Buscar

PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS ODONTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ODONTOLOGIA EM PACIENTES 
COM NECESSIDADES ESPECIAIS 
 
1 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
RECEBENDO A 
CRIANÇA ESPECIAL 
 Deficiência intelectual, física, anomalias 
congênitas, distúrbios comportamentais, 
transtornos psiquiátricos, distúrbio sensoriais e de 
comunicação, doenças sistêmicas e crônicas, 
doenças infectocontagiosas, condições sistêmicas. 
 Geralmente, o medo de dentista está presente 
ocasionando no atraso para retornos, assim o 
tratamento odontológico acaba tendo início 
orientado de sintomas, que poderiam ter sido 
evitados previamente. 
Em relação ao medo de dentista, a visão do instrumental, 
vibrações e sons, movimentos bruscos e sensação 
inesperada de dor podem intensifica-lo. 
Sempre fazer a avaliação comportamental do paciente 
analisando expressão facial e comportamental, sentimentos, 
tom e volume de voz. 
 Transtorno do espectro do autismo: disfunção 
global do desenvolvimento com início na infância – 
atenção à interação social e comunicação. Para a 
criança com TEA (autismo) deve-se cumprir 
combinados, em sua visão, tudo deve ser 
padronizado. 
Abordagem psicológica nesses pacientes: habilidades 
cognitivas imaturas no desenvolvimento, distúrbios 
neurológicos e motores sendo incapazes de colaborar, 
dificuldades sistêmicas devendo evitar situações de estresse 
intenso comum em indivíduos odntofóbicos. 
( + + ) Definitivamente positivo: aceita e participa 
( + ) Positivo: colabora com reservas 
( - ) Negativo: oferece resistência 
( - - ) Definitivamente negativo: rejeição, choro, recusa 
Toda forma de comunicação deve ser usada, o manejo faz 
parte do atendimento. 
Protocolo de humanização: 
1. Educação em saúde bucal 
2. Promoção do empoderamento do núcleo familiar 
3. Presença dos pais e/ou responsáveis na sala de 
atendimento 
4. Uso constante de técnica básica de abordagem de 
comportamento durante todo o procedimento 
5. Consulta com < tempo para evitar estresse 
6. Priorizar a eliminação de dor 
7. Otimizar tempo – proced. minimamente invasivos 
8. Organização da mesa clínica 
9. Estabilização protetora 
10. Atendimento de bebês em trios 
 
 Fazer uso da comunicação não-verbal: postura, 
expressão facial e linguagem corporal pois 
aumentam a eficácia de outras técnicas para 
ganhar ou manter a atenção e cooperação do 
paciente. 
SÍNDROMES GENÉTICAS 
 Alterações genéticas são definidas como 
alterações na sequência de nucleotídeos em uma 
parte do DNA que alteram a estrutura de uma 
proteína e, consequentemente, causam anomalias 
anatômicas e fisiológicas. 
 São classificadas em transtornos cromossômicos, 
de um único gene ou de herança multifatorial. 
A maioria das síndromes são causadas por aneuplodias 
(alteração do número de cromossomos contido em cada 
célula). 
Causas durante a gestação: vírus, RX, substâncias 
químicas, idade materna, calor, radiações, predisposição 
genética a não-separação dos cromossomos na divisão 
celular meiótica. 
Causas externas: existência de parentes próximos com 
doenças hereditárias ou retardo mental, outros filhos com 
síndromes, mulher> 35 anos e homem> 55 anos, 
casamentos cosanguíneos. 
SÍNDROMES GENÉTICAS 
Características físicas 
 achatamento da parte de trás da 
cabeça, inclinação das fendas 
palpebrais, ponte nasal achatada, tônus 
muscular diminuído, orelhas menores e 
ESCALA COMPORTAMENTAL DE FRANKFURT 
MANEJO COMPORTAMENTAL 
SÍNDROME DE DOWN – TRISSOMIA DO 21 
 
2 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
baixa implantação, baixa estatuta, pés e mãos 
pequenas, excesso de pele na nuca. 
 Tendência a obesidade. 
Alterações sistêmicas 
 Cardiopatia congênita, malformações do trato 
gastro intestinal, risco de leucemia aumentado 
(15x), perda auditiva, doença de Alzheimer em 
idade precoce, convulsões. 
 Instabilidade atlanto-axial (vértebras C1 e C2), 
refluxo gastro esofágico, problemas oculares 
(hipertelorismo, estrabiamo, catarata), 
hipotireoidismo. 
 Hipodesenvolvimento dos ossos e dos dentes = 
atraso na cronologia de irrupção dental. 
Alterações orais 
 Mordida aberta anterior devido à 
psedomacroglossia e hipotonia lingual, gerando 
deslocamento dos dentes e mandíbula. 
Postura de boca aberta: nasofaringe 
estreita e tonsilas adenoides 
hiperplásicas = respiradores bucais. 
Fissura Labial; Úvula rífida (alongada) 
Prevalência de dentição mista – 
observa-se o retardo na erupção e esfoliação dos dentes 
decíduis e permanentes. 
Quanto as anomalias dentárias, as mais comuns são 
hipodontia, dentes coronóides, microdentes, hipocalcificação 
do esmalte, fusão e geminação. 
Alta prevalência de tártaro, porém baixa prevalência de 
lesões de cárie (alta concentração de cálcio, sódio e 
bicarbonato na saliva – capacidade tampão). 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
A utilização do reforço positivo, atendimento pontual, 
consultas curtas, atenção às formas de expressão, gestos e 
reações, procedimentos mais simples nas primeiras 
consultas, escovação supervisionada, observar presença de 
anquiloglossia. 
Atentar-se para maior possibilidade de alterações cardíacas. 
Caso existam, recomendar o uso de profilaxia antibiótica 1 
hora antes da execução de procedimentos invasivos. 
 Cuidado com a cadeira odontológica, deve haver 
estabilização da cabeça e do tronco do usuário, 
evitando movimentos bruscos e flexão ou extensão 
excessiva do pescoço, devido à maior instabilidade 
da articulação atlanto axial. 
 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Anti-hipertensivos (propranol) interação com vasoconstrictor. 
Antiarrítimicos – interação vasoconstrictores. 
Características físicas 
 Deformidades nos dedos da mãos, alterações 
congênitas, baixo peso ao nascer, pouco apetite, 
choro fraco, pescoço curto, maior presença de 
pelos, anomalias cerebrais, pernas cruzadas, tórax 
em formato incomum, hérnia lingual ou umbilical, 
encurtamento do dedão do pé, rugas na palma das 
mão e nos pés, má formação renal, anomalias 
vertebrais, má formação dos membros. 
Região craniofacial 
Microcefalia, fontanelas ampliadas, alongamento do 
diâmetro antero-posterior do crânio (escafocefalia), defeitos 
oculares (córnea opaca, catarata, microftalmia), zona 
occipital muito proeminente, palato alto e estreito por vezes 
fundido, fissura labial, abertura oral pequena, orelhas baixas 
e malformadas. 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Fenda labial e fenda palatina, limitação de abertura bucal, 
orientação quanto ao atraso da irrupção dentária, consultas 
rápidas e pontuais. 
Consultas com intervalo máximo de 6 meses com 
orientações aos familiares sobre higienização oral. 
Mutação no gene FGFR2 – fator de crescimento 
fibroblástico – face plana 
 
 Anomalia craniofacial, mal formação do crânio, 
terço médio da face, mão e pés, além de diversas 
alterações funcionais. 
SÍNDROME DE EDWARDS – TRISSOMIA DO 18 
SÍNDROME DE APERT 
 
3 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
Má formação cardíaca: função de suturas cranianas, recuo 
do terço médio da face (região ocular), fusão dos dedos das 
mãos e dos pés, atresia pulmonar. 
Principais traços craniofaciais 
Acrobraquicefalia, hipertelorismo, depressão dos ossos 
temporais, boca em forma de trapézio. 
Repercussões bucais 
 Hipoplasia do terço média de face com classe III, 
lábios hipotônicos, úvula bífida, irrupção ectópica, 
má oclusão, fenda labial e palatina, pseudofenda 
palatina, apinhamentos, gengiva espessa, 
respirador bucal. 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Orientações quantos ao tratamento ortopédico e ortodôntico, 
orientações para uso de placas miorrelaxantes para 
bruxismo, prescrição de saliva artificial e hidratantes labiais. 
Déficit de crescimento, dismorfismo facial, anormalidades no 
SNC, alterações de Qi ou de comportamento, problemas 
cardíacos, desenvolvimento da dentição retardado, 
problemas auditivos e convulsões. 
 
Repercussões bucais 
 A coordenação motora deficiente dificulta a correta 
higienizaçãodental, justificando a presença de 
lesões de cárie dentária; 
 A alta incidência de maloclusão dental demonstra a 
necessidade do tratamento ortodôntico para a 
correção da arcada. 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Orientar para escovas dentais adaptadas ou elétricas, que 
esses pacientes apresentam alterações motoras e de 
coordenação. 
Uso de abridores, retornos semestrais para evitar alto índice 
de lesões cariosas. 
 Forma grave de epilepsia 
Atinge meninos com mais frequência. 
 Espasmos mioclônicos 
(flexão da cabeça, 
abdução dos membros 
superiores e flexão das 
pernas), crises frequentes, 
alterações bucais 
(periodontias, bruxismo, 
traumatismos, palato 
ogival, respiração bucal). 
Repercussões bucais 
 Bruxismo, respiração bucal, má oclusão dentária, 
gengivite, hiperplasia gengival medicamentosa, 
índice de lesões de cárie. 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Orientações aos pais sobre tratamentos ortopédicos e 
ortodônticos, prescrição de hidratantes labiais e saliva 
artificial, remoção cirúrgica da hiperplasia gengival, 
consultas frequentes, evitar o uso de refletor. 
Paralisia bilateral completa ou incompleta dos nervos faciais 
e abducentes. 
 
