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George Auguste Escoffier

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George Auguste Escoffier nasceu no dia 28 de outubro de 1846, em Villeneuve-Loubet, no sudeste da França.
Seu pai era um ferreiro que também cultivava tabaco. Escoffier era conhecido por ser bem-humorado, forte e agradável. Seu físico forte e seu sorriso aberto passava um sentimento de que ele era saudável e amigável, fazendo-o popular com todos.
Aos doze anos Auguste foi para a escola local. Era interessado por desenho e isso dava a oportunidade a ele de interpretar a beleza ao redor dele. Ele tinha vocação para artista. Mas a personalidade do garoto seria definida pelo prazer que ele tinha de estar na presença da avó, na cozinha.
1859 – Aos treze anos seu pai o levou para Nice, onde o tio de Escoffier tinha aberto um restaurante, Le Restaurant Francais. Restaurante esse que teve sucesso e durou até 1910.
A vida era difícil na cozinha naquele tempo. Como aprendiz de seu tio ele não tinha tratamento especial. Ele aprendeu tarefas domesticas como selecionar e comprar provisões ou organizar o serviço. Escoffier sempre se lembrava com gratidão a disciplina e seriedade do seu treinamento inicial.
1865 – Quando tinha dezenove anos, o dono do Le Petit Moulin Rouge, o mais elegante restaurante em paris, o percebeu durante uma estadia em Nice e o convidou para se juntar ao seu time. Ele foi a paris por um breve período para o treinamento militar, e foi convocado para a guerra Franco-Prussiana. Foi nomeado Chef de Cuisine. Não há dúvida que o tempo de cerco levou Escoffier a pensar seriamente na necessidade da preparação de comida enlatada. Ele foi o primeiro chef a estudar profundamente a técnica de enlatar carne vegetais e molhos. Escoffier retornou ao Le Petit Moulin Rouge após a guerra e permaneceu como Chef de Cozinha até 1878. Dizem que ele necessitava usar sapatos com plataforma para trabalhar melhor no fogão (ele era um home de tamanho reduzido).
1871 – Escoffier trabalhou em uma gama de restaurantes; a maioria em Paris até que abriu seu próprio restaurante em Cannes; Le Faisan d’Or (O Faisão de Ouro)
1878 – Seu próximo compromisso era o gerenciamento do Maison Chevet, no Palais Poyal. Esse era um restaurante muito elegante particularmente para grandes jantares e banquetes oficiais. O próximo passo de Escoffier o levou para o La Maison Maire, onde Monsieur Paillard confiou a ele o gerenciamento de suas cozinhas.
1880 – O evento principal durante esse período da vida de Escoffier foi o seu casamento com Delphine Daffis, a filha de um editor.
Ela escrevendo poesia, contribuiu para a primeira publicação de Escoffier intitulada ‘Les Fleurs em Cire’ (Flores na Cera) livro que até hoje é consultado como uma autoridade. 
Os livros culinários mais conhecidos de Escoffier são:
1886 - Le Traite sur L'art de Travailler les Fleurs en Cire
1903 - Le Guide Culinaire
1910 - Les Fleurs en Cire (a new edition)
1911 - Le Carnet d'Epicure
1912 - Le Livre des Menus
1927 - Le Riz
1929 - La Morue
1934 - Ma Cuisine
Seu trabalho como escritor foi, sem questionamentos, o trabalho de um homem a frente de seu tempo, e que mesmo assim não falha em reconhecer a contribuição de seus predecessores. E apesar das circunstancias mantê-lo distante da sua esposa por longos períodos de tempo, eles permaneceram profundamente devotado um ao outro até o fim, 55 anos depois. Eles tiveram dois filhos e uma filha.
1884 – Foram para Monte Carlo, (cidade em Monaco na Costa Mediterrânea) onde as jogatinas em casinos estava ganhado fama rapidamente. Ele era o Directeur de Cuisine do Grand Hotel e durante os próximos seis anos dividiu seu tempo entre o Grand Hotel no inverno e o Hotel National in Luceme, Suíça, no verão.
