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APARELHO FARÍNGEO, FACE E PESCOÇO

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APARELHO FARÍNGEO, FACE E PESCOÇO
APARELHO FARÍNGEO
- Formado por arcos, bolsas, sulcos, membranas;
- Estas estruturas contribuem para a formação da face e do pescoço;
- Arcos faríngeos:
· Condensação do mesênquima e migração das células da crista neural (gene Shh);
· 1º arco começa a surgir no 23º dia;
· 24 dias separação entre o 1º e o 2º;
· 3º arco surge quando ocorre a curvatura ventral do embrião;
· 26º dia broto do membro superior;
· 28º dia 4º arco;
· Começam a se desenvolver na 4ª semana;
· Permitem a migração das células da crista neural (face, parte óssea e muscular, inervação) para a cabeça e pescoço;
· 04 pares de arcos visíveis externamente;
· 5º arco é vestigial (sem derivados);
· 6º arco é interno e funde-se com o 4º arco;
· Separados pelos sulcos faríngeos (fendas);
· PRIMEIRO ARCO:
· Proeminência maxilar: maxila, zigomático e uma porção do vômer;
· Proeminência mandibular: mandíbula e parte escamosa do temporal;
· ESTOMODEU entrada para a cavidade oral.
· SEGUNDO E TERCEIRO ARCO:
· Osso hioide.
· QUARTO E SEXTO:
· Cartilagens da laringe.
· Sustentam as paredes laterais da faringe primitiva (derivada do intestino anterior) faringe primitiva permite o desenvolvimento da cavidade nasal e oral, transição da via aérea e via digestiva, fazendo a comunicação do intestino anterior com a parte mais cranial das vias aéreas e digestiva;
· Estomodeu (boca primitiva);
· Membrana bucofargínea fases iniciais veda a comunicação do ambiente externo (líquido amniótico) com a porção interna se rompe com 26 dias e permite a conexão da faringe e intestino anterior com a cavidade amniótica líquido amniótico flui para a porção interna importante para o desenvolvimento da via respiratória e digestiva;
· Revestimento ectodérmico do 1º arco forma o epitélio oral;
· COMPONENTES:
· Endoderma (interna) reveste o arco faríngeo;
· Mesênquima (centro): mesoderma + células que migraram da crista neural;
· Ectoderma (externa).
· MESODERMA MIOGÊNICO: primórdio do músculo;
· Angioblastos VASOS;
· ENDODERMA FARÍNGEO: faz a regulação do desenvolvimento dos arcos;
· ESTRUTURAS CONTIDAS EM CADA ARCO:
· Artéria;
· Haste cartilaginosa: estrutura do arco;
· Componente muscular;
· Nervos sensoriais e motores.
· DERIVADOS DAS CARTILAGENS:
· 1º arco (Cartilagem de Meckel):
· Martelo;
· Bigorna;
· Ligamento anterior do martelo;
· Ligamento esfeno-mandibular.
· 2º arco:
· Cartilagem de Reichert: estribo e processo estiloide do osso temporal;
· Corno menor do hioide;
· Ligamento estilo-hioideo.
· 3º arco:
· Eminência hipobranquial: corpo do hioide;
· Corno maior do hioide.
· 4º arco e 6º arco:
· Fusão para formar as cartilagens da faringe (exceto epiglote);
· Epiglote: eminência hipofaríngea (3º + 4º arcos)
· DERIVADOS DOS MÚSCULOS:
· Derivam do mesoderma paraxial e placa pré-cordal;
· Cada arco dá origem a algum grupamento de músculo;
· 1º arco:
· Músculos da mastigação;
· Milo-hióideo;
· Ventre anterior do digástrico;
· Tensor do tímpano;
· Tensor do véu palatino.
· 2º arco:
· Músculos da mímica facial;
· Estapédio;
· Estilo-hióideo;
· Ventre posterior do digástrico.
