Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Patologias do Sistema Reprodutor Masculino Mellanie f. dutra Patologias que veremos Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Câncer de Próstata Neoplasia peniana Neoplasias Testiculares Vamos de revisão de anatomia, histologia e patologia em tempo recorde? Diga lá, turma! Bora revisar! Atividade de Preparação Atividade de Preparação Túnica Albugínea (envolve corpos cavernoso e esponjoso) Tecido conjuntivo denso (vasos dorsais) Corpos cavernosos do pênis (artérias cavernosas em cortes transversais) Corpo esponjoso do pênis, contém a uretra (uretra esponjosa) Tecido Erétil Basicamente composto por tecido conjuntivo e células musculares lisas. Este tecido envolve espaços ou lacunas de vasos sanguíneos dilatados revestidos por epitélio plano (endotélio). PÊNIS https://medicina.ucpel.edu.br/atlas/sistemas/reprodutor-masculino/ Atividade de Preparação Porção Prostática epitélio de transição Porção Membranosa epitélio pseudo-estratificado colunar Porção Cavernosa epitélio pseudo-estratificado colunar com áreas de epitélio estratificado pavimentoso URETRA https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2017/07/Sistema-Urin%C3%A1rio-histo-2_final_corrigido.pdf Atividade de Preparação Por testículo, há 600 a 1.200 túbulos seminíferos. Eles possuem um epitélio especial, o epitélio germinativo (ou seminífero), com as células germinativas e as células de Sertoli. Ao redor túnica própria (membrana basal + colágeno tipo I + céls mióides peritubulares) Tecido intersticial + céls. Leydig (testosterona) TESTÍCULOS https://www.ufrgs.br/atlasbiocel/pdfs/12Repr.pdf Atividade de Preparação Os túbulos seminíferos terminam nos túbulos retos, que, são constituídos inicialmente por células de Sertoli e posteriormente por epitélio simples pavimentoso ou cúbico. O segmento de células de Sertoli evita o refluxo do fluido testicular. Os túbulos retos abrem-se na rede testicular (ou rete testis), localizada no mediastino testicular. É revestida por epitélio simples pavimentoso ou cúbico. TESTÍCULOS https://www.ufrgs.br/atlasbiocel/pdfs/12Repr.pdf Atividade de Preparação Os canais da rede testicular fazem comunicação com 12 a 20 dúctulos eferentes. São de epitélio pseudoestratificado colunar. As células colunares possuem cílios, mas há células cúbicas com estereocílios, que absorvem a maior parte do fluido testicular. Os cílios e as contrações da musculatura lisa permitem o transporte dos espermatozoides para os epidídimos TESTÍCULOS https://www.ufrgs.br/atlasbiocel/pdfs/12Repr.pdf Atividade de Preparação O epidídimo é dividido em três regiões: cabeça, corpo e cauda Maturação dos espermatozoides e torna-os móveis e preparados para a fertilização. O epitélio é pseudoestratificado colunar com estereocílios, o que aumenta a superfície absortiva: ocorre a absorção do resto do fluido testicular, da gota citoplasmática e de espermatozoides degenerados. TESTÍCULOS https://www.ufrgs.br/atlasbiocel/pdfs/12Repr.pdf Devido à maior atividade absortiva e secretora, o epitélio é mais alto nas regiões da cabeça e do corpo do que na cauda. A luz do ducto, por sua vez, é mais ampla e preenchida de espermatozoides na cauda, onde eles são armazenados até a ejaculação Atividade de Preparação Os canais deferentes são revestidos por epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios. Subjacente há uma delgada lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, com fibras elásticas. A espessa camada de músculo liso, com subcamadas interna e externa longitudinal e média circular, promove o transporte dos espermatozoides na ejaculação TESTÍCULOS https://www.ufrgs.br/atlasbiocel/pdfs/12Repr.pdf Atividade de Preparação Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, com células musculares lisas. Contém 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas compostas, que desembocam na uretra que corre no seu interior. Nas glândulas, as células epiteliais luminais são colunares, com núcleo basal e a região supranuclear ocupada pelo Golgi bem desenvolvido. Essas células sintetizam enzimas, como fosfatase ácida prostática, fibrinolisina e uma serina protease, denominada antígeno específico prostático (prostate specific antigen – PSA). A fibrinolisina e o PSA liquefazem o sêmen. O PSA serve de marcador em exames de sangue para avaliar a normalidade da próstata. Essas células produzem ainda espermidina e