Foi na suíça que Escoffier conheceu Cesar Ritz, que veio de um pequeno vilarejo em Swiss Valais. Ritz começou como um camareiro de hotel e rapidamente se tornou Garçom Chefe e depois Gerente de Hotel. O entendimento mutuo e o trabalho de equipe entre Escoffier e Ritz ia trazer as mais significantes mudanças e desenvolvimento moderno na indústria hoteleira.
1890 – Junto com Escanard, Escoffier e Ritz foram chamados ao Savoy Hotel em Londres como Gerente Geral e Chefe dos Serviços de Restaurante. O sucesso deles era além das expectativas. Hotéis do mundo todo cresceram dessa famosa parceria. Eles Criaram Hotéis em Londres, Roma, Paris, Nova Iorque, Montreal, Philadelphia e muitos outros. Hotéis que que são sinônimos de qualidade e alto grau de conforto.
Cesar Ritz e Escoffier, cada um de sua própria esfera, organizaram times de trabalhadores de primeira classe que saiam para todos os cantos do mundo espalhando a fama da Cozinha francesa em navios e hotéis. Escoffier gozava de poderes consideráveis e tinha meios extensos a sua disposição, seu papel era tanto complexo quanto difícil. Sem perder visão das considerações comerciais envolvidas, ele era esperado por uma numerosa e exigente clientela a toda hora com tempo limitado. Era essencial ter pratos preparados com antecedência para aqueles que não tinham tempo para esperar.
O trabalho na cozinha tinha que ser tão organizado que a qualidade da comida não fosse debilitada pela velocidade que tinham que ser servidos os pratos ou pela quantidade de clientes. Considerações higiênicas tinha que ser tomadas e por último, num país onde o suprimento de ingredientes era frequente mente mais difícil que na Franca, ele tinha que organizar um sistema conciliasse qualidade inigualável com preços econômicos.
Toda Tarde ele tinha que pensar em novos menus para que nunca deixasse a desejar pelos gourmets atraídos ao Savoy pela sua presença. Escoffier criou muitos dos seus famosos pratos em hora dos seus convidados, mais notavelmente:
Peach Melba, em honra à cantora Australiana, Nellie Melba. Durante 1892 e 1893, Madame Melba morou no Savoy Hotel. Ela cantava no Convent Garden Opera House, e Escoffier, que era apaixonadamente interessado por teatro, era um auditor entusiasmado.
O Majestoso Cisne que apareceu em cena, o deu a ideia de preparar uma surpresa para a brilhante cantora. Na tarde seguinte Melba convidou alguns amigos para jantar. Levando vantagem dessa oportunidade, Escoffier tinha pêssegos servidos em sorvete de baunilha num prato de metal, colocados entre duas asas dum magnifico cisne, moldado de um bloco de gelo e coberto com uma camada de açúcar refinado.
Era o dia da inauguração do Carlton Hotel Londres que Escoffier decidiu o sabor que daria à sobremesa sua real distinção. De toda gama de sabores de frutas, ele escolheu framboesa, assim Peach Melba foi criado.
Chaud – Froid Jeannette; em 1881 o Jeannete, um navio equipado para uma expedição ao Polo Norte ficou preso no gelo. Toda a tripulação morreu exceto dois marinheiros que após de repetidos esforços conseguiram chegar a costa siberiana. 
Foi em memória dessa expedição que Escoffier quis dar o nome desse navio a um dos seus maiores sucessos culinários “Les Supremes de Vollailles Jeannette”
Cuisses de Nymphe Aurore; um prato de pernas de rãs para o Príncipe de Gales
Rachel Mignonettes of Quail; em homenagem a duas grandes atrizes
Tournedos Rossini; nomeado a partir do grande compositor, Gioacchino Rossini
Sem mencionar todas as receitas dele que ainda usamos hoje, não é de se espantar que Escoffier ganhou o título de “Rei dos Chefs e Chef dos Reis”
1898 – Cesar e Escoffier abriram o Hotel Ritz em Paris, que era o mais moderno da época. Tinha luz elétrica e grandes banheiros. Uma adega que mantinha 4000 garrafas de vintage e uma adega reserva a alguns quarteirões de distância que mantinha 180.000! Contudo os fornos eram mantidos por coque ou madeira.
