ESTAGIO 3- Projeto Final

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CENTRO UNIVERSITARIO MAURICIO DE NASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
EDSON CORDEIRO CARVALHO 
 
 
 
 
SOLDAGEM EM PEAD 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR 
2021 
 
 
 
 
 
 
EDSON CORDEIRO CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOLDAGEM EM PEAD 
CENTRO UNIVERSITARIO MAURICIO DE NASSAU 
 
 
 
Relatório apresentado ao Curso de Graduação 
de Engenharia Civil do CENTRO 
UNIVERSITARIO MAURICIO DE NASSAU do 
estado da Bahia, como requisito para obtenção 
de nota da disciplina Estágio Supervisionado 
III, sob orientação do Professor Fabio Leonardo 
Freitas e Souza. 
 
 
 
SALVADOR-BA 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.0 INTRODUÇÃO 4 
2.0 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 5 
2.1 Soldagem de Termoplástico 6 
2.2 Preparação 7 
2.3 Aquecimento 7 
2.4 Solda 8 
2.5 Resfriamento 8 
2.7 O Resultado da Termofusão 9 
3.0 CONCLUSÃO 10 
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Não é de hoje que o abastecimento de água é uma questão que tem 
merecido a atenção dos órgãos públicos. Para se ter uma ideia local da evolução do 
tema e das proporções que ele pode ter na vida de milhares de pessoas, e em 11 de 
maio de 1971, a Lei Estadual número 2.929 criou a Empresa Baiana de Águas e 
Saneamento S.A. – Embasa. A Empresa nasceu quando aconteceram as primeiras 
iniciativas em saneamento básico no país. 
O Plano Nacional de Saneamento (Planasa), primeira iniciativa federal no 
sentido de instalar serviços de água e esgoto em cidades que experimentavam 
franco crescimento no Brasil, previa a implantação de um organismo em cada 
estado que centralizasse as ações no setor de saneamento. Por tanto, o estágio 
ocorreu em uma etapa da obra de ampliação de rede de adutora e distribuição de 
água do município de Lauro de Freitas-BA. A obra teve início em 2010, coma 
execução de dois reservatórios com capacidade de 8000L e mais de 17km de rede 
na cidade e que ficou algumas pendencias devidos a interferências existentes como 
galerias de drenagens, manilhas de esgoto, cabeamento de fibra ótica e rede de 
gás, ficando então pontos interrompidos. Esse que iremos abordar foi uma travessia 
em PEAD no diâmetro DN600, que houve a necessidade da execução do furo 
direcional no método não destrutivo com uma extensão de 60m de comprimento. 
Ficando pendente a soldagem dos colarinhos e contra flanges, peças fundamentais 
para o entroncamento com o tubo k7 fofo. 
 O presente estágio consiste nesse acompanhamento e preparativo para 
uma boa soldagem e posterior entroncamento na rede de 600 fofo. 
 
 
 
 
 
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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
Essa é uma obra da Embasa que se iniciou em 2014, entretanto, não fora 
finalizada. Diante disso, no ano de 2020 foi contratada empresa terceirizada para 
finalizar algumas pendências, dentre elas a soldagem em termo fusão de PEAD. 
O PEAD é uma espécie de polietileno, que por sua vez é um tipo de 
polímero. O polímero é uma macromolécula composta por muitas dezenas ou 
centenas de milhares de unidades de repetição denominadas meros, ligadas por 
ligação covalente. Os polímeros são obtidos por meio da reação de polimerização 
dos monômeros, isto é, uma molécula com uma (mono) unidade de repetição. 
(Mesquita, 2010) 
O tipo de solda utilizado durante a supracitada execução foi o Termofusor-
Topo, onde as peças exigem uns equipamento de soldagem constituído, 
basicamente, de: Estrutura Basica, Unidade de Comando e um Faceador. 
Na estrutura básica as peças são presas horizontalmente por abraçadeiras, 
e que através de uma unidade de forca (mecânica, hidráulica ou pneumática) 
movimenta as abraçadeiras no sentido de afastar os tubos ou pressioná-los topo a 
topo. Geralmente um jogo de abraçadeiras é fixo e o outro móvel (duas de cada 
lado), tem-se que seu funcionamento é semelhante a uma prensa horizontal. E na 
unidade de força ou de comando será com um acionamento hidráulico ou 
pneumático consistirá de bomba hidráulica para acionamento dos pistões que 
movimentam as abraçadeiras e o faceador que é basicamente uma plaina rotativa 
de acionamento elétrico, cuja função é facear a ponta do tubo que será soldada, 
tornando-as perfeitamente paralela para garanti o pleno contato e distribuição igual 
da força da solda. 
 
