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Hérnias em Animais

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HérniasHérnias
Leptospira - 84
Definição
Protrusão/projeção de um órgão (ou parte dele) por um
defeito na parede da cavidade anatômica na qual está contido
Composição
Anel: é o próprio defeito limitante.
Saco herniário: tecido que recobre o conteúdo herniário.
Conteúdo (simples/múltiplo): órgãos, estruturas e tecidos
em localização ectópica.
Classificação
Verdadeiras: contém anel, saco e conteúdo.
Falsas: defeito estrutural com conteúdo, porém, sem a
presença de todos os elementos de uma hérnia verdadeira.
Ruptura diafragmática traumática
Incisional (secundária à celiotomia mediana)
Localização
Abdominal -> umbilical
Inguinal
Escrotal
Perineal
Diafragmática
Congênitas: decorrentes de defeito presente ao nascimento,
embora a herniação possa ocorrer posteriormente.
Adquiridas: decorrentes de traumatismos (acidentes,
cirurgias) ou degeneração (perineal).
Redutíveis: o conteúdo pode ser reduzido, por manipulação,
ao interior da cavidade.
Encarceradas: ocorrência de aderências entre o conteúdo e o
tecido circunjacente.
Estranguladas: encarceramento de víscera oca, podendo ser
seguido por sinais de obstrução intestinal ou urinária
(urgência!). 
Espécie
Sexo
Idade
Raça
Região anatômica fraca
 Aumento da pressão intra-abdominal
Fatores predisponentes
Tumefação
Dor à palpação (a depender do quadro e de sua gravidade)
Uremia
Toxemia
Febre
Dispneia
Distúrbios gastrintestinais
Distocia (a depender do quadro e de sua gravidade)
Sinais clínicos e alterações
Histórico e anamnese
Exame físico: inspeção, palpação e auscultação
Exames complementares: imagem (radiografia e
ultrassonografia) e laboratoriais (hemograma e bioquímica
sérica)
Diagnóstico
Herniorrafia / hernioplastia
Objetivos:
Retorno do conteúdo viável para sua localização
normal.
Reconstrução do defeito na parede da cavidade. 
Tratamento
Jejum hídrico e alimentar
Correção dos desequilíbrios hidroeletrolíticos e acidobásicos
Terapias antimicrobiana, anti-inflamatória e analgésica
Monitoramento
Curativos / bandagens
Colar protetor / roupa cirúrgica
Terapias antimicrobiana, anti-inflamatória e analgésica
Cuidados pré-operatórios gerais
Hérnia Umbilical
Hérnia Inguinal
HérniasHérnias
Leptospira - 84
ETIOPATOGENIA
Resulta da fusão incompleta das pregas laterais do músculo
reto abdominal e de sua fáscia na região do umbigo.
Hérnia mais comum em pequenos animais.
Pode ser desencadeada por aumento da pressão abdominal
Obesidade, prenhez, traumatismo.
Raças: Terriers, Basenji, Pequinês, Pointer, Weimaraner
SINAIS CLÍNICOS
Massa arredondada e macia na região umbilical
Ligamento falciforme, gordura, omento, vísceras
Podem ocorrer vômitos e anorexia 
Se apresentar dor, massa firme e irredutível
Encarceramento do intestino delgado -> obstrução
DIAGNÓSTICO
Histórico e anamnese
Exame físico: inspeção, palpação e auscultação
Exames complementares: imagem (radiografia e
ultrassonografia)
Diferencial: onfalite/onfaloflebite
TRATAMENTO
Herniorrafia
Incisão cutânea sobre a hérnia (conteúdo redutível) ou
em elipse (conteúdo não redutível)
Divulsão e identificação do anel herniário
Redução aberta ou fechada do conteúdo 
Aberta -> ressecção do saco herniário + síntese
Fechamento do anel herniário
Aproximação do subcutâneo e síntese da pele (excesso
-> ressecção)
Tratamento conservador
Somente em hérnias pequenas, em animais com até 6
meses de idade, pois pode ocorrer resolução
espontânea
ETIOPATOGENIA
Resulta de defeito no anel inguinal com protrusão de
conteúdo abdominal -> omento, tecido adiposo, útero,
intestino delgado, cólon, bexiga e baço.
Mais comum em cadelas não castradas de meia-idade.
