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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E SUAS CAUSAS CARDIOLOGIA 2 Eduardo Siqueira HAS Introdução Definição Nível médios de PA que conferem risco significati- vo de eventos cardiovasculares (IAM, AVC…) Ou seja, elevações apenas casuais da PA não são maléficas, somente elevações persistentes. Primária (90-95%) Idiopática Secundária (5-10%) Presença de uma doença que por consequência dessa tem uma pressão aumentada. Ex: - Estenose da A. Renal Semiologia da PA Detalhes 3-5 minutos em repouso Sentado, pés no chão Braço na altura do coração Bexiga vazia SEM: - Cigarro: 30 min - Exercício: 60 min Sons de Korotkoff 1º → Som nítido (PA sistólica) 2º → Som suave 3º → Som amplificado/forte 4º → Som abafado 5º → Desaparece (PA diastólica) Diagnóstico Clínico 1º Média de 2 medidas em, pelo menos, 2 consultas: - ≥ 140x90 mmHg 2º - MAPA ≥ 130x80 mmHg (24 horas) ≥ 135x85 mmHg (vigília) ≥ 120x70 mmHg (sono) 3º - MRPA ≥ 130x80 mmHg 4º - Lesão de órgão-alvo Retinopatia hipertensiva 5º Aferição isolada PA ≥ 180x110 mmHg HAS - Jaleco Branco Não tem hipertensão de verdade Mas parece que tem O problema é quando ela vai no atendimento mé- dico, ela tem um estado de extrema ansiedade. Descarga adrenérgica. HAS - Mascarada Parece que não, mas o paciente tem hipertensão É o contrário do jaleco branco, so que aqui o paci- ente tem uma tranquilidade de ir ao médico, se sente bem cuidada. Desaparece ou mascara a via adrenér- gica. Diretriz Norteamericana 1º ≥ 130x80 mmHg 2º ≥ 125x75 mmHg ≥ 130x80 mmHg ≥ 110x65 mmHg Clínica Início Normalmente, a hipertensão arterial é uma doença assintomática, silenciosa! As manifestações ocorrem quando surgem lesões em órgãos-alvo (LOAs). Seu mecanismo de formação envolve lesão vascu- lar e/ou sobrecarga hemodinâmica. 1 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E SUAS CAUSAS CARDIOLOGIA 2 Eduardo Siqueira Lesão de Órgão-Alvo (LOA) Coração Coronariopatia aterosclerótica Cardiopatia hipertensiva - HVE - Insuficiência cardíaca Cérebro Doença cerebrovascular (Ex: AVE) Demência vascular Retina (Retinopatia Hipertensiva) Estreitamentos: Ocorre redução do calibre dos va- sos. Cruzamentos: Promove uma espécie de arquea- mento ou apagamento no “vaso que é cruzado” (vê- nula). Essas sofrem uma interrupção pontual do seu fluxo sanguíneo. Hemorragias e/ou exsudatos Papiledema: nervo óptico/papila óptica perde sua nitidez e fica pálida - HIC. Doença Arterial Periférica RIM (Nefropatia Hipertensiva) Benigna Normalmente relacionada a hipertensão arterial mal-tratada cronicamente. Arteriolosclerose hialina - Faz parte do processo natural do envelhecimen- to. - Porém, em hipertensos crônicos, esse processo ocorre mais precocemente. Hipertrofia da Camada Média - Estas duas são dois padrões de lesão renal - Ambas levarão a isquemia glomerular - Anos depois, ocorrerá glomeruloesclerose focal global, sobrecarregando glomérulos remanescen- tes e gerando, por fim, GEFS secundária. Maligna Normalmente relacionada a PA muito alto + aguda Isto é, processo súbito → organismo não tem tem- po de compensar como acima. Necrose fibrinóide Arteriolosclerose hiperplásica - Anatomopatológico com aspecto de “bulbo de cebola” HAS Acelerada Maligna Retinopatia 3 ou 4 + Lesão renal aguda Avaliação Complementar É como se fosse um screening de outras comodi- dades e screening de possível HAS secundária. - Urina (EAS) - Albuminúria (> 30 mg/g creatinina) - Glicemia de jejum - Potássio - Creatinina (TFG < 60 ml/min ou creat > 1,5) - Ácido úrico - Eletrocardiograma (sobrecarga ventricular E). Classificação de Keith-Wagener CRÔNICAS AGUDAS (EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA) IV - Papiledema III - Hemorragia / Exsudato I - Estreitamento Arteriolar II - Cruzamento AV Patológico 2 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E SUAS CAUSAS CARDIOLOGIA 2 Eduardo Siqueira HAS - Classificação Classificação dada pela pior medicação ou valor da PA do paciente. HAS - Tratamento PA Alvo? 1 - Geral < 140x90 mmHg 2 - ↑ Risco CV < 130x80 mmHg Diretriz Americana Todos < 130x80 mmHg Exceções ↓ Risco CV: Tto não-farmacológico por 3 meses ↑ Risco CV: Início com 2 drogas - Grande idoso (> 80 anos, frágil) → 1 droga Tratamento Não-Farmacológico Restrição sódica (< 1-1,5g de sódio) Dieta DASH (K, Ca, Vegetais, Frutas…) Perda de peso Moderação de consumo etílico Exercício regular Tratamento Farmacológico 1ª Linha Tiazídico (indapamida) Bloqueador do canal de cálcio IECA (pril) BRA-2 (sartan) Obs: Não associar IECA e BRA-2, não traz benefí- cio anti-hipertensivo, mas traz lesão renal. 2ª Linha ß-Block (era 1ª linha): Só fazer se o paciente tiver outra condição de doença que o BB seja indispensá- vel. Ex: ICC c/ FER; Doença Coronariana; æ-Block Clonidina Metildopa Espironolactona Hidralazina Alisquireno… “O Sistema R-A-A” Renina → Angiotensina I → ECA → Angiotensina II → Aldosterona (Córtex adrenal) - Alisquireno → inibidor direto da renina - IECA → inibe ECA - BRA-2 → inibe conversão para Aldosterona - Espironolactona → inibe Aldosterona Diretriz BR Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) PA Ótima < 120 < 80 PA Normal 120-129 80-84 Pré-Hipertensão 130-139 85-89 HAS Estágio I 140-159 90-99 HAS Estágio II 160-179 100-109 HAS Estágio III ≥ 180 ≥ 110 Diretriz Americana Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) PA Normal < 120 < 80 PA Elevada 120-129 < 80 HAS Estágio I 130-139 80-89 HAS Estágio II ≥ 140 ≥ 90 Classificação Terapêutica Inicial Ótima / Normal Reavaliar em 1 ano… Pré-HAS / PA Elevada Tratamento não-farmacológico HAS Estágio I Início com 1 droga (monoterapia) HAS Estágio ≥ II Início com 2 drogas (associação) 3 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E SUAS CAUSAS CARDIOLOGIA 2 Eduardo Siqueira Anti-Hipertensivos de 1ª Linha (Indicações Específicas) IECA / BRA-2 Pacientes jovens, brancos Negros são hiporreninêmicos e têm resposta redu- zida Doença renal crônica Diabetes (em especial, com microalbuminúria) Insuficiência cardíaca Paciente com hiperuricemia Tiazídico (Hidroclorotiazida, Indapamida, Clortalidona) Negro (s/ as doenças anteriores citadas). Pacientes idosos Pacientes com osteoporose → Reabsorção de cálcio nos rins e redução da calciúria. Block Cálcio (Anlodipina, Nifedipina) Negro, idosos Doença arterial periférica Vasodilatação, coronariodilatação, ino/cronotro- pismo negativo. Paciente com fibrilação