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FISIOTERAPIA EM UTI

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FISIOTERAPIA EM UTI 
UNIDADE 1: Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva - UTI
1.1 – Conceito de UTI, equipe multiprofissional e papel de cada categoria , atuação do fisioterapeuta na UTI.
 Unidade de Tratamento Intensivo (UTI ), que constitui-se de um conjunto de elementos funcionalmente agrupados , destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que exijam assistência ininterruptas , além de equipamento e recursos humanos especializados . A UTI pode estar ligada a uma Unidade de Tratamento Semi-Intensivo. 
 Unidade de Tratamento Semi-Intensivo (Unidade Semi-Intensiva) , que constitui-s e de um conjunto de 
elementos funcionalmente agrupados , destinado ao atendimento de pacientes, preferencialmente oriundos da UTI , que requeiram cuidados de observação contínua, s ob supervisão e acompanhamento médico. Este último não necessariamente contínuo, porém linear.
 Serviço de Tratamento Intensivo Móvel, que constitui-se de um conjunto de elementos funcionalmente agrupados e uma frota de veículos devidamente projetados e equipados , destinados a garantir suporte avançado de vida durante o transpor te de pacientes graves ou de risco , no atendimento de emergência pré- hospitalar e no transporte inter-hospitalar. Este serviço pode ser parte integrante do serviço do hospital ou constituir -se em um prestador autônomo de Serviço de Tratamento Intensivo Móvel.
 Os Serviços de Tratamento Intensivo dividem -s e de acordo com a faixa etária dos pacientes atendidos , nas seguintes modalidades: 
• Neonatal - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 0 a 28 dias; 
• Pediátrico - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 2 9 dias a 18 anos incompletos ; 
• Adulto - destinado ao atendimento de pacientes com idade acima de 1 4 anos . 
OBS.:Pacientes na faixa etária de 14 a 18 a nos incompletos podem ser atendidos nos Serviços de Tratamento Intensivo Adulto ou Pediátrico, de acordo com o manual de rotinas do Serviço. 
- Denomina-se Unidade de Terapia Intensiva(UTI) especializada aquela destinada ao atendimento de pacientes em uma especialidade médica ou selecionados por grupos de patologias, podendo compreender: cardiológica, coronariana, neurológica, respiratória, trauma, queimados , dentre outras . 
- Denomina-se Centro de Tratamento Intensivo (CTI ) o agrupamento, em uma mesma área física, de duas ou mais UTIs , incluindo-se, quando existentes , as Unidades de Tratamento Semi-Intensivo. 
 É obrigatória a existência de UTI em todo hospital secundário ou terciário com capacidade igual ou superior a 100 leitos ; 
• O número de leitos de UTI em cada hospital deve estar entre 6% e 10 % do total de leitos existentes no hospital, a depender do porte e complexidade deste e levando-se em conta os seguintes parâmetros referenciais: 
• 5% de leitos UTI Adulto em se tratando de Hospitais Gerais; 
• 5 % de leitos UTI Pediátricos em relação ao total de leitos pediátricos do Hospital; 
• 5% de leitos UTI Neonatal em relação ao número de leitos obstétricos do Hospital; 
• 10% de leitos UTI Especializada, em se tratando de Hospitais Gerais que realizem cirurgias complexas como Neurocirurgia, Cirurgia Cardíaca e que atendam trauma e queimados . 
•Hospital Materno- Infantil que atenda gravidez /parto de alto r isco deve dispor de UTIs Adulto e Neonatal; 
•Somente é permitida a instalação de Unidade de Tratamento Semi-Intensivo nos hospitais que disponham de UTI e cuja moda lida de seja cor- respondente à da UTI existente no hospital; 
•Todo hospital que possua Serviços de Tratamento Intensivo ou atendimento de Emergência, mesmo não dispondo de UTI , deve contar com um Serviço de Tratamento Intensivo Móvel, seja próprio, contratado ou conveniado.
INDICAÇÕES PARA ADMISSÃO E ALTA 
• As indicações par a admissão e alta da Unidade de Tratamento Intensivo e Unidade de Tratamento Semi-Intensivo são atribuições exclusivas do Médico Intensivista . 
• Terá indicação para admissão em Unidade de Tratamento Intensivo: 
• Paciente grave ou de risco , com probabilidade de sobrevida e recuperação; 
• Paciente em morte cerebral, por tratar -s e de potencial doador de órgãos . 
