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Cordas vibrantes (data: 12/04/2022) Física B – Prática – 2022.1GRDEELDIU|GRD-NRG-0109 – Subturma T1 Professor: Fábio de Oliveira Paiva Felipe Cauã Ribeiro Pardo Casas - felipe.casas@ba.estudante.senai.br Giulia Santos Soares – giulia.soares@ba.estudante.senai.br Gustavo Andrade Souza – gustavo.souza@aln.senaicimatec.edu.br Herbert Ferreira Azevedo – herbert.azevedo@aln.senaicimatec.edu.br João Victor Santos Macena – joao.macena@aln.senaicimatec.edu.br Resumo O experimento é baseado no estudo de ondas estacionárias produzidas por meio de um ponto fixo e de um gerador de frequência. Nele, foi utilizado uma corda presa ao suporte para que fosse possível produzir ondas na extensão da corda. Desta maneira, foi conduzido um estudo sobre essas ondas, descrevendo e anotando seus comportamentos à medida que o experimento era alterado. Observações foram feitas e anotadas e os cálculos foram reunidos para obter-se melhores resultados e conclusões sobre o experimento. Objetivos A prática visou estudar as ondas estacionárias em cordas, bem como perceber as relações entre velocidade de propagação, com sua densidade linear e tensão. Ademais, há necessidade de reconhecer características de uma onda transversal estacionária, entender a relação entre velocidade, comprimento e frequência e, por fim, calcular a densidade linear de massa de um meio material unidimensional. Introdução teórica As chamadas ondas estacionárias são denominadas desta forma, apesar de estarem em movimento, pois a sua configuração é determinada pela frequência e formada pela interferência e ressonância em um sistema com duas extremidades, uma fixa e outra oscilante. Tais fenômenos ocorrem através da reflexão da onda na extremidade fixa, construindo um formato padrão das ondas estacionárias constituídos de crista, vale, ventre e nó. Figura 1: Configuração padrão de ondas estacionárias. Os pontos mais altos e baixos são denominados crista e vale respectivamente, e são ligados ao ventre que é um conglomerado de ondas decorrentes das interferências destrutivas ou construtivas geradas, e são separados por pontos não oscilantes chamados de nó. Nesses pontos acontecem as interferências destrutivas, onde uma crista encontra um vale e sua amplitude se torna igual a zero. A equação (1) estabelece a condição de onda estacionária em uma corda fixa nas extremidades. (1)λ 𝑛 = 2𝐿𝑛 A equação (2) relaciona a frequência de oscilação de uma corda em cada harmônico. (2)𝑓 𝑛 = 𝑛 𝑣2𝐿 A equação (3) informa a velocidade de propagação ( ) de um pulso, que𝑣 depende da tração e densidade linear da corda.(τ) (3)𝑣 = τµ Materiais A prática 02 foi realizada no laboratório de física, no Centro Universitário SENAI CIMATEC. Os materiais utilizados foram listados abaixo: ● 1 Dispositivo para propagação de ondas mecânicas, com gerador de frequência; ● 2 Cordas (Corda fina e Corda grossa); ● 1 Dinamômetro; ● Massas cilíndricas; ● 1 Suporte para fixação da massa; ● 1 Fita métrica. Procedimento Experimental Primeiramente foram feitos os ajustes iniciais do experimento, ajustou-se o equipamento para a tensão de 220 V, mediu a massa dos cilindros através do dinamômetro, posicionou a corda mais fina no dispositivo, fixando uma das pontas no gerador de abalos e a outra ponta o suporte com as massas cilíndricas, deixando a corda paralela à haste vertical. Em seguida foi medido o comprimento da corda entre as extremidades fixas com uma fita métrica, e ajustado os potenciômetros do gerador de abalos na posição zero. Feitos os ajustes iniciais, iniciou-se o experimento, ajustando gradativamente os potenciômetros até se obter o primeiro harmônico, anotando o valor da frequência mostrada no gerador. Foi repetido o mesmo procedimento nos outros harmônicos, até não ser possível visualizar nenhum harmônico. Prontamente desligou-se o gerador de abalos, e substituiu-se a corda mais fina pela corda mais grossa, repetindo os mesmos procedimentos feitos anteriormente na corda mais fina. Resultados e Discussões Foi encontrado um comprimento de da corda entre as(55, 00 ± 0, 05) 𝑐𝑚 extremidades fixas, com uma tração de . Para encontrar a densidade(0, 56 ± 0, 05) 𝑁 linear foi necessário calcular o comprimento de onda , equação 1, e a velocidade,(µ) (λ) a partir da equação de Taylor , equação 3. Nas tabelas abaixo, foi considerado o número de ventres da corda e a"𝑛" "𝑓" frequência, em Hz. Na tabela 1 estão expostos os dados coletados durante o experimento, utilizando a corda fina, com os valores das frequências encontradas para cada harmônico formado. Tabela 1 - Dados experimentais da corda fina 𝑛 𝑓 (𝐻𝑧) 1 25 ± 1 2 43 ± 1 3 64 ± 1 Fonte: Própria Na tabela 2 estão expostos os dados coletados durante o experimento, utilizando a corda grossa, com os valores das frequências encontradas para cada harmônico formado. Tabela 2 - Dados experimentais da corda grossa 𝑛 𝑓 (𝐻𝑧) 1 18 ± 1 2 26 ± 1 3 38 ± 1 4 51 ± 1 Fonte: Própria Gráfico 1 - Gráfico Frequência x Número de ventres Foi feito um gráfico a partir das frequências e o número de ventres encontrados em cada corda, através dele é possível comprovar que a frequência é diretamente proporcional ao número de ventres na corda, conforme mostra as equações lineares do 1° grau. É possível observar também que a corda mais grossa necessita de menos frequências para se obter os harmônicos, em relação com a corda fina. Utilizando as equações citadas acima, foram calculadas o comprimento da onda e a velocidade da onda .(λ) (𝑣) Tabela 3- Dados experimentais corda fina 𝑛 λ (𝑚) 𝑓 (𝐻𝑧) 𝑣 (𝑚/𝑠) 1 1,1 25 27,5 2 0,55 43 23,7 3 0,37 64 23,7 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 (𝑚/𝑠) (25, 0 ± 2, 2) Fonte: Própria Tabela 4- Dados experimentais corda grossa 𝑛 λ (𝑚) 𝑓 (𝐻𝑧) 𝑣 (𝑚/𝑠) 1 1,1 18 19,8 2 0,55 26 14,3 3 0,37 38 14 4 0,28 51 14,3 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 (𝑚/𝑠) (15, 6 ± 2, 8) Após encontrar as velocidades médias, foram encontrados os desvios padrão desses valores. σ2 = 1𝑛−1 ∑(𝑥𝑖 − 𝑥)² Equação 4 - Cálculo da variância σ = σ² Equação 5- Cálculo do desvio padrão Encontrando a velocidade média da onda na cordas, e sabendo a tração do sistema , prontamente foi calculada a densidade linear de cada corda.(0, 56 ± 0, 05) 𝑁 Tabela 5- Densidade linear em cada corda µ 𝑓𝑖𝑛𝑎 (𝐾𝑔/𝑚) µ 𝑔𝑟𝑜𝑠𝑠𝑎 (𝐾𝑔/𝑚) 0, 00089 ± 0, 00066 0, 0023 ± 0, 0013 σ µ = ∂µ∂τ( ) 2 . σ² τ + ∂µ∂𝑓( ) 2 . σ² 𝑓 + ∂µ∂𝐿( ) 2 . σ² 𝐿 Equação 6: Equação da propagação de erro para a densidade linear Com os dados obtidos a partir do experimento e dos cálculos, é possível calcular a massa da corda visto que para achá-la é preciso ter a densidade linear da corda, que pode ser encontrada a partir da velocidade e da tração na corda, e o comprimento da corda, que foi medido no experimento, logo, é possível achar a massa da corda, visto que todas as variáveis necessárias foram obtidas através dos cálculos e experimento. µ = 𝑚𝐿 Equação 7: Equação da densidade linear No experimento foi encontrado um erro, que foi a questão de o dispositivo gerador de frequência não apresentar valores decimais, podendo impactar na propagação de erros dos resultados. Para uma melhora na qualidade das medidas seria necessário um dispositivo mais preciso, que apresentasse valores decimais, aumentando a precisão do valor da frequência gerada pelo dispositivo. Conclusões A partir do experimento realizado pôde-se analisar os fenômenos das ondas estacionárias em cordas, isto é, visualizá-lo em virtude de cada frequência sob uma determinada amplitude. Com isso, foi possível inferir os impactos da velocidade de propagação da onda para a sua densidade linear e tensão, ou seja, como se relacionam. Outrossim, permitiu-se compreender a dinâmica que a mudança do material utilizado, neste caso a corda, impacta no resultado final da formação das ondas, assim como a quantidade de harmônicos em virtude de cada frequência analisada. Este fatorreitera a necessidade de estudar o assunto com profundidade, uma vez que, pequenas mudanças podem alterar completamente o resultado final de cada situação de análise. Desse modo, o experimento foi realizado com êxito. Referências [1] HALLIDAY & RESNICK. Fundamentos da Física - Ondas. Volume 2, Editora LTC, São Paulo, SP, 2016. [2] H.D. Young & R.A Freedman, “Física II: Termodinâmica e Ondas, 14a. ed.” Pearson, São Paulo, Brasil, 2014. [3] TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene, Física para Cientistas e Engenheiros - Vol. 2, 5a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. FÍSICA IV - ÓTICA E FÍSICA MODERNA, 12a ed.
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