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ANAMNESE DA VOZ

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Anamnese da voz 
Anamnese: reminiscência, recordação; 
informação acerca do princípio e evolução 
de uma doença até a 1° observação do 
médico. 
 
- Específica para definir o quadro do 
paciente. Voltada para área de voz, 
para conhecer o quadro do paciente 
que levou a procurar o profissional da 
voz. 
- Abrangente para compreender 
interferências sistêmicas. 
Compreensão do sujeito como todo, se 
faz uso de medicamentos, se há outras 
comorbidades; 
 
AVALIAÇÃO VOCAL - ANAMNESE 
 
- Importante para fechar o diagnóstico 
do paciente. 
- Estar atento aos dados mais simples 
(dados pessoais: é uma criança? 
adolescente? está passando pela 
muda vocal?) 
- Avaliar o modo de comunicação do 
paciente (perceber como ele se 
comunica, se fala alto ou baixo 
(intensidade), a velocidade da fala). 
 
FOCO 
 
- Deficiência na função e estrutura do 
corpo, com pontos fortes e fracos que 
podem repercutir na produção vocal e 
comunicação do paciente. (Pacientes 
com ELA ou outras doenças que 
podem comprometer, de cunho 
neurológico, psicológico) 
- Outras condições de saúde e uso de 
medicamentos que podem afetar a 
produção de voz. (Alguns 
medicamentos ressecam a laringe, 
outros podem impactar o SN, 
hormônios) 
- Limitações do indivíduo em atividades 
e participações, sobretudo nas suas 
relações interpessoais vinculadas à 
comunicação. 
- Fatores que servem como barreiras ou 
facilitadores para a comunicação. 
- O impacto da limitação da 
comunicação na qualidade de vida e 
limitações funcionais em relação ao 
papel social do indivíduo. 
 
ITENS QUE COMPÕEM A ANAMNESE 
 
• Identificação pessoal 
• Queixa e duração 
• História pregressa 
• Fatores de risco 
• Investigação complementar 
• Tratamentos anteriores 
• Motivação para a terapia 
 
 IDENTIFICAÇÃO PESSOAL 
 
- Pessoais - idade, sexo, profissão 
(pessoas que tem a voz como 
instrumento de trabalho), estado civil, 
naturalidade, entre outros. Ex.: Uma 
pessoa pode ter sua voz no uso social 
atendendo as demandas, mas nas 
funções laborais não. 
- Organizacionais - jornada de trabalho 
prolongada, acúmulo de atividades, 
demanda vocal excessiva, ausência de 
intervalos, entre outros. 
- Ambientais - tipo de demanda da voz, 
ruído de fundo, acústica pobre, 
distância interfalantes (entre), 
qualidade do ar, baixa umidade e 
poeira, fatores ergonômicos, estresse 
e equipamento inadequado. 
 
 
 
 
QUEIXA E DURAÇÃO 
 
- Motivo da consulta - o porquê o 
paciente procurou. 
- Representa o principal sintoma da 
disfonia - o que o paciente chega 
reclamando é quase sempre o principal 
sintoma que incomoda o paciente. 
- Pode revelar o grau de conscientização 
sobre a alteração vocal - 
autopercepção do paciente 
 
HISTÓRIA PREGRESSA DA DISFONIA 
 
- Como ocorreu a instalação da 
alteração? - É desde a infância? Foi de 
repente ou com o passar do tempo? 
- Origem do encaminhamento: procura 
pessoal, sugestão de amigos/parente, 
orientação de outro especialista. 
- Impacto da disfonia na comunicação. 
- Saber o que conseguia fazer antes 
com a voz (com grau de consciência e 
autoimagem). 
- Forma de instalação: 
● lenta: lesões crônicas por uso 
inadequado. Ex.: profissionais 
da voz ou pessoas que fazem 
uso intenso da voz e abuso 
vocal. 
● abrupta: psicogênica, trauma 
vocal, paralisia. Ex.: 
fonotrauma, pessoas que 
ficaram entubadas por mais de 
8 dias, desenvolvendo 
granulomas. 
● gradual: neurológico 
progressivo 
- Flutuação de sintomas: disfonias 
comportamentais (buscar os principais 
fatores) 
Ex.: paciente que diz que no final de 
semana a voz está ruim. 
 
SINTOMA VOCAL 
 
- Manifestação da disfonia. 
- Forte associação com a fisiopatologia 
- o que tá acontecendo na fisiologia 
que desencadeou esse sintoma? 
- Tipo de sintoma 
● proprioceptivo 
● auditivo 
 
- Alterações da QV - identificar o 
que mudou na QV habitual do 
paciente. Relação com alteração 
de massa (prega vocal). Ex: 
Nódulo, pólipo. 
 
- Fadiga/esforço vocal - cansaço 
progressivo, esforço para melhorar 
a projeção, piora da voz em 
determinados períodos. Relação 
com fendas glóticas ou DTME 
(disfonia por tensão músculo 
esquelética). 
 