• Deve ter alta da UTI todo paciente, tão logo cessadas as causas que justificaram sua internação, podendo, à critério do Intensivista , ser encaminhado par a Unidade de Tratamento Semi-Intensivo. 
• Serão admitidos na Unidade de Tratamento Semi- Intensivo pacientes oriundos da UTI e/ou de outras unidades do hospital, a critério do Médico Intensivis ta . 
REQUISITOS GERAIS
• O número mínimo de leitos /berços ou incubadoras de qualquer UTI deve ser cinco. 
• Toda UTI deve dispor, obrigatoriamente, dos seguintes serviços , 24 horas por dia: 
• Laboratório de Análises Clínicas; 
• Agência Tr ansfusional ou Banco de Sangue; 
• Serviço de Hemodiálise; 
• Ecodopplecardiograma, em se tratando de Unidade Coronariana; 
• Cirurgia Geral e Pediátrica, em se tratando de UTI Pediátrica e Neonatal. 
• Toda UTI deve ser assistida pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCI H) do hospital, e seguir as normas e rotinas por esta estabelecidas para a prevenção e controle das infecções hospitalares , conforme disposto na Lei nº 9.431 , de 06 de janeiro de 1997, ou outro instrumento legal que venha a substituí-la.
RECURSOS HUMANOS
 Toda UTI deve dispor, no mínimo, da seguinte equipe básica: 
• Um Responsável Técnico, com título de especialidade em medicina intensiva, específico para a modalidade de UTI sob sua responsabilidade; 
• Um Enfermeiro Chefe e um supervisor , exclusivo da Unidade, responsável pela área de enfermagem; 
• Um médico plantonista para cada 10 leitos ou fração, especialista em medicina intensiva, responsável pelo acompanhamento diário da evolução clínica dos pacientes internados na UTI , ou na Semi-Intensiva, quando existente; 
• Um Fisioterapeuta para cada 10 leitos ; 
• Técnicos de enfermagem 1 para cada 2 leitos
• Auxiliar de Serviços Diversos 
• Secretária. 
Toda UTI deve, em suas 24horas de funcionamento, dispor de: 
• Um Médico Plantonista para cada 10 leitos ou fração, responsável pelo atendimento na UTI e na Semi-Intensiva, quando existente; 
• Um Enfermeiro assistencial para 10 paciente; 
• Um Técnico de Enfermagem para cada 2 leitos de UTI Adulto ou Pediátrico par a cada paciente de UTI Neonatal; 
• Um Fisioterapeuta para cada 10 leitos; 
• Um funcionário exclusivo para serviços de limpeza. 
PROCEDIMENTOS
 Toda UTI deve estabelecer, por escrito, um manual de rotinas de procedimentos , elaborado em conjunto com os setores afins do hospital ( CCIH, Farmácia, Serviço de Manutenção, dentre outros ), e que contemple, no mínimo, os seguintes tópicos : 
•Procedimentos médicos ; 
•Procedimentos fisioterpêuticos;
•Procedimentos de enfermagem; 
•Processamento de artigos e superfícies ; 
•Controle de manutenção dos equipamentos ; 
•Procedimentos de biossegurança; 
•Transporte intra-hospitalar. 
Obs.: O manual de procedimentos deve ser extensivo à Unidade de Tratamento Semi-Intensivo , quando existente no hospital, a assim como ao Serviço de Tratamento Intensivo Móvel.
 Toda UTI deve manter um prontuário para cada paciente, com todas as informações sobre o tratamento 
 e sua evolução, contendo os resultados dos exames realizados permanentemente anexados a este. Os prontuários devem estar adequadamente preenchidos, de forma clara e precisa, atualizados , assinados , carimbados e datados pelo responsável por cada atendimento; 
• Os prontuários dos pacientes devem estar acessíveis para auditoria a representantes dos Órgãos Gestores do SUS, assim como, par a consulta dos pacientes ou responsáveis , desde que as seguradas as condições de sigilo previstas no Código de Ética e de Direito, no Código de Defesa do Consumidor. 
