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Ginecologia Danielle Carvalho – P9 Mioma uterino Leiomioma · Tumor benigno das células do miométrio · Principal tumor pélvico feminino · 20 a 30% da população feminina tem, em algum momento, miomatose uterina. Sendo a maioria assintomática. Etiopatogenia · Comportamento – célula que sofre transformação neoplásica benigna e gera o mioma; · Aumenta de tamanho na menacme e na gestação e reduz de tamanho na menopausa; · Cresce com estímulo estrogênico. As células do mioma respondem mais ao estímulo estrogênico e tem mais aromatase. OBS: elas não têm atipias. A progesterona também pode contribuir para o crescimento do mioma, mas nem perto da ação estrogênica. Localização e nomenclatura · Submucoso - Abaulamento na cavidade; · Intramural – No miométrio; · Subseroso – Fora da cavidade; Fatores de risco · Raça negra; · História familiar; · Menarca precoce e menopausa tardia (mais tempo de exposição estrogênica); · Consumo de carne vermelha; · Obesidade mais gordura aromatização periférica estrona; · Hipertensão. OBS: O que faz crescer o mioma é o estrogênio endógeno, então o estrogênio sintético das pílulas anticoncepcionais não aumenta o crescimento. Clínica · 50 a 75% assintomáticas; · Sintomas – dependem da localização · Submucoso: sangramento (abaulamento na cavidade uterina). Principal queixa; · Subseroso: não tem contato com a cavidade, portanto NÃO SANGRA. Quando causa sintomas é devido a compressão de estruturas – polaciúria, dor abdominal; · Intramural: causa de sangramento; · Anemia; · Dor pélvica; · Infertilidade; · Aborto de repetição (habitual) – mais comum após a 12ª semana; · Obstrução ureteral e/ou polaciúria – mioma subseroso de grande volume. Diagnóstico · US Transvaginal · Ressonancia magnética (Exceções) · Histeroscopia (visualização direta). Exame físico · Toque bimanual · Útero pode estar aumentado de tamanho; · Contornos irregulares Ultrassom · Nódulo hiper ecogênico 8 0 Completamente intracavitário e pediculado 1 Submucoso + componente intramural (<50%); 2 >50% intramural + componente submucoso (<50%); 3 Totalmente intramural e toca o endométrio; 4 completamente intramural (não toca o endométrio); 5 Intramural (> 50%) + componente subseroso (<50%); 6 >50% subseroso + <50% intramural; 7 Totalmente subseroso e pediculado; 8 Não estão no corpo uterino (parasitas). Raros. OBS: Os miomas tipo 0 podem ser exteriorizados pela vagina – mioma parido. Diagnósticos diferenciais · Pólipo endometrial; · Adenomiose – o sangramento é acompanhado por dor; · Sangramento de causa não estrutural (ex: anovulação). OBS: Adenomiose – típico da pré menopausa. Sangramento + dor. No exame físico o útero está aumentado. Na US, vê-se um útero permeado por áreas anecoicas (ecotextura mometrial heterogênea) – infiltrado por células endometriais. Pacientes com sangramento · Abordagem inicial · Examinar · Excluir gestação · US TV + hemograma ATENÇÃO: pacientes pós menopausa. US: mioma de 2 cm intramural e outro de 4 submucoso. OBS: mioma não sangra na menopausa. É importante avaliar a espessura endometrial – excluir câncer de endométrio. Degeneração · Hialina – área amolecida; · Carnosa (vermelha ou necrose asséptica) - ocorre na gestação; · Mucosa – degenera e forma uma área de mucosa; · Cística – forma um cisto; · Gordura; · Calcificação; · Sarcomatosa (0,2 a 0,5%) – muito raro. Quando um mioma cresce de forma rápida em pouco tempo. Tratamento · Observação – assintomáticas; · Miomectomia · Submucoso: histeroscopia cirúrgica/ ablação histeroscópica; · Intramural: laparoscopia ou laparotomia; · Subseroso: laparoscopia ou laparotomia. Prole definida · Histerectomia – principal indicação no mundo. Análogos do GnRH · Bloqueia o eixo do ciclo menstrual, o hipotálamo está bloqueado, a paciente entra em amenorreia. Assim, ela para de sangrar e melhora os níveis hematimétricos para que possa ser possível realizar a abordagem histeroscópica posteriormente. Embolização de artéria uterina · Via de acesso: femoral · Alto risco de reabordagens; · Contraindicações: · Gestação; · Câncer · Coaguloapatias.
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