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1 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 2 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 3 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 6 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Silvia Cristina da Silva 7 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S A Psicopedagogia é a disciplina que aplica o conhecimento psicológico e pedagógico à educação, ou seja, é uma ciência aplicada na qual se fundem a Psicologia e a Pedagogia, cujo campo de aplica- ção é a educação, para o qual fornece métodos, técnicas e procedi- mentos para alcançar um processo de ensino-aprendizagem adaptado às necessidades do aluno, procurando prevenir e corrigir dificuldades que surgem no indivíduo durante o processo de aprendizagem. Cabe ressaltar que a principal função da Psicopedagogia no campo da edu- cação escolar é o estudo, a prevenção e a correção das dificuldades que um educador pode ter no processo de aprendizagem. Em ter- mos gerais, a função da Psicopedagogia é o estudo do problema atual enfrentado por uma pessoa, detectando e definindo seus potenciais cognitivos, afetivos e sociais para um desenvolvimento melhor e mais saudável nas atividades que realizam. Psicopedagogia. Institucional. Práticas Escolar. 9 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 APLICABILIDADE DA PSICOPEDAGOGIA À ESCOLA Apresentação do Módulo ______________________________________ 10 12Sobre a Psicopedagogia e os Psicopedagogos __________________ CAPÍTULO 02 A APRENDIZAGEM E A APLICAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA INSTI- TUCIONAL Modelos Psicopedagógicos de Aprendizagem __________________ 30 26Recapitulando ________________________________________________ Recapitulando _________________________________________________ 44 CAPÍTULO 03 INDISCIPLINA NA ESCOLA À LUZ DA PSICOPEDAGOGIA Conceitos e Aplicações sobre a Indisciplina ____________________ 49 Teorias Psicológicas ___________________________________________ 56 Recapitulando _______________________________________________ 64 Considerações Finais ___________________________________________ 69 Fechando a Unidade _________________________________________ 70 Referências ____________________________________________________ 73 10 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S A pedagogia contemporânea concebe o homem como uma energia ativa e criativa. É possível ver a educação como um processo vivo que permite ao homem reagir adequadamente às mais diversas circunstâncias. Essas reações são congênitas ou adquiridas. Um dos problemas da educação é organizar essa crescente variedade de rea- ções, cujo propósito é contribuir para a realização de atitudes cada vez mais eficazes em um mundo que é capaz de melhorias incessantes. Como resultado da pesquisa sobre a pedagogia psicogenética, uma série de pesquisas sobre a consideração psicológica do evento educacional estabeleceu-se em trabalhos com os nomes de psicologia educacional, psicologia educacional etc. No entanto, a palavra psicopedagogia nascida alguns anos mais tarde, adquiriu a sua conotatividade cerca de trinta anos atrás, especial- mente em autores de língua francesa e, em seguida, em italiano. Em 1935, é claramente definida pelo famoso ensaio de R. Buyse sobre a pedagogia experimental, que a designa como o estudo do aluno em suas diversas capacidades e possibilidades, que é frequentemente usado por R. Zazzo e H. Wallon, do qual se traduz a concepção operacional da psicologia. Em seu primeiro uso, a palavra "psicopedagogia" parece, por- tanto, indicar um setor da psicologia aplicada; mas quando, em 1957, definida como "um ensino de base científica em psicologia infantil". A diferença não depende nem de uma mudançade perspectiva decidida e segura, nem de uma orientação diversificada dos temas escolhidos. Em geral, a palavra "psicopedagogia" encontra sua fortuna na França e na Itália; e corresponde à expressão alemã PädagogischePsy- chologie e à psicologia educacional inglesa. Alguns preferem a deno- minação "psicologia pedagógica" ou "psicologia da educação" à mais utilizada "psicopedagogia". Foi a partir da década de 1980, quando o campo da Psicolo- gia Educacional, é o quadro teórico do construtivismo, que a aplicação da psicologia cognitiva aparece para a educação. Nesta perspectiva, memória, esquecimento, transferência, estratégias, dificuldades e de- terminantes da aprendizagem (inteligência, motivação, personalidade, criatividade, necessidades especiais), interação educacional, disciplina e controle na sala de aula, avaliação, leitura, fracasso escolar, resolu- ção de problemas etc., constituem hoje os temas da Psicopedagogia. Em resumo, a psicopedagogia é desenvolvida no âmbito de sistemas sociais dedicados à educação em todos os seus diferentes níveis e modalidades; tanto nos sistemas formais como nos informais e, ao longo do ciclo de vida da pessoa, ela serve principalmente ao processo de ensino-aprendizagem de forma independente, do seu pes- 11 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S soal, grupo, social, saúde etc., estudando no sentido mais amplo de treinamento e desenvolvimento pessoal e coletivo deste processo, seus métodos, técnicas, resultados, alterações, possíveis melhorias etc. Logo, o trabalho profissional do psicopedagogo atualmente apresenta grandes desafios, especialmente ao abordar o processo de aprendizagem no setor da educação formal, como o papel do professor puramente expositivo torna-se algo tolo em uma época em que o aluno acessa informações com apenas um clique no teclado. 12 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S SOBRE A PSICOPEDAGOGIA E OS PSICOPEDAGOGOS A psicopedagogia pode ser caracterizada como uma disciplina social e humana com limites difusos sobre "a fronteira entre as ciências sociais e humanas mostrado, mas inexistente, pelo menos não claro ". Ela construiu seu objeto de estudo em um processo constante de diá- logo com a realidade social histórica e humana e com outros campos disciplinares que contribuem para a compreensão do sujeito em uma situação de aprendizagem. A psicopedagogia lida com as características da aprendizagem humana: como aprender, como a aprendizagem varia, como e por que há alterações na aprendizagem, como promover processos de aprendi- zagem. Qual é a relação entre aprender e saber? Quais são os disposi- APLICABILIDADE DA PSICOPEDAGOGIA À ESCOLA TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 12 13 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S tivos básicos para aprender? Questiona-se também sobre os fatores e condições que facilitam ou dificultam a aprendizagem do assunto: quais são as diferentes dificuldades que podem surgir e dificultar as possibi- lidades de aprendizagem do assunto? Etc. A psicopedagogia tenta res- ponder a essas perguntas cobrindo o problema educacional, tornando conhecidas as demandas e os obstáculos humanos. O núcleo integrador de todo o desempenho psicopedagógico deve ser o desempenho de ações para capacitar e otimizar a aprendi- zagem das pessoas. De uma posição que engloba questões éticas, as ações do psicólogo educacional devem permitir e capacitar o sujeito a construir sua autonomia moral e intelectual. Nós aderimos a um conceito disciplinar pelo qual entendemos que a intervenção psicopedagógica é sempre uma intervenção clínica, no sentido de uma metodologia, uma posição, uma estratégia de abordar seu objeto cuja característica é ser "particularizante" dando importância ao original. Há convergência de fatores envolvidos e um modo de inter- venção profissional que inclui o psicopedagogo como um participante comprometido, qualquer que seja o campo de trabalho (escritório, escola etc.), reconhecendo os fenômenos da transferência e da implicação. A psicopedagogia, para dar conta de seu objeto (o assunto em situações de aprendizagem normal ou patológica) requer uma teoria "psicológica" evidenciando a relação e / ou articulação dos níveis inte- lectuais físicos e/ou orgânicos envolvidos no processo de aprendizagem ao mesmo tempo que a situação intersubjetiva (contexto sociocultural) necessária para que isso ocorra. Embora a psicopedagogia seja uma disciplina com uma história curta, a questão sobre sua existência é uma constante que ainda permanece em seu campo. É discutido que a psicopedagogia é sobre aprendizagem, e aprendizagem envolve perguntar e pensar, aprender abrindo um espa- ço e perguntando, além de articular três instâncias: ignorância, conhe- cimento e desejo de saber. A solução não é para cancelar a questão, porque o problema não está em questão, mas a quem a pergunta é diri- gida e o que é formulado. Há várias formas de posicionar antes de uma pergunta, pois o que pensamos e acreditamos precisa ser apropriado. A aprendizagem do sujeito que articula o sujeito desejante com o sujeito conhecedor, torna-se um corpo, em um organismo individual e instituidor do corpo