INFRAESTRUTURA FÍSICA
• Toda UTI deve ocupar área física própria, dentro do hospital, de acesso restrito, constituindo-se em uma unidade física exclusiva, epossuir acesso facilitado às Unidades de Tratamento Semi-Intensivo, de Urgência/Emergência, Centro Cirúrgico e, quando existentes no hospital, Ambulatório, Centro Obstétrico e demais Unidades correlacionadas . 
• As Unidades de Tratamento Intensivo devem obedecer os requisitos quanto à estrutura física, além de estar em confor- midade com os critérios de circulações internas e externas , de instalações prediais ordinárias e especiais (hidrossanitárias ; elétricas e eletrônicas; fluído-mecânicas ; de oxigênio e ar comprimido) , de condições ambientais de conforto, de condições de controle de infecções e de condições de segurança contra incêndio. 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo
•Carro ressuscitador com monitor/desfibrilador sincronizado e material para entubação endotr aqueal (carr o de parada ); 
•Negatoscópio; 
•Aspirador por tátil e de parede; 
•Glicosímetro ou hemoglucoteste; 
•Ventilômetro/monovacuômetro; 
•Marcapasso provisór io (eletrodo e gerador ); 
•Máscara de venturi, com diferentes concentrações ; 
•Maca de transporte com grades laterais e suporte para soluções parenterais ; 
•Bandejas equipadas para Curativos , Diálise peritoneal, Drenagem torácica, Flebotomia; 
•Urodensímetro;
• Hemogasômetro; 
• Cilindro de oxigênio , provido de válvulas de segurança e manômetro, devidamente acondicionados; 
•Ar comprimido ;
•Eletrocardiógrafo portátil; 
•Aparelho de raios - x móvel; 
•Oftalmoscópio; 
•Ventilador mecânico; 
• oximetria de pulso; 
•Máscara de oxigênio de diferentes tamanhos ; 
•Termômetro; 
•Monitor cardíaco multiparamentros; 
•Estetoscópio; 
•Ressuscitador manual (ambú); 
•Bomba de infusão; 
•Capacete para oxigenioterapia/oxitenda; 
•Kit de CPAP nasal com umidificador aquecido; 
•Aparelho de fototerapia; 
•Outros . 
Exames de rotina na UTI
Todos os órgãos e sistemas são avaliados diariamente nos pacientes internados nas UTIs . Após avaliação clínica, são solicitados exames de rotina como: 
• Hematológicos : através da punção venosa, coleta-se pequena amostra de sangue par a avaliação no laboratório central dos principais eletrólitos , enzimas e metabólitos do organismo; 
• Gasométricos: designada de gasometria arterial, é efetuada através de punção arterial. Após coleta, a amostra é analisada através do equipamento designado hemogasômetro; 
• Radiológicos: Diariamente efetua-s e nos pacientes submetidos à ventilação mecânica a radiologia torácica pulmonar para controle;
Procedimentos cirúrgicos eventuais na UTI
•Traqueotomia: Não é recomendada a manutenção por longos períodos do tubo orotraqueal em virtude de lesões teciduais e alterações anatômicas/estruturais. Pode ou não ser procedimento permanente, podendo ser retirada quando do desmame efetivo do ventilador mecânico; 
•Drenagem Torácica: Em coleções líquidas importantes no pulmão em caso de pneumotórax, pode ocorrer necessidade da colocação de dreno torácico com sistema coletor. Trata - se de procedimento provisório; 
•Cateter de PIC: Introduzido na porção superior da cabeça par a drenagem liquórica de alívio. Em geral provisório; 
•Cateter de Diálise : Introduzido na veia , permite filtrar o sangue , procedimento simples, podendo ser permanente ou não. 
•Cateter para hidratação venosa e PAM
Humanização em UTI
• A humanização tem sido tema central na atualidade, configurando um dos elementos que pode permitir o resgate do cuidado humanístico ao indivíduo que vivencia o estar saudável e o estar doente e a sua família. 
• Em virtude desta realidade, há um movimento profissional e governamental pelo resgate e valorização da humanização no cuidado em saúde, desenvolvido pelo Ministério da Saúde em 2001 , designado por “Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar – PNHAH”, que visa, dentre outras questões , humanizar a assistência hospitalar prestada aos pacientes , assim como aprimorar as relações existentes entre usuários e profissionais , entre os profissionais , e entre o hospital e a comunidade, com vis tas a melhorar a qualidade e a eficácia dos serviços prestados . 
