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CURSO: Medicina PERÍODO: 3º DISCIPLINA: TICs – SOI III HIPERTENSÃO DO JALECO BRANCO E HIPERTENSÃO MASCARADA A hipertensão mascarada (HM) caracteriza-se pela ocorrência de pressão arterial (PA) de consultório normal, porém persistentemente elevada quando observada pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) ou por meio da medida residencial da pressão arterial (MRPA). Apresenta prevalência entre 8% e 23%, ou até mais elevada em indivíduos hipertensos e com PA controlada. Está relacionada à maior lesão em órgãos-alvo e a eventos cardiovasculares se comparada a indivíduos normotensos (NT), com risco relativo (RR) ao redor de dois nas principais metanálises. Fatores como idade, sexo, IMC, estresse, tabagismo ou abuso de álcool estão freqüentemente relacionados à presença de HM. A hipertensão do jaleco branco é uma situação clínica caracterizada por valores anormais da PA no consultório, mas com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA. Alguns estudos revelam que o risco cardiovascular dos portadores desta condição é intermediário entre a hipertensão arterial e a normotensão. A prevalência da HAB é muito variável em razão de os critérios para o diagnóstico serem diversos, envolvendo não só os aspectos relacionados à medida da PA, como também às populações estudadas. A prevalência global da HAB, baseada em quatro estudos populacionais é, em média, 13%, e atingiu cerca de 32% entre hipertensos nessas pesquisas. De maneira geral, os valores na população giram em torno de 10% a 20%, sendo mais comum em crianças e idosos, no sexo feminino e em não fumantes. REFERÊNCIAS: ALESSI, Alexandre et al. I Posicionamento Brasileiro sobre pré-hipertensão, hipertensão do avental branco e hipertensão mascarada: diagnóstico e conduta. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 102, p. 110-119, 2014. HAMMER, Gary D.; MCPHEE, Stephen J. Fisiopatologia da doença. McGraw Hill Brasil, 2015. LOPES, Paulo Cesar et al. Hipertensão mascarada. Rev Bras Hipertens, v. 15, n. 4, p. 201-205, 2008.
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