em um sistema instituído de organismo social. A aprendizagem de um indivíduo é feita de acordo com o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo em relação a outro indivíduo, isto é, só é possível dentro de um relacionamento vinculado. A função que cum- pre o processo de aprendizagem é possibilitar a adaptação criativa do indivíduo, sua humanização, com o desenvolvimento simultâneo como 14 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S sujeito subjetivo,epistêmico e social. A psicopedagogia diferencia um objeto real como um indiví- duo que vive humano em um determinado contexto sócio-histórico, que sendo muito complexo e integrado demanda múltiplos olhares do objeto construído, onde o assunto aprendiente se dá a partir de um acordo mú- tuo, aborda-o escutando, observando, captando suas representações, suas percepções, suas falas, seus sentimentos sobre o que está acon- tecendo com ele, sobre suas práticas e, a partir dessa prática continua a intervenção de acordo com as atribuições profissionais. O objeto do estudo psicopedagógico, sujeito da aprendiza- gem, leva-nos a uma realidade complexa que exige uma abordagem de modelo estrutural, dinâmico e sistêmica e a necessidade de interpelar outros campos disciplinares (incluindo a psicanálise estande, a epis- temologia genética, a psicologia social, a neurologia, a psiquiatria, a linguística, a aantropologia e a sociologia), que permitem ao psicólogo educacional compreender a realidade de seu objeto, reconhecendo que ele nunca será capaz de compreendê-lo em sua totalidade. Desenvolvimentos teóricos e psicopedagógicos passaram a incluir o aprendiz como sujeito de conhecimento, sujeito de desejo e su- jeito social, onde este assunto está submetido a aspectos inconscientes que apontam para outro assunto, que tem um vínculo amoroso e outro assunto cultural sem o qual você não pode desenvolver as suas es- truturas corporais, orgânicas, psicológicas e cognitivas e afetivas para permitir a sua humanização. O psicólogo educacional, para investigar o assunto, chamado de aprendente fala a partir de sua própria história como um sujeito da aprendizagem, sua personalidade está envolvida em suas práticas, re- sultando em um processo no qual pesquisador e sujeito-objeto influen- ciam um ao outro. Este, o psicólogo educacional exige, doponto de vista ético, ter certas precauções. A aprendizagem é um processo múltiplo que inclui vários fenô- menos, pois coloca o sujeito em contato com a realidade interna e exter- na que observa, analisa, relaciona, internaliza, representa e conceitua a partir de sua ação e reflete sobre ela. Entendemos que o assunto se tornará tal como aprendente efetores (diz respeito à aprendizagem) porque o processo de aprendizagem é uma "apropriação" que não só permite a apreensão da realidade, mas também a construção de autoi- dentidade individual do aluno. O ser humano está imerso em um processo contínuo de apren- dizagem, o que lhe permite construir e incorporar conhecimento. Isso su- põe a transmissão, aquela que nos remete ao "outro"; um "outro" ao qual o sujeito percebe ter um conhecimento válido e significativo para ele. O 15 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S tema da aprendizagem envolve a pessoa como um todo, em sua realida- de biopsicossocial e espiritual. A partir dessa realidade, a aprendizagem é construída em um referencial que considera os aspectos subjetivos, cognitivos, sociais e orgânicos em um relacionamento dinâmico. A aprendizagem envolve a dinâmica de um sistema de estrutu- ras inconscientes. A concepção sustentada faz com que seja necessário desmistificar a aprendizagem como um processo que só passa pelo es- tágio da educação sistemática ou, que só tem a ver com a recepção do conhecimento acabado e construído por outros, que determina a posse do conhecimento. O produto de enriquecimento da transformação pelo aprendi- zado não só possibilita o crescimento, desenvolvimento e transcendên- cia da pessoa através da transmissão-incorporação do cultural, mas também da cultura que é nutrida a partir da recriação pelo sujeito. Nesse sentido, sustentamos que, ao nos referirmos ao apren- diz, também nos referimos ao sujeito da cultura. A partir da prática da psicologia, é promovido, através da aprendizagem e sem negar os de- terminantes socioculturais do autor, o desenvolvimento pessoal de pen- samento e ação para permitir adaptações criativas. Por isso, tem sido de fundamental importância, considerando o método clínico de aborda- gem do tema, a ética da psicanálise traduzida em uma ética psicopeda- gógica leva a reconhecer a singularidade de cada sujeito. Reconhecer cada sujeito em sua diferença e respeitar o seu lugar como sendo de língua e cultura (desmascaramento) de ilusões da função de perfeição e saber que a aprendizagem não pode ser engano- sa e prejudicial. Entendemos que o assunto se tornará tão massivo, porque o processo de aprendizagem é uma "apropriação" que não só permite a apreensão da realidade, mas também a construção de autoidentidade individual do aluno. Por outro lado, a capacidade de diálogo com outros profissionais protege a criança de exposições indesejadas. Dai, a psicopedagogia mos- tra traços de desafio pós-moderno o cientificismo positivista que o rigor. Segundo Bossa (2007), apresentamos abaixo algumas das ca- racterísticas atribuídas a ciência moderna: ■ Descrever uma diversidade fragmentada, com infinitas práti- cas téoricas. ■ Estudar a gênese e as mudanças, as evoluções e as crises. ■ Considerar o produto das teorias registradas no mundo e explorá-las. 16 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Figura 1 – Traços da psicopedagogia Fonte: Elaborado pela autora (2019) ■ Considerar a ciência como parte integrante da cultura em que se desenvolve. ■ Perguntas de estudo rejeitadas pela ciência clássica. O co- nhecimento psicopedagógico é integrado e enriquecido com outras dis- ciplinas: psicologia, pedagogia, medicina, sociologia, antropologia, ética e economia. E reconhece a intervenção do cultural e do histórico em seu campo de trabalho, revendo e desconstruindo os tópicos que se cruzam nos chamados "problemas de aprendizagem" sistemáticos e não sistemáticos, implícitos e explícitos. Entre as várias disciplinas que contribuem para a psicopedago- gia, encontramos, de acordo com Bossa (2007): Tabela 1 – Disciplinas que contribuem para a psicopedagogia institucional 17 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 18 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 19 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 20 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 21 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A SFonte: Bossa, 2007. O psicólogo educacional é o profissional universitário que lida com o ser humano em uma situação de aprendizagem, no campo da educação e da saúde mental, a fim de otimizar suas possibilidades de aprendizagem. O ensino de graduação promove a formação de profis- sionais para orientar e ajudar o sujeito no processo de aprender com as estratégias de intervenção para garantir a propriedade do objeto de co- nhecimento, possibilitando a abertura de espaços para a simbolização e promoção da saúde em aprender (entendida como um processo que permite a socialização, a objetivação e a subjetivação simultaneamen- te), isto é, permitir o desenvolvimento de pessoas capazes de pensar e agir de forma autônoma e responsável. Espera-se que o psicólogo seja competente para realizar as suas atribuições profissionais e identificado por sua sensibilidade e compromisso com a sociedade da qual ele faz parte, escutando e dando respostas às reivindicações que fazem da sua intervenção específica. Espera-se que o perfil profissional se caracterize por ter: ■ Axiologia focada em valores espirituais e humanos. 22 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Figura 2 – Aprendizagem Fonte: Elaborado pela autora (2019) ■ Conduta ético-profissional perante o paciente. ■ Disposição para se comprometer com a sociedade em que vive. ■ Capacidade de autonomia nas decisões. ■ Pesquisa constante de independência de critérios para auto- aperfeiçoamento. ■ Capacidade de responder à frustração. ■ Nível adequado de autoavaliação da atitude criativa. Em relação ao desenvolvimento da identidade profissional do psicólogo educacional, expressa-se que toda profissão supõe um pro- cesso de aprendizagem e desenvolvimento que implique ou abranja todas as etapas da vida. Treinar profissionalmente é um desafio que envolve história pessoal ou pelo menos até que se decida "fazer" ou "estar fazendo" de certa maneira no mundo. Nesse sentido, é que se defende que a formação acadêmica do psicólogo educacional é um momento importante, como tempo inter- no e externo a se formar em relação aos outros; No entanto, é possível reformular o passado junto com o significado do presente, enquanto nossa própria história, especialmente a nossa história como um apren- diz no assunto, e também enquanto projetando-nos para um futuro onde deve haver aos psicopedagogos relação pessoal cultural-histórico-so- cial e experiências de intervenção. (CÔRTES, 2009). A partir dessa concepção, acredita-se que nunca se é um psi- cólogo educacional, mas que "se torna". Delinear os psicopedagogos é uma tarefa que fazemos todos os dias, cada um de nós que escolhemos acompanhar o aluno individual, para criar espaços e tempos lógicos que incentivem o pensamento, aprendendo junto com os outros, para dar respostas pessoais para o que acontece no dia a diano desenvolvimen- to pessoal de identidade profissional, onde este ocorre ao longo da vida e é articulado, entre outros, em três realidades que são simultaneamen- te limites e possibilidades: 23 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 1- psicologia educacional como disciplina – instituindo práticas so- cialmente sustentadas e controladas através da teoria normativa e colegial. 