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Depressão, luto, mania e transtorno bipolar


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M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 1
M1P1T6- Depressão, luto, 
mania e transtorno bipolar 
(Thaís Garcia)
PROBLEMA 1 – “CICLOS DE DEPRESSÃO” 
Gérbera Silva, orientadora financeira de uma grande empresa de investimentos, 40 
anos, casada e mãe de duas filhas, suicidou-se após 10 dias do que o marido 
descreveu como “outro ciclo de depressão”, caracterizado por temperamento 
explosivo, choro e praticamente nenhum sono. Relata que ela passara por dois 
desses episódios no ano anterior e que isso era “doença de família”, pois várias 
pessoas na família da esposa apresentavam quadro semelhante. O marido relata 
ter descoberto recentemente que ela havia criado um blog intitulado “As melhores 
opções de investimento, por Gérbera Silva”, o que destoava do normal e ia contra 
as políticas da empresa na qual trabalhava. Afirmou que ela se dedicava 
incessantemente ao blog a ponto de negligenciar suas próprias refeições e as 
responsabilidades no trabalho e em casa, e dizia que ele os deixaria “ricos como Bill 
Gates”. Relata que Gérbera estava muito falante e inquieta nos últimos dias. Dois 
meses depois a filha mais velha do casal, Susan, de 20 anos, passou a 
apresentar insônia, se recusava a fazer o que mais gostava: ir à faculdade e a sair 
com os amigos, havia perdido 5 Kg em 20 dias, e chorava o tempo todo.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Identificar os vários tipos de transtornos mentais (CID-10 e DSM-V )
2. Identificar Sds Clínicas apresentadas no Caso (Sd depressiva e Sd maníaca).
3. Diferenciar luto de depressão. 
4. Caracterizar os Transtorno depressivos (conceito; epidemiologia; fisiopatologia e 
quadro clínico; subtipos- TDRH, Transtorno Depressivo Maior, Distimia e 
Transtorno Disfórico Pré-Menstrual ). 
5. Caracterizar o tratamento (medicamentoso e não medicamentoso) da 
Depressão (Principais classes e exemplos, linhas gerais do tratamento, 
mecanismos de ação e efeitos adversos). 
6. Caracterizar TB (conceito; epidemiologia; fisiopatologia e subtipos- TB I, TB II e 
Ciclotímico). 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 2
7. Caracterizar o tratamento (medicamentoso e não medicamentoso) do TB 
(Principais classes e exemplos, linhas gerais do tratamento, mecanismos de 
ação e efeitos adversos).
Estudar pelo DSM-5. Apenas tto pelo Cordioli e as Síndromes pelo Dalgalarrondo.
OBJ 1) Identificar os vários tipos de transtornos mentais: Classificação da CID 
– 10 e DSM – V 
Para darmos o dx dos transtornos psiquiátricos, não usamos laboratório e nem 
exame físico, mas somente critérios clínicos. Existem 2 principais locais p/ obtenção 
desses critérios:
1. DSM-5: apresenta critérios dxs e informações de cada distúrbio, sendo 
específico para transtornos psiquiátricos. São compostos por letras alfabéticas 
(vão de A à U); estabelece uma compatibilidade com os diagnósticos do Cid-10; 
são mais precisos e mais detalhados.
2. CID: apresenta todas as doenças, sendo + usado na prática (na Psiquiatria é 
composto pelos F´s, enumerados de F00-F99). Não apresenta critérios tão ricos 
como o DSM, mas somente códigos. Usado para todas as doenças em geral 
(Talita).
Não precisamos decorar esses códigos e esses nomes p/ a prova, só ter uma noção 
geral (Talita).
⇒ CLASSIFICAÇÃO DA CID:
• Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos (F00-F09) 
F00: Demência na doença de Alzheimer (início precoce; tardio; atípica ou mista; não 
especificada) 
F01: Demência vascular (início agudo; por infartos múltiplos; vascular subcortical; 
mista, cortical e subcortical; outra; não especificada) 
F02: Demência em outras doenças classificadas em outra parte (doença de Pick; 
doença de Creutzfeldt-Jakob; doença de Huntington; DP; demência da doença pelo 
HIV; outras doenças) 
F03: Demência não especificada 
F04: Síndrome amnésica orgânica não induzida pelo álcool ou por outras 
substâncias psicoativas (comprometimento memórias recente e remota, com 
preservação da memória imediata) 
F05: Delirium não induzido pelo álcool ou por outras substâncias psicoativas (não 
superposto à demência; superposto; outro; não especificado) 
F06: Outros transtornos mentais devidos à lesão e disfunção cerebral e à doença 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 3
física (alucinose orgânica; estado catatônico orgânico; delirante orgânico; do humor 
[afetivos] orgânicos; da ansiedade orgânicos; dissociativo orgânico; labilidade 
emocional [astênico] orgânico; cognitivo leve; especificados e os não especificados 
devido a lesão e disfunção cerebral e a uma doença física) 
F07: Transtornos de personalidade e do comportamento devidos à doença, à lesão 
e à disfunção cerebral (orgânico da personalidade; pós-encefalitica; pós-traumática; 
outros; orgânico não especificado da personalidade e do comportamento) 
F09: Transtorno mental orgânico ou sintomático não especificado (psicose)
• Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substância 
psicoativa (F10-F19)
F10: Transtorno mentais e comportamentais devido ao uso de álcool (subdivisões: 
leve; moderada; grave; com transtorno; sem transtorno)
F11: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de opioides 
F12: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de canabinóides 
F13: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de sedativos e 
hipnóticos 
F14: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de cocaína 
F15: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de outros estimulantes, 
incluindo cafeína 
F16: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de alucinógenos 
F17: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de fumo 
F18: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de solventes voláteis 
F19: Transtorno mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e 
ao uso de outras substâncias psicoativas
• Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (F20-F29) 
F20: Esquizofrenia (paranóide; hebefrênica; catatônica; indiferenciada; depressão 
pós esquizofrênica; residual; simples; outras; não especificada) 
F21: Transtorno esquizotípico 
F22: Transtornos delirantes persistentes 
F23: Transtornos psicóticos agudos e transitórios 
F24: Transtorno delirante induzido 
F25: Transtornos esquizoafetivos (maníaco; depressivo; misto; outros; não 
especificado) 
F28: Outros transtornos psicóticos não orgânicos 
F29: Psicose não orgânica não especificada
• Transtornos do humor (afetivos) (F30-F39) 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 4
F30: Episódio maníaco (hipomania; mania sem e com sintomas psicóticos; outros; 
não especificado) 
F31: Transtorno afetivo bipolar 
F32: Episódios depressivos (leve; moderado; grave; outros; não especificado) 
F33: Transtorno depressivo recorrente 
F34: Transtorno de humor [afetivos] persistentes (ciclotimia; distimia; outros; não 
especificado) 
F38: Outros transtornos do humor 
F39: Transtorno do humor não especificado
• Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o "stress" e 
transtornos somatoformes (F40-F48) 
F40: Transtornos fóbico-ansiosos (agorafobia; fovias sociais; fobias específicas; 
outros; não especificado) 
F41: Outros transtornos ansiosos (de pânico; ansiedade generalizada; misto; outros; 
não especificado) 
F42: Transtorno obsessivo-compulsivo (c/ predomínio ideias ou ruminações 
obsessivas; predomínio de comportamentos compulsivos; misto; outros; não 
especificado) 
F43: Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação (reação aguda ao 
“stress”; estado de “stress” pós-traumático; transtornos de adptação; outros; não 
especificado) 
F44: Transtorno dissociativos [de conversão] (amnésia dissociativa; fuga 
dissociativa; estupor dissociativo; estados de transe e de possessão; dissociativos 
do movimento; convulsões dissociativas; anestesia e perda sensorial dissociativas; 
misto; outros; não especificado) 
F45: Transtornos somatoformes (de somatização; indiferenciado; hipocondríaco; 
neurovegetativo;doloroso persistente; outros; não especificado) 
F48: Outros transtornos neuróticos (neurastenia; sd de despersonalização-
desrealização; outros; não especificado)
• Sds comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores 
físicos (F50-F59) 
F50: Transtornos da alimentação (anorexia nervosa; nervosa atípica; bulimia 
nervosa; nervosa atípica; hiperfagia; vômitos; outros; não especificado) 
F51: Transtornos não-orgânicos do sono devidos a fatores emocionais (insônia; 
hipersonia; transtorno ciclo vigília-sono; sonambulismo; terrores noturnos; 
pesadelos; outros; não especificado) 
F52: Disfunção sexual, não causada por transtorno ou doença orgânica (ausência 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 5
ou perda do desejo sexual; aversão o sexual e ausência de prazer sexual; falha de 
resposta genital; disfunção orgásmica; ejaculação precoce; vaginismo; dispareunia; 
apetite sexual excessivo; outros; não especificado) 
F53: Transtornos mentais e comportamentais associadas ao puerpério, não 
classificadas em outra parte 
F54: Fatores psicológicos ou comportamentais associados à doença ou a 
transtornos classificados em outra parte 
F55: Abuso de substâncias que não produzem dependência (antiácidos; ervas; 
vitaminas) 
F59: Síndromes comportamentais associadas à transtornos das funções fisiológicas 
e a fatores físicos, não especificadas
• Transtornos da personalidade e do comportamento adulto (F60-F69) 
F60: Transtornos específicos da personalidade (paranóica; esquizóide; dissocial; c/ 
instabilidade emocional; histriônica; anancástica; ansiosa [esquiva]; dependente; 
outros; não especificado) 
F61: Transtornos mistos da personalidade e outros transtornos da personalidade 
F62: Modificações duradouras da personalidade não atribuíveis à lesão ou doença 
cerebral (após uma experiência catastrófica; após doença psiquiátrica; outras; não 
especificada) 
F63: Transtornos dos hábitos e dos impulsos (jogo patológico; piromania; roubo 
patológico [cleptomania]; tricotilomania; outros; não especificado) 
F64: Transtornos de identidade sexual (transexualismo; travestismo bivalente; 
transtorno de identidade sexual na infância; outros; não especificado) 