espermina, que são bacteriostáticos e quando oxidados produzem o odor almiscarado do sêmen. PRÓSTATA https://www.ufrgs.br/atlasbiocel/pdfs/12Repr.pdf Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Mellanie f. dutra Antes de tudo: a próstata Pode ser dividida nas zonas periféricas e zonas de transição Maioria das lesões hiperplásicas surge na porção mais interna da zona de transição Maioria dos carcinomas (~70-80%) surge na zona periférica Contém glândulas com duas camadas de células: Camada de célula basal plana Camada de célula secretora colunar O estroma que envolve a próstata contém uma mistura de músculo liso e tecido fibroso Ela é acometida por distúrbios infecciosos, inflamatórios, hiperplásicos e neoplásicos, dos quais o câncer de próstata é o mais importante clinicamente Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Anormalidade extremamente comum Homens a partir de 40 anos, com a frequência aumentando progressivamente com a idade Alcança 90% dos homens com 80 anos Caracterização: Proliferação (tanto de elementos estromais, quanto de células epiteliais) crescimento da glândula obstrução urinária Causa Não está completamente esclarecida Crescimento excessivo dependente de hormônios androgênicos dos elementos epiteliais glandulares e estromais papel central na patofisiologia Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Estimulação hormonal A di-hidrotestosterona (DHT) é o mediador definitivo do crescimento prostático Sintetizada na próstata a partir da testosterona circulante pela enzima 5α-Redutase tipo 2 DHT receptores androgênicos expressão de genes de crescimento e sobrevivência do epitélio e céls. Estromais Testosterona também pode estimular o crescimento, mas o DHT é 10 vezes mais potente Sintomas clínicos Obstrução do trato urinário inferior causada pelo aumento prostático Pode ser exacerbada pela contração do músculo liso mediada por receptores α-adrenergicos Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Alterações anatomopatológicas Ocorre quase sempre na zona transicional interna da próstata A próstata afetada fica aumentada, pesa tipicamente 60-100g e contém muitos nódulos bem circunscritos que causam protrusão na superfície de corte Os nódulos podem conter espaços císticos que correspondem aos elementos glandulares dilatados ou ser sólidos Compressão da uretra pelos nódulos hiperplásicos, que deixam apenas uma estreita fenda de passagem Elementos glandulares e estromais hiperplásicos que ficam bem abaixo do epitélio da uretra prostática podem projetar-se no lúmen da bexiga como massa pedunculada e produzir obstrução uretral do tipo de uma válvula em bola Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Alterações histopatológicas Os nódulos hiperplásicos são compostos por proporções variáveis de elementos glandulares proliferativos e estroma fibromuscular As glândulas hiperplásicas são revestidas por células epiteliais colunares altas e uma camada periférica de células basais planas Os lúmens glandulares geralmente contêm material denso de secreção proteica conhecido como corpos amiláceos. Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Alterações histopatológicas Os nódulos hiperplásicos são compostos por proporções variáveis de elementos glandulares proliferativos e estroma fibromuscular As glândulas hiperplásicas são revestidas por células epiteliais colunares altas e uma camada periférica de células basais planas Os lúmens glandulares geralmente contêm material denso de secreção proteica conhecido como corpos amiláceos. Projeções papilares Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Alterações histopatológicas Nódulos puramente estromais fibromusculares até nódulos fibroepiteliais com predomínio glandularCorpos amiláceos Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Aspectos Clínicos Manifestações ocorrem apenas em cerca de 10% dos homens que apresentam alguma evidência patológica da HPB Obstrução do trato urinário inferior Dificuldade de iniciar o fluxo da urina (hesitação) Interrupção intermitente do fluxo urinário durante a micção Urgência e frequência urinária, nictúria indicativos de irritação da bexiga Presença de urina residual na bexiga infecções do trato urinário Completa obstrução urinária hidronefrose https://www.youtube.com/watch?v=wHs9sQ82sm8 Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Possibilidades terapêuticas Tratamento inicial Farmacológico Agentes