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PORTFÓLIO GESTÃO DE PROJETOS __________________________________________________________________________________________ ORIENTAÇÕES PARA ENTREGA Use este arquivo modelo para desenvolver o seu trabalho, é nele que você deverá inserir as informações para a postagem do seu portfólio. Caso tenha dúvidas de como realizar a postagem do portfólio, este vídeo irá lhe auxiliar!!! ESTUDO DE CASO A Marine é uma empresa de eletrodomésticos fundada em 1.957 pelo senhor Giaimo Spinete, um Italiano que migrou junto com a família para o Brasil. Ao contrário da maioria dos imigrantes que foram trabalhar na lavoura, Giaimo encontrou emprego nas fábricas da Mooca que fabricavam aparelhos para cozinha, como liquidificadores e batedeiras. Com o passar dos anos, aprendeu com facilidade montar e desmontar esses produtos. Casou-se cedo e resolveu morar perto do emprego na Mooca. Sua esposa sempre comentava orgulhosa com as amigas que o marido trabalhava com estes produtos e sempre que Giaimo chegava em casa à noite após o trabalho, alguma amiga de sua esposa acabava trazendo um liquidificador, uma batedeira ou ferro de passar para ele consertar. A princípio ele não cobrava os consertos, porém, o volume de produtos começou a aumentar, inclusive de pessoas às quais ele nem conhecia. Havia dias que ele chegava em casa e tinham 6 ou 7 produtos aguardando conserto, sendo que para realizar alguns destes consertos havia a necessidade de comprar peças novas. No começo ele só cobrava o valor das peças, mas as pessoas começaram a lhe pagar um “agrado”. Houve alguns finais de semana em que ele passou o Sábado e o Domingo consertando produtos, muitas vezes solicitando a ajuda da esposa, que a partir daquele momento, começou a entender de conserto também. Percebendo que poderia se tornar uma oportunidade de negócio, começou a cobrar pelos consertos e começou a ganhar dinheiro em cima das peças que trocava. Em determinado momento, estava ganhando mais dinheiro fazendo os consertos do que com o próprio salário. https://docs.google.com/document/d/1XYKuVKP8hPHgOu_kgwyp_TGqT84UmiCMuIBzLRWvihQ/edit https://www.youtube.com/watch?v=_P7SaDdVJmU Foi então que decidiu deixar o emprego e junto com a esposa fundou a Spinete Consertos. Alugou um pequeno salão próximo de sua casa e iniciou as atividades. Seus consertos eram garantidos e sua fama se espalhou pelo bairro. Logo precisou contratar um ajudante para auxiliá-lo nas atividades de conserto enquanto sua esposa atendia o balcão e organizava o empreendimento. Pouco mais de um ano, os grandes fabricantes ao qual Giaimo havia trabalhado antes, fizeram um acordo com ele para que ele funcionasse como uma assistência técnica autorizada. Neste momento o pequeno salão já não era mais suficiente, logo tiveram que se mudar para um galpão maior nas proximidades. Mais ou menos nesta época, nasceu sua primeira filha Marine, que mais tarde daria o nome a empresa maior. Em determinado momento, um amigo perguntou se Giaimo teria condições de fazer um ventilador que “ventasse” bem, pois os que se encontravam em sua padaria não eram tão eficientes. Giaimo aceitou o desafio e com as peças que tinha em sua oficina produziu o primeiro produto próprio. Ao demonstrar o desempenho do ventilador, o amigo ficou surpreso e encomendou mais quatro sem ao menos perguntar quanto era. O produto se tornou um sucesso na Mooca e logo se tornou um sucesso na cidade de São Paulo. Todos que visitavam a padaria em questão admiravam a potência e o desempenho do ventilador. As encomendas não paravam de chegar, tanto que o galpão começou a ficar pequeno novamente. Porém, certo dia, um dos fabricantes que havia feito o acordo com ele, também fabricava ventiladores e não gostou da nova concorrência que a Spinete Consertos estava