F65: Transtornos da preferência sexual (fetichismo; travestismo fetichista; 
exibicionismo; voyeurismo; pedofilia; sadomasoquismo; múltiplos; outros; não 
especificado) 
F66: Transtornos psicológicos e comportamentais associados ao desenvolvimento 
sexual e à sua orientação (da maturação sexual; orientação sexual egodistônica; do 
relacionamento sexual; outros; não especificado) 
F68: Outros transtornos da personalidade e do comportamento adulto 
F69: Transtorno da personalidade e do comportamento adulto, não especificado
• Retardo mental (F70-F79) 
F70: Retardo mental leve 
F71: Retardo mental moderado 
F72: Retardo mental grave 
F73: Retardo mental profundo 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 6
F78: Outro retardo mental 
F79: Retardo mental não especificado
• Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80-F89) 
F80: Transtornos específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem (da 
articulação da fala; expressivo de linguagem; receptivo da linguagem; afasia 
adquirida com epilepsia [síndrome de Landau-Kleffner]; outros; não especificado) 
F81: Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares (de 
leitura; da soletração; da habilidade em aritmética; misto; outros; não especificado) 
F82: Transtorno específico do desenvolvimento motor 
F83: Transtornos específicos misto do desenvolvimento 
F84: Transtornos globais do desenvolvimento (autismo infantil; autismo atípico; sd 
Rett; desintegrativo da infância; com hipercinesia associada a retardo mental e a 
movimentos estereotipados; sd Asperger; outros; não especificado) 
F88: Outros transtornos do desenvolvimento psicológicos (agnosia) 
F89: Transtorno do desenvolvimento psicológicos não especificado
• Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem 
habitualmente durante infância ou adolescência (F90-F98) 
F90: Transtornos hipercinéticos 
F91: Distúrbios de conduta 
F92: Transtornos mistos de conduta e das emoções 
F93: Transtornos emocionais com início especificamente na infância 
F94: Transtornos do funcionamento social com início especificamente durante a 
infância ou adolescência 
F95: Tiques (tique= movimento motor (ou uma vocalização) involuntário, rápido, 
recorrente e não-rítmico, ocorrendo bruscamente e sem finalidade aparente) 
F98: Outros transtornos comportamentais e emocionais com início habitualmente 
durante a infância ou a adolescência
• Transtorno mental não especificado (F99)
F99: Transtorno mental não especificado em outra parte
⇒ CLASSIFICAÇÃO DO DSM:
• Transtornos do neurodesenvolvimento (Deficiências Intelectuais; Comunicação; 
TEA; de Déficit de Atenção/Hiperatividade; Transtorno Específico da Aprendizagem; 
Transtornos Motores) 
• Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos ((da Personalidade) 
Esquizotípica; Delirante; Psicótico Breve; Esquizofreniforme; Esquizofrenia; 
Esquizoafetivo; Catatonia Associada a Outro Transtorno Mental; Induzido por 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 7
Substância/Medicamento; Devido a Outra Condição Médica; Especificado; Não 
Especificado) 
• Transtorno bipolar e transtornos relacionados (tipos I e II; Ciclotímico; Induzido 
por Substância/Medicamento; Devido a Outra Condição Médica; Especificado; Não 
Especificado) 
• Transtornos depressivos (Disruptivo da Desregulação do Humor; Depressivo 
Maior; Depressivo Persistente (Distimia); Disfórico Pré-menstrual; Induzido por 
Substância/Medicamento; Devido a Outra Condição Médica; Especificado; Não 
Especificado) 
• Transtornos de ansiedade (de Separação; Mutismo Seletivo; Fobia Específica; 
Social (Fobia Social); de Pânico; Especificador de Ataque de Pânico; Agorafobia; 
Generalizada; Induzido por Substância/Medicamento; Devido a Outra Condição 
Médica; Especificado; Não Especificado) 
• Transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados (Obsessivo-
compulsivo; Dismórfico Corporal; de Acumulação; Tricotilomania (Transtorno de 
Arrancar o Cabelo); de Escoriação (Skin-picking); Obsessivo-compulsivo; Induzido 
por Substância/Medicamento; Devido a Outra Condição Médica; Especificado; Não 
Especificado) 
• Transtornos relacionados a trauma e ao estresse (de Apego Reativo; de 
Interação Social Desinibida; de Estresse Pós-traumático; de Estresse Agudo; de 
Adaptação; Especificado; Não Especificado) 
• Transtornos dissociativos (de Identidade; Amnésia Dissociativa; de 
Despersonalização/Desrealização; Especificado; Não Especificado) 
• Transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados (de Sintomas 
Somáticos; de Ansiedade de Doença; Conversivo; Fatores Psicológicos que Afetam 
Outras Condições Médicas; Factício; Especificado; Não Especificado) 
• Transtornos alimentares (Pica; de Ruminação; Restritivo/Evitativo; Anorexia 
Nervosa; Bulimia Nervosa; de Compulsão Alimentar; Especificado; Não 
Especificado) 
• Transtornos da eliminação/excreção (Enurese; Encoprese; Especificado; Não 
Especificado) 
• Transtornos do sono-vigília (de Insônia; de Hipersonolência; Narcolepsia; 
Relacionados à Respiração; Parassonias) 
• Disfunções sexuais (Ejaculação Retardada; Transtorno Erétil; Transtorno do 
Orgasmo Feminino; Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino; Transtorno 
da Dor Gênito-pélvica/Penetração; Transtorno do Desejo Sexual Masculino 
Hipoativo; Ejaculação Prematura (Precoce); Disfunção Sexual Induzida por 
Substância/Medicamento; Especificado; Não Especificado) 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 8
• Disforia de gênero 
• Transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da conduta (de Oposição 
Desafiante; Explosivo Intermitente; da Conduta; da Personalidade Antissocial; 
Piromania; Cleptomania; Especificado; Não Especificado) 
• Transtornos relacionados a substância e transtornosaditivos 
• Transtornos neurocognitivos (Delirium; maiores e leves) 
• Transtornos de personalidade (Grupos A, B, C e outros) 
• Transtornos parafílicos (Voyeurista; Exibicionista; Frotteurista; Masoquismo; 
Sadismo; Pedofílico; Fetichista; Transvéstico; Especificado; Não Especificado) 
• Outros transtornos mentais 
• Transtornos do movimento induzidos por medicamentos e outros efeitos 
adversos de medicamentos (ex.: Parkinsonismo induzido por neuroléptico)
• Outras Condições que Podem ser Foco da Atenção Clínica (ex.: Problemas de 
Relacionamento)
OBJ 2) Identificar as Sds Clínicas apresentadas no Caso clínico (Sd 
depressiva e Sd maníaca)
⇒ SD DEPRESSIVA: (Obj.2: Dalgalarrondo)
As sds depressivas têm como elementos o humor triste e o desânimo, sendo 
ambos desproporcionalmente mais intensos e duradouros do que nas respostas 
normais de tristeza.
Os quadros depressivos caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas 
afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à 
autovaloração, à vontade e à psicomotricidade. Em casos de depressão mais 
graves podem existir sintomas psicóticos.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 9 M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 10
Estudamos as sd depressivas, e não a doença em si (depressão). A depressão 
pode ser de vários tipos. 1º a sd e depois o dx mais refinado. Humor= ideia 
deliroide, e não delirante. TB pode fazer psicótico, mas é em decorrência do humor 
alterado. Delírio do TB é mais frouxo, já do esquizofrênico o delírio. É mt importante 
a anamnese do sono em pctes depressivos (+ comum ter insônia terminal). Já na 
ansiedade é + comum insônia incial → Mas não são patognomômicos!!!! Dx 
diferencial de mania é hipertireoidismo. Pedimos vários exames para fazer dx 
diferencial. RM não dá dx de demência (Talita).
Diferença entre síndrome (conjunto de sinais e sintomas sem obrigatoriamente ter 
um critério), doença (causas das síndromes, com características e sinais e 
sintomas bem definidos) e transtorno (conjunto de sinais e sintomas indefinidos 
com tratamentos também distintos) (George).
Saber diferença sd de dx ⇒ 3 grandes sds na Psiquiatria: depressiva; maníaca; 
psicótica. As x a pessoa não tem depressão, mas tem sd depressiva. Saber 
diferença de delírio, ilusão, alucinação ⇒ delírio= alteração do pensamento (ex.: 
pessoa pensa que é Deus); Ilusão e alucinação: alteração da sensopercepção 
(visão distorcida) → se existe, mas está distorcido = ilusão (árvore em formato de 
monstro), árvore em formato de fada (alucinação, pois fada não existe) (Thayssa).
Aspectos neurobiológicos são importantes para a prova!!!! se for ter que chutar 
alguma coisa, chutar córtex pré-frontal (dep: cortex pré-frontal, amigdala e 
hipocampo) (Mariana).
⇒ SD MANÍACA:
A base da sd maníaca são sintomas de euforia (alegria exacerbada), elação 
(expansão/ engrandecimento do Eu), irritabilidade marcante ⇒ Desproporcionais 
aos fatos da vida e distintos do estado comum de alegria ou entusiasmo que o 
indivíduo sadio apresenta.
Agrupamentos de sinais e sintomas de acordo com a área psicopatológica envolvida 
(Dalgarrolando).
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 11
Além disso, observa-se nos quadros maníacos a aceleração das funções 
psíquicas (taquipsiquismo); pode haver alucinações, agitação psicomotora, 
exaltação, loquacidade (falar rápido) e pressão para falar, assim como pensamento 
acelerado até fuga de ideias. 
Na mania “o pcte fala mais do que pensa” (Binswanger, 1973).
Dx episódio maníaco (segundo DSM-5): necessário que estejam presentes na 
maior parte do dia, por pelo menos 1 semana, pelo menos mais 3 dos sintomas 
de mania (4, se o humor for apenas irritável), além de humor elevado (euforia, 
elação): 
↑ autoestima
↓ necessidade de sono
Loquacidade: Produção verbal rápida, fluente e persistente, ou
Logorreia: Produção verbal muito rápida, fluente, com perda 
dasconcatenações lógicas, substituídas por associações contingenciais 
ou por assonância, ou
Pressão para falar: tendência a falar sem parar
Alterações formais do pensamento: Expressam-se como fuga de ideias, 
desorganização do pensamento, superinclusão conceitual, tangencialidade, 
descarrilhamento, incoerência, ilogicidade, perda dos objetivos e repetição 
excessiva
Distraibilidade
↑ atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora
Envolvimento excessivo em atividades potencialmente perigosas ou 
danosas
Os subtipos da sdmaníaca são: 1. Mania franca ou grave; 2. Mania irritada ou 
disfórica; 3. Mania com sintomas psicóticos; 4. Mania mista; 5. Hipomania; 6. 
