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Aula 1 - Infecções Urinárias -

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Infecções do trato urinário 
Prof: Juliana Cogo 
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESUMAR 
Trato urinário 
Porção superior 
Porção inferior 
Trato urinário 
 Cerca de 120 mL de sangue tem seus detritos 
retirados por minuto. 
 
 100 L de sangue são filtrados diariamente nos 
glomérulos. 
 
 Após absorção seletiva nos túbulos, produz cerca de 
1-2 L de urina por dia. 
A principal função é eliminar os produtos finais (resíduos) do metabolismo, 
principalmente uréia, creatinina e acido úrico, recolhidos da corrente sanguínea e 
excretados em forma de urina 
Definição de infecção do trato urinário 
ITU 
 Invasão e multiplicação de microrganismos nos rins e nas vias 
urinárias.” 
 (FIGUEIRÓ-FILHO, et.al – 2009) 
 
 “... abrange uma variedade de entidades clínicas, incluindo bacteriúria 
assintomática (BUA), cistite (bexiga), prostatite e pielonefrite (rim)” 
 (HARRISON MEDICINA INTERNA – 18ª Ed) 
 
 “ ... presença e replicação de bactérias no trato urinário, provocando 
danos aos tecidos do sistema urinário. 
 (DUARTE, et. al. - 2008) 
Dados epidemiológicos 
 * 2ª infecção bacteriana mais comum – 130-175 milhões de casos/ano 
 * ITU ocupa 80% das consultas de nefrologia; 
 * 2ª infecção mais frequente em crianças; 
 * 1/4 das crianças que morrem podiam ser salvas, se a ITU fosse diagnosticada 
tempestivamente; 
 * Normalmente associada a uropatias malformativas; 
 * Diagnóstico difícil pelo espectro de manifestações clínicas; 
 
• > freqüência em mulheres jovens, com atividade sexual 
• (80-90% casos) 
 
 
Dados epidemiológicos 
20%
50%
1,20%
4,50%
0,50%
10%
0,10%
1-2%
0,03%
1-2%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
> 65 anos
Reprodutiva
Escolar
Pré-escolar
< 2 anos
Fem.
Masc.
Dados epidemiológicos 
 Homens: muito raro; 
 Mulheres 
 1/3 tem pelo menos 1 episódio ITU antes dos 24 anos; 
 50% mulheres pelo menos 1 episódio ITU na vida. 
 25 -30% mulheres tem ITU de repetição; 
 
 MORBIDADE 
 Média 6,1 dias com sintomas; 
 2,4 dias restrição atividades 
 0,4 dia perdido de trabalho El Sakka N, Gould IM. Expert Rev Clin Pharmacol. 
2016;9(8):1047-56 
Barber AE, et al. Clin Infect Dis. 2013;57(5):719-24. 
Bouchillon SK, et al. Clin Ther. 2013;35(6):872-7 
Dados epidemiológicos 
 Porque mais comum no sexo feminino? 
 
 Maior proximidade da uretra com o anus. 
 mulheres 5 cm, homens 20 cm 
 Menor comprimento da uretra. 
 Uso de roupas apertadas. 
 Ato de limpar-se de tras para a frente. 
 Baixa ingesta hídrica. 
 Retardar demasiadamente a micção. 
 Bexiga neurogênica. 
https://www.youtube.com/watch?v=0FsL4j1SUEI 
Mecanismos protetores 
da uretra e da bexiga 
 A urina na bexiga é estéril. 
 “lavagem” pelo fluxo de urina (uretra) 
 Altas concentrações de uréia e hiperosmolaridade da urina 
 pH urinário  ácido 
 
 Propriedades antimicrobianas do epitélio: 
 Camada protetora (mucopolissacarídeos) 
 Capacidade de gerar respostas inflamatórias crônicas 
 Produção de anticorpos e células imunes. 
Embora a urina seja um bom meio de cultura para algumas bactérias, para outras espécies 
(flora uretral normal) possuem ação inibidora. 
Fatores que favorecem 
 (*) Esvaziamento incompleto da bexiga: 
 
- micção infrequente (aumento da bexiga) 
- micção apressada 
- obstrução por fecalomas (obstipação) 
 
