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RESUMO_ECC2_(ORTOPEDIA)_-TRANSTORNOS_ORTOPÉDICOS_NOS_MEMBROS_INFERIORES_DA_CRIANÇA[1]

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Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 1 | 30 
 
 
 
 
RESUMO ECC2 (ORTOPEDIA) -TRANSTORNOS ORTOPÉDICOS NOS MEMBROS INFERIORES 
DA CRIANÇA: 
❖ DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL(DDQ): 
– Definição: 
• Anormalidades do quadril que podem ser congênitas ou desenvolver-se após o nascimento. 
• A displasia implica em deformidade progressiva do quadril, no qual o fêmur proximal, o acetábulo 
e a cápsula articular são defeituosos. 
• A luxação da cabeça do fêmur poderá ocorrer no útero, ao nascimento ou após o nascimento. 
• A displasia do quadril pode apresentar-se com alterações anatômicas no acetábulo, na região 
proximal do fêmur e nas estruturas capsuloligamentares. 
– Classificação: 
• Classicamente existem duas formas de DDQ – Típicas e as Atípicas: 
→ Atípicas = Teratológica: 
➢ Estas, também chamadas de luxações embrionárias ou teratológicas, ocorrem a 
partir de uma alteração morfogenética desenvolvida no primeiro trimestre da 
gestação, podendo fazer parte de alterações mais complexas, a exemplo da 
Artrogripose Múltipla Congênita, as afecções neurológicas como a paralisia 
cerebral ou a mielomeningocele, e diversas síndromes genéticas. 
→ Típicas = ocorrem em crianças aparentemente normais: sem outras deformidades. 
– Incidência: 
• 1 : 1000 nascidos vivos. 
• Depende muito da região → até 175 : 1000 na Yugoslavia 
• Feminino 4:1 → associação com relaxina. 
• Baixa incidência em povos Bantu da Africa e Chineses. 
• Alta incidência nos índios Navajo Norte-americanos. 
– Anatomia (Figura 11.1): 
• A região proximal do fêmur – apresenta 3 cartilagens que influenciarão o desenvolvimento: 
→ Placa epifisária da cabeça femoral (responsável pelo crescimento da cabeça e 
comprimento do colo femoral). 
→ Placa do istmo do colo femoral (responsável pelo crescimento em largura do colo 
femoral). 
→ Placa do trocânter maior (responsável pelo seu crescimento). 
→ Qualquer lesão em uma destas cartilagens pode provocar alterações anatômicas na 
região. 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
 Geraldo da R. M. Filho, Tarcísio E. P. de Barros Filho. Ortopedia e traumatologia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. Seção 11. 
 Sizínio K. Hebert ..et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 5ª ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017. 
 Netter ortopedia. Walter B. Greene; Ilustrações de Frank H. Netter. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. Edição 1 (texto) e Edição 2 (Atlas). Capítulo 3. 
 Exame físico em ortopedia. Tarcisio E. P. de Barros Filho 3. ed. São Paulo: Sarvier, 2017. Seção III – Capítulos 11 a 14. 
 Tópicos dos slides de aula (Profª Nícolas Giorgini Barbato 07.02.2022). 
 
Desenvolvimento do Quadril: 
 Começa na 7º semana de gestação – a 
forma do acetábulo se desenvolve a partir 
do contato com a cabeça femoral. 
 O acetábulo assume sua forma definitiva 
por volta dos 8 anos – surge um centro de 
ossificação na cabeça do fêmur por volta 
dos 4 a 7 meses. 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 2 | 30 
 
– Etiologia – doença multifatorial, associada à: Laxidão ligamentar; Posição intra-uterina; Posição pós-
natal; Displasia acetabular primária; Anteversão femoral excessiva. 
• Laxidão ligamentar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Displasia Acetabular Primária: 
→ Acetábulo Displásico: 
 
 
 
 
 
 
 
→ Subluxação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Luxação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terminologia: 
1. Displásico: Achado 
radiográfico, com 
obliquidade aumentada 
e perda da concavidade 
acetabular, com arco de 
Shenton intacto. 
2. Subluxação: Cabeça sem 
contato total com o 
acetábulo, com 
alargamento da lágrima, 
angulo CE diminuido, e 
quebra do arco de 
Shenton. 
3. Luxado: Cabeça femoral 
sem contato com o 
acetábulo; 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 3 | 30 
 
 
– Quadro Clínico: 
• Do Nascimento aos 6 meses de idade: 
→ Luxação = Ortolani: 
➢ Na manobra de Ortolani testamos a redutibilidade do quadril (o quadril 
encontra-se luxado e realizamos a redução da articulação). 
➢ O paciente: 
✓ Totalmente despido. 
✓ Posicionado em decúbito dorsal sobre a mesa de exame. 
➢ Cada quadril deve ser avaliado separadamente: 
✓ Os membros inferiores posicionados em flexão de 90° do quadril e os 
joelhos fletidos. 
✓ O examinador deve posicionar o polegar na região inguinal próximo ao 
trocânter menor e o terceiro dedo na região lateral junto ao trocânter 
maior. A seguir, em um movimento suave e combinado, promove-se uma 
tração, abdução e suave compressão de posterior para anterior, 
enquanto com a outra mão se faz a estabilização da pelve. 
✓ Nos quadris luxados e redutíveis, notamos um “ressalto”, por vezes 
audível com efeito sonoro de “clunk” configurando o sinal de Ortolani 
positivo. 
→ Instabilidade = Barlow: 
➢ A manobra descrita por Barlow é um teste provocativo – provocamos uma 
luxação, demonstrando a instabilidade do quadril. 
➢ Paciente e examinador: 
✓ Posicionados da mesma forma que na manobra de Ortolani. 
✓ A manobra de Barlow é realizada em dois tempos: 
 No primeiro tempo, o quadril a 90° graus e o joelho totalmente fletido, 
partindo da posição de adução e realizando o movimento de abdução 
pressionando o trocânter maior em direção ao acetábulo para provocar 
a redução do quadril (semelhante ao que ocorre na manobra de 
Ortolani). 
 No segundo tempo, promovemos a adução do membro, uma força de 
lateralização pressionando a região do trocânter menor e uma suave 
força de compressão de anterior para posterior, promovendo uma 
pistonagem ou um ressalto, denotando assim um teste positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Sinal de Klisic: 
➢ 2º dedo na EIAS. 
➢ 3º dedo no Trocanter Maior. 
➢ Linha entre eles deve apontar o umbigo Se abaixo do umbigo → Sinal de Klisic 
➢ Ajuda quando é bilateral e as pregas parecem normais. 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 4 | 30 
 