Ciclotimia.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 12
� - 1) Mania franca ou grave (psicótica): é a mania mais intensa, 
taquipsiquismo acentuado (aceleração todas funções psíquicas), agitação 
psicomotora, heteroagressividade, alterações formais do pensamento, 
ideias e delírios de grandeza. TB pode ter somente a hipomania, mas não 
sai pelado na rua (Talita)!!! 
- 2) Mania irritada ou disfórica: irritabilidade, mau humor e hostilidade 
em relação às pessoas. 
- 3) Mania com sintomas psicóticos: episódio maníaco grave com 
sintomas psicóticos, como delírio de grandeza ou poder (humor-
congruente) e delírios de perseguição (humor-incongruentes). 
- 4) Mania mista: há sintomas maníacos (p. ex., elação, agitação, 
irritabilidade, loquacidade) e sintomas depressivos (p. ex., ideias de culpa, 
desânimo, tristeza, ideias de suicídio) ocorrendo ao mesmo tempo ou 
alternando-se rapidamente. 
- 5) Hipomania: tb chamada de episódio hipomaníaco. Para o DSM-5, a 
hipomania é muito semelhante à mania, com a ressalva de que o episódio 
não pode ser suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado 
no funcionamento social ou profissional ou de necessitar de internação 
(nesses casos, automaticamente o episódio é considerado de “mania”, e 
não de “hipomania”). O DSM-5 também exige, para hipomania, um 
período mínimo de quatro dias (e não de uma semana, como é o caso do 
episódio de mania). 
- 6) Ciclotimia ou transtorno ciclotímico: muitos e frequentes períodos 
de poucos e leves sintomas depressivos seguidos, em periodicidade 
variável, de certa elevação do humor.
Frequência dos sintomas cognitivos e de humor em episódios de mania: 
Sintomas cognitivos: Pensamentos acelerados, fuga ideias (76%); 
Distraibilidade e concentração fraca (75%); Grandiosidade, ideias de grandeza 
não psicóticas (73%); Confusão (29%).
Sintomas de humor: iritabilidade (71%); Euforia (63%); 
Expansibilidade/elação/eu engrandecido (60%); Labilidade afetiva (49%).
Comportamentos, em ordem de frequência, no episódio de mania:
Hiperatividade (90%); Hiperverbosidade (89%); Pressão p/ falar e/ou rapidez no 
discurso (88%); ↓ necessidade sono (83%); Hipersexualidade (51%); 
Comportamentos ataque ou violentos (47%); Hiper-religiosidade (39%); Uso de 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 13
adorno na cabeça (34%); Extravagância comportamental (32%); Nudez e/ou 
exposição sexual em lugares públicos (29%); Regressão comportamental 
pronunciada (28%); Catatonia (24%); Incontinência fecal e/ou sujidade (13%).
Frequência de sintomas psicóticos no episódio de mania:
Qqr tipo delírio (53%): Delírio de grandeza (31%); de perseguição (29%); de 
passividade (12%)
Qqr tipo de alucinação (23%): Alucinações auditivas (18%); visuais (12%); 
olfativas (15%)
História de sintomas psicóticos no passado (61%)
Transtornos de pensamento (19%)
Sd de Kurt Schneider de primeira ordem (18%): Vozes que comandam ou 
comentam a ação, vivências de influência sobre o corpo ou a mente, percepção 
delirante (comum na esquizofrenia (Talita)).
OBJ 3) Diferenciar luto de depressão
Luto é um dos principais gatilhos para depressão. Se pcte já teve um episódio 
depressivo, após o luto a chance de recorrência é bem maior. Se luto virar 
depressão, devemos medicar, independente do tempo, pois depende dagravidade 
⇒ Usar bom senso!!!! (Talita).
Dalgarrolando.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 14
Luto= sentimento de vazio, perda; Depressão= humor deprimido persistente e 
incapacidade de antecipar felicidade ou prazer (George).
Obs.: O luto provoca muito sofrimento, mas não é comum causar episódio de TDM. 
Quando acontecem juntos, os sintomas depressivos e os danos funcionais são 
mais graves, com pior prognóstico do luto isolado (Obj.3: Dalgalarrondo).
OBJ 4) Caracterizar os Transtorno depressivos (conceito; epidemiologia; 
fisiopatologia e quadro clínico; subtipos)
CONCEITO (Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga)
Depressão= transtorno mental grave, com evolução por meio de episódios, 
recorrente ou persistente ao longo do tempo, que traz danos funcionais 
psicológicos, comportamentais, sociais, familiares e ocupacionais. 
Existem vários subtipos de transtornos depressivos e todos eles possuem em 
comum o humor triste, vazio ou irritável, juntamente de modificações 
somáticas e cognitivas que afetam a capacidade funcional do paciente. A 
diferença entre eles é a duração, momento ou causa.
EPIDEMIOLOGIA (Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga)
• O transtorno depressivo maior/TDM (depressão bem grave) causa 4,4% do 
impacto de todas as doenças na saúde do mundo, assemelhando-se com a doença 
isquêmica coronariana e as doenças diarreicas. 
• O TDM é a principal causa de incapacitação no mundo. 
• A prevalência do TDM varia de 2-7% (média de 4%). 
• A depressão acomete 2x (DSM-V fala que entre 1,5 e 3x) mais mulheres do que 
homens. 
• Se na mesma condição socioeconômica e educacional, não tem diferença na 
prevalência entre as raças. 
• Idade média de início da depressão: 30-35 anos. 
• A depressão ainda é subdiagnosticada e subtratada.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 15
� • O transtorno disruptivo da desregulação do humor é comum entre 
crianças, com maiores taxas em crianças do sexo masculino e em idade 
escolar. 
• Prevalência da distimia em 12 meses nos EUA é de, em média, 0,5%. 
• Prevalência do transtorno disfórico pré-menstrual em 12 meses é de 
1,8-5,8% das mulheres que menstruam. 
• Prevalência do transtorno depressivo induzido por 
substância/medicamento em adultos dos EUA é de 0,26%.
FISIOPATOLOGIA (Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga)
CONTRIBUIÇÃO GENÉTICA: 
• Acredita-se que a carga genética é responsável por 40% do impacto na 
predisposição individual à depressão, sendo que: 
⇒ Concordância entre gêmeos zigóticos é de 40-50%
⇒ Transmissibilidade genética é em 33-42% 
• A genética da depressão não segue o padrão herança poligênica (e não 
autossômico-dominante mendeliano) 
• Essa predisposição gênica tem sido associada a um polimorfismo funcional do 
gene transportador de serotonina.
MODELOS NEUROQUÍMICOS: 
Teoria monoaminérgica da depressão:
Começou a ser aceita em 1960, qdo a depressão passou a ser reconhecida 
como um fenômeno bioquímico. A depressão é causada por uma ↓ atividade 
monoaminas cerebrais (noradrenalina, serotonina e dopamina) → Obj do tto: ↑ 
atividade dessas substâncias (efeito oposto)!!
Todavia, essa hipótese é simplista e falha e não explica alguns fenômenos 
clínicos, como substâncias que ↑ ação das monoaminas cerebrais (ex: cocaína), 
mas não são antidepressivos eficazes
Outra característica que torna a teoria falha é de que nem todos os pacientes 
respondem ao mesmo antidepressivo da mesma forma
Além disso, o ↑ [ ] de monoaminas cerebrais na sinapse demora horas, 
enquanto o efeito terapêutico dos antidepressivos só é visto após o uso 
contínuo por semanas, refutando mais uma vez a teoria.
Nova teoria monoaminérgica:
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 16
Além da falta de monoaminas, descobriram que o ↑ agudo de monoaminas na 
fenda sináptica e o uso de antidepressivos gera, a longo prazo, alterações 
adaptativas nos sistemas monoaminérgicos, em especial, dessensibilização de 
auto-receptores e hetero-receptores inibitórios pré-sinápticos.
Com esses receptores dessensibilizados, as monoaminas entram menos na 
célula, ficando na fenda sináptica e exercendo seus efeitos.
Up regulation= depressão ⇒ excesso receptores pós-sinápticos; Down regulation= 
ação antidepressivos ⇒ redução receptores pós-sinápticos → Mais NTs nas fendas 
sinápticas (Talita).
Fisiopatologia não cai muito (diverge mt) (Cláudio).
ESTUDOS DE NEUROIMAGEM
Existem endofenótipos para transtornos depressivos. Ou seja, características 
do cérebro que tornam a pessoa mais suscetível à depressão.
As alterações volumétricas estruturais são:
↓ volume do córtex pré-frontal e estruturas do sistema límbico, em especial 
complexo amígadala-hipocampo.
A ↓ volume do hipocampo tem relação com a cronicidade da depressão. 
Ou seja, quanto mais tempo o paciente tiver sintoma não tratado, maior 
redução hipocampo!!!
⚠ Exames de neuroimagem NÃO possuem importância diagnóstica na 
abordagem da depressão primária ⇒ Usados apenas p/ complementar 
suspeita de depressão secundária!!!!
FATORES AMBIENTAIS: Perda parental; Percepção de falta de carinho dos pais; 
Pouco suporte social; Abuso físico e/ou sexual na infância.
Stress sofrido na infância aumenta a chance de qqr transtorno psiquiátrico (eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal) ⇒ excesso receptores pós-sinápticos
QUADRO CLÍNICO (Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga)
Uma sd depressiva manifesta-se por alterações duradouras de humor, cognição, 
psicomotricidade, biorritmicidade e volição.
SUBTIPOS (DSM-5)
TRANSTORNO DISRUPTIVO DA REGULAÇÃO DO HUMOR (TDRH):
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 17
Conceito: É o quadro de irritabilidade persistente e episódios frequentes de 
descontrole comportamental extremo em crianças. 
Características diagnósticas: A característica central é a irritabilidade crônica 
grave, com duas manifestações:
Explosão de raiva em resposta à frustração. Podem ser verbais ou 
comportamentais. 
Humor persistentemente irritável ou zangado entre as explosões de raiva.
Diferenciar bem do transtorno bipolar clássico, tanto no dx, quanto no tto. 