atrial (utilizar tardio-seleti- vos). Anti-Hipertensivos de 1ª Linha (Efeitos Colaterais) IECA / BRA-2 IRA, Hipercalemia: - Não usar se Cr > 3 OU - K > 5,5 OU - Estenose bilateral da A.Renal - Tosse crônica por ↑ bradicinina (BRA não faz…) Tiazídico (Hidroclorotiazida, Indapamida, Clortalidona) 4 hipo… - Hipovolemia - Hiponatremia - Hipocalemia - Hipomagnesemia 3 hiper… - Hiperuricemia (História de artrite gotosa) - Hiperglicemia - Hiperlipemia Block Cálcio (Anlodipina, Nifedipina) Edema de membros inferiores Não utilizar em casos de ICC Bradiarritmias Tontura Rubor facil HAS - Persistente Definição Indivíduo que mantém falha no controle pressóri- co, mesmo após fazer associação de ≥ 3 drogas di- ferentes, em doses otimizadas, sendo, obrigatoria- mente, uma delas da classe dos diuréticos Conduta Excluir Pseudorresistência Avaliar aderência por parte do paciente Afastar efeito jaleco branco (MAPA; MRPA) Excluir Hipertensão Secundária Tratar HAS Resistente “Verdadeira” Adicionar 4ª droga → Espironolactona Possibilidades Verdadeira Caso confirmada, a conduta é adicionar espirono- lactona (a melhor como 4ª droga). Má-Adesão ao tratamento Questionar sobre adesão do paciente, como tomar medicações e, além disso, orientações gerais. Essa hipótese deve ser cogitada antes da possibilidade. Efeito do Jaleco Branco Paciente possui níveis pressóricos maiores noconsultório do que fora dele, mas de modo que não altera diagnóstico. Hipertensão Arterial Secundária Nas secundárias, paciente só melhora tratando doença de base. Dica: Na prática, as mais comuns são 2 e 3. Em provas, sempre desconfiar de secundária. 4 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E SUAS CAUSAS CARDIOLOGIA 2 Eduardo Siqueira HAS - Secundária Investigação Dicas e Sinais Idade de início: precoce (< 30 anos) ou tardio (> 50 anos). HAS idiopática surge entre 30-50 anos de idade normalmente. HAS grave (> 180x110 mmHg) e/ou refratária Tríade de feocromocitoma Uso de algumas drogas e medicamentos Sinais de endocrinopatia (Cushing, hipertireoidis- mo, hiperparatireoidismo. Massa ou sopro abdominal Assimetria de pulso femoral Alterações na creatinina, TFG reduzida Hipocalemia < 3 não relacionado a diurético Exame urinário anormal Apneia obstrutiva Dica: Hipertensão com hipocalemia → cãibras, constipação. Na prática, costuma ser tiazídicos; em provas excluir HAS secundária, hipertensão renovas- cular (prevalência 5%). CAUSAS ACHADOS DIAGNÓSTICO Doença Renal Parenquimatosa Insuficiência renal, edema… USG renal, TFG Renovascular (Estenose A.Renal) Sopro abdominal ↓ K Alcalose AngioTc Angiografia renal Hiperaldo 1ª ↓ K Alcalose ↑ Aldosterona ↓ Renina Feocromocitoma (Catecolaminas) Crises adrenérgicas Metanefrinas e catecolaminas Apneia Obstrutiva do Sono Ronco Sonolência Polissonografia 5 Definição Semiologia da PA Clínico Diretriz Norteamericana Início Lesão de Órgão-Alvo (LOA) Avaliação Complementar PA Alvo? Tratamento Não-Farmacológico Tratamento Farmacológico “O Sistema R-A-A” Anti-Hipertensivos de 1ª Linha (Indicações Específicas) Anti-Hipertensivos de 1ª Linha (Efeitos Colaterais) Definição Conduta Possibilidades Investigação Dicas e Sinais
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