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Introdução a Parasitologia

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Parasitologia Lorena Araújo- 106 
 
1 
 
-Parasitologia - estudo das parasitoses e micoses de maior 
prevalência e seu contexto socioeconômico e ambiental 
• Esse risco pode ser avaliado de várias formas: faixa 
etária, como parasitoses mais frequentes em 
crianças, e imunodepressão. 
• A vulnerabilidade a parasitoses irá depender do seu 
contexto socioeconômico, sistema imunológico, 
nutrição, idade, entre outros fatores. 
 
Hospedeiro: organismo que abriga o parasito. 
Hospedeiro definitivo: aquele que apresenta o parasito na 
fase adulta/maduro ou em atividade sexual. É onde o 
parasito atinge seu ápice de desenvolvimento. 
Hospedeiro intermediário: aquele que apresenta o parasito 
em fases imaturas ou assexuada. 
Hospedeiro paratênico ou de transporte: aquele em que o 
parasito não sofre desenvolvimento, mas permanece em 
cistos até penetrar o hospedeiro definitivo 
 
Parasito obrigatório: é aquele incapaz de viver fora do 
hospedeiro. (Plasmodium, Toxoplasma gondii, miíases) 
Parasito facultativo: aquele que pode viver parasitando ou 
não um hospedeiro. Quando não está parasitando, é 
chamado de vida livre. Exemplo: larvas de moscas que 
podem se desenvolver em feridas necrosadas ou em matéria 
orgânica em decomposição; 
Parasito errático ou ectópico: vive fora do seu habitat 
natural (hospedeiro natural). Não atinge a fase adulta fora 
de seu hospedeiro natural. 
 
infecções Parasitárias - são causadas pelos endoparasitas, 
que são aqueles que frequentem os órgãos internos do 
hospedeiro. 
Ex.: vermes como lombrigas, e protozoários 
(amebas, giárdias) 
Infestações Parasitárias - são causadas por ectoparasitas, 
que são aqueles que ocupam o corpo do hospedeiro na sua 
parte externa, em contato com o ambiente. 
Ex.: mosquitos, pulgas, piolhos, etc 
 
- Área Endêmica – aquela em que há frequência usual de 
determinada doença 
Área Indene – aquela em que determinada doença não 
ocorre 
 