• Dos 6 aos 12 meses de idade: 
→ Deslocamento progressivo: 
➢ Raramente Barlow e Ortolani. 
➢ Assimetria de pregas glúteas e poplíteas. 
➢ Assimetria das pregas inguinais. 
➢ Sinal de Galeazzi: 
➢ Sinal de Klisic. 
➢ Limitação da abdução → Mais confiável!!! 
→ Sinais: 
➢ Encurtamento aparente do membro acometido, assimetria de pregas (sendo mais 
significantes as pregas inguinais e glúteas, sinal de Peter Bade) (Fig. 11.14.2A). 
➢ Assimetria da altura dos joelhos com o paciente em decúbito dorsal e membros 
fletidos (manobra de Galeazzi) (Fig. 11.14.2B). 
➢ Também podemos notar à palpação uma ascensão do trocânter maior e uma 
limitação da abdução do quadril que é mais facilmente percebida com os quadris 
a 90° e os joelhos totalmente fletidos (sinal de Hart) (Fig. 11.14.2C). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 5 | 30 
 
• Após a marcha: 
→ Unilateral ≠ Bilateral. 
→ Ponta dos pés no lado afetado (+ curto). 
→ O Glúteo Médio puxa e o fêmur vai: 
➢ Teste Trendelenburg +. 
➢ Marcha de Trendelenburg. 
➢ Sinal de Trendelenburg positivo no lado afetado, e nos pacientes com 
comprometimento bilateral, uma postura com aumento da lordose lombar (Fig. 
11.14.2D) e marcha “bamboleante”. 
→ Sinal de Galeazzi. 
→ Sinal característico é hiperlordose lombar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Diagnóstico por Imagem: 
• Ultrassonografia: 
→ Melhor método até os 6 meses de idade. 
→ Método de Graf: 
➢ Analisa o fêmur proximal e o contorno da pelve. 
➢ Imagem coronal do quadril, com 45º de flexão e 15º de rotação interna. 
➢ 1: linha de referência. 
➢ 2: ângulos: 
✓ Alfa = linha de referência + linha passando pelo teto ósseo: 
 Medida da inclinação do aspecto superior do acetábulo. 
 Normal = > 60°. 
✓ Beta = linha de referência + linha passando pela cartilagem: Avalia o componente cartilaginoso do acetábulo. 
 Normal < 55°. 
✓ Conforme subluxa, o Alfa diminui e o Beta aumenta! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11.14.2 Aumento da 
lordose lombar – luxação 
bilateral. 
 
Figura 11.16 – Sinal de Trendelenburg. 
SINAL DE TRENDELENBURG: É realizado com 
o paciente em pé e o quadril oposto àquele 
a ser examinado mantido em extensão com 
o joelho fletido (Figura 11.16). Esse sinal é 
utilizado para avaliar a função dos 
abdutores do quadril. Quando esse sinal é 
positivo, a bacia inclina-se para o lado que 
não está apoiado, revelando a fraqueza da 
musculatura abdutora. Em condições 
normais, a bacia é mantida nivelada pela 
contração dos abdutores que a apoia. Na 
displasia do desenvolvimento do quadril, 
após o início da marcha, é o sinal clínico 
mais importante para o diagnóstico. 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 6 | 30 
 
• Radiografias (Fig. 11.14.3): 
→ Linha de Hilgenreiner: 
➢ Linha horizontal que cruza através das cartilagens trirradiadas, utilizada como 
referência horizontal para avaliação da altura das epífises femorais proximais. 
➢ Tangente às imagens em lágrima. 
→ Linha de Ombrédanne e Perkins: 
➢ Linha de Perkins: linha vertical, perpendicular à linha de Hilgenreiner, localizada 
junto ao rebordo lateral do acetábulo, utilizada como referência vertical para 
avaliação da posição lateral das epífises femorais proximais. 
➢ Perpendicular a linha de Hilgenreiner, no ponto mais lateral do acetábulo. 
➢ Delimita os quadrantes de Ombrédanne: 
✓ Quadrantes de Ombrédanne → no quadril normal o núcleo da cabeça 
localiza-se no quadrante ínfero-medial. 
✓ Quadrantes de Ombredanne: formados pelo cruzamento das linhas de 
Hilgenreiner e Perkins, nos quadris normais; a metáfise proximal 
femoral localiza-se no quadrante inferomedial. 
→ Linha de Shenton: 
➢ Arco de Shenton-Menard: arco formado por uma linha traçada através do bordo 
medial da metáfise proximal do fêmur que deve mostrar uma continuidade com 
outra linha traçada e na borda superior do forame obturado (bordo inferior do 
osso púbis). 
➢ Segue a curvatura superior do forame obturado e continua em curva junto ao colo 
do fêmur. 
➢ É interrompida nas luxações. 
→ Índice acetabular: 
➢ Índice acetabular: ângulo formado pela linha de Hilgenreiner e outra linha que 
tangencia a borda lateral do teto ósseo do acetábulo. Esperamos encontrar ao 
nascimento, nos quadris normais, valores menores que 30°. 
➢ Entre a linha de Hilgenreiner e a superfície do acetábulo. 
➢ Neonatos → 27.5° 
➢ 6 meses → 23.5° 
➢ 2 anos → 20°. 
➢ 30° é o limite máximo do normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11.14.3. Radiografia da 
bacia mostrando luxação do 
quadril direito e as linhas 
traçadas. H, Linha de 
Hilgeinreiner; P, linha de 
Perkins; IA, índice acetabular; S, 
arco de Shenton. 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 7 | 30 
 