provocando. Percebendo que poderia ter sucesso de um lado e ter prejuízo de outro, resolveu montar uma fábrica independente da Spinete e aí nasceu a Marine Eletrodomésticos, deixando a Spinete Consertos aos cuidados de sua esposa. Alugou outro galpão e comprou ferramental para produzir com maior rapidez, porém, boa parte do processo ainda era artesanal, então começou a desenvolver máquinas e ferramentas para melhorar cada vez mais os seus processos. Percebendo que precisava de mais recursos financeiros para sua nova empreitada, associou-se com seu irmão Carlo que, além do aporte financeiro, começou a tomar conta da parte administrativa, enquanto Giaimo cuidava da parte fabril. O sucesso do ventilador foi tão grande que lojas especializadas em equipamentos para comércio começaram a solicitar grandes encomendas, distribuindo assim seus ventiladores para quase toda região metropolitana de São Paulo. Seu ventilador começou a ser instalado em bares, restaurantes, lojas, bancos e em mais diversos estabelecimentos que os ventiladores fossem necessários. Certo momento, um empresário do ramo, em conversa com Giaimo perguntou por que ele não diversificava para mais modelos de ventiladores e então Giaimo resolver estudar o caso junto com seu irmão e resolveram tentar outros modelos, como ventiladores de coluna (facilitando a instalação visto que não precisavam ser instalados na parede), ventiladores residenciais e exaustores. Com a aceitação da nova linha de produtos, percebeu que cada vez mais, a Marine precisava ser expendida e se tornar mais eficiente e eficaz. Resolveram então comprar um galpão maior de 1.000m² (20 x 50m), porém, ainda na Mooca. À princípio, depois do caos da mudança, o novo galpão proporcionou um bom desempenho, visto que não havia mais problemas de espaço. Carlo resolveu contratar mais colaboradores e cada vez mais a produção ia aumentando. Foram criados setores e o novo galpão foi dividido novamente. Também foi criado um setor de vendas para atender os lojistas que cada vez mais aumentavam seus pedidos. Giaimo por sua vez, tentava criar processos mais automatizados, porém, muitos dos processos ainda permaneciam artesanais. Foi então que teve a ideia de contratar um engenheiro mecânico para ajudá-lo a transformar a fábrica artesanal em uma fábrica moderna. Mas a grande ideia veio na festa de casamento de sua filha mais velha, a mesma que havia dado nome a empresa. Ao observar os presentes que a filha ganhara, percebeu que poderia produzir em sua fábrica quase todos eles, como batedeira, liquidificador, cafeteira e até pequenos fornos elétricos. Ao retornar ao trabalho na segunda-feira seguinte, reuniu-se com seu irmão e com o engenheiro que havia contratado e expôs a ideia. A princípio Carlo achou a ideia arriscada, porém, ao ouvir o discurso entusiasmado de Giaimo acabou concordando. Já o engenheiro chegou à conclusão de que o espaço disponível não seria suficiente, logo, uma das saídas menos penosas seria alugar o galpão vizinho, também de 1.000m² e construir um novo andar no galpão original. Assim foi feito. Após conseguir um financiamento bancário, prosseguiu-se os planos. Foi contratado um engenheiro eletricista para ajudar no desenvolvimento dos novos produtos, novos ferramentais e novos processos. Carlo por sua vez, junto com a equipe de vendas, começou a fazer anúncios aos compradores em potencial sobre a nova linha de produtos que ia ser lançada. Os resultados mostraram-se promissores e iniciaram a produção dos novos produtos. A Marine Eletrodomésticos ficava em galpão que fazia conjunto com outros três, totalizando 4 galpões de 1.000m² cada. Com o aumento gradativo da produção acompanhando o sucesso das vendas, cada vez mais o espaço se tornava mais apertado. O primeiro galpão alugado (Galpão – 04) foi o galpão da direita ao galpão original (Galpão – 03), olhando-se de frente. Com a crescente demanda, decidiram alugar os outros dois galpões restantes (Galpão – 01 e 02), deixando o layout da fábrica de acordo com a figura abaixo: Galpão – 01 01 – Área sem uso. Utilizado como garagem e estoque. 