terapêuticos inibidores da formação de DHT (Finestride®) Relaxantes do músculo liso, bloqueando os receptores alfa adrenérgicos (Flomax®) Várias técnicas cirúrgicas estão reservadas para os casos severamente sintomáticos que resistem à terapia farmacológica Exames Toque retal Exame de urina Dosagem de PSA Urofluxometria e ultrassonografia da bexiga Cautela com o PSA! O PSA está moderadamente elevado em 30 a 50% dos pacientes com HPB, dependendo do tamanho da próstata e do grau de obstrução, e está elevado em 25 a 92% dos pacientes com câncer da próstata, dependendo do volume do tumor. https://www.youtube.com/watch?v=aLPqzYMg42Y Câncer de Próstata Mellanie f. dutra Carcinoma de Próstata Adenocarcinoma de próstata Homens acima dos 50 anos (65-75) Mais comum entre homens 25% dos cânceres em homens nos EUA em 2009 Queda significativa, ao longo das décadas, no nº de mortes por este câncer Número maior de detecções por meio de triagem Porém, o câncer pode ter uma trajetória imprevisível (doença agressiva e rapidamente fatal ou doença indolor em importância clínica) Encontro de cânceres de próstata em biópsia de de homens que morreram por outras causas é maior do que na quantidade de homens que morreram por este câncer Não é possível (atualmente) ter um prognóstico se o câncer terá trajetória mais ou menos agressiva Carcinoma de Próstata Fatores de predisposição Androgênios importância central Câncer de próstata não é observado em homens castrados antes da puberdade Também se estende para cânceres estabelecidos Castração cirúrgica ou química regridem esses tumores Tumores resistentes a terapia anti-androgênica Aquisição de mutações que permitem que os receptores androgênicos ativem a expressão de seus genes-alvo mesmo sem a ativação do androgênico Não há evidências de que os androgênios originem o câncer (predisposição/suscetibilidade) Hereditariedade Fatores ambientias de risco Androgênios Mutações somáticas Carcinoma de Próstata Fatores de predisposição Hereditariedade suscetibilidade Risco aumentado no caso de parentes de primeiro grau com histórico de câncer de próstata Variantes genéticas associadas a um risco aumentado Oncogene MYC incidência aumentada do câncer da próstata em homens afro-descendentes Similarmente, em homens brancos dos Estados Unidos, o desenvolvimento do câncer da próstata tem estado ligado a um lócus de suscetibilidade no cromossomo Iq24-q25. Hereditariedade Fatores ambientias de risco Androgênios Mutações somáticas Carcinoma de Próstata Fatores de predisposição Fatores Ambientais A incidência é baixa em japoneses Imigrantes japoneses nos EUA tem incidência aumentada da doença A medida que a dieta asiática torna-se mais ocidentalizada, a incidência desse câncer parece estar aumentando Relação entre dieta e fatores de risco precisa ser melhor entendida Hereditariedade Fatores ambientias de risco Androgênios Mutações somáticas Carcinoma de Próstata Fatores de predisposição Mutações somáticas adquiridas condutores da transformação celular Rearranjos genes de fusão (promotor regulado por androgênio do gene TMPRSS2 e na sequência codificadora dos fatores de transcrição da família ETS (o mais comum é o ERG) Os genes de fusão TMPRSS2-ETS estão presentes em aproximadamente 40-50% dos cânceres da próstata. Expressão aumentada e desregulada dos fatores de transcrição ETS interfira na diferenciação das células epiteliais prostáticas. Outras mutações comumente levam à ativação da via sinalizadora do oncogene PI3K/AKT mutações que inativam o gene supressor de tumor PTEN, que atua como um freio à atividade do PI3K https://www.youtube.com/watch?v=-yTnw1_pDkI Hereditariedade Fatores ambientias de risco Androgênios Mutações somáticas Carcinoma de Próstata Alterações histopatológicas Maioria dos carcinomas não são visíveis a olho nu Lesões avançadas: branco-acinzentadas com margens mal definidas Infiltram-se em glândulas adjacentes Carcinoma de Próstata Microscopicamente Maioria das lesões: adenocarcinomas moderadamente diferenciados que produzem glândulas bem definidas Glândulas são um pouco menores, revestidas por uma camada de epitélio cúbico ou colunar baixo Diferente das benignas, as malignas são amontoadas e caracteristicamente não apresentam ramificação e projeção papilar. Variação do citoplasma: pálido-claro (benigno) ou roxo-escuro (maligno) Os núcleos são aumentados e frequentemente contêm um ou mais nucléolos proeminentes