(*) Uropatias malformativas: 
Alterações anatômicas 
 - obstrutivas 
Mecanismo de invasão do trato urinário 
Via ascendente 
 
 
 
 
Via hematogênica 
 
 
 
Mais frequênte 
 
Via hematogênica 
 
• S. aureus 
• Salmonella Typhi 
• Leptospira spp. 
• Mycobacterium tuberculosis 
• Candida albicans 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacteremia Estafilocócica 
Bacilemia da tuberculose 
Candidemia 
Mecanismo de invasão do trato urinário 
Vírus – raramente envolvidos em infecções urinárias. Alguns sorotipos de Adenovírus 
parecem estar envolvidos com cistite. Poliomavírus JC e BK e citomegalovírus podem ser 
isolados de urina na ausência de doença do TU 
Via ascendente 
 
 TU é geralmente invadido por MO a partir do exterior, 
via uretra, que em primeiro lugar, o organismo tenta 
expulsar através da micção. 
 
 Os MO desenvolveram mecanismos de fixação: 
 Ex: O gonococo e as clamídias possuem um peptídio 
nos “pili” bacterianos que ligam-se a um polímero de 
carboidrato na célula uretral e a célula, então, 
internaliza a bactéria (endocitose, dirigida pela 
bactéria). 
Mecanismo de invasão do trato urinário 
 Via ascendente 
Flora Intestinal – Escherichia coli 
 uropatogênica 
 
 
Principal agente etiológico 
de infecções urinárias 
Mecanismo de invasão do trato urinário 
(Patogênese) 
50% Cistites - 100% Pielonefrites 
Fímbrias – estruturas da membrana celular da bactéria; 
Adesinas – lecitinas da estrutura das fímbrias que têm receptores na superfície da célula epitelial. 
Fator de virulência bacteriana 
 A maioria das ITUs provém da flora fecal mas apenas as espécies 
aeróbicas e facultativas como a E. coli possuem os atributos para colonizar 
e infectar o trato urinário. 
 
 Apenas alguns sorogrupos de E. coli são capazes de infectar o trato 
urinário (01,02,04,06,07 e 075). O sucesso dessas cepas pode ser 
atribuído, em parte, à sua capacidade de colonizar as áreas periuretrais. 
 
 Algumas possuem “fímbrias” (pili) que favorecem a adesão ao epitélio. 
 Outras espécies possuem “adesinas” para as células uroepiteliais. 
Etiologia 
 Escherichia coli: espécie mais frequente. 
 Bacilos Gram Negativos: 
 Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, 
Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter 
sp. (hospitalares) , e outros. 
 Gram Positivos: 
 Staphylococcus saprophyticus; 
(comunidade); S. epidermidis, 
Enterococcus, Corynebacterium urealyticum 
(hospitalares). 
 Disseminação hematogênica: 
 Salmonella typhi, S. aureus, Mycobacterium 
tuberculosis. 
Thomas M Hooton, MDSection Editor:Stephen B 
Calderwood, MDDeputy 
Editor:Allyson Bloom, MD last updated: Feb 09, 2016. 
As infecções ascendentes do trato urinário são comumente causadas por: 
Enterobacteriaceae 
E. coli Mais comum (80% entre pacientes não hospitalizados) 
Proteus mirabilis 
Frequentemente associado a cálculos renais; porque 
produz urease, que atua na uréia, tornando a urina 
alcalina 
Klebsiella spp. 
Frequentemente encontrado em infecções adquiridas em 
hospitais, uma vez que a resistência destes aos 
antibióticos favorece sua seleção em pacientes 
hospitalizados 
Enterobacter spp. 
Serratia spp. 
Pseudomonas aeruginosa 
Staphylococcus saprophyticus Mais comum em pacientes jovens, sexualmente ativas 
Staphylococcus epidermidis Mais comum em pacientes hospitalizados, e a resistência 
aos antibióticos pode dificultar o tratamento 
Enterococcus spp. 
Salmonella typhi Podem ser encontrados no trato urinário quando da 
propagação hematogênica Staphylococcus aureus 
Mycobacterium tuberculosis Tuberculose renal 
– Adesinas 
• Fimbrias – Fimbrias P 
 