Expressão facial, liberação de lágrimas e saliva deficiente. 
 Perda total ou parcial dos movimentos do músculo 
da face, sendo pouco expressivo ou totalmente 
inexpressivo. 
Causas 
hipertermia, exposição da gestante a infecções virais, 
misoprostol, álcool e drogas, uso de talidomida e 
benzodiazepínicos. 
 
SÍNDROME ALCÓOLICA 
SÍNDROME DE WEST - EPILEPSIA 
SÍNDROME DE MOEBIUS 
 
4 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Orientação quanto ao uso de abridores de boca para 
escovação bucal, prescrição de saliva artificial, ATM com 
fragilidade, recomendações para escovas pequenas e 
utilização de estabilizadores e almofadas cervicais. 
Neurogenético causado por falhas no cromossomo 15. 
 Obesidade é a maior causa de mortalidade e 
morbidade – considerada doença da obesidade 
genética. 
 
Características clínicas 
 Baixa estatura, retardo mental, baixo tônus 
muscular, problemas de comportamento, 
necessidade involuntária de comer 
constantemente, obesidade, características faciais 
peculiares. 
Características bucais 
 Hipotonia da musculatura facial = mal oclusão 
grave, dentes com desgaste excessivo, boca 
pequena, lábio superior curto, palato ogival, 
apinhamento dentário. 
 Respiradores bucais, secreção escassa da saliva 
(saliva espessa), atraso da irrupção dentária, 
microdontia, mal formação dentária (taurodontismo 
– alargamento da câmara pulpar e diminuição do 
tamanho das raízes), cáries e gengivite (causadas 
pela má higiene oral e diminuição da produção 
salivar). 
 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Aplicação de flúor com uso de sugador (paciente tende a 
comer, causando intoxicação), consultas com intervalo de 3 
meses com orientações aos familiares sobre a quantidade 
do creme dental e orientações para não deglutir. 
Levar em conta os aspectos psicológicos (mudança de 
humor) 
Orientar para escovas dentais adaptadas ou elétricas visto a 
dificuldade. 
O tratamento com hormônio do crescimento trás 
sangramento gengival excessivo em áreas infectadas, logo, 
as alterações gengivais são comuns. 
Mal formação congênita 
 Conjunto de deformidades craniofaciais, como 
achatamento dos ossos da face, queixo pequeno, 
pálpebras caídas, fissura no palato e ausência ou 
malformação das orelhas 
Manifestações bucais 
Dentes supranumerários impactados na região anterior 
superior, hipoplasia e alterações no posicionamento dos 
incisivos centrais superiores, micrognatia (mandíbula menor 
que o normal). 
Displasia de ATM, limitação de abertura bucal, desvio da 
linha média, falta de oclusão, sobremordida profunda, má 
oclusão de classe II ou III. 
 
ATENDIMENTO 
 DOMICILIAR 
 CD se desloca até domicílio para favorecer 
assistência odontológica com auxílio de 
equipamentos e acessórios portáteis (homecare). 
Procedimentos em domicílio: devolver saúde, periodontia, 
exodontia e selamento de cavidade. 
Contraindicações: procedimentos invasivos em pacientes 
com comprometimento sistêmico grave, falta de interação 
familiar, procedimentos acumulados. 
 Geralmente, encontra-se com mais frequência: 
péssimos cuidados orais devido a doenças, trismo 
(dificuldade para abrir a boca), perimplantite 
(acumulação de biofilme no pino do implante). 
 
SÍNDROME DE PRADDER-WILLI – CROMOSSOMO 15 
SÍNDROME DE TREACHER 
 
5 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
PILARES DO ATENDIMENTO DOMICILIAR 
Preparo do ambiente (limpo, higienizado, boa luminosidade, 
e todas as regras de biossegurança) 
Não operar em jejum (1hr antes) 
Aferir pressão, ter pontualidade, seriedade e agendamento 
prévio. 
1ª consulta (anamnese, prescreve exames de acordo com a 
necessidade, orientações de higiene) + kit clínico, abridor de 
boca e gaze 
Demais consultas: o que for precisar. 
Adaptação do CD: ergometria, temperatura,... 
Montagem do equipamento em bancada higienizada. 
O CD deve se adaptar e lançar mão de materiais para 
outros portáteis. 
Biossegurança 
 
Planejamento minuncioso com outros médicos envolvidos. 
Família colaborar e ajudar, principalmente durante anamese. 
Não atender se o paciente estiver apenas com o CD. 
ESTABILIZAÇÃO E CONTENÇÃO 
Garantir com segurança o atendimento odontológico 
Indicação 
 Pacientes não colaboradores: deficiência intelectual, 
transtorno. 
 Com movimentos involuntários: tremores, paralisia 
cerebral, distonia. 
 Sem controle motor, cadeirante. 
 Quando houver falhas nas outras técnicas de 
condicionamento: reforço positivo, recompensa, 
elogio. 
Contenção: para manter posição adequada, rígida. 
Abridor de boca; Física (segurar o paciente); Lençol e faixas. 
APENAS SE A MÃE PERMITIR 
Estabilização: 
Estabilizador godoy 
 
Estabilizador zinkpinho 
 
Colchão à vácuo 
PLANEJAMENTO 
ORGANIZAÇÃO 
INTERAÇÕES MULTIDISCIPLINARES 
INTERAÇÃO FAMILIA 
ADAPTAÇÃO 
 
6 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
TEA - AUTISMO 
Transtorno do espectro do autismo: déficits persistentes na 
comunicação e na interação social. Padrões restritos e 
repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. 
 A incidência do TEA tem aumentado de forma 
significativa em todo o mundo, portanto se faz 
necessário ter o aumento da conscientização sobre 
o tema, expansão dos critérios de diagnóstico e 
aprimoramento das informações reportada. 
Fatores causais: 80% genético, 18% mutação, 2% 
ambientais. 
 É mito quando se diz que vacinas contra sarampo, 
dieta da mãe, comportamento dos pais e 
agrotóxicos inalados são os fatores causais. 
Critérios para diagnóstico 
Comunicação social e na interação social. 
 Incapacidade ou dificuldade de iniciar interações 
com outros, compartilhar emoções ou afeto, 
engajar conversas; 
 Comunicação verbal e não verbal pouco integrada 
a anormalidade no contato visual; 
 Déficits na linguagem corporal ou na compreensão 
e uso de gestos, déficits para desenvolver, manter 
e compreender relacionamentos 
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, 
interesses ou atividades. 
 Movimentos motores, uso de objetos ou fala 
estereotipados ou repetitivos; 
 Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a 
rotinas ou padrões ritualizados de comportamento 
verbal ou não verbal; 
 Interesses fixos e altamente restritos que são 
anormais em intensidade e foco; 
 Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou 
interesse incomum por aspectos sensoriais do 
ambiente. 
TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO 
SENSORIAL E O AUTISMO 
As pessoas dentro do TEA apresentam disfunções 
sensoriais. Uma sensação considerada normal e tolerável 
para uma pessoa neurotípica pode ser considerada como 
estímulo aversivo para um autista, a ponto de gerar angústia 
e sofrimentos incapacitantes. 
 
ODONTOLOGIA E AUTISMO 
 Perfil bucaldo paciente com TEA: lesões de cárie, 
alterações periodontais, biofilme dental e lingual, 
lesões por automutilação, traumatismos dentários, 
bruxismo, má oclusões, higiene oral insatisfatória. 
A falta de controle do biofilme dental e as doenças 
periodontais associada as lesões de cárie são consideradas 
os principais problemas de saúde bucal nesses indivíduos 
com TEA. Hiperplasia periodontal como efeito colateral de 
medicamentos + falta de higiene. 
 Geralmente dieta pastosa e líquida, rica em 
carboidratos e açúcares juntamente com o uso 
prolongado de chupetas, mamadeiras e outros 
bicos artificiais colaboram para a incidência de 
cárie. 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Anamnese básica 
Controle de voz, comunicação não verbal, distrações e 
recompensas. 
Anamnese avançada 
Estabilização protetiva e contenção, dispositivos acessórios 
(para abertura bucal), sedação leve e moderada 
(benzodiazepínicos ex midazolan ação começa 30 – 45 min, 
benzodiazepínico – mais utilizado), anestesia geral. 
DÉFICITS PERSISTENTES NA COMUNICAÇÃO SOCIAL 
PADRÕES RESTRITOS E REPETITIVOS COMPOTAMENTAIS 
 