Raças: Terriers, Pequinês, Basenji, Chihuahua, Sharpei,
Spitz, Maltês, Teckel, Poodle, Basset Hound, Cavalier,
Cocker
Rara em gatos
SINAIS CLÍNICOS
Massa unilateral (mais comum no lado esquerdo) ou
bilateral, com consistência macia e pastosa, indolor
Se houver dores abdominais, vômitos e apatia
Encarceramento do intestino delgado -> obstrução
DIAGNÓSTICO
Histórico e anamnese
Exame físico: inspeção, palpação e auscultação
Exames complementares: imagem (radiografia e
ultrassonografia) 
Diferencial:
Cistos, hematomas, abcessos
Lipomas, tumores mamários
Aumento de volume de linfonodos
Hérnias escrotais
TRATAMENTO
Herniorrafia
Fêmeas:
Incisão cutânea na linha média* ou sobre a
hérnia
Divulsão e localização do saco herniário
Reintrodução aberta ou fechada do conteúdo
Aberta -> ressecção do saco herniário +
síntese
Síntese -> anel inguinal ( ), subcutâneo e
pele
*Celiotomia mediana, OSH e celiorrafia
Machos caninos:
Incisão cutânea sobre a hérnia ou paralela à
ela
Divulsão e localização do saco herniário
Reintrodução aberta ou fechada do conteúdo
Aberta -> ressecção do saco herniário +
síntese
Síntese -> anel inguinal ( ), subcutâneo e
pele 
Orquiectomia 
COMPLICAÇÕES
Seromas e hematomas
Tumefação e sensibilidade
Infecção
Drenos e bandagens compressivas -> prevenção
de seromas.
Hérnia Escrotal
Hérnia Perineal
HérniasHérnias Leptospira - 84
ETIOPATOGENIA
Resulta de defeito no anel inguinal com projeção do
conteúdo abdominal pelo processo vaginal conjuntamente
com as estruturas do cordão espermático.
Conteúdo: tecido adiposo, omento e intestino.
Frequentemente unilateral e irredutívelr
SINAIS CLÍNICOS
Aumento de volume no escroto 
Dor
 Avaliar testículos
Neoplasias são comuns
DIAGNÓSTICO
Histórico e anamnese
Exame físico: inspeção e palpação
Exames complementares: imagem (radiografia
e ultrassonografia)
Diferencial: orquite e neoplasias
TRATAMENTO
Herniorrafia
Incisão cutânea sobre o ou paralela ao anel inguinal
Divulsão e localização do saco herniário
Reintrodução aberta ou fechada do conteúdo
Aberta -> ressecção do saco herniário + síntese
Orquiectomia
Fechamento parcial do anel inguinal
Síntese do subcutâneo e da pele 
ETIOPATOGENIA
Resulta da incapacidade do diafragma pélvico (músculos e
fáscias) em suportar a parede retal, que se distende e
desvia.
Associada ao aumento da pressão intrapélvica.
Conteúdo: tecido adiposo, líquido, bexiga, cisto
prostático, intestino (reto)
Deterioração da função de sustentação do diafragma
pélvico (+ resistente em fêmeas):
Atrofia senil
Miopatias -> distúrbios degenerativos primários que
podem estar associadas a endocrinopatias e
neoplasias
Comum em cães machos não castrados
Rara em cadelas, gatas e gatos
Faixa etária média - a partir dos 7 anos
Raças: Terriers, Boxer, Collie, Pastor Alemão, Pequinês, Teckel
Frequentemente unilaterais (60%) -> lado direito mais afetado 
COMPLICAÇÕES
Dermatite escrotal, seromas, hematomas
LOCALIZAÇÃO
Caudal: entre m. elevador do ânus, esfíncter anal externo
e obturador interno (associada à elevada atrofia e/ou
ausência do elevador do ânus). Tipo mais comum
Ventral: entre m. isquiouretral, bulbocavernoso e
isquiocavernoso
Dorsal: entre m. elevador do ânus e coccígeo. Incomum
Isquiática: entre m. coccígeo e ligamento sacrotuberoso. 
