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2ª Aula 24/02/2021 Hérnia perineal. A hérnia perineal é o resultado da fraqueza e separação do músculo e fáscias que constituem o diafragma pélvico (m. elevador do ânus, m. coccígeos, m. glúteo superficial, m. obturador interno, esfíncter anal externo e ligamento sacrotuberal.) · A etiologia é desconhecida. · Ocorre comumente em o cão macho não castrados · 7 a 9 anos de idade. · Unilateral ou bilateral. Diafragma pélvico Epidemiologia e Fisiopatogenia Aproximadamente 97% dos casos ocorrem no cão macho e, destes, 95% no macho inteiro (Mann at al., 1995) Frágeis inserções do músculo elevador do ânus no macho correlacionado a pressão traumatizante que a próstata, quando hipertrofiada, exerce contra os músculos do diafragma pélvico. Faixa etária de risco elevado entre os 6 e os 14 anos, com uma incidência máxima entre os 7 e os 9 anos de idade. Predisposição genética: fraqueza dos m. elevador do ânus e dos m. coccígeos, sendo que Boston Terrier, Collie, Weish Terrier, pequinês, Dachshunds e Pastor Alemão, são raças mais predispostas (Bellenger,1990. Robertson, 1994. Sjollema e van Sluijs, 1991; Washabaou e Brockman, 1995). Alterações hormonais: aumentarem a testosterona livre no sangue, conduzem a uma hipertrofia prostática, tornando a defecação difícil e dolorosa ( Mann, 1989; Nebauer, 1991 Mann 1992, 1993; Sjolema et al, 1993, Mann 1995) No gato este fator parece ser irrelevante (Wetches et al. 1992). Patologias prostáticas: prostaties, cistos prostáticos e paraprostáticos, hipertrofia prostática benigna e tumores. Ainda, Cistite; Obstrução do trato urinário. Patologias intestinai: obstipação crônica, tumores anais, retopatias intercorrentes, desvio ou dilatação retal, saculite anal e diverticulites. Obs.: Pode estar associado com caudectomia muito curta. Epidemiologia Sinais clínicos Os sintomas/sinais mais comuns, observados em cerca de 90% a 95% dos cães afetados (Man, 1993). · Tenesmo; · Disquesia; · Inchaço em posição ventrolateral relativamente ao ânus, por vezes redutível, e obstipação crônica. · Vômitos; · Flatulência; · Incontinência fecal; · Hematúria. · Retroflexão a bexiga urinária ocorre em aproximadamente 20% dos casos. · Outros conteúdos intra-abdominais encontrados dentro do saco herniário incluem jejuno, cólon e próstata. · Disquesia. · Hematúria (encarceramento vesical dou HPB) Exame físico · Palpação – Redutível ou não · Palpação retal (diferenciar do divertículo e palpar próstata) Diagnóstico por imagem Exames Laboratoriais · Hemograma; · Função renal; · Função Hepatica; · Análise da Urina (Borjrab e Toomey, 1981). Os animais que sofrem de retroflexão da bexiga apresentam azotemia, hipercalemia, hiperfosfatemia e leucocitose neutrofilica com desvio á esquerda (Fossum, 1997). Diagnóstico diferencial · Neoplasia perineal; · Doença do saco anal/abscesso. · Hiperplasia das glândulas perineais; · Atresia anal; · Tumores vaginais; · No caso de existir disquesia, deve descartar: · corpo estranho no reto · fístula perianal. TOMADA DE DECISÃO - TRATAMENTO Preparo pré-operatório se possível; · Lavagem · Laxativos – cuidado!!! Técnicas cirúrgicas · Tradicional – Reposicionamento anatômico + sutura (unilateral). · Hemiorrafia com transposição do musculo obturador interno (uni ou bilateral). · Trasposição do músculo semitendinoso (Chambers e Rawlings, 1991; Philibert e Fowler, 1996) – (uni ou bilateral). · Transposição do músculo glúteo superficial (Bellerger e Canfield, 1993) (uni ou bilateral). · Membrana biólogica (uni ou bilateral); · Uso de ela (uni ou bilateral) *****??? Diafragma Pélvico Tratamento · Sempre aplicar bolsa de fumo na região anal. Identificação anatômica Sutura Aspecto final Transposição do Musculo obturador interno Técnicas adjuntas Colopexia Costuma fazer com hérnias recidivas Complicações cirúrgicas · Complicações de anestesia · Hemorragia · Lesão