7 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
PARALISIA CEREBRAL 
Dano cerebral que leva à inabilidade, à dificuldade ou ao 
descontrole de músculos e de outros movimentos do corpo, 
sem necessariamente estar associado à deficiência mental. 
Na paralisia cerebral, os processos primitivos (reflexos) não 
foram maturados, ex.: morder automaticamente. 
É um quadro permanente, não existe cura, uma vez PC, 
para sempre PC e o que pode ocorrer é a estimulação dos 
neurônios existentes. Se encaixa em deficiências físicas. 
 É uma lesão estável, não progressiva que ocorre 
antes dos 2 anos de idade e que resulta em um 
desenvolvimento motor pobre, podendo ou não 
estar associado ao retardo mental. 
É resultado de uma lesão no cérebro NÃO hereditária, 
acarretando má postura e desenvolvimento motor anormal 
que se inicia nos períodos pré, peri e pós-natal. 
Lesões que ocorrem no SNC e têm preferência pelas áreas 
de núcleo (córtex cerebral e cerebelo), o que torna clara as 
alterações motoras que estes pacientes apresentam. 
 PC é diferente de sequela, o primeiro é o dano 
ocorrido até os 2 anos de idade independente da 
causa, já a sequela é quando já está formado, após 
os 24 meses. 
Sinais característicos: espasticidade (rigidez muscular), 
desordem de movimento, fraqueza muscular (não é 
hipotônico, mas não tem a capacidade de desenvolver), 
ataxia (dificuldade de equilíbrio ao andar), rigidez. 
FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO 
Hipertonia dos músculos/ tônus muscular (alta contração) 
elevado, pode ser um lado do corpo afetado (hemiparesia), 
os quatro membros (tetraparesia) ou maior 
comprometimento dos membros inferiores (diplegia). 75% 
dos casos. 
Sinais e sintomas comuns: caminhada anormal, reflexos 
aumentados, rigidez em alguma parte do corpo. 
Movimentos involuntários e variações na tonicidade 
muscular. 18% dos casos. 
Sinais e sintomas comuns: flexibilidade aumentada, 
problemas de alimentação, problemas de postura, corpo 
rígido. 
 
Diminuição da tonicidade muscular, incoordenação dos 
movimentos e equilíbrio deficiente. Menos de 2% dos casos. 
Sinais e sintomas: dificuldade na fala, problemas na 
percepção de profundidade, tremores, afastamento dos pés 
ao caminhar (aumento da base de suporte). 
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS QUE PODEM VIR A 
OCORRER: Epilepsia, deficiência mental (aproximadamente 
50% dos casos), deficiências visuais, dificuldades de 
aprendizagem, dificuldades de fala e de alimentação, 
limitações das funções motoras orais, alterações na 
deglutição o que gera subnutrição e consequentemente 
impacto negativo no desenvolvimento físico cognitivo. 
MANIFESTAÇÕES BUCAIS 
Há um alto índice de cárie nesses pacientes, por falta de 
coordenação nos movimentos de higienização, bem como 
falta de conscientização e dedicação dos cuidadores. Dietas 
ricas em carboidratos e muito moles aumentam a 
possibilidade de cárie e doenças periodontais. 
O fato de terem a musculatura orofacial hipotônica 
associada a respiração bucal pode tornar esses pacientes 
xerostômicos, embora haja um aumento na quantidade de 
saliva, o que aumenta o índice de cárie e doença 
periodontal. 
 Gengivite, hipoplasia de esmalte, hiperplasia 
gengival, maloclusão, traumatismos, bruxismo, 
perda precoce dos dentes. 
A deglutição atípica e a hipohidratação causa escoamento 
de saliva, dificuldade de deglutição, disfagia, incapacidade 
de controlar alimentos na boca, aspiração da saliva, 
infecções pulmonares e das vias aéreas superiores, por isso 
deve-se fazer a avaliação salivar. 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
O principal objetivo do tratamento odontológico é oferecer 
boas condições de tratamento para o paciente, de acordo 
com suas necessidades e limitações. 
A relação do CD com a família do paciente in fluência 
diretamente na aceitação do tratamento, a atitude dos 
familiares é de tal importância para o sucesso do 
tratamento. 
SEQUÊNCIA SUGERIDA PARA AS PRIMEIRAS 
CONSULTAS 
Anamnese; formação de vínculo com o paciente e a família; 
perfil psicológico do paciente, da família e dinâmica familiar; 
atividades de vida diária; exame clínico; solicitação de 
ESPÁSTICA 
ATETÓIDE 
ATÁXICA 
 
8 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
exames complementares e avaliação médica; plano de 
tratamento. 
Basicamente o paciente com PC não tem coordenação e 
apresentam contrações involuntárias. 
Atáxico: sente dificuldade em sentar-se por falta de 
equilíbrio. A conduta adequada seria calça-los com 
almofadas e roletes de toalha. 
Atetóide e espático: mais fácil manter na cadeira devido a 
contração muscular. A melhor conduta seria reclinar a 
cadeira para melhorar sua postura e tirá-lo do padrão de 
contração, a cabeça deverá ser apoiada em travesseiro ou 
no braço do profissional. 
Colocar pouco creme dental na escova, do tamanho de um 
grão de arroz, com flúor; 
Escovas de cerdas pequenas e macias. Escovas elétricas 
funcionam bem, porém nem todo indivíduo com PC suporta 
o estímulo, desencadeando movimentos involuntários que 
impedem a higienização adequada; 
Utilizar toalha enrolada na mão para abrir a boca de 
pacientes com espasmos musculares; 
Introduzir alimentos adstringentes na dieta como cenoura 
crua, maçãs, etc. quando for possível mastigar; 
Massagear a gengiva com gaze umedecida em pacientes 
que não mastigam, afim de remover restos alimentares; 
Fazer uso de abridores para evitar que morda o dedo; 
Escovar, sempre que possível, todas as faces do dente. 
 Pequenas modificações deverão ser feitas para 
atender esse grupo de pacientes, no intuito de 
oferecer maior proteção em relação aos riscos 
inerentes ao tratamento, principalmente para 
aqueles que apresentam comprometimento nas 
reações dos reflexos normais. 
EPILEPSIA 
Distúrbio involuntário temporário da função cerebral que 
pode ser manifestada por perdas de consciência, atividade 
motora anormal, distúrbio sensorial ou disfunção anatômica. 
Convulsão é uma descarga elétrica cerebral desorganizada 
que leva a uma alteração da atividade cerebral. Na 
convulsão ocorre um desligamento momentâneo das 
sinapses, é caracterizada pela atividade excessiva 
descontrolada de uma parte do sistema nervoso central ou 
todo ele. 
Associada ao retardo mental e problemas cerebrais de 41% 
a 94% dos casos. 
CAUSA PRIMÁRIA 
Idiopática: causa desconhecida (75% dos casos); 
Hereditária: pai com epilepsia tem 4% de chance de 
desenvolver a doença, ambos os pais com epilepsia o risco 
é de 10% a 14%. 
CAUSA SECUNDÁRIA 
Massa tumoral, AVC, sangramento intracraniano, 
traumatismo craniocefalico, abstinência de álcool ou 
benzodiazepínicos, infecções, transtornos metabólicos, 
drogas, vasculites ou eclmapsia. 
Desconhecidas 
Parciais/ de origem focal/ pequena região (psicomotora): 
correspondem a 60% das crises e é dividida em simples,complexa e parcial com generalização posterior. 
Generalizadas/ de grande região envolvida: 
correspondem a 40% das crises. Não há nenhum sinal ou 
sintoma que indique a origem focal em um ponto específico 
do cérebro. O indivíduo perde a consciência de imediato por 
uma tremenda descarga, da qual participam dos dois 
hemisférios cerebrais e que podem provocar crises dos 
seguintes tipos: ausência, crise mioclônica, crise clônica, 
crise tônica, crise tronco-clônica, crise atônica. 
De grande mal 
1. Tônico-clônica: a mais comum, 90% fase 
prodomica, convulsiva e pós convulsiva, ictal. 
Características: perda de consciência e queda ao solo, 
contrações musculares violentas, palidez e cianose 
(acinzentada/ azulada), eliminação de urina e fezes, 
salivação abundante, desvio de olhar ou olhar fixo, 
movimentos mastigatórios. 
Dura mais de 30min sem recuperação da consciência após 
as crises (sonolência e confusão mental). 
Dura tempo prolongado e se repete em curtos intervalos. 
2. Tônicas: são contrações musculares repentinas e 
duradouras, deixando os membros tensos e 
estendidos. 
3. Clônicas: são movimentos de flexão e estiramento 
dos membros de forma repetitiva e rítmica. 
 
