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Nutrição Clínica- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 1 Terapia Nutricional da Pancreatite Inflamação do pâncreas decorrente de cálculos que podem ficar retidos, impedindo a passagem das enzimas digestivas até o duodeno. Processo inflamatório que provoca lesões anatômicas, com substituição do parênquima funcional por tecido fibroso e calcificação do pâncreas Comprometimento da absorção, em algumas vezes com desenvolvimento de DM por insuficiência da produção da insulina a principal etiologia da PC é a alcóolica, sendo encontrada em 70% dos casos. Pancreatite aguda A pancreatite aguda é uma condição inflamatória do pâncreas exócrino que resulta de lesão das celulas acinares, dor intermitente, piora com ingestão de alimentos, náuseas e vômitos. Terapia nutricional Jejum de 2-5 dias – hidratação Dieta liqida restrita: a base de caldos totalmente desengordurados, apurinicos Evolução – dieta liquida completa Verificar perda de peso – perda de massa magra pelo catabolismo Dieta branda normocalórica Restrição de lipideos – hipolipidica < 20% do VET Proteína é de 1.0-1.5g/Kg/dia, hipopurínica (cozinhar muito as carnes- para tirar a purina) Fracionamento de 6 refeições/dia Volume reduzido Realimentação: respeitar a tolerância, dieta liquida hipolipidica evoluir consistencia conforme aceitação Alguns estudos demonstram que a dieta oral desde o início não altera o processo. Podem ser usados TCM- triglicerídeos de cadeia média, eles são já quebrados pela indústria, não precisando tanto das enzimas do organismo. Pancreatite crônica Ocorre quando há dano irreverssível no pancreas com fibrose e desnutrição de tecidos exócrino e endócrino. Teor alcóolico e cálculos biliares. Sintomas • Dor continua a intermitente irradiando para as costas • Vomitos com a alimentação • Nauseas • Distensão abdominal • Diarreia com esteatorréia • Desnutrição progressiva Objetivos Amenizar a dor Não oferecer estimulantes a secreção de enzimas pancreáticas e bile Corrigir a desnutrição Reduzir a esteatorréia O desafio torna-se maior quando o paciente mesmo necessitando de um alto aporte de nutrientes, encontra-se impedindo de usar a via digestiva. Oferecer proteína do ovo, albumina, natural ou formulada (adequar ao paciente). Terapia nutricional Observar a tolerância dos lipídeos – gorduras precisam de enzimas pancreáticas para a digestão e absorção Nutrição Clínica- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 2 Deficiencias de vitaminas em função da esteatorreia Reposição de outras vitaminas em função do vômito Valores da dieta ENERGIA: 30 -35 cal/kg peso/dia CARBOIDRATOS: normoglicídica: tolerância e verificar a presença de DM PROTEÍNAS: 1-1.5G/KG/DIA LIPÍDEOS: < 30% do VET – verificar a tolerancia em ganho de peso com esteatorreia persistente: 20% VET, com TCM de 50g/dia. Refeições fracionadas: 5-6 refeições/ dia Suplementação de vitaminas lipossolúveis (A,D,K E) se ocorrer esteatorréia. Características da dieta A oferta calórica vai ser dependente do estado nutricional do paciente. Oferta calorica de 30- 35Kcal/kg peso/dia, considerar grau de hipermetabolismo Quando há desnutrição deve-se inciar com 20 Kcal/kg peso/dia, com progressão gradativa. Com esteatorréia persistente, realizar restrição de 20% com utilização de TCM Restringir gorduras se necessário pois elasnecessitam de enzimas pancreáticas para digestão e absorção. O TCM deve ser adicionado ao alimento pronto, sem ser submetido as altas temperaturas – não apresenta boa palatibilidade TCM: possui 8.3Kcal/g. TCL é de 9Kcal/g Proteínas e carboidratos nas formas mais digeríveis. Eliminar as frituras Suprimir: manteiga, creme de leite, toucinho, carnes vermelhas, leite integral Substituir carnes vermeklhas por carnes magras de frango, peixe sem gordura, grelhada ou cozida Evolução da dieta conforme a tolerância. Hortaliças cozidas não fibrosas Suprimir: repolho, couve flor, brócolis e leguminosas que causam flatulência e fermentação Na fase aguda onde há vômitos deve-se hidratar o paciente Progressão da dieta com alimentos com baixo teor de gordura e tolerância do paciente. POV Benefícios da introdução de proteinas de origem vegetal – POV Dminuir tempo de transito intestinal Auxilio a pacientes com constipação intstinal Auxilia a constipação intestinal Reduz catabolismo e melhora a EM Características da dieta: Consistência: branda para facilitar trabalho digestivo Volume: diminuido e restrito em celulose, estimulante do peristaltismo intestinal Temperatura: morna Purinas: apurínica e hipopurínica, com sabor e aromas suaves. Leite: suprimido em casos de aumento do peistaltismo e da diarreia – utilizar produto desnatado e queijo magro. Opção: iogurtes, leite sem lactose. Uso de enzimas pancreáticas nas refeições. Ovos: proteínas da clara de ovo Carnes: não são indicadas por conter alto conteúdo de proteínas e de purinas – grande estímulo gástrico Sucos devem ser coados e doluídos. Nutrição Clínica- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 3
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