1899 – O Carlton Hotel abria no coração de Londres. As cozinhas, administradas por Escoffier que tinha um time de sessenta cozinheiros sob seu controle, era tão organizada a ponto de ser hábil de servir menus a’ la carte, uma pratica introduzida pela primeira vez no Carlton. Não era comum, principalmente num Domingo, servir a 500 clientes uma refeição diferente. Escoffier passou mais de vinte anos no Carlton. Em 1901 a equipe acabou com um colapsonervoso de Cesar (morrendo em 1918). Escoffier ficou no Carlton até 1919.
1902/3 – Via-se a publicação de seu primeiro livro; Le Guilde Culinaire, um incrível sumário de cerca de 5000 receitas e guarnições. Ele era sócio de E. Fetu e P Traisneau na fundação em 1903 da ‘Association Culinaire Francaise de Seccours Muteuls’, uma amigável sociedade para cozinheiros franceses trabalhando na Inglaterra.
1904 – A Companhia Alemã de Remessas, Hamburgo – Linhas Amerika, decidiu introduzir um restaurante com serviço a’ la carte para os mais ilustres passageiros em suas linhas. O serviço seria nomeado “The RitzCarlton Restaurant”. Escoffier foi convidado a planejar as cozinhas.
1912 – De novo a Hamburgo – Linhas Amerika solicitou os serviços de Escoffier para a inauguração de suas cozinhas. Durante o cruzeiro oficial a imprensa deu grande publicidade.
Eles colocaram na manchete “Cozinha saudada no mar como na terra”
A bordo do navio Imperator logo antes do início da Primeira Guerra Mundial, como o ‘Larousse Gastronomique’ disse. O Kaiser, Imperador William II, estava tão impressionado com o trabalho que o supervisor da cozinha imperial do navio tinha feito que ele mesmo disse à Escoffier, “Eu sou o imperador da Alemanha, mas você é o Imperador dos Chefs. ”
1914 – Escoffier tinha 68 anos de idade. Ele continuava dirigindo as cozinhas do Carlton. Apesar da sua pequena estatura, ele mostrava a mesma energia e força que tinha seu pai.
1919 – Na idade de 73, Escoffier decidiu deixar o Carlton e se retirar para Monte Carlo e se reunir com sua esposa. Escoffier não conseguia se adaptar à aposentadoria. Em Monte Carlo ele reencontrou com a viúva de seu amigo Jean Giroix, com quem trabalhou no Petit Moulin Rouge, e de quem tomou o lugar no Grand Hotel, Monaco. Escofier aceitou a proposta dela para colaborar numa administração do Hotel de l’Ermitage. Ele também contribuiu no desenvolvimento do Riviera Hotel em Upper Monte Carlo.
1920 – Em 22 de Março, o Comandante da Legião de Honra e Diretor de Educação Técnica, Conferiram a Escoffier a Ordem dos Oficiais da Legião de Honra. Escoffier era o primeiro chef a ser honrado.
Escoffier frequentemente compunha menus ele mesmo quando ele conhecia os clientes. Quando não os conhecia, o chefe dos garçons dava a ele breves indicações de suas nacionalidades, de quantos homens e mulheres tinham no grupo e ou qualquer preferência especificada. Essas informações deixava Escoffier hábil para adaptar o menu aos clientes.
O primeiro menu composto por Escoffier foi em 16 de dezembro de 1897.
Escoffier introduziu mudanças notáveis também na apresentação dos pratos ainda na escolha das porcelanas. Sua consideração primária era o conforto do cliente. Ele escolhia porcelanas finas, prata, linho e artigos de vidro que melhorava o visual da comida e do vinho. Ele introduziu os mais práticos utensílios de cozinha a os que são melhores adequados para a culinária.
1928 – Recebeu o Rosette de um oficial da Legião pelo imperador alemão William II
1935 – em 12 de fevereiro, poucos dias após a morte da esposa, Escoffier morreu em sua casa, La Villa Fernand, 8 bis Avenue de la Costa, Monte Carlo, com seus 89 anos. Seus restos estão enterrados no tumulo da família em Villeneuve-Loubet. A casa em ue nasceu foi tranformada em um museu de arte culinaria em 1966 sob sugestão de um de seus cozinheiros.

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