1 - quadros – os determinantes sócio-históricos da evolução da disciplina e as demandas às quais procura dar respostas. 2 - para a impressão de que a singularidade de cada institui- ção de ensino, com seus próprios ideais e características premiem seus graduados. Diante da pergunta: o que significa a formação acadêmica do psicólogo educacional? A primeira idéia é que trata-se de um período importante nas vicissitudes do delineamento de psicopedagogos, à me- dida que recupera seu passado e projeta-se no futuro. Uma segunda idéia surge se à questão anterior associamos ou- tra que pode ser expressa da seguinte maneira, sobre o que é a formação acadêmica? Tentando uma resposta breve, dizemos que trata-se da aqui- sição de conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais, explí- citos ou não, em uma proposta curricular. Notamos que se a formação acadêmica é legítima e prioriza a aquisição de conhecimentos teóricos e técnicos, dando um papel secundário à atitude não há possibilidades de adquirir habilidades que permitam que o graduado tome uma posição contra a psicopedagoagia caracterizada como aprendente no assunto. Não é o conhecimento, nem sempre explícito no desenvolvi- mento curricular, adquirido na reunião de alunos com professores em que seus psicopedagogos na sala de aula o entendem como um espaço de confiança, onde o professor "segura" e oferece "andaimes", com as suas intervenções para o aluno que pode realizar a construção do seu espaço de aprendizagem, subjetivo-objetivo, construído entre as pesso- as que ensinam e aprendem que cada aluno e cada professor possibilita o encontro, o diálogo e a reflexão no aqui e agora na sala de aula e que engloba a história passada e permite a criação de projetos futuros. Na formação profissional, distinguir, por um lado, a disciplina te- órica que procura sistematicamente o pensamento a partir de conceitos construídos em teorias, impõe que cada profissional tem um treinamento de dever ético conhecer e, por outro lado, a prática psicopedagógica que exige o encontro de pessoas e, portanto, não pode ser entendida como a simples aplicação de teorias, uma vez que trabalhamos sempre com seres humanos (individuais e singulares). Nas intervenções psicopedagógicas somos guiados não apenas pelos parâmetros teóricos, mas essencialmen- te pelos parâmetros que a mesma pessoa indica, pois é ela quem nos guia. A disciplina demarca um campo de conhecimento sistematiza- do que possui lógica própria e possibilita seu aprendizado. A proposta curricular é transdisciplinar, pois o estudo do ser humano em situação de aprendizagem não é uma questão de adicionar parcialidades, uma 24 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S vez que a realidade da aprendizagem do homem transcende o orgâni- co, o psicológico, o sociológico ou o pedagógico. Em outras palavras, o sujeito em situação de aprendizagem refere-se a um objeto complexo que exige um modo de pensar que res- peite essa complexidade, ou seja, que busque o conhecimento da inter- dependência das diferentes dimensões que a constituem e reconheça essa realidade. É relacional buscar conhecimento do diverso e único. Os conteúdos projetados a partir de diferentes eixos ou dimen- sões fornecem diferentes contribuições para este eixo como a integri- dade anatômica do organismo na infraestrutura neurofisiológica que permite aprendizagem de esquemas de conservação e de coordenação que o envolve. Figura 3 – Proposta curricular Fonte: Elaborado pela autora (2019) O eixo psicológico refere-se, entre outras contribuições, àque- las fornecidas por diferentes Escolas Psicológicas ao conhecimento do normal e do patológico, do ponto de vista genético-estrutural. O eixo so- ciológico, como disciplina que estuda os fenômenos sociais produzidos pelas práticas dos sujeitos dentro de um contexto histórico-cultural, nos fornecerá ferramentas para pensar sobre o impacto dessas práticas nas possibilidades da aprendizagem situada. O eixo pedagógico fornece a abordagem do fato pedagógico, os métodos e técnicas e procedimentos de aprendizagem, tanto em re- lação ao aprendizado do sujeito normal quanto ao que sofre alterações. O eixo ético-filosófico em que ocorre a ação do psicólogo educacional só pode ser desenvolvida em um quadro axiológico. A preparação par- cial de psicopedagogo reflete as formações unilaterais: ■ o psicopedagogo trabalhando como um mestre diferencial. ■ o psicopedagogo que não conhece todo o escopo de tarefas preventivas nas quais sua inserção é valiosa. ■ o psicopedagogo que carece de preparação psicológica e clínica para lidar com a pesquisa sobre problemas de aprendizagem. ■ o psicólogo educacional que não possui preparo pedagógico 25 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S e didático. Os estudos acadêmicos são apenas um primeiro momento no trabalho psicopedagógico. Além disso, é preciso procurar por cursos de pós-graduação, trabalho interdisciplinar e em equipes, e também se- rão necessárias orientações de profissionais com maior experiência. É a comunidade de psicopedagogos que desenvolve uma ima- gem do que é a psicopedagogia, permitindo representações coletivas dela e definindo sua própria identidade ocupacional, que nunca é mo- nolítica ou absoluta. Côrtes (2009) afirma que é necessária a contribuição intencio- nal institucionalizada tanto pelas faculdades de Psicologia e pelas asso- ciações de ex-alunos, ajudando a relacionar futuros materiais psicope- dagogos com as práticas profissionais e fortalecer a escolha da carreira. A educação do psicólogo educacional terá como objetivo: ■ Que ele saiba que está incluído, comprometido no campo de suas investigações e que, quando operando, produz um certo impacto. ■ Que ele seja capaz de decifrar e reconhecer as estruturas e processos que atuam na aprendizagem, na sua promoção e nas suas alterações. ■ Que ele aprenda a ser incluído instrumental e operacional- mente, isto é, intencionalmente, em seu campo de ação. ■ Que ele aprenda a manter sempre disponível, na tarefa, uma atitude de pesquisa para perceber os fenômenos, para poder ir além deles. 26 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Serrana -SP Prova: Psicopedagogo A Psicopedagogia trata das questões relacionadas à aprendizagem humana, e um dos principais espaços de atuação do psicopedago- go é o escolar. Nesse espaço, compete a esse profissional: A) estabelecer metas de sucesso/aprovação para os alunos. B) assistir às aulas para apontar os erros que os professores cometem. C) exigir que os professores sigam a um determinado modelo de plano de ensino. D) ensinar os docentes a elaborarem diagnósticos de transtornos de aprendizagem, como no caso do TDAH. E) assessorar os professores na análise do progresso dos estudantes relativamente aos processos de aprendizagem. QUESTÃO 2 Ano: 2010 Banca: ADVISE Órgão: SESC-SE Prova: Psicopedagogo Marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo sobre a área de atuação do psicopedagogo: ( ) A psicopedadogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades. ( ) A psicopedagogia tem um caráter preventivo e terapêutico. ( )O psicopedagogo tanto pode atuar dentro da escola como tam- bém com a família e com a comunidade. ( ) A área de trabalho do psicopedagogo é a de diagnosticar as cau- sas dos problemas de aprendizagem do aluno, porém, não poderá intervir a não ser que um psicólogo autorize tratamento. A ordem correta dos itens é: A) V V F F. B) V F V F. C) F V F V. D) V V V F. E) F F F V. QUESTÃO 3 Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: EMSERH Prova: Psicopedagogo O trabalho do psicopedagogo institucional deve contemplar a ins- tituição escolar como um todo. Assinale a alternativa que NÃO cor- responde ao que Bossa (1999) salienta como aspectos do papel do psicopedagogo: 27 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S A) auxiliar o professor e demais profissionais nas questões pedagógicas e psicopedagógicas. B) orientar os pais. C) preparar as