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LARISSA MENEZES – AISM II PATOLOGIAS DO CORPO UTERINO • Tumores benignos sólidos mais frequente em idade fértil • Causa estrutural mais comum de sangramento uterino anormal • Desenvolvimento durante os anos reprodutivos e regridem na menopausa (estrogênio). Quando o mioma cresce na paciente na menopausa precisa de uma avaliação detalhada para possível retirada, porque não é comum • Únicos ou múltiplos • Queixa principal: alterações menstruais seguida de dor pélvica e dismenorreia secundaria (vem de alguma patologia) FATORES PREDISPONENTES o História familiar: predisposição genética o Idade reprodutiva o Raça negra o Menarca precoce o Nuliparidade ou infertilidade o Obesidade o Hipertensão FATORES DE PROTEÇÃO o ACO: hormônio sintético o Primiparidade precoce o Tabagismo por um mecanismo desconhecido PATOLOGIA o Único ou múltiplos o Pequenos ou gigantes o Simétricos ou distorcer contornos o Circunscritos, bem delimitados, pseudocapsulados o Podendo estar localizados em colo uterino (cervicais), istmo, corpo uterino o Pediculares ou sésseis o Macroscopicamente: brancacento e endurecido (mais tecido conjuntivo) ou róseo amolecido (mais musculo), depende da quantidade da quantidade de tecido conjuntivo e muscular CLASSIFICAÇÃO o Porção onde se encontra: cervicais, ístmicos, corporais o Posição relativas as camadas: LARISSA MENEZES – AISM II ▪ Subseroso: está na serosa e provoca menos sintomas; por deformar a cavidade é o que sentimos na palpação, causam dor se muito grande ▪ Intramural ou intersticial: estão no miométrio (musculo), pode relacionar com quadros de hemorragia uterina ▪ Submucoso: está no endométrio, na mucosa; forma que provoca mais hemorragia devido a intima relação com mucosa endometrial ▪ Cervical: raro, causa deformidade do colo ▪ Interligamentar: cresce entre os folhetos do ligamento largo, pode comprimir o ureter o Classificação FIGO: ▪ Vai de dentro do útero para fora, aumentando a numeração ▪ 8: não está no corpo do útero, como os cervicais ▪ Pode ter mais de um número para um único mioma QUADRO CLÍNICO o Clínica: suspeita, mas não fecha diagnóstico o Anamnese: idade, raça negra, paridade, queixa (normalmente é hipermenorreia) o Sangramento anormal: sintoma mais comum e que mais leva a intervenção cirúrgica. Presença e intensidade de sintomas são determinadas, em parte, pela localização do mioma e não apenas pelo tamanho o Dor pélvica e dismenorreia: isquemia é responsável pela dor proveniente do próprio tumor, mas pode ocorrer compressão de estruturas contíguas o Infertilidade: é controverso, geralmente há outro fator associado. Não interfere na ovulação o O mioma leva a infertilidade quando causa oclusao dos óstios tubários, alterações endometriais vasculares impedindo a nidação, submucosos impedindo a nidação no endométrio e incapacidade de distensão nos miomas múltiplos e volumosos EXAME FÍSICO o Boa acurácia em úteros com mais de 300g – equivale a gestação de 12sem (útero intrapelvico) o Toque bimanual: posição, volume, alteração na forma o Aumento de volume abdominal o Corrimento vaginal o Distúrbios intestinais DIAGNÓSTICO o Exame de imagem é a confirmação o USG: ▪ É o que mais vai usar, é o primeiro a ser solicitado pela sua facilidade ▪ Exame inicial, fácil acesso e barato ▪ Nódulo hipoecoico em parede ou na cavidade uterina LARISSA MENEZES – AISM II ▪ Nódulo solido bem circunscrito pela pseudocapsula que consegue definir o tamanho o Histerossalpingografia: ▪ Não é a primeira opção! ▪ Pode evidenciar falhas de enchimento na cavidade uterina (submucoso) ▪ Distorção do contorno uterino (intramurais) o Histeroscopia: ▪ Solicitada quando tem sangramento uterino anormal ▪ Permite a visualização dentro do endométrio, ou seja, para mioma submucoso ▪ É importante no diagnóstico diferencial porque tira um pedaço para biopsia: pólipos, hiperplasia endometrial, carcinoma de endométrio o Ressonância magnética: ▪ Não é a primeira opção pelo custo elevado ▪ Seria o