-Todo parasita possui uma grande capacidade reprodutiva 
- O parasita usa o hospedeiro para se alimentar, causando 
uma dependência metabólica 
- Alguns parasitos que possuem tubo digestório completo 
competem com o hospedeiro para o alimento, gerando 
baixo grau de dependência metabólica. Os parasitos que não 
possuem o tubo digestório (ou o possuem incompleto) são 
completamente dependentes metabolicamente do 
hospedeiro para conseguir absorver os nutrientes. 
- A dependência metabólica sempre irá existir, o que irá se 
diferenciar é seu grau. Quanto mais dependente, mais grave 
e maior tempo de duração da relação; 
• Ex.: pernilongo tem pouca dependência metabólica 
do humano então ele irá sugar o sangue e 
rapidamente vai embora. Ao contrário da 
esquistossomose que tem grande relação 
metabólica, gerando maiores danos que o 
pernilongo e com relação com duração muito maior 
podendo chegar até 30 anos 
-Geralmente, o hospedeiro proporciona ao parasito todos ou 
quase todos os nutrientes e as condições fisiológicas 
necessárias. 
- Às vezes apenas um hospedeiro não proporciona todos os 
nutrientes que um parasito precisa, necessitando então de 
dois ou mais hospedeiros. E quanto maior o numero de 
hospedeiros mais complexo o tratamento 
• Dividido em hospedeiro definitivo e intermediário 
• Hospedeiro intermediário fornece ao parasita em 
algum período da vida nutrientes pra ele se 
desenvolver, mas não todos que precisa para 
chegar ao seu desenvolvimento completo, por isso 
depois do intermediário vai pro definitivo que tem 
tudo que ele precisa; 
o o hospedeiro intermediário abriga a forma 
imatura do parasito, e o hospedeiro 
definitivo abriga sua forma madura. 
• O hospedeiro intermediário pode sofrer mais 
agressão que o definitivo; 
- Adaptação reciproca, compatibilidade e baixa virulência é 
para que consiga haver uma relação entre parasita e 
hospedeiro sem que o hospedeiro morra e assim o parasita 
também morra 
• Adaptação recíproca: o parasito tem que se 
acostumar ao hospedeiro, e o hospedeiro tem que 
tolerar a presença do parasito. 
• Compatibilidade: o hospedeiro tem que ser 
compatível com o parasito, e o parasito tem que ser 
compatível como o hospedeiro. 
• Baixa virulência: baixa agressividade por parte do 
parasito. 
• Alguns hospedeiros podem ser mais sensíveis a 
determinados parasitos. Por conta disso, sendo 
mais sensíveis, não há uma adaptação recíproca 
perfeita, a compatibilidade diminui e a virulência 
aumenta, levando o hospedeiro a óbito. Como 
também em caso de ciclos heteroxênico, o parasita 
é compatível com apenas um dos hospedeiros 
o Ex.: a lombriga é muito bem adaptada ao 
organismo humano, mas quanto está em 
grande quantidade torna-se muito mais 
agressivo do que a capacidade que o 
humano tem de suportar; 
o Tênia (Taenia solium) presente no 
intestino é totalmente adaptada, ou seja, 
é compatível e tem baixa virulência, 
quando o indivíduo atuando como 
hospedeiro definitivo. Mas, se a pessoa 
atuar como hospedeiro intermediário, 
haverá a presença da larva da tênia no 
organismo, o chamado cisticerco. Esse 
cisticerco tem grande afinidade em se 
instalar no cérebro, levando a uma 
compatibilidade muito baixa, e a 
agressividade da larva se torna muito 
grande. Então, quando atuando como 
hospedeiro intermediário, o indivíduo 
sofre muito mais riscos de morte do que 
Parasitologia Lorena Araújo- 106 
 
2 
 
quando atuando como hospedeiro 
definitivo. 
- O parasitismo veio de relações ecológicas harmônicas. 
Essas relações ecológicas são, principalmente, o mutualismo 
(forma extrema de simbiose) e o comensalismo. Ao longo da 
evolução, o equilíbrio dessas relações pode ter sofrido 
rupturas, gerando o parasitismo. 
• Mutualismo: dependência fisiologia entre dois 
organismos para sobrevivência (liquens); 
• Comensalismo: um indivíduo se alimenta de sobras 
e restos de outro, não trazendo prejuízos nem 
benefícios ao outro individuo (Entamoeba 
histolytica. É um parasita do intestino grosso 
humano e de outros animais. Pode agir não 
causando problemas na sua forma comensal, como 
também trazendo prejuízos quando atua como 
parasita). 
 
Anti-helmínticos de dose única não funcionam para maioria 
por não serem tão eficazes para eliminação de ovos e larvas 
Platelmintos 
vermes de corpo achatado, sendo a maioria detentora de 2 
hospedeiros 
-Schistosoma mansoni- 
-Fascíola hepática- baratinha do fígado 
-Taenia solium e Taenia saginata – “solitária” 
-Echinococcus granulosus 
-Hymenolepis nana – parecido com a taenia 
Nematódeos 
vermes cilíndricos que estão presentes em maior número no 
planeta. A maioria possui macho e fêmea e também 
possuem apenas 1 hospedeiro (monoxênico), por isso se 
disseminam rápido, mas também são mais fáceis de tratar. 
- Trichuris trichiura – “verme chicote” 
- Enterobius vermicularis – oxiúros 
- Áscaris lumbricoides – lombriga 
- Ancylostoma sp. – ancilostomose 
- Strongyloides stercoralis 
- Wuchereria bancrofti – “elefantíase” 
- Onchocerca volvulus 
 
-Entamoeba hystolitica – ameba 
-Giárdia lamblia 
-Trichomonas vaginalis 
- Trypanosoma cruzi (doença de chagas) 
- Leishmania sp. (leishmaniose) 
- Toxoplasma gondii (toxoplasmose) 
-Toxoplasma gondii 
- Plasmodium sp. – malária 
 