adaptações curriculares. D) colaborar com a direção para que haja um bom entrosamento entre todos os integrantes da instituição. E) ajudar o aluno que esteja sofrendo, qualquer que seja a causa. QUESTÃO 4 Ano: 2010 Banca: BIO-RIO Órgão: Prefeitura de Barra Mansa - RJ Prova: Psicopedagogo - 1 A proposta da Psicopedagogia, numa ação preventiva, é adotar uma postura crítica frente ao fracasso escolar, numa concepção mais totalizante, visando a propor novas alternativas de ação vol- tadas para a melhoria da prática pedagógica nas escolas. O aten- dimento psicopedagógico pode, em determinados casos, recorrer a propostas corporais, artísticas etc., sempre comprometido com o trabalho escolar. Assinale a alternativa que NÃO corresponde à atividade do Psicopedagogo: A) Orientação de estudos. B) Apropriação dos conteúdos escolares. C) Desenvolvimento do raciocínio. D) Modelagem cognitivo-comportamental. E) Atendimento de crianças com necessidades educacionais especiais. QUESTÃO 5 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Sertãozinho - SP Prova: Psicopedagogo Compete ao Psicopedagogo assessorar e orientar os envolvidos no projeto político-pedagógico em intervenções corretivas para promoção de mudanças estruturais que promovam o desenvolvi- mento e a aprendizagem considerando a diversidade. Tendo em vista como foco o trabalho profilático, o psicopedagogo deve: A) utilizar testes como referência para identificar dificuldades. B) promover ações que considerem a diversidade. C) considerar os conteúdos acadêmicos como referência fundamental. D) considerar a defasagem escolar dos alunos, independentemente do projeto político-pedagógico. E) ser o único responsável pela aplicação das ações corretivas. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A psicopedagogia é desenvolvida no âmbito de sistemas sociais dedi- 28 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S cados à educação em todos os seus diferentes níveis e modalidades; tanto nos sistemas formais como nos informais e, ao longo do ciclo de vida da pessoa, serve principalmente ao processo de ensino-aprendiza- gem de forma independente, do seu pessoal, grupo, social, saúde etc., estudando no sentido mais amplo de treinamento e desenvolvimento pessoal e coletivo deste processo, seus métodos, técnicas, resultados, alterações, possíveis melhorias etc. Nesse sentido, descreva a impor- tância do psicopedagogo no sistema escolar. TREINO INÉDITO Sobre a definição da função do psicopedagogo no âmbito da edu- cação infantil, assinale a alternativa correta: a. O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e escla- recer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino- -aprendizagem. b. O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e escla- recer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino sobre economia. c. O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e escla- recer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino sobre política. d. O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e escla- recer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino sobre direitos. e. NDA. NA MÍDIA ESCOLAS MUNICIPAIS DE SP TERÃO PSICOPEDAGOGO PARA PREVENIR BULLYING O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou uma lei que vai implementar a figura do psicopegagogo nas escolas da rede municipal. Esta assistência psicopedagógica terá como objetivo diagnosticar, inter- vir e prevenir problemas de aprendizagem tendo como enfoque o aluno, a pré-escola e a escola, e também atuar como mediador de conflitos para procurar evitar ações de bullying. A lei, de autoria do vereador An- tônio Goulart (PSD), foi publicada na edição desta quinta-feira (25) no "Diário Oficial da Cidade de São Paulo." Fonte: G1 Data: 2013 Leia na íntegra em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/04/lei-ins- titui-funcao-do-psicopedagogo-nas-escolas-da-rede-muncipal-de-sp.html 29 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S NA PRÁTICA PSICOPEDAGOGO: QUAL O GRAU DE FORMAÇÃO É NECESSÁ- RIO PARA ATUAR NA ÁREA? A psicopedagogia é um segmento direcionado ao estudo do indivíduo, buscando decifrar o que acontece com ele durante o processo de cons- trução do conhecimento. O papel do psicopedagogo é avaliar e perce- ber os motivos que estão dificultando o aprendizado do aluno, intervindo de maneira preventiva e proporcionando a eles meios para que expo- nham suas potencialidades, a favor do desenvolvimento do raciocínio. Diante destas caraterísticas é impossível não relacionar a profissão à pedagogia e à psicologia. Esse senso comum acontece justamente pela multidisciplinaridade da área, mas, muito além dessa relação, a profis- são contempla outras questões de ambos os campos. Nesse viés, o ofício de psicopedagogo passou a ser regulamentado e hoje, para seguir a carreira, basta apostar em uma graduação. O curso de ba- charelado em psicopedagogia dá a oportunidade de explorar bastante o mercado de trabalho e, segundo o Projeto de Lei da Câmara n° 31 de 2010 tem como missão formar o profissional para atuar da seguinte maneira: Fonte: Mayanna Marques Data: 2018 Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculda- des/pedagogia/noticias/psicopedagogo-qual-o-grau-de-formacao-e-ne- cessario-para-atuar-na-area PARA SABER MAIS Filme sobre o assunto: Montanha dos gorilas Peça de teatro: O galo e a raposa Acesse os links: https://youtu.be/dxXpUoOEN90/ https://youtu.be/FyLp2Nrbk44 30 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S MODELOS PSICOPEDAGÓGICOS DE APRENDIZAGEM A psicologia educacional como ciência baseia seu objeto de estudo na análise de problemas concretos do processo de ensino- -aprendizagem, o que permite uma intervenção eficiente nos elementos do processo ensino-aprendizagem, a saber: a instituição de ensino, os professores, os discentes e os conteúdos, bem como os processos edu- cativos formais e informais. Neste capítulo vamos destacar a importância de conhecer e aplicar técnicas da psicopegogia ensinando modelos que lhes permi- tam desenvolver seu ensino centrado na aprendizagem. Esses modelos refletem uma psicologia construtiva, na qual um paradigma cognitivo, sócio-cultural e construtivista é identificado da psicologia educacional. A APRENDIZAGEM E A APLICAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 30 31 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Nesta perspectiva, vale a pena mencionar que algumas pro- postas psicoeducacionais são mostradas como ferramentas fundamen- tais para o professor fazer um ensino inovador,que promove ambientes de aprendizagem diversificada de ensino, que envolve inovação do pro- cesso de ensino na qual se incluem agentes de educação: professores, estudantes, estratégias de ensino e conteúdos para garantir a eficácia dos processos de formação dos futuros profissionais. Isso permitirá de- senvolver novas conceituações em torno do ensino, da aprendizagem e da relação com o conhecimento em sala de aula. Esses elementos são concretizados nas estratégias de forma- ção de professores que envolvem os processos de design, desenvolvi- mento e institucionalização das mudanças educacionais. Essas mudan- ças são entendidas como um processo, no qual propostas pedagógicas inovadoras devem ser decodificadas, interpretadas, avaliadas e redefi- nidas pelos professores. Essas estratégias de inovação reconhecem o papel ativo dos professores nos processos de mudança, uma vez que se espera que eles integrem o conhecimento especializado de sua profissão, o desen- volvimento de habilidades e atitudes no trabalho diário com os alunos, conseguindo assim o desenvolvimento das competências de ensino. Sob a abordagem anterior, em seguida, uma série de mode- los educacionais indica que sua principal característica é ser focada na aprendizagem dos alunos e tem a base teórica de paradigmas da psicologia educacional: a cognitiva, o construtivismo e o paradigma do aprendizado sociocultural integrado a propostas didáticas que permitem ao estudante gerenciar sua própria aprendizagem. Nessa mesma perspectiva, busca-se promover o desenvolvi- mento do potencial dos alunos para aprender de forma mais eficaz, pois, esses modelos de ensino permitem ao professor ter um papel estratégi- co para prover certos mecanismos de ajuda pedagógica que potencia- lizam o desenvolvimento de habilidades cognitivas em estudantes. Na universidade houve experiências em algumas instituições do trabalho acadêmico de professores que, nesse processo de ressignificação de seu trabalho, incorporaram essas metodologias, por isso optamos por descrever as características gerais dos seguintes modelos de ensino. 