· 3º arco:
· Estilo-faríngeo;
· 4º arco:
· Cricotireoideo;
· Elevador do véu palatino;
· Constritores da faringe.
· 6º arco:
· Músculos intrínsecos da laringe.
· DERIVADOS DOS NERVOS:
· Cada arco possui seu próprio nervo craniano;
· 1º ARCO: trigêmeo (V);
· Ramo maxilar (V2) e mandibular (V3);
· Sensitivo para face, mucosa da boca e nariz;
· Motor para músculos da mastigação.
· 2º ARCO: facial (VII);
· Sensitivo: palato e maxila;
· Motor: músculos da mímica facial.
· 3º ARCO: glossofaríngeo;
· 4º ARCO: laríngeo superior e laríngeo recorrente do Vago (X).
- Bolsas Faríngeas:
· Se desenvolvem em uma sequência craniocaudal entre os arcos;
· 04 pares de bolsas (quinto é rudimentar);
· Endoderma: revestimento das bolsas;
· DERIVADOS DA PRIMEIRA BOLSA FARÍNGEA:
· Recesso tubotimpânico:
· Porção distal se junta com o primeiro sulco para formar a membrana timpânica (transição entre o 1º sulco e a 1ª bolsa internamente revestido por endoderma – assoalho da 1ª bolsa – e externamente por ectoderma – assoalho do 1º sulco):
· Cavidade: cavidade timpânica e o antro mastoide;
· Conexão com a faringe: tuba faringotimpânica (tuba auditiva).
· DERIVADOS DA SEGUNDA BOLSA
· Transformação em tecido linfoide com 20 semanas: tonsila palatina;
· Arco palatoglosso.
· DERIVADOS DA TERCEIRA BOLSA
· Parte bulbar dorsal: glândula paratireoide inferior;
· Partes ventrais se unem na linha mediana: TIMO posteriormente migra para cavidade torácica;
· Separação do restante da faringe com a expansão do encéfalo.
· DERIVADOS DA QUARTA BOLSA
· Parte bulbar dorsal: glândula paratireoide superior;
· Parte ventral: corpo último faríngeo forma as células parafoliculares ou células C da tireoide CALCITONINA
- Sulcos faríngeos:
· 04 sulcos ou fendas branquiais;
· Separam os arcos externamente;
· Apenas o 1º par de sulcos desenvolve estrutura: MEATO ACÚSTICO EXTERNO;
· Os outros sulcos involuem (4ª e 5ª semana).
- Membranas faríngeas:
· Revestem os assoalhos dos sulcos faríngeos;
· Formadas pela união: ectoderma dos sulcos + endoderma das bolsas;
· Parte central mesênquima;
· Apenas o 1º par de membranas desenvolve estrutura: membrana timpânica.
- Seios cervicais:
· Remanescentes embrionários dos sulcos faríngeos que deviam ter involuído;
· Canais de comunicação da porção interna da faringe com a pele;
· Surgimento de uma fístula com saída de saliva ou secreção respiratória.
· Persistência dos seios cervicais externos: seio branquial;
· Raros;
· Abertura ao longo da borda anterior do musculo esternocleidomastóideo.
PESCOÇO
- Glândula tireoide:
· Primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião;
· Se origina a partir de um espessamento endodérmico no assoalho da faringe primitiva forma uma pequena evaginação: PRIMÓRDIO DA TIREOIDE;
· Descida da glândula da tireoide pelo pescoço ocorre por conta do desenvolvimento da língua;
· Passa ventralmente ao osso hioide e cartilagens laríngeas;
· Ligação provisória com a língua: ducto tireoglosso (atrofia);
· 7ª SEMANA:
· Descida completa da tireoide;
· Involução do ducto tireoglosso;
· Formação do forame cego na base da língua remanescente da cicatrização do fechamento do ducto tireoglosso.