 
– Tratamento: 
• Tratamento – Suspensório de Pavlik: 
→ Funções: 
➢ Manter o quadril em flexão e abdução. 
➢ Evitar a extensão e adução. 
➢ Manter a cabeça femoral centrada no acetábulo (promove o desenvolvimento do 
acetábulo). 
➢ Promover a redução espontânea da luxação. 
→ Contra-indicações: 
➢ Desequilíbrio muscular (mielomeningocele, paralisia cerebral). 
➢ Frouxidão ligamentar (Ehlers-Danlos). 
➢ Rigidez muscular (Artrogripose). 
→ Tiras: 
➢ Anterior = limitam a extensão. 
➢ Posteriores = limitam a adução. 
→ Posição: 
➢ Flexão = 100-120°. 
➢ Abdução = Nunca forçada, tração leve pelas tiras, de modo que abduza mais pela 
gravidade. 
➢ Uso continuado (não retirar para banho). 
➢ Não deve ser utilizado após os 6 meses de idade – Dos 6 aos 18 meses de idade, o 
suspensório de Pavlik não é indicado, pois não é capaz de manter reduzido um quadril 
instável. Preconizamos a redução da articulação e manutenção com aparelho gessado. 
• Tratamento – 6-24 meses: Gesso Pélvico Podálico (G.P.P): 
→ Dos 6 aos 24 meses de idade, o suspensório de Pavlik não é indicado, pois não é capaz de manter 
reduzido um quadril instável. Preconizamos a redução da articulação e manutenção com aparelho 
gessado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tratamento – Após a marcha: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11.14.5. Aparelho 
suspensório de Pavlik com 
flexão dos quadris a 100-110° 
e abdução dos quadris no limite 
de segurança. 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 8 | 30 
 
❖ DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES: 
– Definição: 
• Necrose avascular do núcleo secundário da epífise femoral em crescimento. 
• Idiopática. Autolimitada. 
• 1910 → Artur Legg (EUA), Jaques Calvé (FRA) e George Perthes (ALE) → entidade única e 
idiopática. 
– Etiologia: 
• Desconhecida. 
• Teorias: Traumática; Congênita; Vascular; Mecânica; Hormonal. 
– Classificação (Waldestrong): 
• 4 Fases: 
→ Necrose (inicial – sinovite): 
➢ Duração de 6 meses. 
➢ Altera cor da cabeça (mais densa), diminuição do núcleo. 
➢ Alargamento espaço medial (pela sinovite, hipertrofia cartilagem). 
→ Fragmentação: 
➢ Duração de 8 meses. 
➢ Início da reparação (reabsorção e deposição óssea). 
➢ Fase inflamatória. 
➢ Dor e derrame articular. 
➢ Amolecimento tecidual (vulnerabilidade mecânica). 
➢ Lateral p/ medial e anterior p/ posterior. 
→ Reossificação: 
➢ Duração de 2 – 4 anos. 
➢ Simultânea à fragmentação. 
➢ Aumenta área radiodensa. 
→ Residual: até o final 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É DIVIDIDA EM FASE INICIAL OU 
NECROSE, DE FRAGMENTAÇÃO 
OU REABSORÇÃO, DE 
REPARAÇÃO OU 
REOSSIFICAÇÃO E DEFINITIVA: 
1. No período inicial, a 
epífise se encontra em 
necrose avascular com 
imagem hipotransparente, 
com a epífise achatada, 
com contornos irregulares 
e alguns pontos de 
radiotransparência. 
2. No período de 
fragmentação, a epífise 
apresenta-se com aspecto 
de pequenos grânulos 
escleróticos separados por 
áreas de menor 
densidade. 
3. No período de 
reossificação, a epífise se 
torna novamente 
homogênea com o 
reaparecimento de seu 
contorno. Neste período 
ocorre a reossificação do 
núcleo de crescimento. 
4. É no período definitivo 
que a cabeça femoral 
adquire seu formato final, 
após o término da doença. 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 9 | 30 
 
– Epidemiologia: 
• 4-8 anos – pico aos 6 anos (2 anos até 16 anos). 
• Sexo masculino (4:1). 
• Incidência varia de 1:1200 até 1:12500. 
• Mais frequente em Japoneses, Asiáticos, Esquimós; 
• Raro em negros – (persistência art.lig. Redondo). 
• Hx familiar 1,6 a 20%; 
– Quadro Clínico: 
• Dor inguinal ou face anterior da coxa (Relacionado com atividade). 
• Dor referida na face ântero-medial do joelho (pode ser o único sintoma) – N. OBTURATÓRIO; 
• Claudicação (1º sinal clinico). 
• Limitação da abdução e rotação interna do quadril. 
– Exames Complementares: 
• RX (AP + Lauenstein): 
→ Sinais precoces -  altura do núcleo epifisário,  espaço articular, fratura subcondral (Sinal de 
Caffey). 
→ Permite classificação, acompanhamento das fases evolutivas e detecção dos sinais de cabeça em 
risco. 
• RNM: útil p/ o diagnóstico precoce (antes do Rx). 
• Cintilografia: Detecção precoce do infarto. 
• Artrografia: Informações sobre a relação cabeça/acetábulo – tamanho e forma da cabeça e relação com 
lábio cartilagíneo. Avalia a melhor posição de congruência do quadril. 
 