32 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Aprendizagem Baseada em Problemas Figura 4 - O ciclo de aprendizagem na Aprendizagem Baseada em Problemas. Fonte: Lopes, 2017. Esta metodologia responde às demandas que os estudantes têm atualmente para se preparar para entrar em um ambiente de trabalho fle- xível que lhes permita redefinir o que eles têm que fazer, reaprender e em saber como fazer novas tarefas. Os problemas que esses futuros profis- sionais terão que enfrentar atravessam as fronteiras disciplinares e exigem abordagens e habilidades inovadoras para resolver problemas complexos. Este método de ensino é caracterizado pelo desenho de um problema pelo professor, para desenvolver certas competências nos alunos. Da mesma forma, considera-se um método de aprendizagem baseado no princípio da utilização de problemas como ponto de partida para a aquisição e integração de novos conhecimentos. Outra característica é que o aprendizado é centrado no aluno, promovendo nele significativa capacidade de desenvolver uma série de habilidades e competências indispensáveis no ambiente profissional atual. Uma parte importante dessa metodologia é a orientação do pro- 33 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S fessor e tutor, pela qual os alunos devem assumir a responsabilidade pela sua própria aprendizagem, identificando o que eles precisam saber para ter uma melhor compreensão e tratamento do problema que eles estão trabalhando, e determinar onde obter as informações necessárias (livros, revistas, professores, internet etc.). Os professores se tornam consultores estudantis e, desse modo, cada aluno pode personalizar seu aprendizado, concentrando- -se em áreas de conhecimento ou compreensão limitada e perseguindo suas áreas de interesse. No momento em que os alunos confrontam o problema e iden- tificam os tópicos de aprendizagem, a abordagem para o estudo pode ser em grupo ou individual, e eles reanalisam o problema com base em seu conhecimento. Isso permite que eles trabalhem de forma colabora- tiva desde a abordagem original do problema até sua solução, comparti- lhem seus conhecimentos, habilidades, atitudes e valores na resolução. A nova informação é adquirida através da aprendizagem autodi- rigida, como corolário a todas as características descritas acima, na pers- pectiva de currículo centrado no aluno e no professor como facilitador da aprendizagem, espera-se que os alunos aprendam a partir do conheci- mento do mundo real e do acúmulo de experiência em virtude de seu pró- prio estudo e pesquisa. Durante esse aprendizado autodirigido, os alunos trabalham juntos, discutem, comparam e revisam o que aprenderam. Outro princípio cognitivo que fornece essa modalidade é que a aprendizagem é mais rápida quando os alunos têm modalidades de autorregulação da aprendizagem, isto é, para a metacognição. Isso é percebido como um elemento essencial da aprendizagem especializa- da, pois estabelece metas, seleciona estratégias e avalia realizações. As habilidades metacognitivas envolvem a capacidade de monitorar o próprio comportamento de aprendizagem, o que implica estar ciente de como os problemas são analisados e se os resultados obtidos fazem sentido. Um aprendiz perito constantemente julga a dificuldade dos pro- blemas e avalia seu progresso em resolvê-los. O trabalho colaborativo é uma modalidade que é integrada a esta metodologia, através do trabalho em pequenos grupos, a exposi- ção do aprendiz a pontos de vista alternativos é um grande desafio para começar a compreensão. Ao trabalhar em grupos, os alunos expõem seus métodos de resolução de problemas e seus conhecimentos de conceitos, expressam suas ideias e compartilham responsabilidades no tratamento de situações problemáticas. Por estar em contato com dife- rentes pontos de vista sobre um problema, os alunos se sentem enco- rajados a fazer novas perguntas. 34 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Figura 5 – Postura dos alunos Fonte: Elaborado pela autora (2019) De todo o exposto, considera-se que a ABP (Problem Based Learning), está resumida nos seguintes pontos: - Causa conflitos cognitivos em estudantes; - Promove o trabalho em equipe; - Atitude positiva em relação à aprendizagem; - Autonomia do aluno; - Desenvolve as habilidades para aprender; - Metodologia destinada a resolver problemas; - Fortalece o trabalho colaborativo; - A aprendizagem é contextualizada; - Facilita a compreensão de novos conhecimentos, o que é es- sencial para alcançar uma aprendizagem significativa; - Promove a disposição afetiva e motivação dos alunos. Para concluir, nesta metodologia o professor deve ensinar os alunos a aprender, pois com o desenho de problemas e na busca de soluções promove o desenvolvimento de conhecimentos e estratégias cognitivas que fomentam a autoaprendizagem. Aprendizagem Orientada para Projetos Nessa metodologia, os alunos se comprometem a realizar um projeto de trabalho em um tempo específico que contemple situações reais, que envolvam em um processo de pesquisa, promovam soluções criativas e inovadoras e façam uso de novas tecnologias. Os alunos são responsáveis pela própria aprendizagem, pois enfrentam situações que os levam a confrontar, compreender e aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula para propor projetos com- plexos, aplicados à vida real do trabalho, fazendo uso de suas habilida- des, desenvolvendo habilidades cognitivas para um trabalho produtivo e 35 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R OM IN A S aumentando as habilidades de aprendizagem autônoma e profissionais. Essa estratégia envolve estudantes em projetos complexos do mundo real e enfoca os conceitos e princípios de uma ou mais disci- plinas para resolver problemas ou outras tarefas significativas. A apre- sentação dos projetos implica que os alunos compreendam, sintetizem e apliquem os resultados. Esses produtos evidenciam o aprendizado adquirido na realização de seu projeto. Algumas características do Project Oriented Learning, seu acrônimo AOP, são: - Está centrado no aluno; - Os alunos devem entender a tarefa a ser executada, o que se espera deles em cada uma das áreas (conteúdos, habilidades computa- cionais e habilidades), bem como a importância do projeto; - Os alunos devem conhecer as características precisas dos produtos a serem elaborados; - O AOP parte de uma abordagem baseada em um problema real e que envolve diferentes áreas; - Suporta conteúdo acadêmico e apresenta propósitos autênticos; - Oferece oportunidades para os alunos realizarem pesquisas que lhes permitam aprender novos conceitos, aplicar informações e re- presentar seus conhecimentos de diferentes maneiras; - Tem objetivos educacionais explícitos; - É baseado no construtivismo (teoria da aprendizagem social); - Promove a colaboração e a aprendizagem cooperativa; - O professor age como um facilitador; - Requer que os alunos se comprometam e desenvolvam um produto; Figura 6 – AOP Fonte: Elaborado pela autora (2019) - A avaliação é um componente importante do AOP. Para definir um projeto é necessário levar em conta: - Relacionar o conteúdo do projeto a um tópico de outro as- sunto. Os projetos são uma boa oportunidade para criar colaborações interdisciplinares; - Estruturar projetos para que os alunos construam novos co- 36 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S nhecimentos. Além do fato de que os projetos podem ser projetados para que os alunos apliquem o que já sabem, o método do projeto pode ser uma forma de os alunos aprenderem coisas novas. A maioria dos produtos exigirá que os alunos usem o conhecimento prévio e adicio- nem novos conhecimentos e habilidades; - Permitir que os alunos projetem algumas partes do projeto. Inclua atividades projetadas para os alunos planejarem uma estratégia, a fim de alcançar os objetivos específicos do projeto. Essas estratégias podem ser debatidas e criticadas construtivamente pelo restante da tur- ma ou dentro do mesmo grupo de projetos; - Incorporar habilidades da comunidade no projeto. Há muitas maneiras de os alunos contribuírem com suas comunidades enquanto aprendem sobre tópicos acadêmicos tradicionais. Um dos passos mais importantes para a preparação de proje- tos é o planejamento de um projeto, definindo as metas ou objetivos que os alunos devem alcançar, bem como o aprendizado que os psicopeda- gogos querem que eles façam. Os objetivos serão muito numerosos se corresponderem a um projeto semestral, e muito específicos se cobri- rem um único tópico ou unidade. Os alunos através do AOP conseguem desenvolver as seguintes capacidades: - Eles aumentam seus conhecimentos e habilidades no conte- údo curricular (interdisciplinar); - Eles aperfeiçoam suas habilidades de pesquisa; - Eles melhoram suas habilidades cognitivas; - Participam de projetos para aprender a assumir responsabili- dades individuais e coletivas; - Eles aprendem a usar tecnologia; - Realizam autoavaliação e coavaliação pelos pares. Eles aprendem a valorizar seu trabalho e o dos outros de maneira objetiva; - Eles desenvolvem um portifólio (conjunto de trabalhos desen- volvidos ao longo do projeto); - Aprendem a se comprometer com um projeto. Outro elemento no desenvolvimento de projetos é a definição dos produtos, que