• A política de humanização deve ser tratada como um elemento de transversalidade para o SUS, estando presente desde a recepção e acolhimento do usuário no sistema de saúde até o planejamento e gestão das ações e estratégias, sejam elas de promoção, prevenção e/ou reabilitação. 
Atuação do Fisioterapeuta na UTI
 O fisioterapeuta que atua na área de Terapia Intensiva tem se tornado um especialista no cuidado ao paciente crítico. Em seu início, sua atuação estendia-se à aplicação de técnicas fisioterápicas, evoluindo para a incorporação de cuidados com a via aérea artificial e, mais recentemente, ao manuseio de tecnologia de assistência ventilatória mecânica invasiva e não invasiva. A evolução explosiva da ciência e da tecnologia referente ao paciente crítico tem requerido do fisioterapeuta treinamento especializado e atualização constantes. Somente assim ele pode assumir uma variedade da papéis seja na assistência, na avaliação e monitorização, na formação, na administração e na investigação científica.
 O fisioterapeuta que atua em Terapia Intensiva promove a assistência ao paciente baseado em diretrizes médicas, O fisioterapeuta deve ser capaz de avaliar adequadamente o paciente e aplicar o melhor procedimento, pesando os benefícios e os riscos em potenciais, sempre presentes em pacientes críticos. Deve entender a condição clínica do paciente, os objetivos médicos traçados e a competência e as limitações de cada instrumento e procedimento. Deve determinar se o procedimento a ser realizado tem alta probabilidade de alcançar os resultados clínicos esperados ou se um outro procedimento pode ser mais eficiente e benéfico. Quando esta for a situação, o fisioterapeuta deve contatar a equipe médica e negociar um plano de assistência que seja o melhor para o paciente.
Prevenção e controle de Infecção Hospitalar
•A infecção hospitalar é uma das grandes preocupações encontradas dentro das unidades hospitalares, em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). São as mais freqüentes e importantes complicações ocorridas em pacientes hospitalizados (ROCHA E LEME, 2010). 
•Segundo Oliveira e Maruyama (2008), há muito tempo tem sido motivo de preocupação entre os órgãos governamentais e, embora a sua regulamentação tenha ocorrido na década de 1980, a problemática no país continua ainda sendo negligenciada. 
•A preocupação em manter o controle das infecções hospitalares no Brasil surgiu na década de 1960, surgindo também as primeiras publicações e relatos relacionados ao tema. Em 1963, no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, RS, começou a implantação da primeira Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) brasileira, e outras comissões multidisciplinares começaram a surgir a partir da década de 1970 (ROCHA & LEME 2010). 
•A incidência de infecções hospitalares varia de acordo com as características de cada UTI (infraestrutura, especialidade, educação continuada e recurso s humanos). 
•O controle de infecções em UTI é um assunto complexo e de extrema importância para o bom funcionamento da unidade, evidenciando-se, portanto, a necessidade da proteção, tanto individual quanto dos pacientes, bem como a realização de técnicas e procedimentos adequados a fim de evitar qualquer prejuízo para o paciente (PINHEIRO et al, 2008). 
•Um fator de extrema relevância é a infecção relacionada à assistência hospitalar, que afeta um número expressivo de pacientes, aumentando o tempo de internação, o risco de mortalidade e os custos socioeconômicos ; cerca de 30% dos casos de infecções relacionados à assistência são considerados preveníveis. Medidas simples, como a lavagem correta das mãos pelos profissionais de saúde é a mais efetiva delas. São as mãos que transportam o maior número de microorganismos aos pacientes, por meio contato direto ou através de objetos (MARTINEZ, CAMPOS e NOGUEIRA, 2008).
CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES•Infecção comunitária (IC): 
É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. 
• São também comunitárias: 
• Infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção; 
• Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, 
toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, síf ilis e AIDS).
•Infecção hospitalar (IH): 
 É aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. O diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de: 
•Evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu prontuário; 
•Resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, a pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de visualização realizados; 
•Evidências de estudos com métodos de imagem; 
•Endoscopia; 
•Biópsia e outros .
Pneumonia Nosocomial ( adquirida do hospital)
A maioria dos indivíduos de 10% a 90% ficam internados por conta de problemas respiratórios. 