MANEJO DO PACIENTE NA CADEIRA 
REGRAS DE HIGIENE BUCAL 
CLASSIFICAÇÃO DAS CRISES EPILÉTICAS 
 
TIPOS DE CRISES EPILÉTICAS 
 
9 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
De pequeno mal 
1. Crise ausência: mais comum em crianças, subta 
interrupção das funções mentais, olhar vazio, dura 
alguns segundos. 
2. Parcial simples: apenas 1 hemisfério envolvido e 
não ocorre perda de consciência. 
3. Parcial complexa: 2 hemisférios envolvidos e há 
perda de consciência. 
De acordo com as condições de aparecimento, as crises 
podem ser dividas em: 
1. Ocasionais: não se evidencia a razão do 
aparecimento. 
2. Cíclicas: fatores que levam ao aumento normal do 
funcionamento do cérebro (fatores hormonais, 
sono...) 
3. Desencadeadas: por algo específico como luz, 
barulho... 
Além disso, podem ser de fatores específicos e não 
específicos. 
1. Específicos: epilepsia reflexa provocada pela 
estimulação de luzes, videogames, farol de carro... 
De tratamento não medicamentoso. 
2. Não específicos: estresse, privação de sono, 
suspensão abrupta de medicamentos antiepiléticos 
e sedativos, febre alta, fadiga, álcool, uso de 
drogas... 
Não suspender a medicação antiepilética, respeitar os 
horários da tomada de medicamentos, não modificar as 
doses, não usar outros medicamentos sem orientação 
médica, dormir o suficiente e regularmente, não ficar em 
jejum, não ingerir bebidas alcóolicas, fazer calendário das 
crises tentando relacioná-las aos eventos do dia. 
A saliva do epilético é contagiosa; há relação da epilepsia 
com espíritos e possessões; o ataque é causado por 
vermes; a criança epilética é sempre retardada; epiléticos 
não podem ter filhos; os remédios para ataques causam 
problemas mentais; o epilético necessita de alimentação 
especial. 
A gengivite pode ocorrer com ou sem aumento visível do 
volume gengival; 
As medicações utilizadas para o controle de crises 
convulsivas de hidantoína (fenitoína/ difenilidantoína), 
desencadeiam crescimento gengival (Hiperplasia gengival) 
mais comum nas regiões vestibulares de dentes anteriores. 
A hiperplasia gengival medicamentosa aparece em torno de 
2 a 3 semanas após o início do tratamento e atinge o grau 
máximo de severidade após 9 a 12 meses. 
O tratamento deve ser iniciado pela boa higiene, remoção 
de cálculo e polimento das superfícies dentais (terapia 
periodontal) básica em conjunto com a excisão cirúrgica 
(gengivectomia). 
Em alguns casos, os pacientes podem morder a língua, 
promovendo úlcera traumática. Injurias com mais frequência 
em tecidos moles. 
A prevalência e severidade das doenças bucais é maior 
nessa população devido a dieta cariogênica e pastosa, 
dificuldade do controle de biofilme e higienização e 
medicações de uso contínuo. 
O CIRURGIÃO-DENTISTA 
E O PACIENTE EPILÉTICO 
Evitar estímulos desencadeantes de crises além de 
assegurar-se de que o controle médico/ medicamentoso é 
feito e observado rigorosamente. 
Fatores precipitantes: febre, retirada de anticonvulsionante, 
intoxicação medicamentosa, uremia, hipoglicemia e hipóxia. 
Interromper imediatamente o procedimento; 
Permanecer calmo e obervar o paciente; tranquilizar os 
familiares; afrouxar as roupas do paciente; posicionar a 
cabeça de lado para evitar a aspiração da saliva; 
Evitar traumatismos e ferimentos no paciente (proteger 
cabeça colocando uma almofada ou roupa dobrada sob a 
parte, afastar móveis e objetos cortantes); 
Manter vias aéreas livres; 
Não tentar mobilizar o paciente a força; enquanto a crise 
não cessar, permanecer ao lado do paciente; reconhecer a 
confusão mental posterior que pode durar mais de 15min; 
colocar uma toalha entre os dentes do paciente para evitar 
ferimentos dos tecidos moles ou fratura dental durante a 
crise; 
Não usar manobras violentas ou artefatos rígidos para 
impedir o fechamento da boca; 
Não tente desenrolar a língua com a mão; 
Não jogue água no rosto; 
Não usar oxigênio em casos que o paciente se encontra 
cianótico pois isso pode prolongar a crise; 
FATORES DESENCADEADORES DE CRISES 
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA PREVINIR AS CRISES 
 
MITOS E ESTEREÓTIPOS 
SINAIS BUCAIS DA EPILEPSIA 
DURANTE A CRISE EPILÉTICA 
 
10 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
Deixar o paciente em repouso após a crise (5 a 10min); 
Monitorar os sinais vitais antes de liberar o paciente; 
Se a convulsão/ estado epilético prolongar mais que 3 
minutos, administrar benzodiazepínicos - 1mg de Diazepam 
EV ou IM até no máximo 10mg; Administrar O2 (5 a 6l/min) 
e solicitar o serviço de urgência; 
Não interrogar o paciente agressivamente; se o paciente 
anda sem direção, o profissional deve fazê-lo sentar ou leva-
lo até onde possa estar em segurança sempre com a voz 
calma e sem segurá-lo fortemente. Ficar com o paciente até 
que a confusão mental desapareça. 
O relacionamento entre o médico e o cirurgião-dentista é 
fundamental e deverá haver troca de informações entre 
ambos para controles de sintomas e medicações buscando 
ajuste medicamentoso que evite a crise convulsiva durante o 
tratamento. 
O estresse durante a consulta deve ser evitado, bem como 
o uso de estimulantes do SNC, como cafeína, codeína, 
epinefrina etc. 
Anestésicos locais: o anestésico de eleição é a prilocaína 
com vasoconstrictor. Evitar epinefrina e derivados. 
Analgésicos: deve-se evitar com cafeína e codeína. 
Anti-inflamatórios e antibióticos: epilepsia não é um fator 
determinante de contraindicação. 
REPERCUSSÕES BUCAIS EM 
DEPENDENTES QUÍMICOS 
Drogas são definidas como substâncias psicoativas naturais 
ou sintéticas que podem ser empregadas pelo homem com 
diversas finalidades. 
Na anamnese identifica-se o tipo de droga que o seu 
paciente é usuário através de um minuncioso questionário 
de saúde e posteriormente assinado. 
O Brasil é o país que mais consome álcool no mundo. Os 
indivíduos alcoolizados apresentam um conjunto de sinais e 
sintomas comuns: rubor e edema moderados na face, olhos 
lacrimejantes, eritrose palmar, hálito alcóolico, falta de 
coordenação motora, suores, tremores fino nas 
extremidades, vertigens, desequilíbrio, fala mole e 
arrastada, lento para andar. 
PRINCIPAIS ACHADOS BUCAIS: 
 Xerostomia, cárie, perdas dentais, doença 
periodontal, infecções oportunistas por cândida, 
ardência bucal, diminuição do fluxo salivar. 
No atendimento odontológico não deve ser prescrito 
enxaguantes bucais que contenham álcool em sua 
composição para evitar ingestão, não prescrever 
acetilsalicico pois pode gerar hemorragias, cautela ao 
prescrever benzodiazepínicos pois o álcool pode 
potencializar seu efeito. 
 Cuidado ao prescrever antimicrobianos 
(cetoconazol, metronizadol e alguns 
cefalosporinas)pois quando utilizados juntos com o 
dissulfiram (medicamento para tratar alcoolismo) 
pode provocar hiperventilação e sensação de 
pânico. 
 Orientar fazer exames periódicos para prevenção 
do câncer bucal pois o alcoolismo aumenta o risco 
de lesões cancerosas. 
O índice de tabagismo no Brasil tem diminuído por conta 
das leis antitabagistas que vem sendo aplicadas. O epitélio 
que reveste o trato respiratório superior atua como a 
primeira linha de defesa contra agentes agressores, por 
isso, a fumaça inalada tanto passivamente como ativamente 
causa irritação e consequentemente doenças das vias 
aéreas superiores. 
ALTERAÇÃO SISTÊMICA DO TABAGISMO 
Alterações vasculares, risco aumentado de AVC, impotência 
sexual, risco aumentado de câncer de boca, de esôfago e 
de pulmão. 
 O tabagismo retarda o processo de cicatrização de 
ferimentos e reduz a capacidade de regeneração 
dos tecidos. Por isso, a taxa de insucesso de 
implantes é duas vezes maior. 
AS PRINCIPAIS REPERCUSSÕES ORAIS 
Aumento do índice de lesão de cárie, manchas extrínsecas 
na lingual dos elementos dentários, cárie radicular, 
diminuição do fluxo salivar, diminuição das defesas 
imunológicas e retardo na cicatrização. 
O cigarro contém um elevado número de substâncias 
cancerígenas e quando associadas ao álcool, que 
permeabiliza a mucosa, aumenta consideravelmente o risco 
de desenvolvimento de câncer bucal. 
O tratamento medicamentoso visa minimizar os sintomas de 
abstinência a nicotina, porém, não devem ser utilizados 
isoladamente e sim com associação a uma boa abordagem. 
DURANTE UMA CRISE DE AUSÊNCIA 
TERAPIA MEDICAMENTOSA 
ÁLCOOL 
TABAGISMO 
 