02 – Funilaria 03 – Pintura 04 – Manutenção Galpão – 02 05 – Escritório da Diretoria(Carlo) 06 – Escritório da Diretoria (Giaimo) 07 – Recursos Humanos 08 – Escritório da Engenharia e Controle da Qualidade 09 – Sala de Reunião 10 – Área de Bobinagem 11 – Bobinadeiras 12 – Área dos colaboradores (Vestiário, refeitório e descanso) Galpão – 03 (Galpão Original) 13 – Portaria de Colaboradores e de Recebimento de Materiais 14 – Área não utilizada 15 – Portão de Entrada e Saída de Materiais 16 – Balança 17 – Área do Almoxarifado 18 – Caçambas de Descarte 19 – Área das Prensas e Compressores 20 – Sala de Espera 21 – Sala de Inspeção de Recebimento 22 – Laboratório 23 – Almoxarifado 24 – Área de Segurança do Trabalho 25 – Ferramentaria 26 – Montagem de Estatores e Rotores 27 – Deposito de Madeira e Moinho de Nylon 28 – Sala de Teste do Controle de Qualidade 29 – Recepção 30 – Elevador e Rampa de Acesso ao Estoque Galpão – 04 31 – Escritório de Vendas 32 – Estoque 33 – Setor de Injetoras 34 – Usinagem 35 – Faturamento Primeiro Andar – Galpão 03 36 – Área de Montagem de Exaustores 37 – Área de aguardo de saída 38 – Área de Montagem de Ventiladores 39 – Área de Montagem dos demais eletrodomésticos O layout descrito foi uma adaptação das necessidades e foi surgindo de acordo com o crescimento da empresa sem levar em consideração grandes estudos, principalmente estudo de tempos. No início dos anos 2000, tanto Giaimo quanto Carlo resolveram se aposentar. Começava a segunda geração da família a tomar conta. Marine (que também possui mais 4 irmãos, todos trabalhando na Marine Eletrodomésticos), assumiu o lugar do pai. No lugar de Carlo ficou sua filha mais velha Shirley. Carlo também tinha mais 3 filhos, assim como os filhos do Giaimo, todos trabalhando na Marine Eletrodomésticos. Um dos primeiros estudos que Marine e Shirley fizeram foi que cada vez mais a produção crescia acompanhando as vendas. As projeções eram ótimas e a tendência era cada vez terem problemas com o processo produtivo. Começou a perceber que havia filas de mercadorias, tanto para entrar quanto para sair da empresa, devido às mesmas se movimentarem em um mesmo portão (15). O Setor de Estoque (32) estava sobrecarregado quando o Setor de Funilaria (02) estava superdimensionado. Não havia outro acesso ao primeiro andar além do elevador, todas as mercadorias e colaboradores dependiam do elevador (30), inclusive para ir ao banheiro os colaboradores precisavam usar o elevador. Para descer as mercadorias utiliza-se uma rampa que dá direto ao estoque. Apesar de não haver rampas, o fluxo de produção não é linear, dando inúmeras voltas dentro da fábrica. Por exemplo, para se fabricar o motor de eletrodoméstico, as chapas do estator são levadas do Almoxarifado (23) para serem prensadas no Setor de Prensa (19), levadas para o Setor de Montagem de Estatores e Rotores (26), depois levadas para a Usinagem (34) e após para Bobinagem (10), finalmente culminando no Setor de Montagem (39). A perda de tempo devido às grandes distâncias percorridas tornou-se um dos maiores problemas. Devido a necessidade, o proprietário dos galpões que são alugados (Galpão – 01, 02 e 04) foi consultado para saber se havia a possibilidade de venda deles. Em caso afirmativo, compensaria uma reforma, em caso negativo, compensaria uma mudança. O proprietário percebeu que de qualquer forma acabaria tendo de vender os galpões, visto que não há mais procura de galpões naquela região para alugar, devido ao crescimento imobiliário de edifícios, acabou cedendo à venda. A partir de então, Marine