Os meninos possuem maiores taxas de TDRH. Isso o diferencia do transtorno 
bipolar, que tem a mesma prevalência nos dois gêneros.
Desenvolvimento e curso: 
• Deve começar antes dos 10 anos, até 18 anos 
• Não pode diagnosticar crianças menores que 6 anos 
• As taxas de conversão de irritabilidade grave não episódica em transtorno bipolar 
(TB) são baixas
• Crianças com irritabilidade crônica são mais propensas a desenvolver transtornos 
depressivos unipolares e/ou ansiedade quando adultos 
• As taxas de TB são muito baixas antes da adolescência (1-2%) 
• O TDRH é mais comum do que o TB antes da adolescência e os sintomas ficam 
menos comuns na vida adulta.
Fator de risco e prognóstico: 
⇒ Temperamentais: 
• Crianças com irritabilidade crônica costumam ter história psiquiátrica complicada, 
com longa história de irritabilidade crônica manifestada antes de todos os critérios 
dxs do transtorno 
• Muitas crianças com TDRH possuem sintomas que satisfazem os critérios do 
transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade e transtorno de ansiedade 
• Algumas crianças também podem atender aos critérios do TDM 
⇒ Genéticos e fisiológicos: 
• Crianças com irritabilidade crônica não episódica podem ser diferenciadas das 
com crianças com TB por meio do risco familiar. Todavia, nos dois casos não tem 
diferença nas taxas familiares de transtorno de ansiedade, transtornos depressivos 
unipolares ou abuso de substância.
Consequência funcionais: 
• Perturbação na família, nas relações interpessoais e no desempenho escolar • 
Dificuldade em sucesso na escola, pois são crianças com tolerância muito baixa a 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 18
frustrações • Não conseguem participar de atividades que crianças saudáveis 
participam • Problemas em iniciar e manter amizades • Comportamentos de risco • 
Ideação suicida outentativa de suicídio • Agressão grave • Hospitalização 
psiquiátrica
Diagnósticos diferenciais: 
• Transtornos bipolares: O que diferencia é a evolução longitudinal dos sintomas 
principais. 
• Transtorno de oposição desafiante: Os sintomas do humor do transtorno 
disruptivo da desregulação do humor são relativamente raros em crianças com 
transtorno de oposição desafiante. 
• Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade, TDM, transtornos de 
ansiedade e transtorno do espectro autista (TEA): Uma criança cujos sintomas 
satisfazem os critérios para TDRH também pode receber um dx comórbido de 
TDAH, TDM e/ou transtorno de ansiedade. 
• Transtorno explosivo intermitente: Crianças com sintomas sugestivos de 
transtorno explosivo intermitente apresentam momentos de explosões de raiva 
graves, muito parecidos com o que ocorre com crianças com TDRH. No entanto, 
diferentemente do TDRH, o transtorno explosivo intermitente não requer 
perturbação persistente do humor entre as explosões. Além disso, o transtorno 
explosivo intermitente requer somente três meses de sintomas ativos, em contraste 
com a exigência de 12 meses para o TDRH.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR (TDM):
Conceito: Condição clássica dos transtornos depressivos. É marcado por episódios 
diferentes que duram, no mínimo, 2 semanas, envolvendo mudanças visíveis no 
afeto, cognição e neurovegetativas. Possui remissões interepisódicas.
Características diagnósticas: 
• Devem estar presentes sintomas dos critérios p/ TDM quase todos os dias, exceto 
alteração de peso e ideação suicida.
• Humor deprimido deve estar presente na maior parte do dia, quase todos os dias. 
• QP: Insônia ou fadiga. 
• O paciente pode negar tristeza num momento inicial, mas pode revelar por meio 
de entrevista ou pela expressão facial ou atitudes. Alguns pacientes reclamam de 
queixas somáticas ao invés de relatar tristeza. 
• Fadiga e perturbação do sono estão presentes na maioria dos casos 
• Perturbações psicomotoras são menos comuns, mas indicam maior gravidade 
geral, assim como a presença de culpa delirante ou quase delirante 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 19
• Período de pelo menos 2 semanas com humor depressivo ou perda de interesse 
ou prazer em quase todas as atividades 
• O humor é descrito pelo paciente como deprimido, triste, desesperançado, 
desencorajado, “na fossa”, “no fundo do poço” 
• A perda de interesse ou prazer quase sempre está presente 
• Os familiares percebem que o paciente apresenta retraimento social ou 
negligencia atividades prazerosas 
• Em alguns pacientes, há diminuição do interesse ou desejo sexual 
• Quando tem insônia, costuma ser a intermediária (acorda durante a noite e não 
consegue voltar a dormir) ou a terminal (paciente acorda muito cedo e não 
consegue voltar a dormir) 
• Ocasionalmente, o motivo da busca pelo tratamento pode ser a perturbação no 
sono 
• Pacientes com obrigações acadêmicas ou profissionais não conseguem render de 
maneira adequada 
• Em idosos, o deficit na memória pode ser confundido com demência 
(“pseudodemência”) 
• Quando é tratado corretamente, a memória tende a recuperar. No entanto, em 
especial nos idosos, o TDM pode causar demência irreversível.
Desenvolvimento e curso: 
• Pode aparecer pela 1ª em qualquer idade, mas as chances são maiores na 
puberdade. 
• O curso é variável. Alguns pacientes apresentam remissão, enquanto outros ficam 
por muitos anos com poucos sintomas. 
• A cronicidade dos sintomas depressivas aumenta o risco de transtornos de 
personalidade, ansiedade, abuso de substâncias e diminui a chance de que o 
tratamento seja seguido adequadamente até resolver 100% dos sintomas 
• A recuperação, na maioria das vezes, começa em 3 meses depois que o 
transtorno começa para 2: 5 pacientes e em 1 ano para 4:5 pacientes. 
• Fatores que influenciam nas baixas taxas de recuperação: Tempo do episódio 
atual; Características psicóticas; Ansiedade exagerada; Transtornos de 
personalidade; Gravidade dos sintomas 
• O risco de recorrência é menor conforme o tempo passa. Esse risco é maior em: 
Episódio anterior grave; Paciente mais jovem; Paciente que já passou por vários 
episódios; Persistência de sintomas durante a remissão, mesmo que leves 
• O TDM, particularmente com características psicóticas, também pode fazer uma 
transição para esquizofrenia (mudança mais frequente do que o inverso). 
• Parece não ter diferença entre os gêneros, seja no quadro clínico, evolução ou 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 20
resposta ao tratamento. 
• Em mulheres, o risco de tentativa de suicídio é maior, e o risco de suicídio 
completo, menor. 
• Hipersonia e hiperfagia são comuns nos pacientes mais jovens 
• Sintomas melancólicos e perturbações psicomotoras são mais comuns em 
pacientes mais velhos
• A tentativa de suicídio diminui na meia idade e no fim da vida. 
• A maioria dos suicídios completados não é precedida por tentativas sem sucesso 
• A presença de bordeline aumenta o risco de tentativas de suicídio futuras
Fatores de risco e prognóstico: 
⇒ Temperamentais: Afetividade negativa (neuroticismo) é um fator de risco 
⇒ Ambientais: Experiências adversas na infância; Eventos estressantes na vida 
⇒ Genéticos e fisiológicos: Familiares de 1º grau de pacientes com TDM 
possuem 2-4x mais risco de ter a doença do que a população geral; Herdabilidade 
de, em média, 40% ter neuroticismo é parte importantíssima dessa propensão 
genética.
Diagnóstico diferencial: • Episódios maníacos com humor irritável ou episódios 
mistos • Transtorno do humor devido a outra condição médica: ELA, AVC, 
Hipotireoidismo • Transtorno depressivo ou bipolar induzido por subatância/ 
medicamento • Transtorno de deficit de atenção/ hiperatividade • Transtorno de 
adaptação com humor deprimido • Tristeza
Transtornos relacionados: • Transtorno relacionado a substâncias • Transtorno de 
pânico • Transtorno obsessivo-compulsivo • Anorexia nervosa • Bulimia nervosa • 
Transtorno de personalidade bordeline
DISTIMIA (Transtorno depressivo persistente):
Conceito: É uma forma crônica da depressão. É diagnosticado quando a 
perturbação do humor perdura por pelo menos 2 anos em adultos e 1 ano em 
crianças. 
Características diagnósticas: 
• Humor depressivo na maior parte do dia, na maioria dos dias, por pelo menos 2 
anos em adultos e 1 ano em crianças 
• Os pacientes cujos sintomas satisfazem os critérios para TDM por dois anos 
devem receber dx de transtorno depressivo persistente, além de TDM . 
• Como o paciente tem esses sintomas por tanto tempo, ele pode não relatar 
(“Sempre fui assim”). 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 21
Desenvolvimento e curso: 
• Início precoce (antes 21 anos) e insidioso, com curso crônico 
• A distimia e o bordeline possui características correspondentes ao longo do tempo, 
podendo significar mecanismo comum 
• O inicio precoce pode ter relação com maior chance de transtorno de 
personalidade e transtorno por uso de substâncias.
• Os sintomas depressivos têm bem menos chance de sumir no transtorno 
persistente do que no episódio depressivo maior
Fatores de risco e prognóstico: 
⇒ Temperamentais: Afetividade negativa (neuroticismos); Maior gravidade dos 
sintomas; Pior dano funcional; Presença de transtorno de ansiedade ou transtorno 
de conduta 
⇒ Ambientais: Perda ou separação dos pais na infância 
⇒ Genéticos e fisiológicos: Paciente com transtorno depressivo persistente tem 
mais chance de ter parentes de 1º grau com esse transtorno; Córtex pré-frontal, 
cingulado anterior, amígdala e hipocampo estão relacionadas com o transtorno
Diagnóstico diferencial: • TDM • Transtornos psicóticos • Transtorno depressivo ou 
transtorno bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição médica • 
Transtorno depressivo ou bipolar induzido por substância • Transtorno de 
personalidade
TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL:
Conceito: Transtorno depressivo específico e responsivo a tto quecomeça em 
algum momento depois da ovulação e cessa poucos dias depois da descida da 
menstruação.