11 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
 É papel do CD orientar o paciente a cessar o vício, 
se atentar para a mucosa rígida e friável (dificulta a 
anestesia), iniciar-se o tratamento pelas 
necessidades urgentes, prescrição de saliva 
artificial e fazer tratamentos preventivos a cárie. 
Essa droga pode ocasionar descontração, riso fácil, 
relaxamento, bem como pode desencadear perturbações na 
percepção de tempo e espaço, alucinações, delírios e crises 
de ansiedade. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Boca seca, fome, xerostomia, doenças periodontais, 
queimadura na mucosa, candidose e estomatite canábica. 
A combinação entre xerostomia, redução de pH salivar e 
estimulação de apetite, aliados a uma pobre higiene oral, 
menos idas ao dentista e dieta altamente cariogênica 
culminam numa maior prevalência de cáries em superfícies 
lisas em pacientes que consomem a droga. 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE USUÁRIOS 
Olhos vermelhos, fala lenta, tranquilidade ou agitação 
excessiva, manchas amarelas nas pontas dos dedos. 
No atendimento odontológico deve-se observar a presença 
de estomatite canábica (tratamento com corticóides e laser) 
e o uso de anestésico local contendi adrenalina deve ser 
evitado pois pode prolongar a taquicardia já reduzida, o ideal 
seria a mepvacaína com felipressina. 
 Deve-se orientar que se evite o consumo pelo 
menos uma semana antes e após o tratamento, 
pois intervenções invasivas podem ser 
preocupantes devido a diminuição transitória dos 
glóbulos brancos causados pela droga. 
 O tratamento odontológico em pacientes sob efeito 
da droga pode resultar em crises de ansiedade 
aguda, disforia e pensamentos paranóicos 
psicóticos. 
Agente simpatomimético que estimula a liberação de 
norepinefrina e inibe sua recaptação 
PRINCIPAIS EFEITOS DA DROGA 
Falta de apetite, euforia, hiperatividade e insônia 
AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS 
Risco aumentado de AVC, enfartes, alterações pulmonares, 
infecções, ideias de perseguição com delírio 
As principais repercussões orais são: perfurações no septo 
nasal e palato duro, xerostomia, recasamento da mucosa, 
descamação gengival, maior formação de tártaro, 
periodontite, desmineralização dentaria cervical, carie 
rampante com coloração escura e sem sensibilidade, perdas 
dentarias, úlceras na região da língua, bruxismo e cândidose 
CARACTERÍSTICAS DOS USUÁRIOS: 
Agitado, fala acelerada, agitado, tenso, músculos travados e 
ofegante 
Conduta odontológica: Adiar o tratamento se o paciente 
estiver sob efeito da droga (recomenda-se um período de 
24hs, pois a droga pode causar morte súbita) e usar 
anestésicos locais sem vasoconstrictores ou com 
felipressina (interação da cocaína com vasoconstrictor pode 
levar a uma crise hipertensiva) 
Mistura da pasta da cocaína com bicarbonato de sódio e 
tudo que for branco, sendo criado com finalidade de ser uma 
alternativa mais barata. Por isso, após o consumo o seu 
efeito de euforia intenso não dura amis que 10 minutos 
Por ser um derivado da cocaína, o crack tem as mesmas 
consequências sistêmicas e bucais 
A conduta odontológica também deve ser a mesma da 
dos usuários de cocaína 
Vendido na forma de uma pílula, no entanto, também é 
encontrado em forma líquida ou em pó que pode ser diluído 
para ser injetado 
EFEITOS A CURTO PRAZO 
Euforia, insônia fadiga, humor deprimido, diminuição da 
ansiedade, alteração na cognição, comportamentos 
bizarros, psicose e alucinações 
 Os efeitos neuropsiquiátricos incluem alterações na 
percepção do tempo, diminuição da defesa e 
agressão seguida de aumento da interação social 
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS BUCAIS 
Xerostomia, caries, bruxismo, tremores faciais, 
sensibilidade, periodontite, úlceras, edemas 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Não realizar o tratamento se caso o paciente tiver feito o uso 
até 24hs antes, realizar tratamento para bruxismo e 
tremores faciais, observar a presença de úlceras e começar 
o tratamento pelos procedimentos de maior urgência. 
 
MACONHA 
COCAÍNA 
CRACK 
ECXTASY 
 
12 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
Droga perturbadora do sistema nervoso que provoca 
alterações no funcionamento do cérebro, causando efeitos 
psíquicos, como alucinações, delírios e ilusões 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
Excitação e hiperatividade ou passividade dependendo do 
caso, episódios de euforias seguidos de depressão, 
sensação do pânico, ampliação da percepção de cores e 
sons, sinestesia, alteração na percepção de tempo e espaço 
Os alucinógenos indólicos produzem pouco fenômeno de 
tolerância e não induzem dependência 
ALTERAÇÕES SISTÊMICAS 
A droga pode acentuar doenças psicológicas pré-existentes 
Principais alterações odontológicas: xerostomia, caries, 
bruxismo, tremores faciais, sensibilidade, periodontite, 
úlceras, edemas 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Não realizar o tratamento se caso o paciente tiver feito o uso 
até 24hs antes, realizar tratamento para bruxismo e 
tremores faciais, observar a presença de úlceras e começar 
o tratamento pelos procedimentos de maior urgência 
Drogas sintéticas que estimulam o SNC 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
Hiperatividade, diminuição do sono e efeitos semelhantes a 
da cocaína 
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ODONTOLÓGICAS 
Xerostomia, carie rampante, bruxismo, doença periodontal 
Compostos que provocam maior liberação de cetecolaminas 
e quando interagem com epinefrina causam taquicardíaca e 
aumento da pressão arterial (relação com vasoconstrictores) 
DISTÚRBIOS SENSORIAIS 
E DE COMUNICAÇÃO 
Alteração sensorial é qualquer redução na capacidade de 
receber estímulo que chegue por qualquer um dos sentidos. 
Na falta de um deles, os outros tendem a ser mais 
aguçados, muitas vezes compensado e superando qualquer 
deficiência. 
Quando se fala de uma pessoa surda-cega não se deve 
pensar que se trata de um sujeito cego que não pode ouvir, 
ou de um surdo que não pode ver, mas de uma pessoa com 
limitações que interferem no desenvolvimento social, 
comportamental, de aprendizagem e adaptação ao meio. 
Deficiência visual: 58,35% 
Deficiência auditiva: 15,8% 
Deficiência física: 21,6% 
DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
Os pacientes surdos são aqueles nos quais os sentidos da 
audição não funcionam para as atividades normais da vida.Perda total ou parcial das possibilidades auditivas sonora, 
variando em graus e níveis. 
Pode se apresentar desde o nascimento, através da má 
formação do aparelho auditivo humano, mas também pode 
ser causada por lesões, doenças provocadas por ruídos ou 
pelo envelhecimento humano, que é uma consequência 
natural do organismo. 
1. Perda auditiva leve: incapacidade de ouvir sons 
abaixo de 30 decibéis. 
2. Perda auditiva moderada: incapacidade de ouvir 
sons abaixo de 50 decibéis. 
3. Perda auditiva severa: incapacidade de ouvir sons 
abaixo de cerca de 80 decibéis. 
4. Perda auditiva profunda: ausência da capacidade 
de ouvir ou a incapacidade de ouvir sons abaixo de 
cerca de 95 db. 
1. Perda auditiva condutiva: ocorre quando há 
interferência na transmissão do som do ouvido 
externo até o interno. 
2. Perda auditiva sensorioneural: ocorre quando há 
alguma possibilidade de recepção do som por 
lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo 
auditivo. Irreversível. 
3. Perda auditiva mista: combinação dos dois tipos 
de perda auditiva, ela afeta o ouvido interno, 
externo ou médio. O tratamento varia de acordo 
podendo ser medicamentoso, cirúrgico ou com uso 
de aparelhos auditivos ou implantes cocleares. 
4. Perda auditiva neural: atinge especificamente o 
nervo auditivo. Ela é percebida na dificuldade da 
compreensão das informações sonoras e ocorre 
por conta de uma alteração no mecanismo de 
processamento de informações no tronco cerebral 
envolvendo o SNC. 
LDS 
ANFETAMINA E DERIVADOS 
CLASSIFICAÇÃO DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
 