 
 
 
 
 
 
– Classificação – Catterall: 
• É baseada no aspecto radiográfico encontrado no período de fragmentação máxima, sendo 
constituída de quatro tipos de acordo com a extensão da lesão do núcleo de ossificação epifisário. 
É útil na avaliação de resultados, porém é de caráter prognóstico limitado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
UninoveTIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 10 | 30 
 
– Diagnósticos Diferenciais: 
1. Sinovite transitória do quadril. 
2. Artrite séptica. 
3. Displasia de Meyer- bilateral e fases simétricas Displasias epifisárias. 
4. Mucopolissacaridoses. 
5. Hipotireoidismo. 
6. Gaucher. 
7. TB. 
8. ARJ. 
9. Osteomielite. 
10. Osteoma Osteóide. 
11. Osteocondrite Dissecante. 
12. Anemia Falciforme. 
13. Hemofilia. 
14. Condrólise idiopática. 
– Tratamento: 
• Doença Autolimitada. 
• Via de Regra o tratamento o é Conservador. 
• Cirurgia proposta para tratar sequelas com deformidades. 
• 60% não há alteração do curso natural e evoluirão favoravelmente com ou sem tratamento. 
• 15% evoluirão de forma desfavorável apesar do tratamento. 
• Objetivos do Tratamento (Cirúrgico ou Conservador): 
→ Manter a epífise femoral centrada no acetábulo. 
→ Preservar a mobilidade do quadril. 
• Gesso de Petrie/Broomstick: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tratamento cirúrgico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 11 | 30 
 
❖ EPIFISIÓLISE: 
– Definição: 
• Deslocamento do colo femoral através da placa fisária. 
• Cabeça fica no acetábulo e o colo se desloca para anterior e superior. 
• Aparente deformidade em VARO no femur proximal. 
• Enfraquecimento ao nível da camada hipertrófica da placa de crescimento proximal do fêmur. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Epidemiologia: 
• 2 por 100.000. 
• 78% ocorre em adolescentes (Estirão do crescimento): 
→ 13 a 15 anos meninos e 11 a 13 meninas (raro após menarca). 
→ Doença do quadril mais comum na adolescência. 
• Fora desta idade ( 16 a com fise aberta ) – causas secundárias – endocrinopatias. 
• Meninos 1,43:1. 
• Biotipo: Adiposo-genital – P90 em 63%. 
• Negros, polinésios, hispânicos. 
– Biotipo: 
• GORDO E ALTO = DEFICIÊNCIA DE HORMÔNIO SEXUAL – adiposo genital (Frolich). 
• ALTO E MAGRO = EXCESSO DE GH = DEBILITA A FISE (mikulicz). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Classificação: 
• Classificação de Fahey e O’Brien: 
→ Aguda: com início súbito dos sintomas, sendo feito o diagnóstico em tempo inferior a 3 
semanas. 
→ Crônica: início gradual dos sintomas, diagnóstico com mais de 3 semanas de duração. 
→ Crônica-agudizada: combinação dos dois tipo, ou seja, história de dor e claudicação, com 
intensificação abrupta dos sintomas, geralmente por trauma leve. 
• Classificação de Loder: 
→ Estável: Pacientes conseguem deambular apoiando-se no membro afetado, com ou sem 
auxílio de muletas. 
→ Instável: Não possibilitam a deambulação dos pacientes, mesmo com auxílio de muletas 
→ MAIOR TAXA DE ONCF. 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 12 | 30 
 
– Quadro Clínico: 
• Dor no quadril e virilha. 
• Mudança na ADM. 
• Anormalidades de marcha. 
• Dor de intensidade variável (esforços físicos) na região inguinal ou face medial do joelho - DOR REFERIDA 
PELO CAMINHO DO N. OBTURADOR. 
• Pode haver encurtamento dependendo do grau de escorregamento 
• Sinal de Drehman: 
→ A epifisiolistese da cabeça femoral acarreta deslocamento gradual do colo do fêmur em sentido 
proximal e anterior em relação à epífise, o que determina deformidade em retroversão do colo do 
fêmur. Com o paciente em decúbito dorsal sobre a mesa de exames, ao realizarmos a flexão passiva 
do quadril afetado, o membro roda externamente (Figura 11.17A), caracterizando assim o sinal de 
Drehmann. No quadril normal, a flexão ocorre no eixo da coxa (Figura 11.17B). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Exames Complementares: 
• USG: aumento na efusão articular. 
• TC: mensurações dos desvios e deformidades, FECHAMENTO PRECOCE DA FISE e material intra articular 
• RNM: Pouco acrescenta no diagnóstico. 
• Radiografias: 
→ AP DE BACIA. 
→ PERFIL: 
➢ RÃ: estáveis/crônicas. 
➢ CROSS-TABLE: instáveis/agudas. 
→ Linha de Klein: 
➢ Linha reta traçada ao longo da margem basal superior o colo femoral no RX AP, margem 
anterior do colo no perfil. 
➢ Normal: cruza parte lateral da epífise. 
➢ Alterado: a linha não passa na epífise. 
→ Ângulo de Southwick: 
➢ Escorregamento leve: diferença de até 30°. 
➢ Escorregamento moderado: diferença entre 30 – 60°. 
➢ Escorregamento grave: diferença > 60°. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 13 | 30 
 
– Tratamento: 
• Sempre cirúrgico! 
• Parafuso perpendicular à fise. 
• Investigar lado contra-lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ TRANSTORNOS ANGULARES E ROTACIONAIS NOS MEMBROS INFERIORES DA CRIANÇA: 
– Deformidades rotacionais e angulares dos membros inferiores: 
• Alinhamento dos membros inferiores: três planos → frontal(coronal), transversal e sagital. 
• Desvios angulares podem ser fisiológicos ou anormais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 14 | 30 
 
– Substrato anatômico (Figura 22.2): 
• Cada osso longo tem um eixo anatômico e um mecânico: 
→ O eixo anatômico é formado pelo eixo longitudinal da diáfise, e o eixo mecânico é definido 
como uma linha reta que une centros da articulação proximal e distal do osso, no plano 
frontal ou sagital. Na tíbia, os dois eixos praticamente são coincidentes, enquanto, no 
fêmur, eles são diferentes e convergem distalmente no plano frontal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Anteversão Femoral: 
• Aumentada: + rotação interna, - rotação externa. 
• O aumento excessivo da rotação interna com diminuição proporcional da rotação externa 
caracteriza a anteversão do colo femoral. A anteversão dos colos, pela tor ção interna do fêmur e 
externa da tíbia, determina aumento do ângulo “Q”, que pode levar à instabilidade femoropatelar 
(Figura 12.22). 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Anteversão Tibial: 
• Ângulo coxa-pé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 22.2 > Eixos dos membros 
inferiores no plano frontal. 
Os eixos anatômicos dos ossos longos 
correspondem ao eixo longitudinal da 
diáfise; do membro inferior, corresponde à 
angulação entre o fêmur e a tíbia. O eixo 
mecânico representa a resultante da 
descarga de forças. Para o membro 
inferior, é dado por uma linha que vai do 
centro da cabeça do fêmur até o centro do 
tornozelo e deve cruzar alguns milímetros 
medialmente no joelho. 
 
