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Matéria: Controles Internos e Externos Aluno: MARCOS IVAN DE REZENDES Tutora: GRACIELE IARA RIBEIRO DA SILVA A inquietação principal deste começo é como prevenir que os poderes políticos de uma coletividade se reúnam em um único esboço de autoridade, seja ela uma pessoa, uma coligação ou um órgão do governo. A estabilização entre comando e autonomia, cujos extremos são o despotismo e a anarquia, tem sido objeto de estudo pelo menos desde os anos de Aristóteles (384-322 a.C.), que, em seu tratado "Política", delineou o conceito de "constituição mista", onde os três principais tipos de autoridade até então conhecidos, realeza, aristocracia e governo constitucional, seriam mesclados para que as virtudes de uns equilibrassem os defeitos dos outros. A corrente tripartite, hoje, é à base de democracias presidencialistas como Brasil, França ou Estados Unidos. Em princípios como o parlamentarismo britânico, conquanto haja a separação protocolar em três poderes, na prática há o acúmulo de funções em um determinado poder, no caso, o parlamento (legislativo com predicados do executivo). Já a Alemanha é um exemplo de país com uma divisão ainda maior, havendo um poder eleitoral (Assembleia Federal) e dois executivos (Gabinete e Presidente) além do judiciário e do legislativo bicameral. Por fim, a União Europeia apresenta uma das mais radicais divisões de poder atualmente, com sete órgãos representando, muitas vezes de modo intercalado, os poderes executivo, legislativo, judiciário e auditor. Portanto, a tripartição do poder foi empregada com o desígnio de prevenir a centralização de poder e impossibilitar que o governo de uma só pessoa se transformasse em uma autocracia. No Brasil, a adoção desse modelo tem exatamente essa função, sendo que cada um dos poderes deve atuar de maneira independente, cada um fiscalizando o outro para evitar que eles excedam seus limites.
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