–Toxinas 
• Hemolisinas – provocam lise dos eritrócitos 
 
–Estruturais 
• LPS (polissacarideos) 
• Antígenos capsulares 
 
–Produção de ureases 
•Proteus spp. 
Fator de virulência bacteriana e 
patogênese 
Fonte: Mims. Microbiologia Médica. 3ª edição, 2005. 
Principais definições 
• Presença de bactéria na cultura quantitativa ou microscopia 
Bacteriúria 
• ≥ 104 leucócitos no sedimento urinário; 
• Estéril (ausência bacteriúria) → corpo estranho, cálculo, neoplasia, infecções 
genitais, outros microrganismos. 
• Clamídia; Tuberculose; Vírus; Nefropratias por drogas; leptospirose; Uso de 
antibiótico; etc. 
Piúria 
• Presença de bactéria por cultura quantitativa ou microscopia em pacientes sem 
sinais e sintomas d ITU 
• Idosos e Caterizados 
Bacteriúria assintomática 
Manifestações clínicas e complicações 
 Bacteriúria assintomática 
 
 Infecção verdadeira ou colonização ?? 
 
 Grupo normalmente constituídode 
 Meninas em idade escolar (1 a 2%) 
 Mulheres jovens com vida sexual ativa (5%) com risco maior de desenvolver ITU no 
futuro. 
 
 Cerca de 25% delas passam espontaneamente a ter uroculturas negativas 
no prazo de um ano. 
 
Manifestações clínicas e complicações 
 Bacteriúria sintomática 
Infecção do Trato inferior 
 Disúria (dor) 
 Urgência e frequência de micção (polaciúria) 
 Dor supra-púbica ou pélvica 
Infecção do Trato Superior 
 Sintomas do trato inferior + geralmente: 
 Febre 
 Edema de face 
 Hipertensão 
 Problemas cardiovasculares 
 Perda da função renal 
Necessidade de 
tratamento imediato 
 Infecções recorrentes 
 ≥ 2 ITU em 6 meses ou ≥ 3 ITU em 12meses; 
 20% a 30% das mulheres com ITU terão recorrência; 
 
 Recidivantes 
mesma cepa bacteriana 
 Reinfecção 
por organismos diferentes 
 
 
 ANTIBIOGRAMA 
Manifestações clínicas e complicações 
FATORES DE RISCO 
RECORRÊNCIA MULHERES: 
 
o Predisposição genética e familiar; 
o ITU antes dos 15 anos; 
o Relações sexuais; 
o Anatomia pélvica; 
o Virulência do patógeno; 
o Menopausadas: incontinência e 
resíduo urinário; 
Beerepoot M, Geerlings S. Pathogens. 2016;16;5(2). Grabe M, et al. European Association of Urology 2015 
Classificação 
condições pré-existentes 
ITU NÃO COMPLICADA 
Mulher jovem, saudável, 
não grávida 
ITU COMPLICADA 
Condição prévia -  risco de 
falência tratamento 
Esta divisão é baseada na existência de condições prévias que tanto aumento o risco de 
ITU como também são fator de risco para má evolução. 
Também norteia a abordagem diagnóstica e de tratamento. 
As ITUs não complicadas são as mais freqüentes. 
Não complicada: 
 Aquelas que ocorrem em pacientes com estrutura e função normais do 
trato urinário e adquirida fora do ambiente hospitalar. 
Complicada: 
 Aquelas associadas a fatores complicadores como: 
Obstrução (hipertrofia de próstata; tumores; urolitíases (pedra); estenose de junção 
uretero-piélica; corpos estranhos, etc.) 
Anatomo-funcionais (bexiga neurogênica, refluxo vesico-ureteral, rim 
espongiomedular, cistos renais, divertículos vesicais) 
Metabólicas (insuficiência renal, diabetes mellitus, transplante renal) 
Cateter de demora ou qualquer tipo de instrumentação 
Classificação 
condições pré-existentes 
Classificação 
localização 
 
ITU alta 
Rins (pielonefrite), bexiga, próstata, 
uretra 
ITU baixa 
Bexiga (cistite), próstata (prostatite), 
uretra 
Manifestações clínicas e complicações 
 