 
FIGURA 22.8 > Avaliação clínica do ângulo de anteversão do fêmur. O exame 
deve ser realizado com o indivíduo de bruços, com os quadris estendidos e em 
posição neutra. O joelho é flexionado 90º e a perna é colocada em uma posição 
em que patela apoia-se completamente no divã. Quando ocorre aumento da 
anteversão, há aumento da rotação interna e limitação da rotação externa. 
 
FIGURA 22.9 > A avaliação da torção da tíbia é feita pela medida do ângulo pé-coxa, que consiste na 
estimativa da angulação entre os eixos longitudinais da coxa e do pé, em decúbito ventral e com os joelhos 
flexionados 90º. Neste caso, o ângulo é negativo, pois o eixo do pé está voltado medialmente. Para o pé 
deformado, a torção tibial também pode ser avaliada com o paciente sentado na beira do divã, com as 
pernas pendentes. Em situação normal, os pés ficam voltados para fora. Coloca-se um dedo na 
tuberosidade anterior da tíbia, e os maléolos ficam presos entre o indicador e o polegar da outra mão. 
Assim, estima-se o ângulo formado entre o eixo transmaleolar e o plano transversal. 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 15 | 30 
 
 
– Variações Fisiológicas na criança: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Evolução Normal (sem tratamento): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 22.12 > Ilustrações de variações 
fisiológicas do ângulo frontal do joelho. 
A: Persistência do geno varo após inícioda 
marcha. B:Exagero da valgização. As 
deformidades são simétricas e 
moderadas, e as pessoas são hígidas 
IMPORTANTE: O 
ângulo frontal do 
joelho varia com a 
idade. É VARO no 
recém-nascido, 
retifica dos 6 
meses até 1 ano e, 
depois, tende a 
VALGIZAR, com o 
máximo em torno 
dos 4 anos. Após 
essa idade, o 
ângulo apresenta 
tendência para 
diminuir e 
estabilizar para, 
depois, apresentar 
pico de valgização 
de curta duração 
na adolescência 
(FIG. 22.11). 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 16 | 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Deformidade Patológica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 22.15 > Grave deformidade de 
alinhamento dos membros inferiores, 
caracterizando um desvio complexo. As 
deformidades são acentuadas, assimétricas e 
acometem mais de um osso, em mais de um 
plano. 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 17 | 30 
 
 
– Principais Causas (plano coronal): 
• Doenças osteometabólicas (raquitismo). 
• Sequela de infecção. 
• Geno varo/valgo por lesão da placa de crescimento. 
• Displasias ósseas. 
• Doença de blount. 
– Principais Causas (plano transversal): 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Tratamento dos desvios rotacionais: 
• Expectante nas crianças hígidas e assintomáticas. 
• Se aparecimento de deformidades compensatórias: cirurgia. 
• Faixas elásticas, botas ortopédicas, palmilhas → INÚTEIS nesses casos; 
– Variação Rotacional: 
• Introdução: 
→ Grande número de variações fisiológicas não patológicas e patológicas. 
→ Torção: conjunto de fatores → versão dos ossos, frouxidão capsular, e controle muscular 
• Avaliação: 
→ Estática: 
➢ Paciente em decúbito ventral. 
➢ Rotação interna – anteversão: 
✓ ADM Meninas > meninos. 
✓ Normal bebês: RI 40˚ e RE 70˚ 
✓ Normal aos 10 anos: RI 40˚ e RE 40˚. 
➢ Ângulo coxa-pé – avalia a perna/torção da tíbia: 
✓ 5˚ interno em bebês. 
✓ 10˚ externo com 8 anos. 
✓ Ângulos médios, variam muito. 
➢ Anteversão colo fêmur: 
✓ Nascimento = 30 a 40°. 
✓ 10 anos = 20 a 24°. 
✓ 16 anos = 16°. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Dinâmica: 
➢ Andar e correr. 
➢ Padrão de marcha. 
➢ Ângulo de progressão dos pés - varia muito até os 05 anos. 
 
 
 
FIGURA 22.23 > Grave mau alinhamento rotacional dos membros 
inferiores causado pelo aumento de anteversão femoral e torção 
externa compensatória da tíbia. Se as patelas forem colocadas 
voltadas para frente, os pés ficam em rotação externa excessiva. Se o 
posicionamento dos pés é retificado, as patelas ficam mal alinhadas. 
Este mecanismo de torções contrárias causa distúrbio da articulação 
femoropatelar. 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 18 | 30 
 
 
• Diagnóstico Diferencial: 
→ Deformidades residuais do pé, distúrbios do quadril e doença neuromuscular são as 
causas mais comuns. 
→ In-toeing: 
➢ Contraturas adutores e Isquiotibiais na Paralisia Cerebral. 
➢ Anteversão femoral. 
➢ PC diplegia espástica ou quadriplegia. 
→ Out-toeing: 
➢ Coalisão tarsal. 
➢ Pé plano. 
➢ Epifisiólise (RE). 
➢ Rotação tibial externa. 
 