FATORES PREDISPONENTES
Alterações anatômicas do reto
Inflamações anais e perianais
Anomalias prostáticas
Retenção prolongada de urina e fezes
Posição bipedal em cães adestrados
SINAIS CLÍNICOS
Tumefação perineal (ventrolateral é mais comum)
Constipação / disquesia
Tenesmo
Estrangúria / iscúria -> uremia
Ulceração de pele no local
Incontinência fecal e urinária
DIAGNÓSTICO
Histórico e anamnese
Exame físico: inspeção e palpação
Exames complementares: imagem (radiografia e USG) e
laboratoriais (hemograma e bioquímica sérica
TRATAMENTO
Herniorrafia
Anestesia / posicionamento / bolsa de fumo
Incisão semicircular da pele, lateral ao ânus
Incisão da fáscia perineal
Inspeção e avaliação do conteúdo -> redução*
Correção do defeito (diversas técnicas)
Síntese da pele
CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS
Dieta pastosa, catárticos -> emolientes/lubrificantes
(óleos); formadores de massa (fibras)
Evitar contaminação da ferida cirúrgica
COMPLICAÇÕES
Infecção da ferida cirúrgica, Incontinência fecal, Tenesmo,
Prolapso retal, Disfunção urinária, Paralisia do nervo ciático
Hérnia Diafragmática
HérniasHérnias
Leptospira - 84
ETIOPATOGENIA
Caracterizadapela protrusão de vísceras abdominais
para a cavidade torácica por um defeito diafragmático
congênito (raro -> 5-10% dos casos) ou adquirido
(ruptura traumática)
Congênitas -> peritoneopericárdica, pleuroperitoneal
(menos frequente) e hiatal
Conteúdo: fígado*; estômago; baço; pâncreas; omento;
intestino delgado; cólon; ceco e útero. 
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA PERITONEOPERICÁRDICA 
Comunicação entre abdome e saco pericárdico
decorrente de falha no desenvolvimento do septo
transverso (origina a porção ventral do diafragma)
Pode ser associada a anomalias cardíacas ou do esterno,
hérnia umbilical, criptorquidismo, rim policístico (gatos)
Conteúdo: fígado, vesícula biliar, ligamento falciforme,
omento, baço, estômago, intestino delgado, pâncreas e
cólon
Raças: gatos mestiços de pelo longo, Himalaia e Persa;
cães Weimaraner, Cocker Spaniel e Shih Tzu. 
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA PLEUROPERITONEAL
Resulta da falência de fusão da membrana
pleuroperitoneal afetando a porção dorsolateral do
diafragma
Defeito subtotal do diafragma sem comunicação direta
entre cavidades pleural e peritoneal -> pleura parietal
intacta (saco herniário)
Tratamento cirúrgico
Animais sintomáticos jovens -> regurgitação e
vômito (não responsivos à terapia clínica)
1. Redução do hiato
2. Esofagopexia
3. Gastropexia 
HÉRNIA HIATAL
Defeito no diafragma (região do hiato) que permite
movimentação do esôfago distal e da região fúndica do
estômago para a cavidade torácica
Defeitos maiores -> protrusão de outras estruturas
abdominais
Tipos: deslizante/axial, paraesofágica e combinação de
ambas
Acomete cães (Sharpei e Bulldogue Inglês) e gatos.
SINAIS CLÍNICOS
Dispneia / taquipneia / cianose
Intolerância a exercícios
Dificuldade em permanecer deitado
Tendência a permanecer em posição ortopneica
Depressão
Choque
Disfagia
Vômito
Constipação / diarreia
Anorexia / perda de peso
Sinais de encefalopatia hepática 
DIAGNÓSTICO
Histórico e anamnese
Exame físico: inspeção (mucosas), palpação (abdominal) e
auscultação
Exames complementares: imagem (radiografia,
ultrassonografia e tomografia*) e laboratoriais
(hemograma e bioquímica sérica)
Diferencial: efusão pleural, pneumotórax, pneumonia.
CUIDADOS PRÉ OPERATÓRIOS
Cateterização intravenosa / fluidoterapia
Oxigenação
Monitoração cardiorrespiratória
Aquecimento
Pneumotórax -> toracocentese
Terapia analgésica
TRATAMENTO
Herniorrafia
Acessos*:
Celiotomia mediana
Celiotomia + esternotomia medianas
Toracotomia intercostal (9º EIC) -> menos
usado
*Escolha depende da localização e presença
de aderências
Anestesia / ventilação controlada
Localização do defeito no diafragma, inspeção e
reposicionamento das vísceras
Correção do defeito diafragmático
Dreno -> se houver persistência de pneumotórax ou
efusão

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