exame de imagem padrão ouro ▪ Melhor exame para visualização e mensuração de leiomiomas ▪ Ideal para diferenciação de leiomiomas e adenomiose ▪ Evidencia claramente a localização, o numero de miomas e sua distância até a serosa LARISSA MENEZES – AISM II o Laparoscopia: ▪ Não pede para diagnosticar mioma, é um achado ao fazer para outro motivo o Histopatológico: ▪ É o diagnóstico de certeza ▪ É o padrão ouro DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL o Deve incluir os distúrbios e doenças que apresente sinais e sintomas semelhantes: o Sangramento uterino anormal ou alterações de volume uterino ou abdominal: ▪ Pólipos endometriais/Hiperplasia ▪ Neoplasias ▪ Adenomiose ▪ Malformações uterinas ▪ Gestação tópica e ectópica ▪ Abortamento ▪ Tumor ovariano o Condições pélvicas de origem extraginecológica que mascaram o diagnóstico: ▪ Aderências pélvicas ▪ Tumores vesicais ou intestinais ▪ Cistos mesentéricos ▪ Rim ectópico ▪ Fecaloma ▪ Abscesso TRATAMENTO o Indicações de tto clinico: ▪ Redução tumoral ▪ Controle da perda sanguínea ▪ Perimenopausa ▪ Risco cirúrgico elevado ▪ Não há indicação de tto em pacientes assintomáticas: controle ultrassonográfico o Indicações de tto cirúrgico: ▪ Sangramento uterino anormal ou dor pélvica ▪ Suspeita de malignidade ▪ Tto de infertilidade ▪ Tto de abortamento recorrente o Miomectomia: ▪ Retirada do mioma sem mexer no útero o Histeroscopia: mioma submucosa o Laparoscopia: tenta identificar se dá para sair por vídeo o Laparotomia o Embolização da artéria uterina: feita pelo cirurgião vascular, o SUS não cobre o Indicações de histerectomia: ▪ Falha no tto clinco e/ou mioma muito grande e não consegue desligar ele do útero ▪ Prole constituída ou sem desejo de engravidar apresentando sintomas importantes LARISSA MENEZES – AISM II ▪ Atualmente e geralmente faz a histerectomia completa: retira o corpo e o colo do útero ▪ A radical faz na suspeita de malignidade • Aumento uterino causado por focos ectópicos endometriais • Podem estar distribuídos por todo miométrio (difuso) ou formar um conjunto nodular circunscrito (focal) • Estrogênio dependente • Evolui nos anos reprodutivos e regride após menopausa • Cirurgia uterina anterior é fator de risco SINTOMAS o Sangramento uterino anormal o Dismenorreia secundaria o Dispareunia o Dor pélvica crônica o Infertilidade SINAIS o Aumento global e simétrico do útero, que se encontra amolecido e doloroso, principalmente no período pré-menstrual o Ao fazer o toque bimanual o útero está mole, diferente se tivesse mioma CLASSIFICAÇÃO o Distribuição no miométrio: ▪ Adenomiose difusa ▪ Adenomioma: é focal o Penetração no miométrio: ▪ Superficial: invasão de 3mm no miométrio ▪ Intermediária: toda superfície do miométrio ▪ Profunda: invasão junto a serosa DIAGNÓSTICO o Clínico é difícil e apenas presuntivo o Frequentemente assintomático o Dor e sangramento uterino anormal o Exame físico: aumento do volume uterino, estando amolecido e doloroso o Ultrassonografia: ▪ É o primeiro exame a ser solicita, não é necessariamente o melhor ▪ É ideal que seja feita no período pré- menstrual porque os focos aumentam nesse período pelo desenvolvimento do endométrio LARISSA MENEZES – AISM II ▪ Melhor visualizado pela técnica transvaginal ▪ Aumento difuso do útero com textura e contorno normais ▪ Áreas hipoecóicas heterogênea dentro do miométrio com margens parcialmente definidas (transvaginal) o Ressonância magnética: ▪ É melhor porque delimita e localiza a extensão das lesões ▪ Diferenciação entre leiomiomas e adenomiomas▪ Se a zona juncional mioendometrial (parte mais escura) > 12mm é presuntivo de adenomiose o Histológico: ▪ É o diagnóstico de certeza TRATAMENTO o Definitivo: histerectomia o Formas alternativas: ▪ DIU mirena, Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU) ▪ ACO combinado ▪ Ressecção de foco (se for a focal, na difusa não consegue) o Cirúrgico conservador: ▪ Ablação endometrial se for grau 1 ou 2 ▪ Adenomiomectomia: nas focais • Lesões em relevo na superfície