 
 
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 A figura 01 mostra os equipamentos utilizados durante a solda: 
 
Figura 01 – Estrutura Básica, Unidade de Comando e Faceador, respectivamente. 
 
Fonte: Arquivo Pessoal (2021) 
 
2.1. Soldagem de Termoplástico 
O processo de união de termoplásticos envolve o aquecimento do polímero 
até o estado viscoso permitindo que as cadeias poliméricas possam se inter 
difundirem, havendo necessidade de aplicação de pressão, peça essa chamada de 
placa de aquecimento que é o elemento térmico que leva os matérias a fusão, que 
tem as superfícies em contato com os tubos revestida com material anti-aderente 
normalmente revestido com politetrafluoroetileno, coloquialmente chamado de 
Teflon. consoante figura 02: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 02 – Placa de Aquecimento, Pré-aquecimento e Cordão de Solda, 
 respectivamente. 
 
Fonte: Arquivo Pessoal (2021) 
 
Esse tipo de solda requer o máximo de atenção do profissional, desde a 
limpeza das peças ao tempo de resfriamento, para que não ocorra nenhum tipo de 
problema futuro, como por exemplo, um vazamento. 
 
2.2. Preparação 
A preparação é de extrema importância para uma perfeita soldagem, 
devendo ter atenção no momento do alinhamento dos tubos, na limpeza das 
superfícies da solda, bem como, no faceamento das extremidades de solda. A 
preparação busca assegurar um perfeito paralelismo das partes, remoção de 
possível camada e medição da pressão de arraste. 
 
 
2.3. Aquecimento 
 
O aquecimento subdivide-se em 2 fases, sendo elas: 
• O pré-aquecimento objetiva, primordialmente, assegurar que as 
superfícies de solda estejam totalmente em contato com a placa de 
aquecimento, e de pressão elevada; 
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• O aquecimento se processa a baixas pressões, praticamente zero, e 
por tempo correlacionado com a superfície de solda, para que o 
material atinja a temperatura de fusão apropriada. 
 
2.4. Solda 
 
A solda consiste na compressão das superfícies de solda fundidas, para que 
ocorra a penetração e a interligação molecular das duas partes. A pressão de solda 
deve ser mantida até que a temperatura caia abaixo da temperatura de fusão do 
material. 
 
 
2.5. Resfriamento 
 
 Nessa fase, as peças são unidas, promovendo a interação da massa 
fundida da peça com a do tubo, mantendo o conjunto imóvel até que ocorra o 
resfriamento (DANIELETTO, 2014). 
Que pode ser subdividido em 3 fases: 
• Resfriamento durante a solda, com pressão elevada; 
• Resfriamento após a solda. Alguns procedimentos, como a DVS 
2207, recomendam manter a pressão de solda ainda nesta fase, 
outros recomendam zerar a pressão, mas sempre mantendo o 
conjunto imóvel até o fim do ciclo de cristalização do material (<110°C 
para PE e <150°C para PP); 
• Resfriamento para aplicar carga e pressão. Pode ser executado já 
com as partes soldadas fora da máquina de solda, e já podem ser 
movimentadas, entretanto, somente deve ser aplicada pressão após a 
superfície de solda atingir a temperatura ambiente. 
 