são construções, apresentações e exposições feitas durante o projeto. Quanto a este ponto, é importante levar em conside- ração o seguinte: - Os alunos devem entender, sintetizar e aplicar os critérios estabelecidos para a preparação e entrega do produto. Bons produtos obrigam os alunos a demonstrar em profundidade que entenderam os conceitos e princípios centrais do assunto e / ou da disciplina. - Os resultados do projeto devem exemplificar situações reais. Isso pode ser alcançado escolhendo atividades que reflitam as situa- 37 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S ções reais relacionadas ao projeto. - Os produtos devem ser relevantes e interessantes para os alunos. Em resumo, esta metodologia permite que, quando o aluno deve aprender algo, tenha clareza sobre os propósitos perseguidos, bem como sobre as atividades intelectuais e recursos mais adequados para o desenvolvimento do projeto. Aprendizagem por Meio de Casos Esse método permite que os alunos desenvolvam habilidades em um contexto real, que envolve situações profissionais reais que pro- movem o trabalho em equipe, o desenvolvimento de habilidades e atitu- des no local de trabalho. A principal característica é a análise completa de um fato, proble- ma ou evento real com o objetivo de gerar hipóteses, soluções alternati- vas e conhecer os diferentes procedimentos para enfrentar uma situação. Um caso representa situações complexas da vida real levantadas de forma narrativa, baseadas em dados que se revelam essenciais para o processo de análise. Eles constituem uma boa oportunidade para os alu- nos colocarem em prática habilidades que também são necessárias na vida real, por exemplo: observação, escuta, diagnóstico, tomada de deci- são e participação em processos de grupo orientados para a colaboração. A abordagem de um caso é sempre uma oportunidade de apren- dizado significativa e transcendente na medida em que aqueles que par- ticipam de sua análise conseguem se envolver e se engajar na discus- são do caso e no processo grupal de reflexão. Sob essa modalidade, os alunos conseguem desenvolver habilidades como a análise, síntese e avaliação das informações. Ela também permite o desenvolvimento de pensamento crítico, do trabalho em equipe e de tomada de decisões, bem como outras atitudes e valores como inovação e criatividade. Esta estratégia pedagógica consiste em fornecer uma série de casos que representam situações problemáticas da vida real, para que os alunos os enfrentem através de análise e estudo, na medida em que se preparam para a busca de soluções, é assim que eles treinam os alu- nos no desenvolvimento de soluções válidas para possíveis problemas complexos que podem surgir na realidade futura, e ao mesmo tempo os capacita a pensar e contrastar suas conclusões com as conclusões dos outros, a aceitá-las e expressar suas próprias sugestões, bem como a aprender a trabalhar de forma colaborativa e tomar decisões em equipe. Dentro da abordagem dos casos, três modelos são classifica- 38 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S dos, segundo Ferreira (2008): - Modelo focado na análise de casos (casos que foram estu- dados e resolvidos por equipes de especialistas). Esse modelo busca conhecer e compreender os processos diagnósticos e de intervenção realizados, bem como os recursos utilizados, as técnicas utilizadas e os resultados obtidos pelos programas de intervenção propostos. Por meio desse modelo, pretende-se, basicamente, que os alunos e / ou profissionais em formação conheçam, analisem e valorizem os proces- sos de intervenção elaborados por especialistas na resolução de casos concretos. Além disso, soluções alternativas tomadas na situação em estudo podem ser estudadas. - O modelo visa ensinar a aplicar os princípios legais estabe- lecidos e normas para casos particulares, de modo que os alunos os exercem na seleção e aplicação dos princípios apropriados para cadasituação. Ele também procura desenvolver um pensamento dedutivo, através da atenção preferencial à norma, às referências objetivas e pre- tende-se que a resposta correta à situação seja encontrada. Este é o modelo desenvolvido preferencialmente no campo do direito. Figura 7 – Modelos Fonte: Elaborado pela autora (2019) - O modelo que busca a formação na resolução de situações que, requerendo a consideração de um arcabouço teórico e a aplicação de suas prescrições práticas à resolução de certos problemas, exigem que a singularidade e a complexidade de contextos específicos sejam abordadas, também destaca o respeito pela subjetividade pessoal e a necessidade de abordar as interações que ocorrem no cenário que está sendo estudado. Consequentemente, nas situações apresentadas (di- nâmicas, sujeitas a mudanças) a "resposta correta" não é dada, pois elas exigem que o professor esteja aberto a diversas soluções. 39 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S Figura 8 – Modelo de Aprendizagem por Estudo de Caso Fonte: Freitas e Campos, 2018. Os casos que são apresentados aos alunos podem ser foca- dos na simulação, nas descrições da prática, na geração de propostas para a tomada de decisão, na análise crítica da tomada de decisão e na resolução de problemas. Para concluir, afirma-se que este método de trabalho docente em sala de aula permite estabelecer uma orientação pedagógica centrada na aprendizagem, em que os alunos conseguem desenvolver habilidades cognitivas, competências colaborativas de tra- balho, liderança e criatividade, qualidades indispensáveis do profissio- nal do século 21. Aprendizagem Colaborativa É uma abordagem educacional que promove a interação entre os alunos e a organização na sala de aula, na qual os alunos são res- ponsáveis por seu aprendizado e pelo de seus colegas em uma estraté- gia de corresponsabilidade para atingir as metas e incentivos do grupo. Essa metodologia de ensino permite e estimula o desenvolvi- mento de uma interdependência positiva entre os alunos, ou seja, de 40 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S uma consciência de que só é possível atingir objetivos individuais de aprendizagem se os outros colegas de turma atingem os deles. Neste sentido, ajuda e apoio mútuo são fornecidos no cumprimento de tarefas e trabalho, enquanto compartilham suas habilidades interpessoais, tais como confiança mútua, comunicação, assertividade, resolução de pro- blemas e integração como uma equipe de trabalho compartilhado. Tudo isso permitirá aos alunos uma preparação para enfrentar os desafios trabalhistas atuais que envolvem a integração de grupos de trabalho. O mais importante na formação de grupos de trabalho colabo- rativo é monitorar a interdependência positiva, a responsabilidade indi- vidual, a interação promotora, o uso apropriado de habilidades sociais e, mais importante, o processo de formação de um grupo de trabalho, o que implica a construção de uma identidade de grupo baseada em objetivos e tarefas claramente definidos. A base pedagógica desta modalidade de ensino é a aprendiza- gem cooperativa, o estabelecimento de papéis de cada um dos partici- pantes no processo de integração do grupo, a capacidade dos alunos de se comunicarem com seus pares, para esclarecer, questionar, contrastar, fazer julgamentos. Em suma, compartilhar valores e interagir e, assim, conseguir integrar ou construir processos de aprendizagem significativos. No processo de construção da identidade das pessoas, um im- portante processo psicológico é a socialização, que é baseada na apren- dizagem contínua em interação com os outros, sendo este elemento também considerado imprescindível em um dos 4 pilares da educação: “Aprender a conviver” (Delors, 1996); isto é, o processo de formação das pessoas é adquirido no cotidiano dos processos de interação social. Com base nessas premissas, um dos grandes desafios da for- mação das pessoas no processo de ensino-aprendizagem será refletido quando os professores não se preocuparem porque o aluno aprende, mas porque "os alunos ou o grupo aprendem juntos". Pode-se dizer que a aprendizagem colaborativa ou cooperativa é o uso instrucional de pequenos grupos, de tal forma que os alunos tra- balham juntos para maximizar sua própria aprendizagem e a dos outros. Os alunos trabalham colaborando. Este tipo de trabalho não se opõe ao trabalho individual, uma vez que pode ser observado como uma estra- tégia complementar de aprendizagem que fortalece o desenvolvimento geral do aluno. Os métodos de aprendizagem colaborativa compartilham a ideia de que os alunos trabalham juntos para aprender e são responsáveis pelo aprendizado de seus colegas, bem como pelos seus. Tudo isso traz uma renovação dos papéis associados aos professores e alunos, objeto deste trabalho. Essa renovação também afeta os desenvolvedores de 41 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S programas educacionais. As ferramentas colaborativas devem enfatizar aspectos como raciocínio e autoaprendizagem e aprendizado