Características diagnósticas: 
• Labilidade do humor, irritabilidade, disforia e ansiedade repetidamente antes da 
menstruação e remitem depois que a menstruação desce 
• A intensidade ou expressividade dos sintomas podem ter relação direta com o 
grupo social e cultural da mulher, bem como crença religiosa, tolerância social e 
questões de gênero 
• Os sintomas atingem o auge perto da menstruação descer 
• Embora seja comum os sintomas continuarem até os primeiros dias da 
menstruação, a mulher tem um período sem sintomas na fase folicular depois da 
menstruação
Desenvolvimento e curso: 
• Pode iniciar qualquer momento depois da menarca 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 22
• Muitas mulheres apresentam piora dos sintomas próximo à menopausa 
• Os sintomas cessam após a menopausa, mas a reposição hormonal cíclica pode 
fazer com que os sintomas voltem
Fatores de risco e prognóstico: 
⇒ Ambientais: Estresse; História de trauma interpessoal; Mudanças sazonais; 
Aspectos socioculturais do comportamento sexual feminino e papel de gênero 
⇒ Genéticos e fisiológicos: Herdabilidade é desconhecida; Para sintomas pré-
menstruais, herdabilidade de 30-80% 
Diagnóstico diferencial: • Sd pré-menstrual • Dismenorreia • TB, TDM e distimia • 
Uso de ttos hormonais
DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA DEPRESSÃO (DSM-5)
Manifestações clínicas que devem ser observadas, juntamente com os sintomas 
depressivos, a fim de decidir se precisa tratar ou não:
Facilidade com que um estado emocional intenso começa (sem estressores 
aparente ou importantes/significativos e desproporção entre os sintomas e o 
estressor causal)
Tendência do estado depressivo em continuar de modo autônomo, por 
semanas, meses ou anos
Dano funcional relacionado ao quadro, podendo afetar qualquer esfera da vida 
do paciente. O prejuízo do quadro depressivo tem relação com gravidade, 
tendencia a recorrência e cronicidade.
Critérios diagnósticos do Transtorno disruptivo da desregulação do humor 
(F34.8): 
A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem e/ou pelo 
comportamento que são bem desproporcionais em intensidade ou duração à 
situação ou provocação 
B. Explosões de raiva não condizem com o nível de desenvolvimento 
C. Explosões de raiva acontecem, em média, 3 ou mais vezes por semana 
D. O humor entre uma explosão e outra é bem irritável ou zangado na maior parte 
do tempo, quase todo dia, e é percebido por outras pessoas, como pais, 
professores etc. 
E. Critérios A-D presentes por 1 ano ou mais. Nesse tempo, o paciente não teve um 
período de 3 meses ou mais sem os sintomas dos critérios A-D 
F. Critérios A e D presentes em pelo menos 2 de 3 ambientes (ex: em casa, na 
escola e com os pares), sendo que são graves em pelo menos 1 deles 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 23
G. Dx não deve ser realizado pela 1ª vez antes dos 6 anos de idade e depois dos 18 
anos de idade
H. A idade em que os critérios A-E começam é antes dos 10 anos (por relato ou 
observações) 
I. Nunca houve um período distinto durando mais de um dia durante o qual foram 
satisfeitos todos os critérios de sintomas, exceto a duração, para um episódio 
maníaco ou hipomaníaco. 
J. As atitudes não acontecem somente durante um episódio de transtorno 
depressivo maior e não mais bem explicados por outro transtorno mental 
K. Os sintomas não são causados por efeitos psicológicos de alguma substância ou 
outra condição médica.
⚠ - O dx de transtorno disruptivo da desregulação do humor não pode 
coexistir com transtorno de oposição desafiante, transtorno explosivo 
intermitente ou TB. 
- Em pacientes com quadro clínico condizente com transtorno disruptivo 
da desregulação do humor e com transtorno de oposição desafiante 
devem receber o dx só de transtorno disruptivo da desregulação do 
humor. 
- Se o paciente já teve episódio maníaco ou hipomaníaco, o dx de 
transtorno disruptivo da desregulação do humor não pode ser feito.
Critérios diagnósticos do Transtorno depressivo maior:
A. O paciente apresentou 5 ou mais dos seguintes sintomas durante o mesmo 
período de 2 semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento 
anterior, sendo que pelo menos 1 dos sintomas é humor deprimidos ou perda de 
interesse ou prazer 
 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todo dia, conforme relato 
subjetivo. Em crianças e adolescentes pode ser humor irritável 
 2. Acentuada diminuição do interesse ou do prazer em todas ou quase todas 
atividades na maior parte do dia, quase todo dia, conforme relato subjetivo ou relato 
de outras pessoas próximas 
 3. Perda ou ganho importante de peso sem estar fazendo dieta, ou diminuição ou 
aumento do apetite quase todo dia. Em crianças, considera-se quando não está 
ganhando o peso esperado. 
 4. Insônia ou hipersonia quase todo dia 
 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todo dia. Não considerar relato 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 24
subjetivo, mas sim o de outras pessoas 
 6. Fadiga ou perda de energia quase todo dia 
 7. Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todo dia 
 8. Capacidade reduzida de pensar ou concentrar, ou indecisão, quase todo dia, 
conforme relato subjetivo ou relato de outras pessoas próximas 
 9. Pensamentos recorrentes de morte (não só medo de morrer), ideação suicida 
recorrente sem plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para 
cometer suicídio 
B. Os sintomas causam sofrimento importante ou danos funcionais sociais, 
profissionais ou em outros âmbitos 
C. O episódio não é causado por substâncias ou outra condição médica 
D. O episódio depressivo maior não é mais bem explicado por transtorno 
esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, 
outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico 
especificado ou transtorno da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não 
especificado 
E. O paciente nunca teve um episódio maníaco ou hipomaníaco
⚠ Critérios A-C = episódio depressivo maior. 
Saber critérios dxs de TDM e critérios dxs de mania e hipomania. Saber diferenciar 
todas essas doenças . TB difere da depressão por ter episódios de mania ou 
hiponia. Mania = pelo menos 7 dias; hipomania = pelo menos 4 dias. POde cair 
assim: "TDM é mais prevalente em mulheres de 10-14 anos, marque V ou F"(Talita)
Critérios diagnósticos do Transtorno depressivo persistente (distimia) (F34.1): 
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, por no mínimo 2 
anos. Em crianças e adolescentes, pode ser por no mínimo 1 ano. 
B. Presença, enquanto o paciente está deprimido, de 2 ou mais características:
1. Diminuição do apetite ou alimentação excessiva
2. Insônia ou hipersonia
3. Fadiga ou pouca energia
4. Baixa autoestima
5. Diminuição da concentração e dificuldade em tomar decisões
6. Sentimento de desesperança
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 25
C. Durante 2 ano de perturbação, o paciente nunca esteve sem os sintomas dos 
critérios A e B por mais de 2 meses. Durante 1 ano para crianças. 
D. Os critérios para transtorno depressivo maior podem existir continuamente por 2 
anos 
E. O paciente nunca teve um episódio maníaco ou hipomaníaco e nunca preencheu 
os critérios para transtorno ciclotímico 
F. A perturbação não é melhor explicada por transtorno esquizoafetivo persistente, 
esquizofrenia, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e 
outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e 
outro transtorno psicótico não especificado. 
G. Os sintomas não são decorrentes de efeitos fisiológicos de uma substância ou 
outra condição médica (ex: hipotireoidismo) 
H. Os sintomas geram sofrimento importante ou dano funcional social, profissionalou em qualquer outro âmbito.
⚠ Como os critérios para episódio depressivo maior incluem 4 sintomas que 
não estão na lista dos sintomas de transtorno depressivo persistente, uma 
pequena quantidade de pacientes terá sintomas depressivos que 
persistiram por mais de 2 anos, mas ainda assim não satisfazem os 
critérios para transtorno depressivo persistente.
Critérios diagnósticos do Transtorno disfórico pré-menstrual (N94.3):
A. Pelo menos 5 sintomas na maior parte dos ciclos menstruais, na última semana 
antes do começo da menstruação, começar a melhorar um pouquinho depois do 
início da menstruação e ficar mínimo ou ausente na semana pós- menstrual 
B. A paciente apresenta 1 ou mais dos seguintes sintomas:
1. Labilidade afetiva acentuada
2. Irritabilidade ou raiva acentuada ou aumento nos conflitos interpessoais
3. Humor deprimido acentuado, sentimentos de desesperança ou pensamentos 
autodepreciativos 
4. Ansiedade exagerada, tensão e/ou sentimentos de estar nervosa ou no limite
C. A paciente apresenta 1 ou mais dos seguintes sintomas, de modo adicional para 
atingir 5 sintomas quando combinados com os do critério B
1. Interesse diminuído pelas atividades habituais
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 26
2. Sentimento subjetivo de dificuldade para concentrar
3. Letargia, fadiga fácil ou falta de energia excessiva
4. Mudança acentuada do apetite, comendo muito ou preferência por alimentos 
específicos
5. Hipersonia ou insônia
6. Sentir-se sobrecarregada ou fora do controle
7. Sintomas físicos como mamas sensíveis ou inchadas, dor nas articulações ou 
nos músculos, sensação de inchaço ou ganho de peso
D. Os sintomas estão relacionados com sofrimento importante ou prejuízo no 
trabalho, escola, atividades sociais habituais ou relações interpessoais 
E. O quadro não é meramente uma exacerbação dos sintomas de outros transtorno, 
como TDM, transtorno de pânico, transtorno depressivo persistente (distimia) ou um 
transtorno da personalidade (embora possa ser concomitante a qualquer um desses 
transtornos). 
F. O critério A tem que ser confirmado por avaliações diárias durante pelo menos 2 
ciclos. No entanto, pode-se fazer um diagnóstico provisório antes dessa 
confirmação 
G. Os sintomas não são causados por uma substância ou por outra condição 
médica (ex: hipertireoidismo)
⚠ Os sintomas dos critérios A-C devem estar presentes na maior parte dos 
ciclos menstruais que ocorreram no ano anterior.
Diagnóstico diferencial:
Na maior parte dos casos, as depressões secundárias não possuem quadro 
clínico diferente das depressões associadas a transtornos afetivos primários. No 
entanto, o paciente com depressão secundária pode ter sinais e sintomas 
sugestivos de outras doenças clínicas e neurológicas.