- Presença de ar na voz - ar 
constante, ar no final das frases, ar 
nas emissões agudas. Relação 
com fendas glóticas, DTME ou 
AEM (alteração estrutural mínima) 
Ex: estrias na prega vocal, 
fechando menos. 
 
- Perda de extensão - perda de 
agudos, dificuldade de modulação. 
Relação com inflamação (laringites 
etc), edema, uso excessivo. 
 
- Descontrole f0 - quebras (muito 
comum na muda vocal, falando fino 
depois falando grosso), modulação 
excessiva, voz trêmula. Relação 
com neurológicos, emocionais e 
muda vocal. 
 
- Descontrole na intensidade - perda 
de sonorização, quebras, 
dificuldade de modulação. Relação 
com abuso vocal e neurológicos. 
Ex: uma pessoa que só consegue 
falar forte 
 
- Sensações desagradáveis à emissão - dor 
ao produzir a voz, dor muscular na cintura 
escapular ou face após fala prolongada, 
ardor, queimação, sensação de corpo 
estranho, sensação de bolo na garganta. 
Relação com tensão muscular ou lesão 
posterior. Ex: Refluxos causam lesão 
posterior. Granulomas decorrente da 
intubação também são lesões posteriores. 
 
OUTROS SINTOMAS VOCAIS 
 
- Enfraquecimento ou perda da voz no 
final do dia 
- Sensação de secura na garganta 
- Sensação de fisgada na garganta 
- Variações na voz 
- Tosse seca persistente 
- Diminuição do volume da voz 
- Voz cansada no final de semana 
 
SINAIS DE DRGE 
 
- Azia 
- Aumento do número de deglutições 
- Eructações 
- Dor torácica 
- Sensação de afogamento durante o 
sono 
- Tosse seca durante a noite 
- Queimação retrosternal 
- Asma 
- Faringite 
- Laringite 
- Otite 
- Pneumonia 
- Tosse crônica 
- Rouquidão 
- Pigarro 
- Halitose 
 
SINTOMAS X FISIOPATOLOGIA 
 
- Cansaço ao falar - presença de lesão 
de massa, ICPFA, fenda glótica 
- Voz pior no final de semana - lesão 
decorrente de mau uso, lesão de 
caráter inflamatório 
- Necessidade de pigarrear - DRGE, má 
hidratação, lesão de massa, infecção 
VAS (pacientes que tem muita rinite, 
sinusite) 
- Secura na garganta - fendas glóticas, 
má hidratação 
 
HÁBITOS VOCAIS 
 
Fatores de risco ambientais e 
organizacionais: vão agir diretamente. 
- Exógenos (não depende totalmente do 
uso da voz) 
- Natureza externa 
- Tabagismo, etilismo, ar condicionado 
 
Fatores de risco pessoais 
- Endógeno 
- Comportamental vocal 
- Abuso e/ou mau uso da voz 
 
Fatores de risco vocais 
- Fumo 
- Álcool 
- Drogas 
- Posturas corporais inadequadas 
- Poluição 
- Alimentação inadequada 
- Ar condicionado 
- Hidratação insuficiente 
- Mudanças bruscas de temperatura 
- Vestuário 
- Medicamentos 
 
OBS.: Os medicamentos podem ser: 
• Analgésicos 
• Antibióticos 
• Sprays nasais 
• Antitussígenos 
• Descongestionantes, anti-histamínicos e 
corticosteróides 
• Anti-diarréicos 
• Diuréticos 
• Vitamina C 
• Hormônios 
• Tranquilizantes 
 
Relacionados ao uso da voz: 
• Falar em forte intensidade 
• Falar durante muito tempo 
• Falar agudo/grave demais 
• Falar sussurrando (área de pré-contato) 
• Falar com os dentes travados 
• Falar com esforço 
• Fazer poucas pausas 
• Usar o ar até o final 
• Falar rápido demais 
• Competição de turnos de fala 
• Falar muito tempo sem se hidratar 
• Falar sem descansar 
• Falar muito ao telefone 
• Falar muito ao ar livre 
• Falar muito no carro, ônibus e metrô 
• Pigarrear constantemente 
• Competição sonora 
• Usar muito a voz quando resfriado 
• Cantar fora da extensão vocal 
 
COMPORTAMENTO VOCAL 
 
• Pode ser um traço da personalidade, 
aprendido, imitado e culturalmente 
modelado. 
• Avaliar se existe uma relação do 
fonotrauma com o estilode vida ou 
preferência profissional. 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES 
 
- Cirurgias já realizadas (Ex. cardíaca, 
treóide) 
- Comorbidades 
- Histórico familiar de disfonia 
 
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR 
 
- Alergias 
- Transtornos faríngeos 
- Transtornos bucais 
- Transtornos nasais 
- Transtornos otológicos 
- Transtornos pulmonares 
- Transtornos do aparelho digestivo 
- Transtornos hormonais 
- Transtornos neurovegetativos 
 
TRATAMENTOS ANTERIORES 
 
- Resultados de tratamentos já 
efetuados para a disfonia 
(fonoaudiológico, medicamentoso ou 
cirúrgico) 
- Compreender a linha de trabalho e a 
adesão do paciente.

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