inclusive, indenização em favor da Ré. Apesar isso, o magistrado houve por bem julgar procedente o pedido, decretando a falência do Restaurante Rua Direita Ltda.:
“POSTO ISTO, e por tudo mais que dos autos consta, DECRETO A FALÊNCIA de Restaurante Rua Direita LTDA., conforme art. 99, da Lei 11.101/05, fixando o termo legal de quebra em 4 DE OUTUBRO DE 2019, nonagésimo (90º) dia anterior ao 1º(primeiro) protesto por falta de pagamento, nos termos do art. 99, II da Lei 11.101/05, levando-se em consideração apenas os protestos das duplicatas.”
ARRECADAÇÃO DE BENS:
Arrecadação corresponde à congregação do acervo patrimonial do falido para formar a massa falida.
Ação de restituição: nos termos do art. 85, Lei 11.101/2005, o terceiro que é proprietário de bem que foi arrecadado, pode ajuizar a ação de restituição para recuperar o respectivo bem.
Na impossibilidade de restituição da coisa,  o art. 86 permite que haja a restituição em dinheiro pelo valor equivalente do bem.
A restituição também pode recair sobre coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada, consoante parágrafo único do art. 85.
O valor da causa será idêntico ao do bem.
Embargos de terceiro: nos casos em que não couber a ação de restituição, poderá o credor opor embargos de terceiro.
Por exemplo: o devedor aluga imóvel para determinada pessoa, quando tem sua falência decretada. O locatário, contudo, querendo manter vigente o contrato de locação, pode opor embargos de terceiro perante o juízo falimentar.
AÇÃO RESTITUITÓRIA 
· Lei 11.101, Arts. 85/93
· Hipóteses
· O administrador judicial arrecada os bens que sejam de propriedade do falido e não estejam em sua posse, assim como os bens que não sejam de propriedade do falido, mas estejam em sua posse
· Autor
· Ação do proprietário do bem arrecadado
· Vendedor que vendeu a crédito para o falido e entregou a mercadoria nos 15 dias anteriores ao requerimento da falência
· Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição.
· Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada.
· Art. 87. O pedido de restituição deverá ser fundamentado e descreverá a coisa reclamada.
· § 1º O juiz mandará autuar em separado o requerimento com os documentos que o instruírem e determinará a intimação do falido, do Comitê, dos credores e do administrador judicial para que, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, se manifestem, valendo como contestação a manifestação contrária à restituição.
· § 2º Contestado o pedido e deferidas as provas porventura requeridas, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, se necessária.
· § 3º Não havendo provas a realizar, os autos serão conclusos para sentença.
· Ação restituitória X Embargos de terceiros
· Embargos de terceiro é genérico, previsto no CPC
· Não há fungibilidade entre as ações
· Se não couber ação restituitória, caberá embargos de terceiro
· Art. 93. Nos casos em que não couber pedido de restituição, fica resguardado o direito dos credores de propor embargos de terceiros, observada a legislação processual civil.
· Ex: quando o terceiro não tiver propriedade, mas sim posse
AÇÃO REVOCATÓRIA
 Tem por base o art. 130 da Lei n. 11.101/2005, que traz os requisitos que devem ser demonstrados: fraude entre devedor e terceiro que gerou prejuízo para a massa falida.
Legitimação ativa (art. 132, LRF): qualquer credor, administrador judicial e o Ministério Público.
Legitimação passiva (art. 133, LRF): contra os que figuraram no ato, terceiro adquirente e contra os respectivos herdeiros ou legatários.
O valor da causa corresponderá ao quantum do negócio jurídico que se pretende anular, por exemplo: se se busca a invalidação de determinado título, o valor deste será o valor da causa.
Pedido principal: anulação do negócio jurídico para que o bem volte à massa falida e sirva de pagamento aos demais credores.
Matérias excluídas da prova: dissolução de sociedade e responsabilização de sócio.

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