em grupo. O papel que os estudantes assumem neste processo de apren- dizagem em grupo são: - Responsabilidade pela aprendizagem: os alunos se encarre- gam de sua própria aprendizagem e são autorregulados. Eles definem objetivos de aprendizagem e problemas que são significativos para eles, entendem que atividades específicas se relacionam com seus objetivos e usam padrões de excelência para avaliar o quão bem eles alcançaram esses objetivos. - Motivação pela aprendizagem: os estudantes comprometidos encontram prazer e entusiasmo na aprendizagem. Eles têm uma paixão para resolver problemas e entender idéias e conceitos. Para esses alu- nos, o aprendizado é intrinsecamente motivador. - Colaboração: os alunos entendem que a aprendizagem é so- cial. Eles estão "abertos" para ouvir as idéias dos outros, para articulá- -las efetivamente, ter empatia pelos outros e ter uma mente aberta para se reconciliar com idéias contraditórias ou opostas. Eles têm a capaci- dade de identificar os pontos fortes dos outros. - Estratégia: os alunos desenvolvem e refinam continuamente o aprendizado e as estratégias para resolver problemas. Essa capaci- dade de aprender a aprender (metacognição) inclui a construção de mo- delos mentais efetivos de conhecimento e recursos, mesmo quando os modelos podem ser baseados em informações complexas e mutáveis. Esses tipos de alunos são capazes de aplicar e transformar o conhe- cimento para resolver problemas criativamente e são capazes de fazer conexões em diferentes níveis. O papel do professor nesta metodologia de ensino, em primei- ro lugar, é "convidar" os alunos a definir os objetivos específicos dentro do assunto a ser ensinado, oferecendo opções para atividades e tarefas que atraem a atenção dos alunos, incentivando os alunos a avaliar o que aprenderam. Assim, os professores incentivam os alunos a usar seus próprios conhecimentos, garantindo que eles compartilhem seus conhecimentos e estratégias de aprendizado, tratando os outros com grande respeito e focando em altos níveis de compreensão. Eles aju- dam os alunos a ouvir opiniões diversas, a apoiar qualquer crítica de um assunto com evidências, a se engajar em pensamento crítico e criativo e a participar de diálogos abertos e significativos. Finalmente, afirma-se que a esta luz, qualquer inovação peda- gógica do professor envolve o desenvolvimento de trabalho em equipe ou colaborativo, permitindo o desenvolvimento de habilidades cogniti- vas, habilidades sociais e habilidades de comunicação, aspectos bási- 42 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O PR O M IN A S cos para o desenvolvimento profissional no contexto atual. Aprendizagem Contextual É um método de ensino que consiste na aprendizagem dos alunos no contexto das experiências de vida. Trata-se de aprender fa- zendo, partilhar e interagir com os seus pares, e com a aplicação do conhecimento em novas situações. São apresentadas cinco estratégias de aprendizagem contextual: - Relação: consiste em aprender no contexto de experiências de vida ou conhecimento preexistente, quando o professor utiliza a es- tratégia de conectar um novo conceito com algo que é conhecido ou familiar aos alunos. Neste sentido, quando o professor relaciona uma experiência conhecida com a definição de uma razão, os alunos podem ver imediatamente a relevância do seu conhecimento prévio. - Experimentação: consiste em aprender no contexto de ex- ploração, descoberta e invenção. Concretamente, é aprender fazendo. Também é chamado de aprendizado através da experiência. Os exem- plos mais frequentes a serem desenvolvidos em sala de aula são o uso de atividades manipuladoras, atividades de resolução de problemas ou atividades de laboratório. - Aplicação: consiste em conceitos de aprendizagem no contexto da sua implementação, isto é, quando os professores motivam os alunos através da concepção de tarefas desafiadoras a necessidade de apren- der conceitos na atribuição de tarefas realistas e relevantes, em que lhes são colocadas situações de vida cotidiana que demonstram a utilidade dos conceitos acadêmicos em uma das áreas da vida da pessoa. - Cooperação: consiste em aprender através da organização de pequenos grupos que permite aos alunos desenvolver sua capa- cidade de compartilhar e interagir sob a abordagem de aprendizagem colaborativa ou cooperativa, mencionada anteriormente. - Transferência: consiste em aprender no contexto da aplica- ção do conhecimento para empregá-lo em novos contextos ou em no- vas situações, bem como na facilidade de poder explicá-lo a seus pares ou a outras pessoas. Essas estratégias de ensino contextual baseiam-se na crença de que os alunos aprendem melhor quando adquirem conhecimento por meio da exploração e do aprendizado ativo. Essas estratégias fazem uso de atividades práticas ou manuais, incentivando os alunos a pensar e ex- plicar seu raciocínio em vez de memorizar e recitar informações, e ajudar os alunos a ver conexões entre tópicos e conceitos em vez de apresentá- 43 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S -los isoladamente (construtivismo de Piaget, Vigostky e Dewey). Em conclusão, reafirmar o conceito de aprendizagem contextu- al é reconhecer que o aprendizado é um processo complexo e multifa- cetado, que a aprendizagem ocorre somente quando o aluno processa a nova informação e conhecimento de tal forma que dá sentido aos seus referenciais e entende-se que ocorre em estreita relação com a experiência real. Assim, ele baseia-se em motivar os alunos a relacionar conhecimento com utilidade e aplicação na vida cotidiana. Logo, afirma-se que cada um desses modelos pedagógicos re- visados acima tem uma sólida base conceitual no construtivismo e nas abordagens metodológicas, técnicas, assim como em recursos interes- santes para o ensino superior que são novas formas de desenvolvimen- to de propostas curriculares flexíveis, pois permitem a aquisição de um conjunto de estratégias cognitivas e metacognitivas que favorecem o potencial desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Além disso, os novos papéis do professor, as novas formas de avaliação, bem como as novas tecnologias e ambientes de aprendizagem são enfatizados. Especificamente sobre o professor, destaca-se na profis- são um sentido humanista profundo reconhecido como facilitador no com- prometido com uma melhor compreensão dos seus alunos e as bases con- ceituais da aprendizagem e do desenvolvimento de projetos de inovação. 44 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SEDUC-CE Prova: Professor Ple- no I - Física Infelizmente, a didática usual da resolução de problemas sofre de sérias insuficiências. Particularmente na área de ensino da física, objeto das considerações deste trabalho, o que se verifica é que o professor, ao exemplificar a resolução de problemas, promove uma resolução linear, explicando a situação em questão “como algo cuja solução se conhece e que não gera dúvidas nem exige tentativas”. Ou seja, ele trata os problemas como ilustrativos, como exercícios de aplicação da teoria, e não como verdadeiros problemas, que é o que eles representam para o aluno. O entendimento desses proble- mas-exemplo ou problemas-tipo pelo estudante, que supostamente exigem o respaldo do conhecimento teórico do assunto estudado, é visto pelo professor como condição suficiente para que o aluno se lance à resolução dos problemas que lhe são propostos. L.O.Q. Peduzzi. Sobre a resolução de problemas no ensino da física. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física, n.º 14, 1997, p. 229-53. Tendo como base o texto acima e os vários aspectos a ele relacio- nados, assinale a opção correta: A) A resolução de problemas-exemplo é suficiente para que o aluno resolva problemas que lhe são propostos. B) O problema-tipo é aquele em que o aluno aplica a teoria aprendida e não gera dúvida e nem exige tentativas. C) A didática usual de resolução de problemas é suficiente para gerar conhecimento no ensino de Física. D) A resolução de problemas e a resolução de exercícios de aplicação são atividades equivalentes. E) O exercício de aplicação é condição suficiente para que o aluno se lance à resolução de problemas que lhe são propostos. QUESTÃO 2 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: SERPRO Prova: Desenho Instru- cional O curso de prevenção ao uso de drogas, para profissionais de postos de saúde e para aqueles profissionais que lidam com po- pulações em risco, ofertado na modalidade presencial e por meio de atividades em grupo, tem por objetivo descrever aos partici- pantes as principais características e os aspectos relacionados à prevenção ao uso de drogas, instruindo-os a identificar indícios e 45 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S agir preventivamente. Estruturado em cinco módulos, com carga horária prevista de quarenta horas, o curso começa com a apre- sentação do histórico do uso de substâncias psicoativas, dos con- ceitos