• Radiografia: 
→ AP da pelve. 
→ Perfil quadril → suspeita de epifisiólise. 
→ Não há necessidade de radiografias seriadas para acompanhamento clínico. 
• História natural da variação rotacional: 
→ Grande variação da angulação – Normaliza aos 5-6 anos: 
➢ Nenhuma medida conservadora muda isso. 
→ Torção interna tíbia > externa na criança que não anda ainda: 
➢ Regride após estabelecimento do varo fisiológico – Torção externa é rara. 
→ Anteversão colo fêmur: 
➢ Nascimento = 30° a 40°. 
➢ 10 anos = 20° a 24°. 
➢ 16 anos = 16°. 
• Resumo: 
→ Criança nasce com 40° de anteversão do fêmur, ADM 70° de RE quadril e 40° de RI, tíbia 
em rotação interna (coxa-pé de 5° interno) e geno varo de 10° a 15°. 
→ Depois → anteversão, rotação externa do quadril, e rotação interna da perna vão 
reduzindo e joelho vai ficando valgo. 
• Marcha em rotação Interna: 
→ Anteversão do colo femoral = crianças mais velhas entrando na adolescência. 
→ Torção interna da tíbia = pré-escolares. 
→ Metatarso varo = nascimento ou fases iniciais do desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 19 | 30 
 
→ Anteversão do colo Femoral: 
➢ Alteração + comum. 
➢ Membro inferior inteiro rodado internamente. 
➢ “Choque entre joelhos”. 
➢ Rotação interna muito maior que Rotação externa. 
➢ Tratamento de maneira geral expectante. 
➢ Resolução espontânea, geralmente até 8 anos. 
➢ Sem indicação de órtese. 
➢ Osteotomia derrotadora – exceção. 
→ Torção interna da tíbia: 
➢ Detecta + precocemente que a anteversão do colo femoral. 
➢ Marcha com “pés para dentro” porém joelhos alinhados. 
➢ Ângulo Coxa-pé. 
➢ Alta relação com metatarso varo. 
➢ Resolução de maneira geral espontânea. 
➢ Mudança postural, principalmente ao dormir. 
➢ Se não melhora até os 10 anos (coxa pé = >10°) indicar osteotomia metafisária 
derrotadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Pé Metatarso Aduto (varo): 
➢ Deformidade congênita, detectada precocemente. 
➢ Posição intrauterina. 
➢ Flexível, e tem bom prognóstico. 
➢ Corrige sozinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Torção externa da tíbia: 
➢ História familiar. 
➢ Pode estar associada com anteversão do colo femoral. 
➢ Mais benigna que a interna, porém pode causar dor femoro-patelar. 
➢ Correção espontânea. 
➢ Se > 40° no angulo coxa-pé, indicar derrotadora. 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 20 | 30 
 
– Joelho Varo: 
• Blount infantil e Blount do adolescente. 
• Geno Varo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Introdução: 
→ Genu varo é uma deformidade pediátrica comum, frequente em crianças com menos de 
2 anos. 
→ Pode ser dividido em vários tipos, com evoluções e tratamentos diferentes. 
→ Variável conforme o crescimento. 
→ Sempre afastar outras lesões (blount, sequela de fratura, deformidades neuromusculares, 
etc). 
→ Exame físico completo (distância intermaleolar, mensuração angular estática, avaliação 
dinâmica). 
→ Frouxidão ligamentar do joelho → patológico. 
• Varo Fisiológico: 
→ O genu varo fisiológico é uma deformidade com ângulo tibiofemoral maior que 10° de 
varo, fise sem lesões radiográficas, com ápice da curvatura na região proximal da tíbia 
e distal do fêmur. 
→ Definição: mais de 10° grau de varo bilateral após 18 meses de idade sem outras 
alterações no Rx. 
→ Não há frouxidão ligamentar. 
→ Pacientes com marcha precoce (antes de 1 ano). 
→ Geralmente pior à direita. 
→ História familiar +. 
→ Avaliação clínica seriada. 
→ Deve corrigir até 24 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Exame físico: 
➢ Distância Intercondilar = 10 cm até 2 anos, se após é anormal. 
➢ Distancia intermaleolar = 8 – 10 cm. 
 
 
 Nascimento = 10° – 15° 
varo. 
 14 – 18 meses = tende à 
neutro. 
 3 – 4 anos = 8°– 15° valgo. 
 7 anos = 7° valgo. 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
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• Dx Diferencial de varo Fisiológico: 
→ Blount – DEFORMIDADE DA TÍBIA PROXIMAL 
→ Raquitismo hipofosfatêmico ligado ao X: 
➢ Osteopatia metabolica com maior probabilidade de existir na criança com perna 
torta. 
➢ Muito baixos. 
➢ Fise e metáfise larga. 
➢ Aspecto de corneta. 
➢ Análise do cálcio e fosfato do soro e urina. 
→ Osteopatia metabólica. 
→ Displasia esquelética. 
→ RADIOGRAFIAS p/ diferenciar varo fisiológico de patológico: 
➢ Ângulo metafisário-diafisário: 
✓ Se 15° provável Blount. 
✓ 10 a 15°= acompanhar 1 ano. 
✓ 95% terá Blount se >11° 
➢ Relação do ÂM-D fêmur / ÂM-D tíbia: 
✓ >1: fisiológico. 
✓ <1: anormal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Doença de Blount infantil (Tibia Vara de Bloun): 
→ Interrupção secundária da fise proximal da tíbia devidoa pressão excessiva por carga 
anormal. 
→ Doença progressiva; 
→ Deformidade na TÍBIA, fêmur de maneira geral está normal. 
→ Infantil – início da deformidade com 3 anos. 
→ Juvenil – início com 10 ano. 
→ Características: 
➢ Bilateralidade comum. 
➢ Pacientes OBESOS acima percentil 95. 
➢ Doença adquirida e não congênita. 
➢ Início de marcha precoce. 
➢ Mais comum e pior prognóstico em negros. 
➢ Multifatorial. 
→ Quadro clínico: 
➢ Abertura ou impulso lateral na fase balanço da marcha. 
➢ Tíbia mais arqueada que fêmur. 
➢ Obesos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
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→ Achados radiográficos: 
➢ Varo agudo na metáfise proximal tíbia. 
➢ Alargamento e irregularidade linha fise medial. 
➢ Epífise ossificada e curva (sloped) para medial, pode estar triangular. 
➢ Bico proeminente na metáfise medial com áreas de cartilagem radiolucentes. 
➢ Subluxação lateral da tíbia proximal. 
➢ Estes achados inequívocos fecham o diagnóstico de Blount, os ângulos só 
ajudam: Se não tiver estas anormalidades é varo fisiológico!! 
 