Além disso, a depressão resistente também deve ser investigada. Depressão 
resistente (refratária ⇒ diferente de distimia) = aquela que não cessou depois 
de 2 ensaios, com tempo e dose adequados, com antidepressivos de classes 
distintas
Saber decor todos os critérios diagnósticos (Talita).
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 27
OBJ 5) Caracterizar o tratamento (medicamentoso e não medicamentoso) da 
Depressão (Principais classes e exemplos, linhas gerais do tto, mecanismos 
(Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga). Prof George disse que é importante saber!!!!
(Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga). Prof George disse que é importante saber!!!!
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 28
de ação e efeitos adversos
� Cordioli, Seção 2 - Capítulo "TDM e Transtorno Depressivo Persisitente 
(distimia)"; Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO X NÃO MEDICAMENTOSO 
Segundo Alvarenga (Fundamentos em Psiquiatria):
As estratégias de tto vão desde uso de antidepressivos até abordagens 
psicológicas (psicoterapias, grupos psicoeducacionais e auto-ajuda) e ttos 
biológicos não farmacológicos (ECT, estimulação magnética 
transcraniana, estimulação NC X, fototerapia).
A escolha da estratégia de tto em monoterapia ou em associação leva em 
consideração: características clínicas, subtipo depressivo, curso doença, 
eventos de vida, personalidade pcte, suporte psicossocial, antecedente de 
resistência a tto, preferência do pcte e custo.
É importante definir se o pcte vai receber tto ambulatorial ou se precisa de 
internação psiquiátrica, seja voluntária ou compulsória.
Indicações para internação psiquiátrica: • Risco iminente suicídio • 
Incapacidade reconhecer a doença ou seguir orientações médicas • 
Falta suporte familiar 
• Altos níveis estresse psicossocial • Severo prejuízo funcional ou 
debilitamento físico.
LINHAS GERAIS DO TTO 
Segundo Cordioli (Psicofármacos Consulta Rápida):
A farmacoterapia dos episódios agudo e manutenção TDM e distimia obedece 
às seguintes etapas: 1) Prescrição inicial de um antidepressivo de 1ª escolha; 2) ↑ 
dose; 3) troca para um antidepressivo de outra classe; 4) potencialização do 
antidepressivo ou combinações de antidepressivo; 5) Uso de IMAOs; 6) 
Eletroconvulsoterapia (ECT).
O tto da depressão é dividido em 3 fases: fase aguda, continuação do tto e 
manutenção
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 29
TTO DA FASE AGUDA
• Inclui os 2-3 primeiros meses (Cordioli) e 8-12 semanas (Alvarenga) de tto ⇒ 
decorar cerca de 6-12sem!!! Obj: ↓ sintomas depressivos (resposta) ou sua 
eliminação completa (remissão) 
• Depressões maiores leves pode ser tratadas tanto com psicoterapia, quanto com 
antidepressivos → Depende da avaliação individual de cada paciente e da 
preferência do médico!! 
• Os antidepressivos devem ser tto primário de depressões moderadas a 
grave, combinadas ou não com psicoterapia (a não ser que ECT esteja planejada).
� Indicações ECT: 1) Depressão maior grave e c/ comprometimento funcional; 2) 
Presença de sintomas psicóticos e catatônicos; 3) Casos que se queira rápida 
resposta antidepressiva (risco de suicídio, comprometimento nutricional).
⚠ TCC e ECT→ Quando usar ECT? Depressão grave (com RS), 
depressão refratária, gestantes (teratogênicos) → Cordioli. Devemos 
saber: qual o melhor tto em cada momento da doença? Ex.: pessoa 
começou agora a ter depressão ou TB agora. O que fazer?
FASE DE CONTINUAÇÃO DO TTO 
• Corresponde aos 4-9 meses (Cordioli) e 6-12 meses (Alvarenga) que seguem o 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 30
tto fase aguda. Obj: manter melhora, evitando recaídas (retorno dos sintomas do 
episódio índice). A continuação está indicada a todos os pctes. Ao término dessa 
fase, se pcte permancer com melhora obtida na fase aguda, é considerado 
recuperado do atual episódio ⇒ Cordioli!!! 
• Pctes que usaram antidepressivos na fase aguda continuam com os mesmos 
fármacos, nas mesmas doses que geraram alívio dos sintomas 
• O acompanhamento psicoterapêutico deve continuar nessa fase.
FASE DE MANUTENÇÃO 
• Obj: evitar recorrência (novos episódios). Duração: longa. 
• Pacientes com alto risco de recorrência e que tenham tido episódio depressivo 
grave são potenciais candidatos para essa fase 
� Fatores de risco para recorrência do transtorno depressivo: Depressão 
resistente; Mais de 2 episódios em 2 anos; Depressão recorrente (3 ou mais 
episódios ao longo da vida); Distimia concomitante (depressão persistente); 
Presença de sintomas depressivos residuais; Condição clínica crônica 
concomitante.
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TERAPIAS ALTERNATIVAS - Segundo Alvarenga (Fundamentos em Psiquiatria): 
• Erva de São João (fitoterápico): Não deve ser 1ª escolha. 
• Valeriana (fitoterápico): Carece estudos. 
• Passiflora: derivada da flor do maracujá. Precisa de estudos nos seres humanos. 
• Acunpuntura: Não existe evidência consistente sobre a eficácia na depressão 
• Suplementação com L-triptofano e 5-hidroxitriptofano: Evidências iniciais 
mostram melhora de sintomas depressivos. Mas alguns estudos trazemresultados 
negativos. 
• Ômega 3: Estudos mostraram relação da depressão com baixa ingesta de ômega 
3. 
Reavaliação pcte com depressão: 15 dias apos inicio- pode aumentar dose; 30 dias 
apos inicio - pode trocar med (Mariana).
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 32
PRINCIPAIS CLASSES E EXEMPLOS, MECANISMOS DE AÇÃO E REAÇÕES 
ADVERSAS
Quanto à estrutura química:
Antidepressivos heterocíclicos: Estrutura com anéis benzênicos: 
Tríciclicos: Aminas terciarias: Imipramina, Amitriptilina, Trimipramina e 
Doxepina; Aminas secundárias: Desmetilimipramina, Nortriptilina e 
Protriptilina 
Tetracíclicos: Maprotilina e Amozapina
Quanto ao mecanismo de ação:
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+ importantes (Talita): Fluoxe, Paroxe, Sertral, Escitalop, Venlafax, Duloxe, Amitrip, 
Nortript, Imipram
CLASSE 1) Antidepressivos inibidores da monoaminoxidase (IMAOs)
REPRESENTANTES DA CLASSE:
Isocarboxazida: Não seletivo e irreversível; Fenelzina: Não seletivo e 
irreversível; Tranilcipromina: Não seletivo e irreversível; Moclobemida: 
Seletivo de MAO-A e reversível; Selegilina: Seletivo de MAO-B, mas não 
tem ação antidepressiva significativa
Tutora Thayssa disse que não precisa saber os representantes!!!! RAMs IMAOs 
(TGI, tontura, ganho peso e alteração sexual).
MECANISMO DE AÇÃO: Ainda não está 100% esclarecido!!
Inibem a atividade da enzima monoaminoxidase (MAO). Com isso, ↓ 
metabolismo de serotonina, noradrenalina e dopamina ⇒ ↑ suas 
concentrações nos locais de armazenamento do SNC e SNAs.
Isocarboxazida, Fenelzina e Tranilcipromina são não-seletivos e ligam-
se de forma irreversível à monoaminoxidase ⇒ Com isso, há 
(Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga). Antidepressivos + importantes para provas 
residência: ISRS, IMAO e ADT (Mariana)
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 34
subsensibilização dos receptores alfa 2 ou beta adrenérgicos e de 
serotonina, com melhor atividade antidepressiva do que o ↑ concentrações 
em si de neurotransmissores (por isso a demora no início de ação 
terapêutica).
REAÇÕES ADVERSAS:
Hipotensão postural é o + comum e pode ser diminuído com o inicio gradual do 
medicamento
Síndrome serotoninérgica: Pode acontecer com associação de Amitriptilina, 
Clomipramina, Doxepina, Imipramina, ISRSs ou Trazodona. Também pode 
acontecer na substituição de substâncias sem observar o perído de wahs-out 
adequado 
para a substância sair 100% do organismo.
O paciente pode apresentar: Confusão; Hipomania; Agitação; Diarreia; 
Febre; Diaforese; Efeitos na PA
O paciente melhora rapidamente assim que tira as substâncias
Adotar dieta pobre em tiramina ⇒ Evitar crise hipertensiva fatal:
Crise hipertensiva: Decorrente da interação de IMAOs com substância rica 
em tiramina ou amina biogênica. O pcte pode apresentar: Cefaleia intensa; 
Palpitações; Dor torácica intensa; Midríase; Taqui ou bradicardia; ↑ 
fotossensibilidade; Sudorese; Febre; Sensação de frio; Pele viscosa; 
Náusea; Vômitos; Rigidez de nuca; Hemorragia intracraniana.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 35
CLASSE 2) Antidepressivos tricíclicos (ADTs)
REPRESENTANTES DA CLASSE:
Amitriptilina; Desipramin; Nortriptilina; Imipramina; Clomipramina
MECANISMO DE AÇÃO:
Bloqueio recaptação monoaminas (NE e 5-HT) ⇒ Ficam na fenda sináptica 
e atuam.
Aminas terciárias inibem, em especial, recaptação de serotonina. Aminas 
secundárias, inibem, em especial, recaptação de noradrenalina.
Bloqueiam receptores muscarínicos (colinérgicos), histaminérgicos tipo 1, alfa 2 
e beta adrenérgicos, serotoninérgicos e dopaminérgicos (mais raro). Essa 
atividade não necessariamente tem correlação com o efeito antidepressivo, mas 
sim com os efeitos colaterais.
Cronicamente, dessensibilizam receptores beta 1 adrenérgicos, 5-HT2 e 5-
HT1A no SNC.
AMPc, cálcio, diacilglicerol e fosfolipídeos estimulam a fosforilação de quinases 
envolvidas na produção de catecolaminas e podem ↑ ligação da proteína G a 
receptores dessensibilizados.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 36
Estradiol e progesterona também estão envolvidos na alteração da sensibilidade 
ou na qtde receptores pelos ADTs, interferindo na capacidade de ligação da 
Imipramina no hipotálamo.