 
 
 
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2.7 O Resultado da Termofusão 
 
Um bom resultado elevara sua vida útil a mais de 50 anos, seguindo todo 
cuidado, também, com as intempéries,como: sol, chuva, lençol freático e demais. 
Para assegurar a qualidade da água transportada pelos tubos de polietileno 
no passar dos anos, vários experimentos foram realizados com o objetivo de simular 
o funcionamento de tubulações em longo prazo, de 50 anos da vida útil da tubulação 
até mais de 100 anos de uso. Estes experimentos aceleram as condições de 
funcionamento observadas em laboratório, inclusive a exposição continua de vazão 
de água clorada, e através dele é possível prever o comportamento da tubulação até 
o final da vida útil, antes mesmo de enterra-la (Oliphant; Conrad; Chung, 2011). 
 À medida que a junta esfria, as moléculas retornam à sua forma 
original, as interfaces originais desapareceram e os dois tubos se tornaram um tubo 
monolítico. Na imagem 04, mostra esse procedimento sendo feito. 
 
Figura 04 – Operário manuseando a estrutura básica. 
 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2021 
 
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3. CONCLUSÃO 
 
Além do estágio ter me proporcionado crescimento profissional e pessoal de 
trabalhar em equipe, com boa comunicação e clareza levam um maior 
conhecimento, com maior intensidade, satisfação e vontade de aprendizado. 
Concluir a graduação com um conhecimento tão abrangente em 
saneamento prepara o estudante para o mercado de trabalho, estende seus 
desafios e o leva às conquistas. 
O estágio comprovou minha satisfação em trabalhar nessa área de 
saneamento analises de desenhos e mapas da cidade com auxílio de perfis 
topográficos e desenhos do AutoCAD. A cada dia um aprendizado novo, com a 
mente aberta sempre terá algo novo a se aprender. 
A maior dificuldade está no crescimento urbano desordenado e sem redes 
de saneamento, pois a execução posterior gera muito desgaste com a população e 
as interferências encontradas. 
Obra foi entregue e já atende toda a população de Lauro de Freitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ASM TREINAMENTOS. Formação em Soldagem de PEAD . Disponível em: 
https://asmtreinamentos.com.br/downloads/apsotila_pead.pdf >. Acesso em: 20 Out. 
2021. 
 
EMBASA. Empresa Baiana de Água e Saneamento s.a. Disponível em: 
https://www.embasa.ba.gov.br/>. Acesso em: 22 Out. 2021. 
 
Coutinho F.M. B, Mello I.L, Santa Maria L.C, - “Artigo de divulgação: Polietileno: 
Principais tipos, propriedades e aplicações”, UERJ, 2003. 
 
Danieletto J.R.B., “Manuais de tubulações de polietileno e polipropileno”, Ed. 
Linha aberta, 2014. 
 
HORLACHER, H.B. – Transient Behavior of HDPE Pipes due to Pressure 
Fluctuations. Technical University of Dresden, Dresden, 1998. 
 
MANUAL TÉCNICO DO POLIETILENO - Grupo BRASTUBO. <http://www.fusao- 
pead.com.br/resources/Inf.%20sobre%20tubos%20de%20polietileno.pdf>. Acesso 
em: 20 de Nov. 2021 
 
MESQUITA, B. I. O. A. Modificação das propriedades do polietileno de alta 
densidade por diferentes condições de extrusão. Dissertação de Mestrado, 
EPUSP, São Paulo, 2010. 
 
NBR 15802, Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e 
transporte de esgoto sob pressão – Requisitos para projetos em tubulação de 
12 
 
 
 
 
 
polietileno PE 80 e PE 100 de diâmetro externo nominal entre 63 mm e 1600 mm, 
2010. 
 
NBR 15803, Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e 
transporte de esgoto sob pressão – Requisitos para conexões de compressão 
para junta mecânica, tê de serviço e tê de ligação para tubulação de polietileno de 
diâmetro externo nominal entre 20 mm e 160 mm, 2012. 
 
OLIPHANT, K., Ph.D., M. Conrad, Ph.D., S. Chung, M. S. Polyethylene (PE) Pipe 
Performance in Potable Water Distribution Systems Past, Present and Future. JANA 
Reports. Aurora, Canadá, 2011. 
 
PEVEDUTO. Soldagem-Eletrofusao-ou-Termofusao. Disponível em: 
http://peveduto.com.br/ Acesso em: 22 Out. 2021. 
 
Saneamento S. N, - Plano Nacional de Saneamento Básico. Ministério do 
Desenvolvimento regional, 2019. 
 
 
http://peveduto.com.br/