O que fazer ? Objetivos: eliminar fontes de agentes infecção ( lavar as mãos na técnica , usar equipamentos de segurança como: capote, óculos, mascaras, luvas entre outros).
Avaliar a eficácia de controle:
CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – que fazem treinamentos desses controles e orientações. 
Disseminação da Infecção :
- Fonte de patogênicos
- Via de transmissão; 
- Hospedeiro. 
São necessário esses três elementos.
Fonte de patogênico – pacientes, funcionários , visitantes
Via de transmissão – pessoas, objetos contaminados (roupas de cama , medicamentos e materiais)
Hospedeiro – paciente colonizado, pode transmitir para o outro que esta mais susceptível, infectando outras pessoas e não apresentando assim sintomas. Ainda sobre o hospedeiro, essa pneumonia nosocomial, ocorre em pacientes cirúrgicos submetidos à procedimentos torácicos ou abdominal, o que permanecerem muito tempo internados. 
Fatores que aumentam a susceptibilidade da infecção 
1- Diabetes 6 – Doenças crônica 
2- Leucemia 7 - Coma 
3 – Linfomas 8- Lesão traumática 
4- Neoplasia 9 – Procedimentos Cirúrgicos
 5 - Idade 
Vias de Transmissão
1) Contato direto e indireto ( sangue – sexual )
2) Perdigotos – tosse, espirros, saliva 
3) Transmissão aérea: tuberculose
4) Veiculo comum: Água , bebida (hepatite,salmonela)
5) Transmissão por vetor : cólera, chagas (insetos)
 
Esses agentes penetram no pulmão através de 3 mecanismos:
1- Aspiração de secreção orofaríngea ou gástricas continua;
 2–Inalar perdigotos, ou partículas de poeira contendo esse patogênico;
3- Quando agente infeccioso distantes do pulmão vêem através da corrente sanguínea ( disseminação hematogênica);
Os procedimentos de aspiração são os mais causadores de pneumonia, levando bactérias para dentro do organismo.
 Devemos diminuir a susceptibilidade do hospedeiro, imunizar os funcionários, fazendo prevenção de contato
 ( luvas, mascaras, etc...) 
 
Critérios gerais para diagnóstico
• Quando, na mesma topografia a em que foi diagnosticada infecção comunitária, foi isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar. 
• Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 horas após a admissão. 
• São também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante este período. 
• As infecções dos recém-nascidos são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota superior a 24h. 
• Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção são considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem. Nesses casos, o hospital de origem deverá ser informado para computar o episódio como infecção hospitalar naquele hospital.
SRIS, SEPSE e SDOM
•A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) é caracterizada por sequências de eventos fisiológicos envolvendo todas as células do corpo, desencadeada frente a uma agressão física, química ou biológica, levando ao processo inflamatório com liberação dos mediadores químicos (FILHO et al, 2001). 
•A SRIS pode ser desencadeada por inúmeras patologias como trauma, hipovolemia, peritonite, pneumonia, torção vólvulo gástrica, neoplasia, pancreatite e procedimentos anestésicos e cirúrgicos, justificando a importância do diagnóstico precoce. 
• Com as injúrias endoteliais nos alvéolos pulmonares, edemas, hemorragia microvascular, trombose e a perda da substância surfactante, podem ocorrer, resultando em hipoxemia profunda, denominada Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA). 
• O paciente na fase aguda da SRIS caracteriza-se por sinais clínicos de metabolismo hiperdinâmico como hipertermia, taquicardia, mucosas congestas, aumento no tempo de preenchimento capilar, extremidades quentes, taquipneia, letargia, anorexia, vômito ou diarréia, dor generalizada ou localizada. Resposta inflamatória podendo ter ou não o foco.
Resumindo a SRIS, pode ser infecção ou não.
Trauma, pancreatite, grande queimado, infecção sistêmica . Organismo afetado por um agente agressor, dando inicio a inflamação . 
1 – Agressão 2- organismo 3 – Ativa mecanismo de defesa 4 – Inflamação
Sinais de inflamação: 
Calor , Rubor ( chegando sangue – vasodilatação);
Edema ( sai do vaso e cai para o interstício);
 Dor ;
Perda de função : Função mecânica do órgão se perde.
Inflamação: 
- Diminui retorno venoso
-Diminui debito cardíaco 
Queda da pressão arterial podendo fazer necrose, devido a não chegada de sangue.