Entomologia Médica 
-Características morfológicas, biológicas, epidemiológicas, 
patogênicas e controle de certos organismos como: 
Dípteros (moscas, mosquitos e mutucas) – Musca 
domestica, Cochliomyia sp, Dermatobia hominis, 
Sarcophaga sp, Aedes sp, Culex sp, Anopheles sp, Simulium 
sp, Lutzomyia sp, Tabanideos 
 Anopluros (piolhos) – Pediculus sp, Pthirus sp 
 Hemípteros – barbeiros e cimicídeos 
Siphonapteros (pulgas) – Pulex irritans, Ctenocephalies sp, 
Xenopsylla cheopis 
 Carrapatos 
 Ácaros produtores de sarnas 
 
Fenômeno Parasitismo 
- Uma das principais funções do parasitismo é manter o 
equilíbrio entre as espécies, porém, quando a relação entre 
parasita e hospedeiro desequilibra, surgem as patologias. 
- Superparasitismo – parasita carregando outro parasita→ 
Ex.: fêmea do mosquito inoculando o plasmodium 
- O parasitismo é definido como a interação ecológica entre 
indivíduos de espécies diferentes, em que os parceiros 
(hospedeiro e parasito) estabelecem entre si relações 
íntimas e duradouras com certo grau de dependência 
metabólica, ou seja, o parasita pode depender do 
hospedeiro para se alimentar, se proteger e reproduzir 
• Geralmente o hospedeiro proporciona ao parasito 
todos ou quase todos os nutrientes e as condições 
fisiológicas requeridas por este 
• Ciclo monoxênico: parasita utiliza apenas um 
hospedeiro (ex.: lombrina) 
• Ciclo heteroxênico: parasita precisa de 2 ou mais 
hospedeiros; (ex.: leishimaniose- mosquito-> 
humano) 
 
- 
Adaptações morfológicas 
 degenerações, atrofias e hipertrofias 
- São as modificações na anatomia do parasito para melhorar 
a relação entre parasito e hospedeiro (quanto mais 
adaptado menos impacto o parasito causa no hospedeiro) 
• Degenerações: o parasito, ao longo das evoluções, perde 
algumas estruturas corporais. 
• Atrofias: redução de funcionalidade ou de tamanho de 
algumas estruturas corporais. 
• Hipertrofias: super desenvolvimento de algumas 
estruturas corporais. 
Exemplos 
Pulgas (Ctenocephalides canis): São insetos hematófagos 
(se alimentam de sangue), muito bem adaptados ao 
ambiente e aos seus hospedeiros 
• Suas asas foram sofreram degeneração porque 
eram inúteis e atrapalhavam o deslocamento entre 
os pelos 
• O corpo das pulgas é atrofiado (houve uma 
reorganização dos órgãos), sendo achatado 
lateralmente para que possam passar com 
facilidade entre os pelos dos animais. 
• O terceiro par de pernas é hipertrofiado para ajudar 
a agilidade 
• Tem cerdas e espinhos na mesma direção para 
ajudar as pulgas a se agarrarem aos pelos dos 
animais (hipertrofia do tegumento- “pele”) 
• Possuem um aparelho bucal muito curto, atrofiado, 
necessitando estar bem próximos do hospedeiro 
para se alimentarem 
 
 
 