e Shirley tiveram carta branca para reformar e melhorar a automação da empresa. Muitas máquinas eram demasiadamente antigas. Os tornos e prensas eram dos anos 70 e as injetoras dos anos 80. As Bobinadeiras foram fabricadas pela própria empresa e todo o processo de inserir as bobinas nos estatores era manual. Devido à idade das máquinas, a manutenção era constante. Não havia planos de manutenção e a mesma era apenas corretiva. O Setor de Manutenção não parava um minuto sequer, sendo que muitas vezes viravam o dia dentro da empresa e às vezes finais de semana, devido a tantas quebras. O inventário de maquinários da Marine Eletrodomésticos no momento era: - 02 Cabines de Pintura (construídas pela própria empresa) - 12 Bobinadeiras (construídas pela própria empresa) - 09 Prensas de 100t - 01 Prensa de 200t - 03 Compressores - 01 Balança industrial - 01 Elevador (construído pela própria empresa) - 03 Injetoras - 10 Tornos Soma-se a estes equipamentos maiores uma série de outros equipamentos menores, como furadeiras, pequenas prensas manuais e etc. Muitos deles fabricados ou adquiridos na década de 70. Além dos problemas de fluxo e a idade dos equipamentos, soma-se também o problema de demanda. Como os tornos são antigos e pouco automatizados, geralmente o Setor de Usinagem (34) não consegue suprir a demanda. O mesmo acontece com o Setor da Injetoras (33), visto que elas são pequenas e lentas. Hoje o processo produtivo é baseado em 3 linhas, sendo a linha de eletrodomésticos, a linha de ventiladores e a linha de exaustores. O fluxo produtivo da linha de eletrodomésticos funciona da seguinte forma: Primeiro, as matérias primas, tanto nylon quanto os metais chegam pelo portão 15, vão ao setor de Almoxarifado (23) onde são catalogados e separados, enviado para o Setor de Injetoras (33) e os metais são enviados para o Setor de Prensas (19) e Usinagem (34). Após as peças serem usinadas e prensadas, são levadas ao setor de Montagem de Estatores e Rotores (26). Os estatores são enviados à Bobinagem (10) e os rotores levados à Montagem (39). Após o Setor de Bobinagem (10) inserir as bobinas nos estatores, eles são levados ao setor de Montagem (39). No Setor de Montagem (39) também são recebidas outras partes, como por exemplo, as partes plásticas que foram injetadas no Setor de Injeção (33). Também são recebidas as embalagens que vem do Setor de Almoxarifado (23). Após realizar a montagem, os produtos finalizados seguem para o Setor de Estoque (32). O processo produtivo do Setor de Ventiladores (38), segue as mesmas características do processo produtivo de eletrodomésticos, porém, são realizados no setor 38. Já o processo produtivo de exaustores (36) se diferencia pela carenagem externa que é feita na Funilaria (02) e pintada no Setor de Pinturas (03). ATIVIDADE PROPOSTA 1 - Para levar esta empresa para uma nova realidade, a Gestão de Projetos será essencial. Crie um cronograma baseado nas boas práticas da Gestão de Projetos para auxiliar os demais setores no processo de reforma da empresa. Use as fases mínimas obrigatórias para compor o cronograma, sendo elas “Iniciação”, “Planejamento”, “Execução” e “Finalização”. Crie um sistema de “Monitoramento e Controle” em seu cronograma de forma a ser claro saber se o projeto está sendo seguido corretamente ou não. Determine responsáveis e os custos. 2 - Crie uma “EAP – Estrutura Analítica do Projetos” de forma que fique bem claro e visual como o projeto será. 3 - Crie um “Termo de Abertura” e utilize a ferramenta “5W2H” a médio e longo prazo para ajudar a administrar o projeto de reforma da empresa. CONCLUSÃO Ao final do seu trabalho, você deverá realizar individualmente uma conclusão, expressando seu ponto de vista sobre os desafios durante o desenvolvimento do trabalho.
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