 Urocultura positiva 
Sintomas 
 
 Colonização microbiana 
Invasão tissular de 
qualquer 
ponto do trato urinário 
Invasão tissular, e conseqüente reação inflamatória, é a responsável pelo 
aparecimento dos sintomas que é o que faz o paciente buscar atendimento 
médico 
ITU 
CISTITE 
PIELONEFRITE 
Infecções do trato urinário inferior 
11% das mulheres/ ano 
50% de todas as mulheres 
3,6 milhões de consultas/ ano nos EUA entre 
mulheres de 18 a 75 anos 
Custos diretos de U$ 1,6 Bi 
Afeta principalmente mulheres jovens 
 Cistite 
 
 
 
CONCEITO 
 infecção bacteriana aguda da 
bexiga 
 
Infecções do trato urinário superior 
 Cistite 
Sintomas: 
Intensos 
Disúria, urgência miccional, nictúria e dor suprapúbica 
Rápida evolução 
 
 Enterobactérias 
 Escherichia coli 
 Proteus sp 
 Enterobacter 
 Klebsiella pneumoniae 
 Pseudomonas aeruginosa 
 Staphylococcus saprophyticus 
 
 
 
 
 
Infecções do trato urinário superior 
200.000 hospitalizações/ ano nos EUA 
Mortalidade de 10 a 20%/internados 
Incidência 5 Mulheres:1 Homem 
1 a 2% das gestantes 
 Pielonefrite 
 
 
CONCEITO 
 Invasão microbiana do parênquima e 
pelve renal levando a sintomatologia 
característica 
 
Infecções do trato urinário superior 
 Pielonefrite 
Sintomas: 
 Trato urinário inferior 
 Febre (↑ 38 oC) 
 Dor lombar, uni ou bilateral 
 
 Estafilococos causa mais comum 
 Frequência causa de perda da função renal 
 hipertensão 
 Assintomática 
Gestantes e crianças 
Indivíduos submetidos a 
instrumentação do trato urinário 
Importante: 
Lesão renal crônica 
Bacteremia 
 
Habitualmente se inicia como 
um quadro de cistite 
Diagnóstico laboratorial das ITUs 
 
 O exame de urina é essencial para confirmar o 
diagnóstico 
 
 A infecção e contaminação podem ser identificadas por métodos 
quantitativos de cultura. 
 
 A bacteriúria deve ser 
 de uma única espécie bacteriana 
 Ser superior a 105 organismos/mL. 
 A bacterúria significante não será considerada se a coleta de urina for 
“suprapúbica” ou urina coletada de cateteres. 
 
 Cuidados na coleta da urina são essenciais. 
 
- - Tipo de amostra 
 
- - Coleta 
 
- - Antibióticos 
Fatores pré-analíticos que interferem 
no exame 
Coleta e preservação da urina 
 A amostra preferencial é 
 a 1º amostra da manhã (amostra de 8 h) – Jato médio 
 ou dar um intervalo mínimo de 4 horas após a última micção. 
 
 
 Coleta em frasco estéril 
 Higienização local com água e sabão ou clorexidina aquosa 0,2% 
 
 A urina deve ser examinada dentro de 2 horas após sua coleta. 
 Se isso não for possível, poderá ser refrigerada por 24 horas 
 
Homem: Lavar as mãos, em seguida lavar o pênis, retraindo todo o prepúcio, 
enxaguar e secar com gaze estéril ou toalha bem limpa. 
Deve ser desprezado o jato inicial e final, coletando somente a urina média 
Mulher: No momento da higiene e da coleta, manter os grandes lábios afastados. 
Lavar a região genital de frente para trás, enxaguar e secar, usando gaze estéril 
ou toalha bem limpa. 
Deve ser desprezado o jato inicial e final, coletando somente a urina média 
Exames laboratoriais detecção de ITU 
 Parcial de urina – auxiliar 
 
 Bacterioscopia – urina não centrifugada 
 1 ou mais MO/campo de urina não centrifugada  ≥ 105 UFC/mL 
de urina 
* Comparar com os resultados de cultura e urinálise 
 