REAÇÕES ADVERSAS:
São causadas pela atividade pós-sináptica e afinidade pelos receptores 
muscarínicos, histaminérgicos, serotoninérgicos, noradrenérgicos e alfa-1 
adrenérgicos.
Os anticolinérgicos são os + frequentes e sua intensidade ↓ c/ o passar do 
tempo ou c/ ↓ dose.
Os pacientes devem ser orientados para não operarem máquinas perigosas, 
nem dirigirem veículos (em caso de sonolência) e evitar consumo de álcool.
CLASSE 3) Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina 
(ISRSs)
REPRESENTANTES DA CLASSE:
Citalopram; Fluoxetina; Fluvoxamina; Paroxetina; Sertralina; Escitalopram
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MECANISMO DE AÇÃO:
Inibição potente e seletiva da recaptação de serotonina. Assim, ↑ serotonina na 
fenda sináptica, potencializando sua neurotransmissão (ação). 
• Sertralina e Paroxetina são os mais potentes!!!!
REAÇÕES ADVERSAS: Por serem seletivos, os efeitos colaterais são mais 
toleráveis!!! São eles: 
Fluoxetina: agitação, ansiedade, insônia, ciclagem para mania, nervosismo, 
inibição apetite, urticária
Sertralina: perda peso
Paroxetina: ganho peso e disfunções sexuais (retardo ejaculatório, 
anorgasmia)
Citalopram: ganho peso
Outras RAM: Alterações do sono; Fadiga; Tremor; Efeito extrapiramidal; 
Febre; Artralgia; Eosinofilia; Ideação intensa e intrusiva de violência e 
suicídio; Síndrome de rash; Inchaço da face e das mãos.
CLASSE 4) Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina 
e noradrenalina (ISRSNs)
REPRESENTANTES DA CLASSE:
Venlafaxina; Milnaciprano; Duloxetina
MECANISMO DE AÇÃO:
Inibem, seletivamente, a recaptação de serotonina e noradrenalina. Com isso, 
ficam na fenda sináptica e aumentam os seus efeitos 
neurotransmissores!!!
Promovem rápida downregulation de receptores beta adrenérgicos acoplados 
à AMPc, causando um inicio de ação precoce.
REAÇÕES ADVERSAS:
Venlafaxina: Náusea; Tontura; Sonolência; Hipertensão (dose acima de 225 
mg/dia); Sudorese abundante (dose acima de 225 mg/dia).
Milnaciprano: Dispneia; Palpitações; Hipotensão; Tremor (dose acima de 225 
mg/dia); ↓ libido (dose-dependente); Anorgasmia (dose-dependente); Retardo 
ejaculatório (dose-dependente); Impotência (dose-dependente); Taquicardia; 
Constipação; Náusea; Vômitos; Xerostomia; Cefaleia; Tremor.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 38
Duloxetina: Constipação intestinal; Xerostomia; Náusea; Cefaleia; Diarreia; 
Vômitos; ↓ libido; Sudorese apetite; Perda de peso; Cansaço; Tontura; 
Sonolência; Tremor; Sudorese; Ondas de calor; Visão borrada; Anorgasmia; 
Insônia; Tonteira; Nervosismo; Dificuldade de ereção e ejaculação; Dificuldade 
em urinar (homens); ↓ apetite; Fraqueza; Taquicardia; Midríase; Alterações 
visuais; Eructação; Gastrenterite; Estomatite; Calafrios; Sede; ↑ peso; ↑ PA; 
Alterações laboratoriais hepáticas; Desidratação; Rigidez; Contração muscular; 
Alteração do paladar; Ansiedade; Distúrbio do sono; Agitação; Bruxismo; 
Desorientação; Noctúria; Bocejo; Fotossensibilidade; Rubor facial; Extremidades 
frias.
CLASSE 5) Antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina e 
antagonistas alfa 2 (IRSAs) 
REPRESENTANTES DA CLASSE:
Trazodona 
MECANISMO DE AÇÃO:
Inibição da recaptação de serotonina e noradrenalina
Em longo prazo, dessensibilização e ↓ quantidade de receptores beta 
adrenérgicos e 5-HT2A
Atividade antagonista de receptores alfa 1 adrenérgicos e anti-histamínico ⇒ 
Relação com efeitos colaterais!!
O metabólito mCPP possui atividade serotoninérgica pós-sináptica
REAÇÕES ADVERSAS:
São elas: Reações alérgicas; Irritação gástrica; Arritmias em pacientes com 
contraçõesventriculares prematura ou prolapso de válvula mitral; Priapismo; 
Sedação; Hipotensão ortostática; Tontura; Cefaleia; Náusea; Boca seca 
(xerostomia).
CLASSE 6) Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de 
noradrenalina (ISRNs) 
REPRESENTANTES DA CLASSE:
Reboxetina 
MECANISMO DE AÇÃO:
Atividade seletiva sobre a recaptação da noradrenalina
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 39
Atividade antagonista alfa-2
REAÇÕES ADVERSAS:
São elas: Taquicardia; Impotência sexual; Hesitação ou retenção urinária; 
Insônia; Sudorese excessiva; Obstipação intestinal; Boca seca.
CLASSE 7) Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de dopamina 
(ISRDs)
REPRESENTANTES DA CLASSE:
Bupropiona 
MECANISMO DE AÇÃO:
↑ liberação de noradrenalina corpórea
Inibe recaptação de dopamina (menos que a Sertralina)
↓ ácido homovanílico (metabólito primário de dopamina)
REAÇÕES ADVERSAS:
São elas: Agitação; Ansiedade; Rash cutâneo; ↓ apetite; Xerostomia; 
Obstipação intestinal; Convulsões (+ comum do que c/ outros antidepressivos).
CLASSE 8) Antidepressivo noradrenérgico e específico serotoninérgico 
(NaSSA)
REPRESENTANTES DA CLASSE:
 Mirtazapina 
MECANISMO DE AÇÃO:
↑ atividades noradrenérgicas e serotoninérgicas centrais
Antagonista de auto e heterorreceptores alfa 2 adrenérgicos pré-sinápticos e 
antagonista 5-HT2 e 5-HT3 pós- sináptico
Afinidade por receptor histamínico H1 ⇒ Explica o efeito sedativo!!
REAÇÕES ADVERSAS:
São elas: Sedação excessiva; Ganho peso, em especial com doses baixas; 
Xerostomia; Edema; Obstipação intestinal; Dispneia; Agranulocitose reversível 
Neutropenia grave reversível.
CLASSE 9) Antidepressivo agonista receptores melatoninérgicos MT1 e MT2 e 
antagonista 5-HT2C
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REPRESENTANTES DA CLASSE:
Agomelatina
MECANISMO DE AÇÃO:
 Agonista com alta afinidade pelos receptores MT1 e MT2 de melatonina 
humana
Antagonista de 5-HT2C
REAÇÕES ADVERSAS:
São elas: Cefaleia; Náusea; Fadiga.
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SABER (George): Tto medicamentoso: classes dos antidepressivos, quais são 
primeira escolha e quais não são. Tricíclicos, tricíclicos de aminas secundárias, 
ISRS – são de 1ª escolha!
OBJ 6) Caracterizar o Transtorno Bipolar (conceito; epidemiologia; 
fisiopatologia e subtipos- Transtorno Bipolar Tipo I, Transtorno Bipolar Tipo II 
e Transtorno Ciclotímico)
CONCEITO
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 42
Distúrbio com alteração patológica do humor, demarcado por episódios de 
depressão e episódios de euforia (mania e/ou hipomania).
Diferencia-se das depressões unipolares, justamente pela ocorrência dos 
episódios maníacos e hipomaníacos.
Possui caráter fásico, episódico. O paciente tem episódios de mania e 
depressão que ocorrem relativamente delimitados no tempo. Frequentemente 
tem períodos de remissão e o humor fica eutímico, normal.
EPIDEMIOLOGIA
Prevalência de 1% do TB; Prevalência de 3-11% do espectro bipolar
Conforme OMS, oTB é a 6ª maior causa de incapacitação no mundo
Quando não tratado, causa, em média, 15% das taxas de suicídio
O maior risco é entre 10-35 anos (idade média de 21 anos)
Chance de recorrência após 1 episódio de mania ou depressão é de 37% no 
primeiro ano e 87% nos primeiros 5 anos
Incidência: tipo 1 é igual entre os sexos (crianças= mais comum em menino); 
tipo 2 é maior nas mulheres
Os homens possuem mais mania que as mulheres
As mulheres possuem mais estados mistos do que os homens, em especial 
aquelas que possuem o tipo II
Na ciclotimia, o início é + precoce, evolução + longa, + uso de álcool e 
substâncias ilícitas e ↑ risco suicídio. Estima-se que 26-43% dos pacientes com 
TB tem ou terão ciclagem rápida.
Saber os fatores epidemiológicos (ex.: estado civil, genética) porque pode cair na 
prova ⇒ ex.: "cite 5 coisas que devem ser investigadas na anamnese desse pcte" 
(Mariana).
FISIOPATOLOGIA (Fundamentos em Psiquiatria, Alvarenga)
NEUROBIOQUÍMICA
↑ metabólitos de noradrenalina no líquor, urina e sangue nas fases maníacas 
(hiperatividade nadrenérgica) e ↓ nas fases depressivas
↓ atividade da serotonina no córtex pré-frontal, hipocampo e hipotálamo na 
mania
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 43
Hiperatividade da dopamina na mania
↑ receptores dopaminérgicos D1 no hipocampo
Menos concentração de GABA no líquor e sangue na mania e na depressão
↑ glutamina no líquor em bipolares deprimidos
↑ expressão do receptor excitatório AMPA na mania
Alteração da transdução de sinais na membrana neuronal: ↑ proteínas G; 
Hiperatividade da PIP2 na mania e depressão; ↑ cálcio intracelular; ↑ PKC
↓ receptores glicocorticoides em córtex pré-frontal e amígdala cerebral
Ausência de supressão no teste com Dexametasona na mania e na depressão
↑ atividade da IL-2 na mania e de IL-2 e IL-6 na ciclagem rápida
NEUROIMAGEM
↓ córtex pré-frontal ⇒ Achado mais consistente!!!!
Estudos observaram que na mania temos: ↓ importante do córtex pré-frontal 
dorsolateral esquerdo na mania; ↑ metabolismo no córtex pré-frontal subgenual; 
Hipometabolismo cerebral na fase depressiva.