· 
· Persistência do ducto tireoglosso acontece raramente, mas não tem nenhuma repercussão normalmente, mas pode ter cistos e processo infeccioso;
· Glândula tireoide ectópica erro na descida da glândula (fica normalmente na região sublingual) na maioria das vezes não tem expressão patológica;
- Língua:
· 4ª semana;
· Elevação triangular mediana anterior ao forame cego na faringe primitiva tumefação lingual mediana (não evolui com o feto);
· Tumefações linguais laterais parte oral da língua (2/3 anteriores);
· Desenvolvimento através do mesênquima das porções ventromediais do 1º par de arcos faríngeos;
· Parte rostral da eminência hipofaríngea: parte faríngea da língua (1/3 posterior);
· Cópula é coberta pela eminência hipofaríngea:
· Migração das células da crista neural cranial dá origem à inervação e vascularização;
· Mioblastos: origem dos músculos;
· PAPILAS E CORPÚSCULOS GUSTATIVOS:
· Papilas circunvaladas e folhadas: primeiras e território do nervo glossofaríngeo;
· Papilar fungiformes: ramo da corda do tímpano do nervo facial;
· Papilas filiformes: 10ª e 11ª semanas e terminações aferentes sensíveis ao toque;
· Corpúsculos gustativos: 11ª a 13ª semana invasão de células nervosas gustativas nas papilas através dos nervos: corda do tímpano, glossofaríngeo e vago.
· 
- Glândulas salivares:
· 6-7ª semanas;
· Desenvolvimento a partir de brotos epiteliais maciços na cavidade oral primitiva também vão desenvolver ductos que vão drenar para a parte interna da cavidade oral;
· Derivados das células da crista neural (tecido conjuntivo) e ectoderma oral (parênquima secretor).
· GLÂNDULAS PARÓTIDAS:
· Primeiras a se desenvolverem 6ª semana;
· Brotos próximos aos ângulos do estomodeu;
· Alongamento da mandíbula gera o ducto da parótida;
· Atividadesecretora a partir da 18ª semana;
· Obstrução do ducto PROCESSO INFLAMATÓRIO.
· GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES:
· Final da 6ª semana;
· Brotos no assoalho do estomodeu;
· Atividade secretora a partir da 16ª semana.
· GLÂNDULAS SUBLINGUAIS:
· 8ª semana;
· Múltiplos brotos no assoalho do estomodeu;
· 10-12 ductos de drenagem independentes.
FACE
- 4ª a 8ª semana;
- Primórdio da face se desenvolve ao redor do estomodeu (boca primitiva);
- 8ª semana tudo está formado, mas, ao longo do desenvolvimento fetal, que as proporções, o refinamento, o crescimento das estruturas vão acontecer;
- Desenvolvimento depende:
· Prosencéfalo;
· Zona ectodérmica frontonasal;
· Desenvolvimento dos olhos.
- 5 estruturas primordiais:
· Uma proeminência frontonasal;
· Um par de proeminências maxilares;
· Um par de proeminências mandibulares.
- Centros ativos de crescimento da face;
- 28 dias visualiza-se uma face começando a se mostrar surgimento do placoide nasal, estomodeu, curvatura ventral do embrião, fusionamento das estruturas;
- Proeminências maxilares e mandibulares origem no primeiro par de arcos faríngeos;
- Proliferação de células da crista neural (vem das pregas neurais do mesencéfalo e do rombencéfalo) origem das cartilagens, ossos e ligamentos;
- Migração de mioblastos;
- Proeminência frontonasal:
· Vesículas opticas (lateralmente);
· Região frontal;
· Invaginação dos placoides nasais:
· Proeminências nasais mediais;
· Proeminências nasais laterais;
· Fossetas nasais (primórdio para o surgimento do saco nasal);
· Região frontal;
· Dorso e ápice do nariz;
· Proeminências nasais e laterais se unem e formam a cavidade nasal;
· Migração da proeminência maxilar em direção à linha mediana vai encobrir a estrutura óssea primitiva da proeminência nasal medial;
· Proeminências nasais mediais:
· Palato primário e pré-maxila;
· Filtro do lábio;
· Septo nasal;
· Osso etmoide;
· Placa cribriforme.