→ Ângulo Metafise-Diafisário Levine-Drehnan: 
➢ Provável Normal < 11°. 
➢ Risco entre 11 e 15°. 
➢ Provável Blount > 16°. 
 
 
 
 
→ Classificação – Langenskiöld: 
➢ I e II – até os 3, 4 anos. Difícil diagnóstico em relação ao geno varo fisiológico. Só 
estas podem ter plena recuperação. 
➢ III – a partir dos 4 anos. Ainda tem correção possível. degrau metafisário medial, 
calcificação medial, abaulamento metáfise. 
➢ IV – início de barra óssea. Já precisa de tratamento complexo. 
➢ V e VI – a partir dos 8 anos. Tratamento de prognóstico ruim. Alta recorrência. 
Destruição fisária medial (total na tipo 6), subluxação lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
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→ RNM: 
➢ Boa visualização de lesão fisária e presença de barra. 
➢ Quantificar a barra e programar necessidade de cirurgia envolvendo a mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Tratamento: 
➢ Se não tratar = mau prognóstico. 
➢ Tratamento conservador = órtese: 
✓ Estágio I e II até 3 anos: 
 50% ou + de sucesso só com órtese. 
 Acima dos 2 anos com persistência do varo e riscos. 
 Melhora ângulo em 12 meses de uso. 
 Não COMEÇAR a usar após 3 anos. 
 Melhor prognóstico → unilateral. Pior em bilateral e negros. 
 Uso 23 a 24 h/dia. 
 KAFO – força em valgo em 03 pontos – Knee-ankle-foot orthosis. 
 Deve alinhar até os 4 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Tratamento cirúrgico: 
✓ Osteotomia precoce: 
 Paciente ideal: LK até III em crianças IV. 
 Restaura o crescimento normal. 
✓ Correção de deformidades: 
 Crianças mais velhas. 
 LK ≥ IV. 
 Se > 05 anos: alta taxa de recorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 24 | 30 
 
• Blount do adolescente: 
→ Maior que 8 anos. 
→ Meninos obesos → coxa grossa. 
→ Associação com Epifisiólise. 
→ ENVOLVE O FÊMUR E A TÍBIA. 
→ Mais unilateral. 
→ Sd das coxas grossas: 
➢ Gera um varo no joelho. 
➢ Hiperpressão na fise – inibe o crescimento. 
→ Achados radiográficos: 
➢ Alargamento da fise proximal medial. 
➢ NÃO TEM depressão e bico medial na metáfise (comum na criança). 
➢ Formato da epífise é normal. 
➢ Alargamento da fise do fêmur distal lateral. 
➢ Pode ter Varo do fêmur em 20% 
→ Clínica: 
➢ Homem, negro e obeso. 
➢ Claudicação com impulso lateral. 
→ Radiografia: 
➢ Calcular os ângulos femorais e tibiais. 
➢ Determinar o centro da deformidade. 
→ Blount: Infantil x Adolescente: 
➢ Feminino Negro x Masculino Negro. 
➢ Barra óssea + bico metáfise x Alargamento da fise. 
➢ Inicialmente conservador x Cirúrgico. 
➢ Hipercorreção do eixo x Correção do eixo. 
➢ Bilateral x Unilateral. 
→ Tratamento: 
➢ É cirúrgico. 
➢ Jamais órtese. 
➢ Objetivo – corrigir eixo – não fazer hipercorreção. 
➢ Ostetomias. 
➢ Fixador externo. 
➢ Epifisiodese lateral (grampo) → altas taxas de falha. 
➢ Corrigir fêmur se varo maior que 5°. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
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– Geno Valgo: 
• Normal entre 2 a 8 anos. 
• Máximo entre 2-4 anos (8-10˚). 
• Associação com pé chato. 
• Simétricos no fisiológico. 
• Causas: 
→ Lesão da fise lateral do fêmur distal. 
→ Displasias. 
• História natural: 
→ Corrige com 8 anos nas fisiológicas. 
→ Progressiva – luxação lateral da patela. 
• Avaliação – Eixo mecânico. 
• Tratamento: 
→ Somente se > 8 anos com repercussão clínica. 
→ Conservador: 
➢ Órtese no pé – alivia sintomas mas não corrige. 
➢ KAFO se doença metabólica. 
→ Cirúrgico – com 11 anos de idade: 
➢ Hemiepifisiodese. 
➢ Osteotomia femoral varizante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Pé torto congênito (PTC): 
• Definição: 
→ Malformação complexa congênita no pé, com várias deformidades: 
➢ EQUINO = retropé. 
➢ CAVO = antepé (flexão plantar do antepé). 
➢ VARO = calcâneo (subtalar em inversão). 
➢ ADUTO e SUPINAÇÃO (antepé em relação mediopé). 
→ Deslocamento e mal-alinhamento das articulações talocalcânea, talonavicular e 
calcâneocubóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 26 | 30 
 