Variação no tamanho e na forma nuclear é comum, mas, em geral, o pleomorfismo não é registrado Presença de figuras mitóticas são incomuns ~80% dos casos: o tecido prostático removido devido ao carcinoma também abriga presumíveis lesões precursoras, referidas como neoplasia intraepitelial prostática de alto grau (NIPAG). Carcinoma de Próstata Aspectos Clínicos Maioria: descoberta inesperada durante exame histológico para analisar HPB (ressecção transuretral) 70-80% surgem das glândulas periféricas nódulos irregulares e duros durante o exame de toque retal Muitos podem ser lesões pequenas e assintomáticas, não palpáveis No estado inicial, o câncer de próstata é menos danoso para a uretra (obstrução) que a HPB Cânceres avançados podem se infiltrar nas vesículas seminais e zonas periuretrais invasão de tecidos moles/parede da bexiga e (menos comum) reto Metástases: ossos (esqueleto axial) em estágios avançados cintilografia óssea Exames de imagem: baixa sensibilidade e especificidade Carcinoma de Próstata Aspectos Clínicos Exames sorológicos: PSA + usado Cânceres de crescimento lento e clinicamente insignificantes podem não ter necessidade de tratamento Complicações: disfunção erétil e incontinência Limitações do PSA Específico para próstata, mas não específico para câncer Pode estar alterado no HPB, prostatite, infartos prostáticos e pela própria ejaculação Estratégias: Correção do valor do PSA pelo tamanho da próstata, aumento da próstata em função da idade do paciente, alterações do PSA seriadas ao longo do tempo... Com o câncer diagnosticado medições seriadas do PSA são de grande valia para a avaliação da resposta à terapia! Carcinoma de Próstata Terapêutica Prostatectomia radical + radioterapia Prognóstico após prostatectomia e/ou radioterapia depende: Grau/estágio patológico Estágio clínico Valores séricos de PSA Vigilância ativa (“espera vigilante”) Apropriado no caso de homens mais velhos, pacientes jovens mas com valores alterados de PSA e cânceres pequenos de baixo grau Carcinoma metastático avançado Privação de androgênio (orquiectomia (retirada dos testículos) ou administração de agonistas sintéticos do HLHL orquiectomia farmacológica) Terapia androgênica pode induzir remissão, mas células independentes do estímulo androgênico (mutações somáticas) podem levar a uma progressão rápida posterior da doença, e a morte. https://www.youtube.com/watch?v=e6h7BxOZuCU Neoplasia peniana Mellanie f. dutra Neoplasias do Pênis 95% das neoplasias do pênis surgem no epitélio escamoso Taxas de incidência desse carcinoma são maior em países em desenvolvimento A maioria dos casos é de pacientes incircuncisos acima dos 40 anos de idade Patogenia Má higiene local (consequente exposição a potenciais carcinógenos no esmegma) Fumo Infecção pelo HPV (tipo 16 e 18) Carcinoma de células escamosas in situpeniano (doença de Bowen) Ocorre em homens incircuncisos mais velhos Macroscopicamente: placa solitária no corpo do pênis Microscopicamente: células malignas por toda a epiderme sem invasão do estroma subjacente Dá orgem ao carcinoma escamoso infiltrante em 10% dos pacientes Carcinoma de células escamosas in situ peniano (doença de Bowen) Dá orgem ao carcinoma escamoso infiltrante em 10% dos pacientes Lesão papular, crostosa, acinzentada Mais comum na glande ou no prepúcio Infiltração no tecido estromal subjacente lesão ulcerada e endureci com margens irregulares Microscopicamente Típico carcinoma de células escamosas queratizinante Prognóstico: estágio do tumor Lesões localizadas: sobrevida em 5 anos é 66% Metástase para linfonodos: sobrevida em 5 anos é 27% A glande está deformada por uma massa infiltrante ulcerada https://www.youtube.com/watch?v=FSRMx225POI Neoplasias Testiculares Mellanie f. dutra Neoplasias Testiculares Tumores mais comuns nos homens entre 15-34 anos de idade Grupo heterogêneo de neoplasias (céls. Germinativas e estromais do cordão sexual) 95% dos tumores surgem das céls. Germinativas e todos são malignos As células germinativas são a fonte de 95% dos tumores testiculares. O restante surge das células de Sertoli ou das de Leydig. Os tumores das células germinativas podem ser compostos por um único padrão histológico (60% dos casos) ou por um padrão misto (40%). 