Parasitologia Lorena Araújo- 106 
 
3 
 
PIOLHOS (Pediculus capitis): 
• O corpo dos piolhos é hipertrofiado para que não 
sejam deslocados, precisam estar fixos; são 
termodependentes (dependem da temperatura 
corporal do hospedeiro para sobreviver) e 
necessitam de uma maior superfície de contato 
para a troca de calor corporal. 
• Possuem uma hipertrofia das pernas, que têm uma 
série de garras. Essas garras servem para favorecer 
a fixação nos cabelos ou pelos do hospedeiro. 
• Piolho não pula, ele é deslocado pelo ar; 
• Possuem aparelho bucal muito curto, necessitando 
estar bem próximos do couro cabeludo/pele do 
hospedeiro para introduzi-lo para se alimentar. 
MOSCA DOS ESTÁBULOS (Stomoxys calcitrans): 
• É uma mosca hematófaga. Ela pica e suga o sangue 
do hospedeiro. 
• Possui aparelho bucal hipertrofiado, que auxilia a 
picar o animal e sugar o sangue através dos pelos 
• Possui asas desenvolvidas e pernas longas que 
facilitam a locomoção; 
VERME DA ANCILOSTOMOSE (AMARELÃO) (Ancylostoma 
duodenale): 
• É um verme hematófago, sugador de sangue. 
• Ele faz com que o humano tenha sangue nas fezes, 
pois destrói a parede do intestino; 
• Possui uma boca hipertrofiada, com super 
desenvolvimento de estruturas da cápsula bucal, 
possuindo 4 dentes que permitem a sua fixação no 
organismo do hospedeiro e a sua alimentação. 
VERME DA ASCARIDÍASE (LOMBRIGA) (Ascaris 
lumbricoides): 
• Não possui dentes em sua cavidade bucal. Ele 
possui lábios hipertrofiados, utilizados para se fixar 
à parede do intestino delgado do hospedeiro. 
TÊNIAS (Taenia saginata e Taenia solium): 
• Não possuem boca e aparelho digestivo. 
• Possuem ventosas, estruturas hipertrofiadas que se 
fixam ao intestino do hospedeiro. 
• No caso da Taenia solium, há ainda uma coroa de 
ganchos hipertrofiada, que também auxilia na sua 
fixação. 
Na parte do corpo que seria o local do aparelho 
digestivo, tem-se o aparelho reprodutor 
hipertrofiado (não tem aparelho digestivo), 
aumentando a capacidade reprodutiva. 
 
Adaptações biológicas 
Capacidade reprodutiva - Variadas formas de reprodução – 
Tropismo 
- Referem ao comportamento do parasito 
Capacidade reprodutiva: é a primeira adaptação de todo e 
qualquer parasito biológico. Pois quanto mais animais, mais 
capacidade de sobrevivência e adaptação da espécie. 
Variadas formas de reprodução: reprodução sexuada 
(envolve gametas) e reprodução assexuada. Há indivíduos 
que são dioicos (sexos separados) e indivíduos que são 
hermafroditas (possui ambos os aparelhos reprodutores). 
Gera grande capacidade reprodutiva devido a diferentes 
formas de reprodução. 
Tropismo: aproximação ou afastamento em relação à fonte 
de um estímulo. Quando o parasito se aproxima da fonte do 
estímulo, o tropismo é positivo. Quando o parasito se afasta 
da fonte do estímulo, o tropismo é negativo. Tropismo físico, 
químico, etc. 
Geotropismo: parasitos que em determinadas fases da vida 
têm que passar pelo solo, ou seja, têm um tropismo positivo 
pelo solo.EX.: Helmintos 
Termotropismo: o parasito se atrai para a forte de calor, ou 
se afasta (se for negativo). EX.: piolho e pernilongo 
Fototropismo: tropismo em relação a uma fonte luminosa. 
EX.: carrapato e pernilongo; 
Quimiotropismo: tropismo em relação a uma fonte química. 
EX.: inseto e carrapatos 
Tigmotropismo: mudança de posicionamento, da horizontal 
para a vertical ou da vertical para a horizontal. 
Exemplo: a fêmea do carrapato, quando grávida, vai em 
direção ao solo (vertical). Já a larva do carrapato, quando vai 
subir no hospedeiro, vai da horizontal para a vertical. 
Exemplos de adaptações biológicas 
VERME DA ESQUISTOSSOMOSE (Schistosoma mansoni): 
Esses vermes realizam reprodução sexuada. E a forma larval 
faz reprodução assexuada (gera até 300.000). Esses 
diferentes tipos de reprodução são para melhor adaptação 
do hospedeiro. 
PROGLOTE DE TÊNIA (Taenia solium): 
Ocorre a reprodução sexuada, mas não há macho e fêmea. 
Dentro da proglote há aparelho reprodutor feminino e 
masculino (hipertrofia do aparelho reprodutor) – 
hermafrodita 
MOSCA DOS ESTÁBULOS (Stomoxys calcitrans): reprodução 
sexuada 
FÊMEA DO CARRAPATO DO BOI (Rhipicephalus Boophilus 
microplus): Reprodução sexuada, machos e fêmeas 
copulam. Podem botar até 10 mil ovos 
 