 
• Classificação – Tipos: 
→ Idiopático. 
→ Neuromuscular: Artrogripose, MMC. 
→ Sindrômico: Larsem, Moebius, Freeman-Sheldon. 
→ Postural. 
• Incidência: 
→ 1 a 7 : 1000 (Brasil = 2,17 : 1000). 
→ Meninos = 2:1. 
→ Bilateralidade = 50%. 
→ Unilateral = D > E. 
→ Genética: 
➢ Padrão de herança poligênica. 
➢ Familiar > esporádica: 
✓ Pai ou mãe afetados = 3 a 4% chance filho PTC. 
✓ Pai e mãe afetados = 15% chance filho PTC. 
• Etiologia: 
→ Desconhecida. 
→ Mais aceita= Multifatorial, com componente genético e composto por aberrações no 
desenvolvimento do membro. 
• Patologia: 
→ DEFORMIDADE BÁSICA é na Articulação talonavicular: deslocamento plantar/medial; 
rotação medial. 
→ Ocorre deslocamento plantar e medial do navicular, cuboide e calcâneo ao redor do tálus. 
→ Rotação interna do calcâneo. 
→ Retropé: equino (tnz e subtalar), inversão (varo). 
→ Antepé: aduzido em relação mediopé, flexão plantar, cavo do 1º raio 
→ Alterações Ósseas: 
➢ Tálus – principal osso deformado: 
✓ Pequeno, fletido plantarmente e medial. 
✓ Desvio da parte distal – MEDIAL E PLANTAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
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• Diagnóstico: 
→ Clínico: 
➢ Tálus osso mais proeminente lateral. 
➢ Pele lisa e esticada lateral. 
➢ Vincos mediais e plantares mais profundos. 
➢ Maléolo lateral mais posterior e proeminente. 
➢ Navicular muito próximo ao maléolo medial. 
➢ Tendões calcâneo e tibial posterior palpáveis à eversão e dorsiflexão. 
➢ Atrofia de panturrilha e membro mais curto. 
→ Intra-uterino: 
➢ A partir de 12 semanas IG. 
➢ Síndromes associadas com malformações. 
→ Diferencial: 
➢ Pé torto congênito: 
✓ Rígido. 
✓ Tálus alterado. 
✓ Ausência de pregas laterais. 
✓ Calcâneo pequeno. 
✓ Atrofia de panturrilha. 
➢ Pé torto postural: 
✓ Flexível. 
✓ Má postura intraútero. 
✓ Tálus e calcâneo normal. 
✓ Presença de pregas laterais. 
✓ Panturrilha normal. 
• Doenças Associadas: 
→ +/- 15%. 
→ Artrogripose múltipla congênita. 
→ DDQ, torcicolo congênito, hérnia inguinal. 
→ MTT varo. 
→ Fêmur curto congênito. 
→ Hemimelia tibial. 
→ Mielomeningocele. 
→ Bandas de constrição - 56% (Streeter displasia). 
→ Nanismo diastrófico. 
→ Síndrome de Freeman-Sheldon (fascies de assobiador). 
→ Síndrome de Larsen (múltiplas luxações congênitas). 
→ Síndrome de Möbius – 33% (fascies de máscara). 
→ Síndrome de Optiz. 
→ Síndrome de Pierre Robin (ligado ao X recessivo) 
• Radiografias: 
→ Radiografias – não são essenciaismas podem ser úteis para quando associado a condição 
neuromuscular ou falha tratamento conservador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
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→ AP: 
➢ Ângulo talo-calcâneo (Kite): 
✓ Normal 30 a 55°. 
✓ Quanto menor, indica um retropé em varo. 
✓ PTC aproxima de 0°. 
➢ Ângulo talus-1MTT: 
✓ Normal 5 a 15°. 
✓ No PTC é geralmente negativo, indicando adução do antepé. 
→ P com dorsiflexão: 
➢ Ângulo talo-calcâneo: 
✓ Normal 25 a 50°. 
✓ Diminui quanto mais grave - PTC aproxima de 0°. 
➢ Ângulo tíbio-calcâneo: 
✓ Normal 10 a 40°. 
✓ No PTC é geralmente negativo, indicando equino do calcâneo em relação 
a tíbia. 
➢ MACETE: TODOS ANGULOS DIMINUEM NO PTC! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
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• Classificações: 
→ Dimeglio – Mobilidade e grau da deformidade: 
➢ Grau I: 1 a 5 benigno. 
➢ Grau II: 6 a 10 moderado. 
➢ Grau III: 10 a 15 grave. 
➢ Grau IV: 16 a 20 muito grave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Pirani – Gravidade da deformidade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Ribeiro. 
Uninove TIV – Mauá. 
 
 P á g i n a 30 | 30 
 
• Tratamento – Método de Ponseti: 
→ Objetivos: 
➢ Reduzir a articulação talo-calcânea-cubóide. 
➢ Manter a redução. 
➢ Realinhar articulação tibio-társica. 
➢ Reequilíbrio muscular. 
➢ Pé móvel, plantígrado, funcional e indolor (não esperar um pé normal). 
→ Método de Ponseti (sucesso > 90%): 
➢ Manipulações e imobilizações gessadas seriadas. 
➢ Baseada na patologia. 
➢ Evita percentual elevado de cirurgias. 
➢ Baixo índice de recidiva (10 a 30%). 
➢ Principal vantagem – grau de mobilidade final. 
→ Iniciar logo após nascimento: 
➢ < 9 meses = + eficiente. 
➢ 9 e 28 meses = ainda eficaz. 
➢ > 2 anos = pode iniciar gesso, porém maioria necessita de cirurgia. 
→ Técnica: (NUNCA PRONAR): 
➢ Correção do cavo (primeiro passo): 
✓ Supinação e abdução do antepé (até arco plantar normal). 
✓ Elevação 1 raio. 
➢ Correção do adução e varismo. 
➢ Abdução antepé, supinação, flexão plantar: 
✓ Contra-pressão na cabeça do tálus. 
✓ Rotação lateral até 70°. 
➢ Correção do equino (último, após retropé ficar neutro): 
✓ Dorsiflexão, rotação externa. 
✓ Tenotomia percutânea se precisar. 
✓ Complicação em mata-borrão ocorre se você corrigir o equino as custas 
do mediopé e não do tornozelo! 
✓ Último gesso hipercorrigido. 
➢ Método de Ponseti – final: 
✓ Tenotomia percutânea (antes do último gesso, se necessário). 
✓ Após a tenotomia - gesso dorsiflexão 15° , rot ext de 70° e joelho a 90° = 
3 sem. 
✓ Após os gessos – Órtese Denis-Browne contínuo até iniciar marcha (3m), 
e noturno até 2 a 4 anos (mínimo 18m). 
✓ Órtese de Denis-Browne: 
 1 polegada maior que largura dos ombros. 
 10° a 15° dorsiflexão. 
 Unilateral: 75° lado alterado; 40 lado normal. 
 Bilateral: 70° de RE. 
 Uso inadequado = recidiva > 80%. 
 Utilizada: 
 23hrs = primeiros 3 meses. 
 Durante sono= até 3 a 4 anos. 
 Sinais de recidiva = pé equino e retropé varo = fazer gesso 
de novo!

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