 
 Urinocultura/Urocultura – Quantitativa 
 Padrão ouro 
 
 
 
 
 
 
A partir de esfregaço 
realizado com 1 gota (10mL) 
de urina 
Exames laboratoriais detecção de ITU 
Exame – Parcial de urina 
 Auxiliar 
 
 
 
 
 
 
A urina apresenta-se turva 
 Piúria (leucócitos) 
 Bacteriúria e/ou 
 Hematúria 
Aspecto (turvação) 
Densidade 
Exame – Parcial de urina 
Indireto – Fita reativa 
 
 Esterase leucocitária 
todos casos 
Principal achado 
Hematúria 
Nitrito 
 BGN converte nitrato em nitrito 
 
pH – menos ácido 
El Sakka N, Gould IM. Expert Rev Clin Pharmacol. 2016;9(8):1047-56 
Barber AE, et al. Clin Infect Dis. 2013;57(5):719-24. 
Bouchillon SK, et al. Clin Ther. 2013;35(6):872-7 
Sensibilidade 81% a 94% 
Especificidade 69% a 83% 
Sensibilidade 35% a 85% 
Especificidade 95% 
 Avaliação da Piúria 
 
 Método direto: sedimentoscopia a 
fresco. 
 
 Mais de 10 piócitos/campo de 400X 
(boa sensibilidade – 95%) 
 
 Visualização de cilindros leucocitários 
e hemácias (pielonefrite) 
Exame – Parcial de urina 
Sensibilidade 95% 
 Urina não centrifugada, apenas homogeneizada 
 Esfregaço usando alça de 10 μL 
 Deixar secar, fixar na chama e corar pelo Gram. 
 
 Com objetiva de imersão (1000x) fazer contagem. 
 < 1 MO/campo Provável cultura com contagens baixas (alça 10 μL) 
 ≥ 1 MO/campo Provável cultura com contagem > 105 UFC/mL (alça 1µL) 
Observar a presença de leucócitos e o(s) tipo(s) e quantidade de microrganismo(s) presente(s) 
 auxilia na escolha do meio de cultivo (adição do ágar sangue), tempo de incubação e na 
interpretação da cultura. 
Presença de células epiteliais e vários tipos morfológicos de bactérias sugere contaminação. 
Exame – Bacterioscopia 
Baixa Sensibilidade 40 a 70% 
Alta Especificidade 85-95% 
Coloração de GRAM urina 
Exame – Urocultura 
Semi-quantitativo 
Face CLED com contagem/ MacConkey 
Quantitativo 
Meio CLED, MacConkeySangue 
Laminocultivo 
https://www.youtube.com/watch?v=5A-1zd3sTXA 
Exame – Urocultura – Meios de cultura 
 Cistina lactose deficiente de eletrólitos (CLED) 
 Não seletivo 
 Fermentação da lactose 
 Inibe o véu de Proteus spp. 
 
Exame – Urocultura – Meios de cultura 
 Cistina lactose deficiente de eletrólitos (CLED) 
 Não seletivo 
 Fermentação da lactose 
 Inibe o véu de Proteus spp. 
 
Exame – Urocultura – Meios de cultura 
 MacConkey 
 Seletivo – Bacilos Gram-negativos 
 Enterobactérias e não fermentadores 
 Inibe: Gram-positivos (Especialmente: Enterococcus e Staphylococcus) 
 Fermentação da lactose 
 
Exame – Urocultura – Meios de cultura 
 MacConkey 
 Seletivo – Bacilos Gram-negativos 
 Fermentação da lactose 
 
 
Exame – Urocultura – Meios de cultura 
 Meio cromogênico 
 Diferenciação das reações enzimáticas 
 Substratos específicos 
 Expressos em cor 
 
 O lamino-cultivo consiste de um recipiente plástico cilíndrico, com uma tampa 
ligada a um suporte plástico com duas faces contendo meios de cultura como CLED 
e Mac Conkey ou outras combinações. 
 