· Proeminências nasais laterais:
· Asas do nariz.
- Proeminências maxilares:
· Limites laterais do estomodeu;
· Maxila;
· Palato secundário;
· Lábio superior;
· Região malar (bochecha superior).
- Proeminências mandibulares:
· Limite inferior do estomodeu;
· Mandíbula;
· Lábio inferior;
· Bochecha inferior.
- Cavidade nasal:
· Fechamento dos processos nasais lateral e medial juntamente com a fosseta nasal;
· Aprofundamento das fossetas nasais saco nasal primitivo;
· Desenvolvimento dorsalmente e em posição ventral ao prosencéfalo;
· Membrana oronasal separa as cavidades nasais primitivas ruptura na 6ª semana abrindo espaço para o crescimento do palato secundário (originados das proeminências maxilares) palato secundário fecha e veda e isola a cavidade nasal da oral;
· Se não ocorrer o rompimento fissura palatina ou labiopalatinas;
· Comunicação entre as cavidades nasal e oral: COANAS (comunicação final entre a cavidade oral e nasal);
· Desenvolvimento das conchas nasais:
· Inferior, média e superior (parede lateral da cavidade nasal) função de turbinar o ar (umidifica, aquece e purifica o ar);
· Parede medial formada pelo septo (cartilaginosa e óssea revestida por mucosa);
· Crescimento do epitélio olfatório nervo olfatório;
- Seios da face (paranasais):
· Desenvolvimento após o nascimento;
· Seios maxilares começam a se desenvolver no período fetal (aeração e crescimento ocorrem na infância);
· São protuberâncias (divertículos) das paredes da cavidade nasal: extensões pneumáticas nos ossos (sacos que vão permitir a entrada de ar e essa aeração durante o desenvolvimento vai permitir o crescimento dos seios da face);
· Orifícios de drenagem: aberturas originais dos divertículos (parede lateral e superior da cavidade nasal óstio de drenagem na abertura do divertículo na idade adulta).
· SEIOS: frontais, etmoidais, maxilares, esfenoidais.
DESENVOLVIMENTO DO PALATO:
- Palato:
· Desenvolvimento a partir dos palatos primário e secundário (2 estágios);
· 6ª até a 12ª semana;
· Gene WNT e PRINCKLE1;
· Separação entre a cavidade oral e nasal (junção das lâminas palatinas laterais);
· Forame incisivo marco embrionário dividindo os 2 palatos;
· PALATO PRIMÁRIO:
· 6ª semana;
· Origem a partir das proeminências nasais mediais palato primário;
· Desenvolvimento do mesênquima do palato primário ocorre na parte interna das proeminências maxilares;
· Também chamado de pré-maxila (anterior ao forame incisivo): pequena parte do palato duro (4 incisivos superiores).
· PALATO SECUNDÁRIO:
· 6ª semana;
· Após ruptura de membrana oronasal;
· Proeminências maxilares (parte interna) originam os processos palatinos laterais se unem e formam o palato secundário;
· Palato definitivo: duro (anteriormente ao forame incisivo palato primário) e mole (úvula e pilares amigdalianos).
· FUSÃO COMPLETA DOS DOIS PALATOS;
· CRESIMENTO DOS PROCESSOS PALATINOS LATERAIS inicialmente em direção à língua (7ª e 8ª semana);
· Depois ocorre a fusão com o septo nasal (9ª até 12ª semana).
- Fenda labial:
· Anomalia craniofacial mais comum;
· Alterações no desenvolvimento da face;
· Alterações funcionais: fala, alimentação e respiração;
· Fenda labial ou palatina;
· CLASSIFICAÇÃO:
· Labial/palatina/labiopalatina;
· Unilateral ou bilateral;
· Completa ou incompleta (forame incisivo).
· Tratamento cirúrgico;
· Erro na fusão entre o palato primário e o palato secundário.
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