13 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
Desordens genéticas ou hereditárias, desnutrição/ 
subnutrição/ carências alimentares, hipertensão/ diabetes, 
fator RH, doenças infectocontagiosas na gravidez (rubéola, 
sífilis, citomegalovírus, caxumba, herpes, toxoplasmose), 
uso de drogas/ álcool, pré-maturidade, pós-maturidade, 
anóxia/ hipóxia, nascimento com uso de fórceps, infecção 
hospitalar, infecção (meningite, caxumba, sarampo), 
remédios ototóxicos, sífilis adquirida, traumatismos 
cranianos, exposição a ruídos por longo período. 
Deficiência auditiva pode ser tratada, mas a audição não 
pode ser restaurada. Na maioria dos casos, perda auditiva é 
tratada com aparelho auditivo. Algumas perdas auditivas 
são tratadas com diferentes tipos de implantes e cirurgias 
podem curar alguns tipos de perda auditiva condutiva. 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Existem no Brasil 9,7 milhões de brasileiros surdos ou com 
severa deficiência auditiva. Por isso, é fundamental que 
todos nós sejamos capazes de nos comunicar com essa 
parte da população. É dessa forma que promovemos a 
inclusão social. Tanto para adultos como para crianças é 
fundamental que se tenha comunicação para o sucesso 
odontológico. 
Usando um intérprete de sinais deve-se ficar ou em pé ou 
do lado do interprete para que o paciente possa ver os dois 
ao mesmo tempo. O ritmo da conversa deve ser normal. 
Após a resposta do paciente, através do intérprete, deve-se 
olhar para o paciente e falar diretamente com ele. 
Sem a presença do intérprete deve-se utilizar a 
comunicação não verbal, permanecer sempre no campo 
visual do paciente, usar gestos, expressões faciais, figuras 
modelos, diagramas, que estejam relacionados com a 
mensagem que será passada. 
Quando a técnica da leitura labial é utilizada, posicione-se 
na mesma altura que o paciente para estar no mesmo 
campo de visão 
Atentar para onde está direcionado o foco de luz, para que 
não haja sombra. 
Não elevar a voz nem gritar 
O profissional deve estar familiarizado com a forma de 
comunicação que o paciente prefere usar para diminuir o 
grau de ansiedade e temor da pessoa com deficiência 
auditiva 
Quando o paciente for uma criança, os pais devem ser 
incluídos nas orientações para maximizar o aprendizado e 
autocontrole nas práticas de higiene diária 
O profissional poderá usar as experiências e atitudes dos 
pais para facilitar o emprego das técnicas de controle do 
comportamento durante o tratamento odontológico. 
DEFICIÊNCIA VISUAL 
É uma situação irreversível de diminuição da resposta 
visual, em virtudes de causas congênitas ou hereditárias, 
mesmo após o tratamento clínico e/ou cirúrgico associado 
ou não ao uso de óculos convencionais ou lentes. 
É classificada e visão subnormal/ visão baixa ou cegueira/ 
ausência total da resposta visual. 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
Deve-se utilizar a voz com suavidade e informar sempre em 
que posição está, próximo ou não ao paciente, 
possibilitando que se oriente melhor no espaço. 
Ensinar a higiene oral ao paciente dom DV é uma situação 
que deve ser treinada pelo paciente, que assim poderá 
desenvolver melhor a coordenação motora fina, contribuindo 
cada vez mais para sua independência. 
Os deficientes visuais apresentam os mesmos padrões 
estomatológicos de pacientes não deficientes, porém a 
prevalência de doença periodontal é maior. As alterações 
bucais são mais frequentes pela dualidade em alcançar uma 
higiene bucal adequada sem o feedback visual. 
A primeira consulta deve ser exploratória e de 
reconhecimento do consultório. Os cuidadores devem 
acompanhar o paciente até sua familiarização com o 
ambiente odontológico 
A apresentação da equipe, do consultório e dos presentes 
na sala de espera facilita a integração do paciente assim 
como um ambiente tranquilo e silencioso, mantendo uma 
atmosfera descontraída 
A descrição da aparência do profissional permite que o 
paciente perceba que é uma pessoa e não apenas mãos 
que estão trabalhando em sua boca 
O tratamento odontológico, sempre que possível, deve 
limitar-se a um único profissional. 
O ambiente odontológico deve ser calmo, relaxante e 
informal; 
Oferecer atenção adequada, mas sem exagero 
Não deixar de apertar a sua mão ou abraçá-lo. Isso substitui 
o sorriso; 
Dirigir-se diretamente ao paciente e não ao cuidador; 
ETIOLOGIA 
TRATAMENTO 
CONDUTA 
 
14 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
Ao levar o paciente para o consultório indagar se ele deseja 
ajuda. Nunca o mover, segurá-lo ou pará-lo sem aviso 
prévio; 
Permitir que o indivíduo toque e sinta a cadeira dental antes 
de sentar-se; 
Antes de realizar qualquer procedimento, fornecer ao 
paciente, descrições detalhadas, claras e concisas do 
tratamento planejado para o dia; 
Descrever com detalhes os instrumentos e objetos que 
serão utilizados; deixar que o paciente sinta suas vibrações 
com contato na unha ou na mão; 
Evitar ruídos altos e inesperados, aplicar jatos de ar, água 
ou motores sem aviso prévio; 
Avisar o momento em que vai ser aplicada a anestesia, 
explicando as sensações que o paciente sentirá; 
Usar quantidades menores de materiais dentários que 
possuem sabor forte, pois poderão ser rejeitados; 
 Permitir que o paciente participe do tratamento aceitando a 
sua ajuda e colaboração; deixando que ele realize o que 
sabe, pode e deve fazer sozinho 
 Deve-se promover a independência do paciente 
com sugestões de artifícios, educação em saúde 
bucal e medidas preventivas; 
Revisão trimestral das necessidades do indivíduo para evitar 
dor e minimizar mais intervenções 
Redução do medo, estresse e constrangimento para o 
paciente e para o cuidador, encorajando uma abordagem de 
“portas abertas” e fornecendo apoio e amparo. 
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO 
PARA PACIENTES GESTANTES 
Fazer uma boa anamnese, queixa principal; 
Estratégia e necessidade do tratamento 
Verificar a condição de saúde da paciente 
Oferecer segurança e controlar o nível de ansiedade 
Todas as gestantes deverão realizar, pelo menos, uma 
consulta odontológica durante o pré-natal, sendo 
recomendado haver uma consulta a cada trimestre. 
1º trimestre: transformações iatrogênicas e 50% dos 
abortos espontâneos ocorrem nesse período. Os defeitos 
genéticos associados ao número de cromossos são a 
primeiracausa de aborto. Acredita-se que cerca de 80% dos 
abortos com idade gestacional abaixo de 8 semanas tenham 
alguma aneuploidia (alteração numérica) 
 Eliminar focos infecciosos, procedimentos 
profiláticos e preventivos, procedimentos 
restauradores. 
2º trimestre: melhor período para ocorrer o tratamento 
odontológico 
 Procedimentos restauradores e reabilitadores, 
profilaxia e prevenção, cirurgias de urgência e 
emergência (eletivas devem ser evitadas) 
3º trimestre: momento de maior risco de síncope, 
hipertensão e anemia. O desconforto na cadeira 
odontológica pode causar hipotensão postural e compressão 
da veia cava 
 Fluorterapia, e controle terapêutico, procedimentos 
profiláticos 
Desde o momento da concepção o corpo da mulher passa 
por uma série de adaptações anatômicas, fisiológicas e 
metabólicas para criar as condições necessárias para a 
nova vida. 
Aumento do volume sanguíneo materno em 30% 
Proteção materna das perdas sanguíneas 
Proteção materno-fetal do retorno venoso 
comprometido 
Aumento da frequência respiratória- Necessidade de O2 
Hiperparatireoidismo fisiológico- Aumento da produção 
de cálcio para compensar as perdas durante a gestação 
Hipotensão em decúbito dorsal – O feto pode exercer 
pressão na veia cava inferior quando a mãe está deitada, 
gerando prejuízo no retorno venoso, hipotensão e sincope 
A pressão baixa na gravidez é uma alteração muito 
comum, devido as alterações hormonais que provocam o 
relaxamento dos vasos sanguíneos 
Hipotensão ortostática/postural (é a queda excessiva da 
pressão arterial quando se assume a posição ortostática e 
põe de pé): Os fatores pré-disponentes são a idade, defeitos 
venosos nas pernas, gravidez, paciente mantido deitado por 
longo período, medicação, período de convalescência. 
Para prevenir a Hipotensão ortostática ao termino de cada 
sessão deve-se colocar o paciente em posição semi 
inclinada e aguardar 2 minutos, após isso, sentar o paciente 
e agudara mais 2 minutos, coloque o paciente em pé e 
aguarde mais 2 minutos. 
CONSULTA INICIAL 
MELHOR PERÍODO PARA O ATENDIMENTO 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA GESTAÇÃO 
 
15 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
Aumento do debito cardíaco (de 20% a 40% como 
resposta a demanda do crescimento fetal) 
Aumento dos fatores de coagulação (controle de 
hemorragias e tromboembolismo) 
Hematopoiese: o feto exige da mãe 58% de ferro a mais 
que o normal, desencadeando a anemia materna 
Alteração na glicose: fadiga no metabolismo de 
carboidratos, hipoglicemia (enjoo matutino) e diabetes 
gestacional 
Diabetes gestacional é a intolerância a carboidratos em 
qualquer grau, identificado durante o período gestacional, 
podendo ou não persistir depois do parto. Implica em uma 
doença induzida pela gestação, provavelmente devido as 
grandes mudanças fisiológicas. 
História previa de bebês grandes, história familiar de 
diabetes em parentes de primeiro grau, hipertensão arterial 
sistêmica na gestação, idade materna a partir de 35 anos, 
ganho de peso excessivo, sobrepeso ou obesidade, 
síndrome dos ovários policistos, gestação múltipla, histórico 
de diabetes gestacionais na mãe da gestante ou histórico 
prévio. 
Avaliar RISCO X BENEFÍCIO para não submeter a gestante 
a riscos desnecessários 
Época e horário do atendimento 
Sessões curtas (45 a 60min) 
Agendar para a segunda metade da manhã 
Evitar horários coincidentes com crianças (prevenção de 
doenças viróticas) 
Observar o crescimento gengival devido aos níveis de 
progesterona 
Maior consumo de carboidratos maior é a acidez na 
cavidade bucal 
Quando necessário e bem indicado, seguindo o padrão de 
proteção e segurança, usando o coleto de chumbo e 
proteção cervical, o exame radiográfico não está 
contraindicado 
Avaliar a real necessidade do exame 
Empregar filmes ultrarrápidos 
Evitar erros técnicos na tomada radiográfica e no 
processamento 
Sempre usar todas as proteções necessárias! 
MANIFESTAÇÕES BUCAIS 
Gengivite gravídica; Hiperplasia gengival; Lesões gengivais 
pediculadas ou sesseis; Pericoronarite; Mobilidade dental; 
Resposta aumentada ao biofilme dental; Aumento do 
metabolismo do estrógeno na gengiva e maior produção de 
prostaglandinas; Granuloma pirogênico 
MAIOR TENDENCIA A CÁRIE: VERDADE OU MITO? 
Foi pesquisado o conteúdo mineral da dentina durante a 
gravidez, demonstrando que não há diminuição do teor de 
cálcio durante este período. Por isso, o que determina o 
aparecimento de carie durante a gestação é a negligência 
na higiene bucal e alteração na dieta. 
Diminuir o teor de açúcar na dieta visa diminuir a preferência 
por sabores doces desde o início da vida que é um período 
sensível para o desenvolvimento da percepção sensorial e 
das preferencias alimentares 
IMPORTANTE: ANAMNESE BEM CONDUZIDA 
As respostas que você recebe dependem das perguntas que 
você faz 
Primeira consulta- Dados pessoais, idade materna e 
gestacional, atividade profissional, situação de moradia e 
trabalho, levantamento dos fatores de risco, intercorrência 
clinica, avaliação de exames complementares, parecer da 
equipe de saúde, inquérito alimentar e de higiene bucal 
Obtenção de informações uteis 
Perfil da paciente 
PRÉ- NATAL ODONTOLÓGICO 
Medir a pressão antes, durante e despois do procedimento 
No primeiro e segundo trimestre: orientação sobre saúde 
bucal e tratamento de infecções na gengiva e estruturas de 
suporte dos dentes, bem como tratamento das infecções 
dentarias 
No terceiro trimestre: orientações de saúde e higienização 
bucal do bebe (alimentação, chupeta, mamadeira, irrupção 
dentaria), avaliação do frenulo lingual e anomalias 
anatômicas 
Sempre medir os sinais vitais- acima de 160x110mmHg 
encaminhar para o atendimento hospitalar 
OS FATORES DE RISCO PARA DIABETES GESTACIONAIS 
CUIDADOS NÃO FARMACOLÓGICOS 
EXAME RADIOGRÁFICO 
DIETA DA GESTANTE 
 