na cavidade uterina • Características benignas com baixo potencial de malignização (precisa sempre biopsiar) SINTOMAS o Sangramento uterino anormal o Infertilidade SINAIS o Não há achado especifico no exame físico o Tamanho do pólipo não altera tamanho uterino o “Pólipo ou mioma parido” exteriorização pelo orifício externo do colo ao exame especular FATORES DE RISCO o Idade avançada o Obesidade o Uso de tamoxifeno porque espessa o endométrio o Terapia hormonal é inconclusivo APRESENTAÇÃO CLÍNICA o Maioria é assintomática, mas a queixa principal é sangramento o Achado ocasional em exame ultrassonográfico o Associado a sangramento uterino anormal o Infertilidade DIAGNÓSTICO o Ultrassonografia transvaginal: LARISSA MENEZES – AISM II ▪ Primeiro exame solicitado ▪ Baixo custo ▪ Não invasivo ▪ Imagem focal hiperecogênica, bem definida ou de aspecto heterogênio ▪ Realizar antes do 10º dia do ciclo o Histerossalpingografia: ▪ Falha de enchimento da cavidade uterina como no mioma ▪ Contorno regular o Histeroscopia: ▪ Diagnóstico definitivo ▪ Permite estudo de toda cavidade uterina e do endométrio ▪ Forma, volume, consistência e localização ▪ Estudo histopatológico (biopsia) para diferenciar benigno/maligno TRATAMENTO o Taxa de malignização 1% o Acompanhamento clinico de pacientes assintomáticos <10mm o Polipectomia histeroscopica: ▪ Sintomáticos ▪ Desejo concepção ▪ Interesse na avaliação histopatológica ▪ Ambulatorial ou cirúrgica • Proliferação anormal (volume e espessura) do endométrio proliferativo que mostra desorganização estrutural, estratificação epitelial e atipias citológicas • Espessamento de endométrio tem indicação de histeroscopia para vê se tem atipias ou não • Clinicamente a maioria apresentará sangramento uterino anormal • 5% dos casos de sangramento pós menopausa SEM ATIPIAS LARISSA MENEZES – AISM II o Baixo risco de progressão para câncer o Tratamento: progestágeno contínuo COM ATIPIAS o Elevado risco de progressão para câncer o Tratamento: ▪ Progestageno contínuo, se desejo reprodutivo ▪ Histerectomia é preferencial ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL o Pacientes pós-menopausa: ▪ Sem TRH = 4-5mm ▪ Em uso de TRH = 8mm ▪ Paciente na menacme = 1,5mm ▪ Se passar desses valores precisa de biopsia porque é hiperplasia • Estimulação crônica do endométrio por estrógenos, sem oposição da progesterona (que protege o endométrio) TIPO I o Estrogênio dependente o Mais frequente o Melhor prognostico o Tipo endometrioide o Idade precoce TIPO II o Independente de estrógenos o Paciente mais velhas o Pior prognóstico FATORES DE RISCO o Obesidade pela resistência insulínica que leva a diminuição da progesterona o SOP pelos ciclos anovulatórios o Perimenopausa: anovulação o LYNCH II: predisposição a câncer gástrico e de endométrio o Iatrogênico por TRH só com estrógenos o Imunossupressão o Nuliparidade o Tamoxifeno o DM/HAS FATORES DE PROTEÇÃO o Uso de ACO combinados o Multiparidade o Tabagismo o Uso de DIU mirena (progesterona) QUEIXA PRINCIPAL o Sangramento uterino anormal da peri ou pós menopausa o Não há indicação de rastreio universal CONDUTA o Biopsia endometrial dirigida por histeroscopia é o padrão ouro DIAGNÓSTICO o Histopatológico LARISSA MENEZES – AISM II SARCOMA o É o mais comum o Originam-se do estroma e do miométrio o Crescimento rápido e agressivo o Prognóstico pior que tumores do endométrio o Tipos histológicos: tumores mullerianos mistos e leiomiossarcoma (mais comum) DIAGNÓSTICO o Suspeita clínica: ▪ Sangramento vaginal em mulheres pós menopausa ▪ Dor pélvica crônica ▪ Cansaço, perda de peso e de apetite o USG transvaginal o Histeroscopia o Histopatológico (biopsia) o Ressonância magnético TRATAMENTO o Cirurgia é o mais efetivo o Pode ser complementada com radioterapia o Alto índice de recidiva o Locais mais comuns de metástase: pulmão e abdome o Metástase em curto espaço de tempo o Fatores de prognóstico: grau histológico e estadiamento inicial
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