GENÉTICA 
Parentes de 1º grau bipolares ⇒ ↑ 3x risco de depressão unipolar e 7x de TB. 
Além disso, a herdabilidade do TB de 70%.
QUADRO CLÍNICO 
Os pacientes com TB ficam a maior parte do tempo com sintomas 
depressivos (e não maníacos), subsindrômicos ou em episódio depressivo 
pleno, do que em eutimia (normal).
Há pacientes com ciclos que começam com mania e evoluem para depressão, e 
outros, o contrário
Maioria dos pacientes não tem nenhum padrão de ciclagem e variam 
conforme o tempo e questões individuais
O paciente bipolar não tem queixas de sintomas hipomaníacos ou não 
reconhece antecedente maníaco e queixa de depressão, na maioria das 
vezes.
SUBTIPOS (DSM-5)
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 44
TB: I) pelo menos 1 episódio de mania, tendo ou nao episódio depressivo; II) mania 
+ depressão (obrigatório)!!! (Thayssa)
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I
O pcte deve ter episódios depressivos intercalados com fases de normalidade e 
no mínimo, uma fase maníaca bem caracterizada.
Critérios diagnósticos: 
O episódio maníaco pode ter sido depois ou antes de episódios hipomaníacos ou 
depressivos maiores. 
 A. Foram atendidos todos os critérios para pelo menos um episódio maníaco 
(abaixo) 
 B. A ocorrência do episódio maníaco e depressivo maior não é mais bem explicada 
por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, 
transtorno delirante ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno 
psicótico com outras especificações ou não especificado.
Episódio maníaco: 
 A. Um período distinto de humor e persistentemente elevado, expansivo ou irritável 
e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, 
com duração mínima de 1 semana e presente na maior parte do dia, ou todo dia 
 B. 3 ou mais dos seguintes sintomas (4 se o humor é só irritável) durante a 
perturbação do humor e aumento da energia ou atividade:
1. Autoestima inflada ou grandiosidade
2. Diminuição da necessidade de sono
3. Loquacidade anormal ou pressão para continuar falando
4. Fuga de ideias ou sentimento de que os pensamentos estão acelerados
5. Distrabilidades, conforme relato do paciente ou observação de alguém próximo
6. ↑ atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora
7. Envolvimento excessivo com atividades com alto potencial para consequências 
doloroas (EX: indiscrições sexuais, investimentos financeiros insensatos)
 C. Perturbação do humor é tão grave a ponto de trazer dano funcional social ou 
profissional ou necessita de hospitalização para prevenir dano a si mesmo ou outras 
pessoas, ou com sintomas psicóticos 
 D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., 
droga de abuso, medicamento, outro tto) ou a outra condiçãomédica.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 45
⚠ Os critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um 
episódio maníaco na vida é necessário para diagnosticar TB tipo 1.
Características diagnósticas: 
• Período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou 
irritável e ↑ persistente da atividade ou da energia, com duração de pelo menos 1 
semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias ⇒ Característica 
essencial!!! 
• O humor é eufórico, muito alegre e elevado 
• Algumas vezes, o humor é irritável ao invés de elevado, em especial, quando os 
desejos dos pacientes não são aceitos ou quando usou alguma substância 
• Mesmo sem ter experiencia, o paciente pode começar ações complexas, como 
escrever um romance 
• Supervalorização da crença em crianças 
• ↓ necessidade do sono: Paciente pode dormir pouco e mesmo assim sente-se 
descansado e cheio de energia. 
• Algumas vezes, a fala caracteriza-se por piadas, trocadilhos, bobagens 
divertidas e teatralidade, com maneirismos dramáticos, canto e gestos excessivos. 
Quando o humor está mais irritável do que expansivo, a fala pode ser marcada por 
reclamações, comentários hostis ou tiradas raivosas. 
• O indivíduo pode adquirir muitos itens desnecessários sem que tenha dinheiro 
para pagar por eles e, em alguns casos, doar esses objetos. 
• O comportamento sexual pode incluir infidelidade ou encontros sexuais 
indiscriminados com estranhos, em geral sem atenção a risco de ISTs ou 
consequências interpessoais. 
Características associadas que apoiam o diagnóstico: • Forma de vestir • 
Maquiagem • Aparência pessoal com um estilo mais sexual ou • Maior acurácia 
olfativa, auditiva ou visual • Jogos de azar • Comportamentos antissociais
Desenvolvimento e curso: 
• Começa com mais de 18 anos, em média. Os primeiros sintomas podem 
começar com 60-70 anos, inclusive. 
• O começo dos sintomas maníacos em idades avançadas por indicar algumas 
condições médicas e uso ou abstinência de substâncias 
• Cada criança deve ser avaliada conforme seu comportamento habitual
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Fatores de risco e prognósticos:
⇒ Ambientais: É mais comum em países com renda elevada; Pessoas divorciadas 
ou viúvas tem mais chance do que aquelas casadas ou que nunca casaram; 
⇒ Genéticos e fisiológicos: História familiar é um dos fatores de risco mais forte e 
consistente; 10x mais risco quando tem parentes com transtorno tipo 1 e tipo II. O 
risco aumenta com o grau de 
parentesco.
Diagnósticos diferencial: • TDM • Outros TBs • Transtorno de ansiedade 
generalizada, transtorno de pânico, transtorno de estresse pós-traumático ou outros 
transtornos de ansiedade • TB induzido por substância/ medicamento • Transtorno 
de déficit de atenção/ hiperatividade • Transtornos de personalidade • Transtorno 
com irritabilidade acentuada
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II
O paciente tem episódios depressivos intercalados e seguidos de fases 
hipomaníacas. 
O episódio depressivo dura, no mín., 2 semanas, e o episódio hipomaníaco, 
no mínimo, 4 dias. 
Os episódios depressivos tipo 2 costumam ser mais comuns e prolongados 
do que no tipo 1.
⚠ A presença de um episódio maníaco exclui o dx de TB tipo 2.
Critérios diagnósticos: 
O paciente deve preencher os critérios a seguir para um episódio hipomaníaco atual 
ou anterior e os critérios a seguir para um episódio depressivo maior atual ou 
anterior 
 A. Foram atendidos os critérios para pelo menos um episódio hipomaníaco (abaixo) 
 B. Jamais houve episódio maníaco 
 C. A ocorrência do episódio hipomaníaco e depressivo maior não é mais bem 
explicado por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, 
transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno 
psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno 
psicótico não especificado. 
 D. Os sintomas de depressão ou a imprevisibilidade causada pela alternância entre 
depressão e hipomania causam sofrimento importante ou prejuízo funcional.
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 47
Episódio hipomaníaco: 
 A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo 
ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da 
energia, com duração mínima de 4 dias consecutivos e presente na maior parte do 
dia, quase todo dia
 B. 3 ou mais dos seguintes sintomas (4 se o humor é só irritável) durante a 
perturbação do humor e aumento da energia ou atividade: 
8. Autoestima inflada ou grandiosidade 
9. Diminuição da necessidade de sono 
10. Loquacidade anormal ou pressão para continuar falando 
11. Fuga de ideias ou sentimento de que os pensamentos estão acelerados 
12. Distrabilidades, conforme relato do paciente ou observação de alguém próximo 
13. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora 
14. Envolvimento excessivo com atividades com alto potencial para consequências 
doloroas (EX: indiscrições sexuais, investimentos financeiros insensatos)
 C. O episódio tem relação com uma mudança clara da funcionalidade 
 D. A perturbação do humor e o dano funcional são observáveis por outras pessoas 
 E. O episódio não tão grave a ponto de causar dano acentuado na funcionalidade 
social ou profissional ou para receber internação 
 F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., 
droga de abuso, medicamento, outro tratamento) ou a outra condição médica.
Características diagnósticas: 
• O paciente começa o transtorno com episódio depressivo, e é pouco provável 
queixar inicialmente de hipomania 
• Os episódios de hipomania não geram prejuízos, mas sim os depressivos ou o 
padrão persistente de oscilações imprevisíveis de humor e instabilidade funcional 
• Os pacientes com tipo 2 podem não entender os episódios hipomaníacos como 
algo patológico, mas alguns se sentem perturbados. Informações clínicas dadas por 
alguém próximo ao paciente pode ajudar no diagnóstico!!!! 
• O episódio hipomaníaco não pode ser confundido com os vários dias de eutimia e 
restauração de energia que podem vir depois de um episódio depressivo 
• O tipo 2 não é uma forma mais leve do tipo 1 
• Uma característica marcante é a impulsividade.
Desenvolvimento e curso: 
• Idade média de início: 25 anos (mais tarde que o tipo 1 e mais cedo que o 
depressivo maior) 
• Transtorno de ansiedade por uso de substância ou transtorno alimentar pode 
M1P1T6- Depressão, luto, mania e transtorno bipolar (Thaís Garcia) 48
anteceder o dx de tipo 2, dificultando 
• A quantidade de episódios durante a vida tende a ser maior do que no tipo 1 
• O intervalo entre episódios de humor tende a diminuir com o envelhecimento 
• Por mais que a hipomania é que define o tipo 2, os episódios depressivos são 
mais duradouros e incapacitantes
Fatores de risco e prognóstico: 
⇒ Genéticos e fisiológicos: Risco maior em parentes de pessoas com tipo 2; A 
idade de inicio do transtorno pode ter influência genética.
Diagnóstico diferencial: • TDM • Transtorno ciclotímico • Transtornos do espectro 
da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos relacionados • Transtorno de pânico 
e outros transtornos de ansiedade • Transtorno por uso de substância • Transtorno 
de déficit de atenção/ hiperatividade • Transtorno de personalidade.
Saber o pq de cada dx diferencial de TB → Ler no DSM-5 (Mariana).
TRANSTORNO CICLOTÍMICO 
O transtorno ciclotímico tem como característica essencial a cronicidade e a 
oscilação do humor, envolvendo vários períodos de sintomas hipomaníacos e 
períodos de sintomas depressivos distintos entre si.
⚠ O uso de antidepressivos e o hipotireoidismo favorecem a 
ocorrência do transtorno bipolar ciclotímico!!!
Critérios diagnósticos: 
 A. Por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes), presença de 
vários períodos com sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios 
para episódio