16 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
As consequências da dor, estresse e infecções podem ser 
mais maléficas a mãe e ao feto do que aquelas decorrentes 
ao tratamento odontológico. 
O cessamento da dor não será efetiva sem a remoção da 
causa, mesmo que seja priorizado o tratamento 
medicamentoso 
Usar a menor dose efetiva do fármaco durante o menor 
tempo possível 
Orientar a paciente sobre sua condição 
Cuidado da barreira placentária 
Mecanismo de ação da droga (direto – interfere diretamente 
no feto, ou indireto – interfere na gestante e causa 
consequências no feto). 
O efeito das infecções não tratadas são mais prejudiciais do 
que a terapia necessária realizada com cautela 
ANTIBIÓTICOS 
Penicilina- droga de eleição, mecanismo de ação na parede 
celular, não causa MFC, risco potencial de reações 
alérgicas, ação bactericida 
Penicilina de espectro aumentado- Ampicilina, Amoxacilina, 
Amoxacilina +ac. Clavulanico, Amoxacilina + sulbactam 
Ampicilina x Amoxacilina 
Melhor absorvida via oral, não sofre modificações no 
organismo e é melhor tolerada 
Macrolídeos (inibição da síntese proteica) 
Efeitos adversos: toxicidade hepática; Farmacocinética: 
ótima absorção e biodisponibilidade VO; Pico de 
concentração plasmática: 1 a 4h, Ação biológica: 
bacteriostáticos/bactericida, Vias de excreção: urina e bile. 
Azitromicina: Meia-vida biológica bastante prolongada a 
nível tecidual, mantendo concentrações ativas durante até 
10 dias no local da infecção 
Cefalosporinas: Mecanismo de ação = parede celular, 
Amplo espectro de ação, Nefrotóxico em altas doses, 
Sensibilidade cruzada 
Tetraciclina: Atravessa facilmente a barreira placentária; 
Mecanismo de ação = inibição da síntese protéica; Ação 
biológica: bacteriostática; Espectro de ação: amplo; Efeitos 
adversos: distúrbios TGI, ulcerações da boca, 
hipersensibilidade, colite pseudomembranosa; Hepatotóxica, 
nefrotóxica, pode aumentar o tempo de coagulação 
sanguínea e causar fotosensibilidade; Depósito em todos ostecidos em processo de calcificação sob a forma de um 
ortofosfato complexo; Má formações esqueléticas e 
anomalias dentárias 
Metronizadazol: Mecanismo de ação = atuam sobre a 
síntese do DNA Farmacocinética: muito bem absorvido VO, 
atravessando barreiras teciduais e sendo distribuído na 
saliva e fluidos gengivais; Ação biológica: bactericida; 
Espectro de ação: ativo contra bacilos G- anaeróbios Efeitos 
adversos: gosto metálico, dor estomacal, neuropatia 
periférica (administração prolongada). Apresentação: 
Metronidazol comp. 250mg 0u 400mg. 
Derivados pirazolonicos (dipirona) 
Discrasias sanguíneas; Nefrites crônica prévia; Insuficiência 
hepática, renal, hipertensão arterial; Doenças cutâneas; 
Crianças menores de 05 anos; Idosos Pac. com úlceras, 
gastrite 
ANESTÉSICO 
Lidocaína + Vasoconstrictor 
Lidocaína: Pode se encontrada para uso odontológico nas 
concentrações de 2% e 3%, sem vasoconstrictor ou 
associada a vasoconstrictores como ADRENALINA 
(1:100.000 e 1: 50.000) , NORADRENALINA (1:100.000 e 
1:50.000) e FENILEFRINA (1:25.000); ü Lidocaína 2% + 
Fenilefrina: maiores variações de PA, dor na região occipital, 
náuseas e alterações visuais; 
Uso em gestantes: LIDOCAÍNA 2% + ADRENALINA 
(1:100.000) e LIDOCAÍNA 2% + NORADRENALINA 
(1:50.000); LIDOCAÍNA 2% + NORADRENALINA 
(1:50.000). 
Fatores que determinam a quantidade e a velocidade de 
transferência placentária dos anestésicos locais: Tamanho 
da molécula, Grau de ligação do AL às proteínas 
plasmáticas na circulação materna; Risco de 
metahemoglobinemia 
Bupivacaína: Alto grau de ligação com as proteínas 
plasmáticas da mãe; ü Longo tempo de duração (5 a 6h); 
Cardiotoxicidade. 
Mepivacaína: Restrições para uso em gestantes; Não é 
metabolizada pelo fígado fetal; 
Prilocaína: Não há trabalhos científicos que comprovem a 
segurança do uso em gestantes; Metahemoglobinemia; 
Vasoconstrictor : Felipressina 
 
Metahemoglobinemia: Semelhante à cianose, com ausência 
de anormalidades cardíacas ou respiratórias; Pacientes de 
risco: Insuficiência cardíaca, anemia, problemas 
respiratórios e portadores de deficiência da 
CUIDADOS FARMACOLÓGICOS 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA 
 
17 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
metahemoglobinemia redutase; Anemia gestacional; Sinais 
e sintomas surgem após 3 a 4h da administração do 
fármaco. 
ANTIBIÓTICO: penicilina (melhor escolha) – 
Ampicilina, amoxicilina 
CEFALOSPORINA: está entre os antibióticos mais seguros 
para gestantes. 
ASPIRINA contraindicado nos 3 últimos meses. 
ANTI-INFLAMATÓRIO: betametasona, dexametasona. 
ANALGÉSICO: dipirona, paracetamol. 
AINES. 
Tranquilização verbal; 
Benzodiazepínicos = Uso questionável, Fendas labial e/ou 
palatina, Óxido nitroso, Trocar informações com o médico 
ANAMNESE – AVALIAÇÃO CLÍNICA -ENCAMINHAMENTO 
Dificuldade na amamentação →Enfermagem/ consultorias 
em aleitamento / Nutri 
Mastigação ineficiente →Fonoaudiólogo ü Atraso na fala/ 
troca fonêmica 
Sobrepeso/ Erosão/ Alterações →Psicólogo/ Psiquiatra/ 
Nutricionista 
Respiração bucal/ maloclusão →Otorrino/ fono/ ortopedista/ 
fisioterapeuta 
Erupção/ Esfoliação dentária →Endocrinologista 
CENTRO CIRÚRGICO E 
ANESTESIA GERAL 
A anestesia geral é uma técnica que promove inconsciência, 
total abolição de dor e relaxamento 
Regulamentado pelo CFM e CFO- O responsável pelo 
paciente é o médico anestesista, em qualquer circunstância 
Refere-se a um estado de inconsciência reversível, 
imobilidade, analgesia e bloqueio dos reflexos autonômicos 
obtidos pela administração de fármacos específicos por via 
inalação e/ou administração endovenosa 
Homeostase das funções vitais 
A anestesia geral é um recurso adicional, e em algumas 
situações, ela pode ou deve ser instituída para o tratamento 
odontológico de crianças com ou sem necessidades 
especiais 
Pode ser introduzida por via intramuscular, endovenosa ou 
por inalação de gases 
A ventilação pulmonar pode ser espontânea ou controlada 
por aparelhos de ventilação 
Anestesia geral: inalatória, intravenosa e balanceada 
(inalatória + intravenosa) 
Anestesia combinada: geral + regional 
Anestesia local: anestesia infiltrativa localizada 
Hipnose, analgesia, amnesia, início e término de ação 
rápida, ausência de efeitos sobre a função 
cadiorrespiratória, eliminação independente da função 
hepática e renal, metabolitos inativos, sem efeitos 
cumulativos, custo baixo e moderado 
Condições fisiológicas, mentais e psicológicas do paciente, 
Doenças preexistentes, Tipo e duração do procedimento 
cirúrgico, Posição do paciente para a realização da cirurgia, 
Recuperação pós-operatória, Manuseio da dor no pós-
operatório, Exigências particulares do cirurgião 
Classe 1 ou ASA 1 - Paciente saudável 
Classe 2 ou ASA 2 - Paciente com doença sistêmica, 
porém controlada 
Classe 3 ou ASA 3 -Paciente com doença sistêmica grave 
(sem controle) 
Classe 4 ou ASA 4 - Paciente com doença ou condição 
sistêmica grave, risco de vida 
Classe 5 ou ASA 5 - Paciente moribundo, com pouca 
probabilidade de sobrevida 
Classe 6 ou ASA 6 - Paciente com morte cerebral – 
Paciente para doação de Órgãos. 
Para a realização da intubação, são utilizados relaxantes 
musculares potentes e de uso exclusivo em centro cirúrgico. 
A intubação traqueal pode ser realizada por três vias: 
Pela boca: Técnica não tão utilizada em odontologia, sendo 
mais empregada em cirurgias em outras partes do corpo 
SEDAÇÃO EM GESTANTES 
RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR 
CLASSIFICAÇÃO DAS ANESTESIAS 
CARACTERÍSTICAS DE UMA SEDAÇÃO IDEAL 
FATORES QUE DETERMINAM A ESCOLHA 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES FÍSICAS DO PACIENTE 
INTUBAÇÃO 
 