visceral · Hérnia estrangulada · Contaminação grosseira no local da cirurgia · Incapacidade de fechar a parede abdominal sem tensão · Perda de domínio · Baixa resistência do tecido Complicações pós-operatórias iniciais · Seroma · Hematoma · Dermatite · Infecção · Deiscência e evisceração da ferida · Dor · Complicações pós-operatorias tardias · Seio da pele · Recidiva de hérnia Ruptura diafragmática · A mais comum é a causa traumática entre os cães e gatos. · Representa 77 a 85% das herniações dos órgãos abdominais para a cavidade torácica; · Maior risco em machos de 1 a 3 anos de idade; · Causa principal: Trauma (atropelamento, chutes, quedas e brigas); · Devemos considerar: Fraturas de costelas, contusões pulmonares, (hematórax, pneumotórax), e contusões miocárdicas; · Aproximadamente 2% dos cães com fraturas de ossos longos têm um RD concominante. · Um ou mais lóbulos do fígado são mais comumente deslocada, sendo encontrada na cavidade torácica em aproximadamente 88% dos pacientes com DR. · Outros órgãos que podem deslocar para a cavidade torácica após RD, em ordem decrescente aproximada de frequência, inclui o intestino delgado, estômago, baço, omento, pâncreas, cólon, ceco e útero. Sinais Clinicos · Dispineia/taquipneia – Cianose · Taquicardia · O timpanismo pode ser audível na ausculta torácica, especialmente onde há timpania gástrica intratorácica. · Palpação abdominal Diagnóstico diferencial · Efusão pleural · Pneumotorax · Pneumonia · Derrame pleural Diagnostico de Radiologia Conduta Clinica · Oxigenioterapia · acesso venoso Cirurgia · É a única forma de resolução definitiva · acesso abdominal – linha média ventral (celiotomia) · acesso torácico – toracotomia intercostal (deve-se ter certeza qual o hemitórax está acometido). Obs.: o tratamento cirúrgico torna-se cirúrgico torna-se mais complicado quando a intervenção ocorre nos primeiras 24 horas ou após 1 ano (aderências, fibrosas e retração do tecido). Posicionamento Posição trendenlenburg reverso. RD - Intraoperatório Teste do borracheiro Técnica cirúrgica Consequencias da Hérnia Diafragmatica · Dor· Hipoventilação; · Desiquilibrio; · Ventilação; · Perfusão e · Hipóxia · Fatores mecânicos e contusões · Compressão dos lobos pulmonares pelos órgãos herniados. · Fluido do ar na cavidade pleural. Insuficiencia de múltiplos órgãos Hipoxia Tissularar Redução na perfusão tecidual choque Complicações · Pneumonia/Hemotorax/Piotorax · Edema pulmonar – Atelectasia · Pneumonia Eventração Trata-se da protrusão das estruturas cavitárias (epíplon e segmento intestinal) através da parede abdominal dilacerada por trauma, ou no pós-cirúrgico de laparotomias/celiotomia. Não transpõe a pele para o meio externo, e as estruturas não estão envoltas por saco peritoneal. Etiologia: · Fatores do tipo: agudo ou crônico; · Falha na técnica cirúrgica (celiorrafia); · Deiscência de pontos da musculatura. Diagnóstico · Sinais Clínicos: · Aumento da temperatura local (sinais da inflamação-agudo); · Sennsibilidade local; · Cólicas abdominais (obstrução); · Aptia Imagem: · Rx Simples · Rx Constratado · Ultrassom Evisceração È a transposição das vísceras da cavidade abdominal para o meio externo, devido à ruptura da musculatura e também uma falha na continuidade da pele, e sem saco peritoneal. Etiologia; · Falha na técnica cirúrgica (celiorrafia); · Deiscencia de pontos da musculatura. Sinais Clinicos. · Visualização direta de alças intestinais ou estruturas cavitárias · Dor local; · Equimose; · Edema; · Desidratação; · Dilaceração da alça; · Peritonite. Tratamento · Tranquilização + Analgésico opióides; · COLETA DE MATERIAL PARA CULTURA E ANTIBIOGRAMA · Limpeza das estruturas evisceradas; · Hidratação IV; · Laparorrafia/celiorrafia/ “RESSECÇÃO”. · Lavagem da cavidade abdominal com soro fisiológico ou RL. · Antibiótico terapia; · Anti-inflamatório
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