- Diminui vasoconstrição dos alvéolos – reduzindo assim as perfusão tecidual, metabolismo anaeróbico (lactato), fazendo uma hipotensão grave ( maior permeabilidade diminuindo a pressão arterial). 
- Pulmão: vasocontrição dos vasos pulmonares (fechado),hipertensão pulmonar, redução de oxigênio no sangue e aumento da viscosidade do sangue ( estase circulatória que vai causar maior consumo de oxigênio) 
 
 
SRIS se manifesta de 2 ou mais critérios:
1- Febre ( temp. > 38º C ou hipotermia temp. < 36ºC )
2 – Taquicardia ( FC > 90 bpm)
3 – Taquipnéia ( FR > 20 irpm ou PaCO2 < 32mmHg)
4- Leucocitose ( > 12.000 cels/mm³ ou leucopenia (< 4.000 cels/mm³)
Tratamento : A entrega de O2 para os tecidos, dependendo das trocas gasosas; concentração de hemoglobina e debito cardíaco . Pacientes hipotensos usam os fluidos intravenosos para a pressão arterial e oxigenação retorna ao normal, ( Noradrenalina, adrenalina , antibioticoterapia, vasopressores e glicocorticóides ( longo período deprime o sistema imunológico) 
 
SEPSE
• O termo sepse significa decomposição da matéria orgânica por um agente agressor (bactérias, fungos, parasitas, vírus). Os termos infecção e sepse são geralmente utilizados de forma independente. O termo infecção está relacionado à presença de agente agressorem uma localização (tecido, cavidade ou fluido 
corporal) normalmente estéril, e o termo sepse está relacionado à consequente manifestação do hospedeiro; isto é, a reação inflamatória desencadeada frente à uma infecção grave. 
• Sepse, choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos são as maiores causas de morte nas Unidades de Terapia Intensiva, apesar dos recentes avanços tecnológicos. 
. 
• A causa mais comum de morte em pacientes com sepse é a disfunção de múltiplos órgãos (DMO), caracterizada pela deterioração aguda da função de dois ou mais órgãos. 
• Os órgãos habitualmente envolvidos são pulmões, rins, coração (incluindo o sistema vascular) e fígado. 
• Outro órgão comumente envolvido é o sistema nervoso central, designado como encefalopatia séptica. No entanto, sua real prevalência é desconhecida, uma vez que pacientes sépticos se encontram, muitas vezes, sedados. 
 Resumindo a SEPSE é decorrente de um processo infeccioso ou seja, a presença de infecção. Caracteriza –se pelos mesmos ventos da SRIS. Uso de drogas imunossupressoras para o tratamento de neoplasias; vem aumentando a incidência de morte.
A SEPSE grave não precisa de agente, pode se dar por
Hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica, caracterizando pela acidose lacta e da disfunção de um órgão. Atinge pulmão, abdome, trato urinário , pele, SNC, sangue.
CHOQUE SÉPTICO: Necessário usar vasopressores. Quando a hipotensão ou hipoperfusão induzida pela SEPSE é refratária a reanimação adequada. 
 
SDOM 
Síndrome da disfunção de órgãos múltiplos. A causa mais comum de morte em pacientes com sepse é a disfunção de múltiplos órgãos (DMO), caracterizada pela deterioração aguda da função de dois ou mais órgãos. 
• Os órgãos habitualmente envolvidos são pulmões, rins, coração (incluindo o sistema vascular) e fígado. 
• Outro órgão comumente envolvido é o sistema nervoso central, designado como encefalopatia séptica. No entanto, sua real prevalência é desconhecida, uma vez que pacientes sépticos se encontram, muitas vezes, sedados. 
 
Tabela de escore de gravidade - 6 órgãos/sistemas 
Escala de Glasgow = Nível de consciência 3 = ruim 15 = normal .
P/F = relação P/F que é uma media de oxigenação usada para classificar a SDRA em leve, moderada e grave . 
Leve = 200- 300
Moderada = 100 – 200
Grave = 0 – 100 
Hipotensão - relacionada ao sistema cardiovascular;
Uréia, creatinina = rins 
Leucócitos = sangue
Bilirrubinas = fígado 
Plaquetas = sangue 
Tempo prontombina = sangue

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