38 Neoplasias Testiculares A criptorquidia risco 3-5 vezes maior de se desenvolver câncer no testículo não descido, risco aumentado de câncer no testículo contralateral normal Um histórico de criptorquidia está presente em cerca de 10% dos casos de câncer testicular O histórico familiar: irmãos de pacientes com tumores das células germinativas têm um risco 8-10 vezes maior Semiomas = 50% das neoplasias testiculares de céls. germinativas Neoplasias Testiculares Alterações histopatológicas dos tumores de células germinativas Pura: um tipo histológico Mista, visto em 40% dos casos Semiomas Tumores macios, bem delimitados e branco-acinzentados protuberância na superfície do testículo afetado Tumores grandes: foco de necrose de coagulação, sem hemorragia Neoplasias Testiculares Semiomas Microscopicamente Células grandes Uniformes Com limites bem definidos Com citoplasma claro Rico em glicogênio Núcleos arredondados com nucléolos evidentes Infiltração linfocítica geralmente está presente e pode, às vezes, encobrir as células neoplásicas Neoplasias Testiculares Carcinomas embrionários Massas invasivas e mal definidas Focos de hemorragia e necrose Lesões primárias podem ser pequenas, mesmo em pacientes com metástases sistêmicas As células tumorais são grandes e de aparência primitiva, com citoplasma basofílico, bordas indistintas e núcleos grandes com nucléolos proeminentes. Neoplasias Testiculares Carcinomas embrionários Células neoplásicas dispostas em ninhos sólidos e indiferenciados ou conter estruturas glandulares primitivas e papilas irregulares Na maioria dos casos, células características de outros tumores celulares germinativos (p. ex., tumor do saco vitelino, teratoma, coriocarcinoma) estão misturadas com as áreas embrionárias Os carcinomas embrionários puros representam somente 2-3% de todos os tumores das células germinativas testiculares Neoplasias Testiculares Tumores de saco vitelínico Mais comuns em crianças < 3 meses Prognóstico muito bom Em adultos: misturados com carcinoma embrionário Frequentemente grandes e bem delimitados Céls epiteliais cúbicas baixas e colunares microcistos, ninhos, glândulas e papilas Estruturas semelhantes a glomérulos corpos de Schiller-Duvall Marcações para α-fetoproteína (AFP) e α 1-antitripsina podem ser realizadas em imuno-histoquímica AFP pode ser detectada em exame sorológico! Neoplasias Testiculares Cariocarcinomas Diferenciação das células neoplásicas pluripotentes ao longo do revestimento trofoblástico Frequentemente pequenos, mesmo os que fazem metástase sistêmica Microscopia: Células cúbicas pequenas misturadas com células sinciciais eosinofílicas com múltiplos núcleos escuros e pleomórficos diferenciação citotrofoblástica e sinciciotrofoblástica Neoplasias Testiculares Teratomas Diferenciação das células neoplásicasao longo da linhagem somática Massas firmes, com cistos e áreas reconhecíveis de cartilagem na superfície do corte Adultos: teratomas são raros (2-3% dos tumores de céls. Germinativas) Vários tipos histológicos Coleção complexa e heterogênea de células diferenciadas ou de estruturas organóides, como tecido neural, feixes musculares, ilhas de cartilagem, conglomerados de epitélio escamoso, estruturas reminiscentes de glândula da tireóide, epitélio brônquico, trechos da parede intestinal, etc. Elementos podem ser maduros ou imaturos Homens pré-púberes: tipicamente benignos Homens pós-púberes: malignos e capazes de gerar metástases independente dos tipos de elementos Neoplasias Testiculares Aspectos Clínicos Massa testicular indolor, não translúcida A biópsia de uma neoplasia testicular está associada ao risco de derramamento do tumor, o que tornaria necessária a excisão da pele escrotal além da orquiectomia Manejo-padrão: orquiectomia radical, baseada na presunção de malignidade Seminomas: confinados aos testículos por longos intervalos Metástases: comumente encontradas nos linfonodos ilíacos e para-aórticos O coriocarcinoma puro apresenta prognóstico mais reservado Contudo, quando é o componente menor de um tumor das células germinativas misto, o prognóstico não é tão afetado Em todos os tumores testiculares, a recorrência, tipicamente na forma de metástases distantes, geralmente ocorre em um período de até dois anos após o tratamento https://www.youtube.com/watch?v=EcvfE9q7Xbg Neoplasias Testiculares Marcadores tumorais A GCh é produzida pelos sinciciotrofoblastos e está sempre elevada nos pacientes com coriocarcinomas e naqueles com seminomas que contêm sinciciotrofoblastos. A AFP fica elevada quando há um componente do tumor do saco vitelino 49
Compartilhar