ação parasitária são ações para que o parasita se beneficie 
nutricionalmente para melhor defesa e invasão contra o 
hospedeiro; 
A ação dos parasitas nas parasitoses gera reações do 
organismo que são os sintomas; 
 Ação espoliadora (espoliação): se nutre dos nutrientes do 
hospedeiro, pode provocar anemia (se o parasita for 
hematófago), lesões. Traz uma série de consequências para 
o parasita. O parasito se apropria de tecidos, de fluidos 
corporais, de nutrientes, ou de alimentos não digeridos ou 
semi digeridos que estejam presentes no organismo do 
hospedeiro 
Ação enzimática: os parasitos produzem enzimas que 
possibilitam sua nutrição e resistência à ação das enzimas do 
hospedeiro (antiquinases). Ex.: Enzima do mosquito tem 
enzimas anticoagulantes para sugar o sangue do hospedeiro 
As antiquinases são enzimas que bloqueiam as enzimas do 
hospedeiro, que poderiam trazer consequências drásticas 
para os parasitos. São enzimas anti-enzimas, podem ser 
altamente toxicas 
Ação tóxica: alguns parasitos produzem enzimas ou 
metabólitos que podem produzir reações alérgicas e 
intoxicações no hospedeiro. 
Ação mecânica: alguns parasitos podem impedir o fluxo de 
alimento, bile ou absorção alimentar (provoca obstrução) 
Parasitologia Lorena Araújo- 106 
 
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É representada pela presença física do parasito- só de ele 
estar ali vai causar reações no hospedeiro 
Ação mecânica obstrutiva: vai haver a obstrução do fluxo 
normal de um órgão. Ex.: lombriga 
 Ação mecânica compressiva: a presença do parasito vai 
comprimir os tecidos ou órgãos daquela determinada 
localização. ex.: tenia solium no cérebro 
Ação irritativa: a presença do parasito irrita o local 
parasitado, provocando lesões atravésde seus órgãos de 
fixação. O simples contato físico do parasito com o 
hospedeiro causa irritaçãos. Ex.: o simples contato das garras 
do piolho com o couro cabeludo do hospedeiro causa 
coceira. 
Ação traumática (traumatismo): Toda vez que um parasito 
produz lesões no organismo do hospedeiro, ele exerce um 
traumatismo. Quando o parasita pica o hospedeiro deixa um 
orifício e gera um trauma. 
Ação imunogênica (imunológica): 0s antígenos eliminados 
pelo parasito sensibilizam os tecidos do hospedeiro, 
aumentando a resposta imune, que agrava a parasitose. 
Gerando uma resposta inflamatório no corpo. A resposta 
imunológica à presença dos ovos do Schistosoma mansoni é 
desencadear o processo grave da Esquistossomose. Quanto 
mais ovos retidos no organismo do hospedeiro, mais grave a 
doença. 
Ação inflamatória: geralmente leva a edema e diminui 
capacidade de absorção (no intestino por exemplo). Ocorre 
quando o parasita desencadeia processos inflamatórios. 
Anóxia: O parasita consome oxigênio do parasita causando 
por exemplo a interrupção de oxigenação de tecidos e 
orgãos e LISE (destruição) das hemácias. Ocorre quando os 
parasitos fazem consumo excessivo de sangue do 
hospedeiro, quando lesionam os vasos sanguíneos, quando 
liberam o excesso de substâncias anticoagulantes, quando 
se nutrem e se reproduzem em hemácias ou quando 
impedem mecanicamente o fluxo sanguíneo para 
determinada porção de um órgão. Ex.: Schistosoma 
mansoni, Malária e Ancilostomose.

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