relacionados ao uso de drogas, entre outros aspectos. São apresentados situações e exemplos de contextos e condições que levam ao uso indevido das substâncias descritas e conceituadas. Os participantes analisam casos e discutem as possibilidades de prevenção, identificam quais ações poderão ser realizadas e sele- cionam as possíveis soluções de prevenção para cada situação. A partir do texto acima, que apresenta o resumo de uma proposta de curso, julgue os itens subsequentes com base nas teorias de desenho instrucional. O curso descrito oferece aprendizagem de aplicação de habilida- des específicas com foco em um problema específico, com con- trole da aprendizagem pelo aprendiz e situação de aprendizagem coletiva. A) Certo B) Errado QUESTÃO 3 Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SEE-AL Prova: Professor - Edu- cação Física Com relação ao processo de ensino-aprendizagem e aos funda- mentos didático-pedagógicos da educação física, julgue o item que se segue: Situações de resolução de problemas promovem aprendizagem quan- do, além de mobilizarem os conhecimentos prévios dos estudantes, apresentam desafios direcionados à satisfação e à eficiência. A) Certo B) Errado QUESTÃO 4 Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: Pedagogo Relacione os tipos de aprendizagem às respectivas características: 1. Aprendizagemde discriminações múltiplas. 2. Aprendizagem de conceitos. 3. Aprendizagem de problemas. ( ) O indivíduo aprende a dar n diferentes respostas identificadoras em relação a diferentes estímulos semelhantes. ( ) O indivíduo responde a estímulos em termos de propriedades abstratas, tais como forma, cor e número. ( ) O indivíduo combina dois ou mais princípios anteriormente ad- 46 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S quiridos de maneira a formar uma nova capacidade. Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo. A) 1 – 2 – 3 B) 3 – 2 – 1 C) 3 – 1 – 2 D) 2 – 1 – 3 E) 2 – 3 – 1 QUESTÃO 5 Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: UEG Prova: Analista de Ges- tão Administrativa - Pedagogia As situações de aprendizagem propostas em um contexto de en- frentamento dos problemas demandam o desenvolvimento de de- terminadas competências. A competência é requerida para enfren- tar os desafios e problemas da vida, da convivência em sociedade e do trabalho. A respeito desse tema, assinale a alternativa correta: A) A formação de competências dá-se na vivência de situação real, por isso não se deve utilizar, nos processos de aprendizagem, situações de simulação ou práticas supervisionadas. B) Na perspectiva da formação de competências, os docentes são au- toritários e dominam as situações de aprendizagem, os fundamentos e os conhecimentos necessários para o desenvolvimento das atividades. C) As tradicionais salas de aula são espaços flexíveis, vivos e estimu- lantes de atividades formadoras de competências. D) A realidade externa, seus espaços e suas organizações não devem ser utilizados como laboratórios ou ambientes de aprendizagem para formação de competências. E) As situações de aprendizagem devem ser organizadas de forma que os desafios e problemas da convivência social surjam, no ambiente de apren- dizagem, de forma muito semelhante àquela com que aparecem na vida. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A aprendizagem envolve a dinâmica de um sistema de estruturas incons- cientes. A concepção sustentada faz com que seja necessário desmistificar a aprendizagem como um processo que só passa pelo estágio da educa- ção sistemática ou, que só tem a ver com a recepção do conhecimento acabado e construído por outros, que como tal teriam a posse do conhe- cimento. O produto de enriquecimento da transformação pelo aprendiza- do não só possibilita o crescimento, desenvolvimento e transcendência da pessoa através da transmissão-incorporação do cultural, mas também, a cultura é nutrida a partir da recriação pelo sujeito. (BOSSA, 2007). Nesse sentido, explique qual o fundamento da psicopedagogia. 47 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S TREINO INÉDITO Assunto: psicopedagogia Sobre o âmbito de atuação da psicopedagogia, assinale a alterna- tiva correta: a. A psicopedagogia atua no inter-relacionamento dos funcionários. b. A psicopedagogia atua no inter-relacionamento dos familiares. c. A psicopedagogia atua no inter-relacionamento das crianças. d. A psicopedagogia atua no inter-relacionamento dos empresários. e. NDA. NA MÍDIA SISTEMAS DE ENSINO PODERÃO IMPLANTAR ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NAS ESCOLAS O Projeto de Lei 282/19 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, 9.394/96) para determinar que caberá a cada sistema de ensino (municipal, estadual e federal) implementar o atendimento psicopeda- gógico nas escolas. A proposta tramita na Câmara dos Deputados. Disponível: https://www.camara.leg.br/noticias/552529-sistemas-de-en- sino-poderao-implantar-atendimento-psicopedagogico-nas-escolas/ NA PRÁTICA A IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL Geralmente, quando se fala em dificuldade, nem sempre esta palavra está relacionada com distúrbio, mas da dificuldade no sentido de que até qual ponto é da criança, da metodologia ou do ambiente sociocultural, onde a mesma está inserida. Então o profissional formado em Psicopedagogia vai ajudar na resolução da dificuldade. O leque de opções quanto à área de atuação varia: pode ser exclusivo da escola, atuando com os professores, verificando a metodologia usada em um sentido de colaboração. Uma vez que se apresente uma dificuldade, cabe a esse profissional orientar o pro- fessor como trabalhar com a criança a fim de contribuir no processo de me- lhora. Existem também os psicopedagogos do hospital, esse profissional é requisitado quando a criança pelo fato de não poder sair do hospital solicita receber atendimento nesse ambiente. Além dessas duas classes citadas, o psicopedagogo pode trabalhar na área empresarial contribuindo para a resolução de problemas no tocante ao trabalho em grupo e de convívio. Portanto, este artigo busca levantar pontos importantes sobre o psicopeda- gogo e a sua atuação no campo escolar. Fonte: Jamisson da Silva Angelo Disponível em; https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a- -importancia-psicopedagogia-institucional.htm 48 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S PARA SABER MAIS Filme sobre o assunto: O clube do imperador Peça de teatro: Pais e mestres Acesse os links: https://youtu.be/YPCMnUr2RVE https://youtu.be/b3-S2fH59Io 49 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S CONCEITOS E APLICAÇÕES SOBRE A INDISCIPLINA O estudo da autorregulação e disciplina escolar contribui para o desenvolvimento acadêmico. Há também uma melhora nas relações interpessoais e na família, o que favorece a comunicação, o trabalho em equipe, a resolução de problemas e a adaptação. Foi realizada uma investigação descritiva e explicativa, pela qual são obtidas conclusões sobre as consequências produzidas pelo manejo inadequado da autorregulação e seu envolvimento direto na in- disciplina escolar. A indisciplina gerada causa problemas no processo de ensino-aprendizagem, a partir de uma abordagem global da organi- zação e de sua dinâmica, reverberando na socialização, na aplicação de valores e na inteligência emocional. Consequentemente, pode-se INDISCIPLINA NA ESCOLA À LUZ DA PSICOPEDAGOGIA TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S 49 50 TE O R IA S E P R Á TI C A S D A P SI C O P E D A G O G IA IN ST IT U C IO N A L - G R U P O P R O M IN A S deduzir que, quando as atividades que favorecem a criatividade e a imaginação são insuficientes, o pensamento crítico é diminuído, o que é um fator atenuante na autorregulação. A autorregulação, por não ser fortalecida, limita o desenvol- vimento do pensamento, das emoções, do autocontrole, da autodisci- plina e do impacto no desempenho escolar inadequado. Para Miranda (2010), a autorregulação é uma parte importante do desenvolvimento social do ser humano. Por isso, é estimulada desde os primeiros perío- dos de crescimento, facilitando a reflexão e a compreensão. A autorregulação direciona o comportamento através de moti- vações que fomentam as relações sociais, as mesmas que contribuem para o desenvolvimento da personalidade. A autorregulação das emo- ções conduz à disciplina que contribui para a atenção, o pensamento e a memória, e integra os conhecimentos adquiridos com novos conhe- cimentos para alcançar uma aprendizagem significativa e aumentar as concepções sociocognitivas da motivação, nas quais as atribuições são explicações que a pessoa entrega a si e aos outros sobre seus suces- sos, fracassos e causas que motivaram certos resultados, o que afeta seu comportamento presente e futuro, uma resposta que depende da experiência e da informação que o aluno tem, o mesmo que favorece a autoestima
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