 Esta técnica tem sido muito utilizada tanto por laboratórios com pequena rotina, 
como aqueles de grande movimento pelos seguintes motivos: 
 Facilita a semeadura, pois não necessita de alça calibrada. 
 Facilita o transporte da urina semeada utilizando o próprio. 
 Fácil conservação do produto em temperatura ambiente por cerca de seis meses. 
 Identificação sumária dos principais patógenos encontrados, dependendo do produto 
adquirido. 
 As principais desvantagens do método são: 
 o método é semi-quantitativo 
 superfície menor de leitura e observação de crescimento 
Exame – Urocultura - Laminocultivo 
Exame – Urocultura - Semeio 
Semeio - Quantitativo 
Alça calibrada 
alça 1 mL  Fator = 103 
Diâmetro = 1,45±0,06 mm (Fio 26) 
alça 10 mL  Fator = 102 
Diâmetro = 04±0,06 mm (Fio 19) 
Cuidados Aferição 
Freqüência de Calibração: mensal ou sempre que mudar de alça (novo lote) 
Após homogeneizar adequadamente a amostra, proceder a semeadura 
utilizando a alça apropriada e o meio de cultura escolhido pelo laboratório 
Estria central, seguida de um estiramento perpendicular a 
estria inicial, possibilitando a obtenção de colônias 
isoladas 
Exame – Urocultura - Semeio 
INÓCULO, MEIO E CONDIÇÕES DE INCUBAÇÃO 
 CUMITECH 2B, 1998 
Cultura de Rotina 
 
Inóculo: 1mL 
 
Meio de cultura: Ágar sangue e MacConkey 
 CLED e MacConkey 
 
Incubação: 35-37°C / 24 ou 48 horas 
Se o resultado da cultura for negativo após as 24 horas e na 
sedimentoscopia foi observado a presença de bactérias ou número elevado 
de leucócitos, incubar por mais 24 horas. 
Exame – Urocultura – Reportar o resultado 
Cultura: Negativa 
 
Contagem de Colônias: 
 < 103 UFC/mL ou 
 < 102 UFC/mL 
 
Cultura: Desenvolvimento de ....... 
 
 Contagem de Colônias: 
 
Superior a 105 UFC/mL urina 
 Ou ............. UFC/mL urina 
 
O laudo da urocultura deve conter o tipo de amostra coletada (Ex: urina de jato 
médio, saco coletor, etc). 
A identificação bacteriana, se houver crescimento, e as respectivas contagens em 
UFC/mL 
Resultados e interpretação 
 Devo considerar mais de uma bactéria na urina? 
 
 Caso cresçam dois microrganismos com contagem ≥ 100.000 (105) 
UFC/mL. 
 
 • Caso cresçam mais de dois microrganismos na amostra, considerar 
contaminação e solicitar repetição de coleta. 
 
 • Na amostra colhida por punção suprapúbica, qualquer contagem de 
bactérias é relevante. 
INTERPRETAÇÃO 
 
 
 Kass – 1956,1957 
 
 
Após vários estudos demonstrando a importância de infecções com contagens 
baixas (102 UFC/mL ), principalmente em mulheres com manifestações clínicas 
de ITU, estes critérios foram reavaliados e atualmente outros protocolos de 
interpretação estão sendo propostos. 
Contagens 102 UFC/mL com Clínica ? 
≥ 105 UFC/mL  Infecção 
= 105 UFC/mL  Avaliação 
≤ 105 UFC/mL  Contaminação 
Interpretação 
 O critério de Kass (1956), determina a contagem ≥ 105 UFC/ml como limite 
indicativo de infecção urinária. 
 Contudo, mulheres apresentando infecção urinária sintomática não complicada, este 
limite corresponde a uma alta especificidade e uma baixa sensibilidade. 
 
 De fato, cerca 1/3 das mulheres com síndrome clínica de disúria, freqüência, 
urgência e piúria e que melhoram com o uso de antimicrobianos, apresentam 
contagens entre 102 a 104 UFC/ml, segundo critério de Stamm (1982). 
 