18 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
Pelo nariz: Técnica usada na odontologia, pois a sonda não 
concorre com o espaço para a realização dos 
procedimentos 
Pela traqueia: Utilizada quando o paciente tem um 
traumatismo grande na face ou já se encontra 
traqueostomizado 
1. INDUÇÃO: 
Começa com a administração de agentes anestésicos e se 
prolonga até o início do procedimento cirúrgico; a intubação 
orotraqueal ocorre no início dessa fase 
2. MANUTENÇÃO 
Manter o paciente em plano cirúrgico até o fim da cirurgia, 
através de inalação de agentes e/ou administração de 
medicamentos Ev – doses tituladas ou infusões contínuas, 
corresponde do início ao término do procedimento cirúrgico 
3. REVERSÃO 
É a superficialização do estado da anestesia. Depende da 
profundidade e da duração do procedimento anestésico. A 
reversão termina quando o paciente está pronto para deixar 
a sala de operação 
Comprometimento cardiovascular, Depressão respiratória, 
Adição, Tolerância ao fármaco, Aumento do tempo de 
ventilação mecânica, Aumento do risco de infecção 
respiratória, Perda de massa muscular, Aumento de risco de 
tvp, Inibição do sono REM, Aumento da necessidade de 
traqueostomia. 
Anestesia/sedação insuficientes, Complicações 
respiratórias, Hipóxia, Dificuldade de ventilação e intubação 
traqueal, Aspiração do conteúdo gástrico, Broncoespasmo, 
Complicações cardiovasculares, Complicações relacionadas 
ao T.G.I, Reações alérgica, Hipertermia maligna 
Náusea e vômitos, Boca seca / Rouquidão, Calafrios, Dor 
muscular, Coceira pelo corpo, Dificuldade para urinar, 
Tontura, Delírio, Amnésia. 
As indicações da anestesia geral em crianças com ou sem 
necessidades especiais baseiam se em três fatores 
fundamentais: 
1. Condições Clínicas: paciente com severo 
comprometimento físico, distúrbio neuro motor, 
neuropsicomotor ou deficiência mental do tipo 
severa ou profunda 
2. Condições Bucais: tratamento odontológico 
muito extenso, extração de dente não 
irrompido, extrações múltiplas, hiperplasias, 
cistos, tumores e cirurgias de porte maior 
3. Condições comportamentais: pacientes 
extremamente ansiosos, não cooperativos por 
problemas cognitivos, distúrbios 
comportamentais (autismo, Síndrome do X- 
Frágil e hiperatividade)ou psiquiátricos 
(Esquizofrenia, Síndrome do Pânico), 
demências. 
 
 A anestesia geral deve ser a última opção, antes 
deve-se tentar o condicionamento com o paciente 
(controle de voz, distrações, recompensas, 
comunicação não verbal), se for falho tentar a 
utilização de fitoterápicos (medicamentos 
calmantes naturais) e/ou benzodiazepínicos 
(midazolam), se ainda assim for falho aí deve-se 
considerar a anestesia geral 
1. Solicitação de exames laboratoriais: Sangue (hemograma 
completo, coagulograma, glicemia) 
2. Solicitação de parecer cardiológico e/ou risco cirúrgico 
3. Encaminhamento para anestesiologista para risco 
cirúrgico 
4. Consulta para avaliação dos exames, planejamento do 
tratamento e agendamento do centro cirúrgico 
5. Preenchimento do consentimento esclarecido e 
assinatura do responsável legal pelo paciente 
6. Preenchimento do pedido de internação e marcação da 
cirurgia. 
1. O paciente deve estar em jejum absoluto 
2. Paciente e responsável apresentam-se na sala de 
internação. 
3. O paciente é encaminhado para o centro cirúrgico em 
companhia do responsável 
4. Caso necessário, será realizada medicação pré-
anestésica pelo anestesista com a finalidade de diminuir a 
ansiedade. 
FASES DA ANESTESIA 
RISCOS DA ANESTESIA GERAL 
COMPLICAÇÕES DURANTE A ANESTESIA 
EFEITOS ADVERSOS IMEDIATOS 
INDICAÇÃO DA ANESTESIA GERAL NA ODONTOLOGIA 
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA 
INTERNAÇÃO E PRÉ-ANESTESIA 
 
19 
 
RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 
5. Se o paciente não chegar sedado ao centro cirúrgico, 
será solicitada a ajuda daquele que tem maior grau de 
afetividade no acompanhamento até a sala cirúrgica. Após a 
indução anestésica o acompanhante deixa a sala. 
ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA 
NO CENTRO CIRÚRGICO 
1. Paramentação da equipe. 
2. Preparo da mesa e equipamentos odontológicos: A 
montagem da mesa e verificação dos equipamentos 
odontológicos deverão ser realizadas pelo Cirurgião-
Dentista e/ou por sua auxiliar. 
3. Preparo do campo operatório, antissepsia intra e extraoral 
4. Colocação dos campos operatórios estéreis. 
5. Aspiração e colocação do tampão orofaríngeo. 
6. Uso de abridores de boca para manter e facilitar o 
tratamento preventivo/reabilitador/cirúrgico. 
A equipe multidisciplinar é composta por: Médico 
anestesista, Equipe de enfermagem e Equipe odontológica 
É importante que a equipe seja integrada e é de boa 
conduta a presença do cirurgião-dentista de referência da 
família no centro cirúrgico no dia da intervenção. 
A equipe odontológica deverá ser formada por dois 
cirurgiões e um auxiliar de saúde bucal (ASB) 
1. Equipo 
2. Instrumentos manuais e rotatórios 
3. Fotopolimerizador 
4. Amalgamador 
5. Aspirador de secreções 
6. Equipamento para raspagem com ultrassom 
7. Abridores de boca 
8. Todo material de consumo e instrumentais utilizados na 
realização de procedimentos odontológicos 
 
TRATAMENTO E CONDUTA ODONTOLÓGICA 
NO CENTRO CIRÚRGICO 
É importante considerar as condições do paciente para 
planejar da melhor forma possível o tratamento restaurador 
e cirúrgico 
Podem ser necessárias intervenções menos conservadoras 
(exodontias parciais ou totais), em detrimento as 
reabilitadoras (endodontia) 
A ordem dos procedimentos pode ser alterada 
Usar a sutura com fio reabsorvível 
Limpeza do campo operatório com soro fisiológico 
Comunicar ao anestesista o término dos procedimentos 
odontológicos 
Remoção do tampão orofaríngeo 
Acompanhamento do despertar do paciente e sua remoção 
para sala de recuperação 
1. Paciente é encaminhado para a sala de recuperação 
2. Preenchimento das fichas do prontuário: relatório da 
cirurgia e prescrições pós-operatórias 
3. Alta hospitalar, com o paciente plenamente recuperado, 
após alta d anestesista (Geralmente concedida no mesmo 
dia do procedimento, desde que o paciente esteja em 
perfeitas condições de saúde bucal e sistêmica) 
O retorno do paciente ao consultório deve ser planejado 
segundo suas necessidades individuais. 
Os retornos periódicos são importantes para 
dessensibilização do paciente quanto aos tratamentos 
preventivos e curativos futuros. Nesses retornos é 
estabelecido um vínculo maior entre 
paciente/família/profissional. 
 
 
 
EQUIPE NO CENTRO CIRÚRGICO 
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS NO CENTRO CIRÚRGICO 
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS 
MANUTENÇÃO

Continue navegando