 Portanto, atualmente torna-se necessário que os laboratórios utilizem os critérios 
propostos por Stamm e comecem a detectar microrganismos a partir de 102 
UFC/ml, principalmente nesta população de mulheres. 
PROCEDIMENTOS INACEITÁVEIS 
Cultura de: 
• Ponta de cateter 
• Amostras de urina em caldo 
• Sedimento urinário 
• Urina emitida ou cateterizada para anaeróbios 
• Anaeróbios como procedimento de rotina 
• Amostras com mais de 2 horas sem refrigeração 
 
Antibiograma direto da urina 
Tratamento 
 Infecções não complicadas (dose única ou em três dias) 
 Infecções complicadas (tratamento por 10 dias ou mais, até o rim 
apresentar-se estéril) 
 
ANTIBACTERIANOS: 
 
 Ampiciliana e Amoxicilina ( Beta-lactâmico) 
 Aumentina (Beta-lactâmico e inibidor de Lactamase) 
 Cefalexina e Cefaclor ( Beta-lactâmico) 
 Trimetroprim (inibidor da síntese de ac nucléicos) 
 Cotrimoxazol – Trimetoprim+sulfametoxazol (inibidor da síntese de ac nucléicos) 
 Nitrofurantoína (anti-séptico urinário) 
 Ac nalidíxico (quinilona) 
 Ciprofloxacin (quinilona) 
Antibiograma 
 Verifica a sensibilidade microbiana aos agentes antibióticos. 
Escherichia coli 
- Intestinais: 
• E. coli enteropatogênica (EPEC) 
• E. coli enteroemorrágica (EHEC) 
• E. coli enteroagressiva (EAEC) 
• E. coli enterotoxigênica (ETEC) 
• E. coli enteroinvasivas (EIEC) 
• E. coli comensais 
 
-Extra-intestinais (ExPEC): 
• E. coli uropatogênica (UPEC)* = causam infecções do trato 
urinário (sorogrupo O: O1, O4, O6, O18 e O25) 
• E. coli de sorotipos que causam meningite (MNEC), infecção 
intraperitoneal, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escherichia coli 
- BGN 
- Fermentador de lactose 
 
- UPEC  40% infecções urinárias nosocomiais 
  80% infecções urinárias não-nosocomiais 
- Causa mais frequente de cistite (bexiga) e pielonefrite (rins) 
 
- Epidemiologia = composição anatômica 
 
- Fatores de virulência: pili, fímbrias, adesinas, antígeno O e K, a-
hemolisina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escherichia coli 
 
Diagnóstico Laboratorial 
 
- Urina rotina 
- Bacterioscopia 
- Cultura (Cled + AS) ou (Cled + MacConkey) 
- Contagem = sup 105 UFC/mL de urina 
- Identificação bioquímica 
- Antibiograma 
 
 
 
 
 
 
Klebsiella pneumoniae, Enterobacter cloacae e Serratia marcescens 
 
-Patógenos oportunistas  infecções nosocomiais 
- Normalmente Intestino grosso 
 
- Klebsiella  mais patógeno 
  cápsula (anti-fagocitária) 
 
- Enterobacter e Serratia  nosocomiais 
  contaminação de aparelhos 
 
 
 
 
 
 
Klebsiella pneumoniae, Enterobacter cloacae e Serratia marcescens 
Klebsiella pneumoniae Serratia marcescens 
Enterobacter cloacae 
Klebsiella pneumoniae 
cápsula 
Proteus mirabilis 
 
- Normalmente Intestino grosso 
- Apresentam grande mobilidade (colonização)  crescimento em 
véu 
 
 
- Urease 
 
 
Cólon  uretra 
Hidroliza uréia  amônia  ↑ pH  formação de cálculos 
Urina alcalina favorece crescimento de MO 
Proteus mirabilis 
 
Diagnóstico Laboratorial 
 
- Urina rotina 
- Bacterioscopia 
- Cultura (Cled + AS) ou (Cled + MacConkey) 
-Cled inibe crescimento em véu 
- Contagem = sup 105 UFC/mL de urina 
- Identificação bioquímica 
- Antibiograma 
Esses organismoscrescem bem 
em meio utilizados na rotina: ágar 
sangue, MacConkey, CLED, este 
último inibe o “swarming”, 
permitindo colônias isoladas no 
meio. 
 
A identificação é feita por provas 
bioquímicas 
Proteus mirabilis

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