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Apostila de quimica geral e ambiental

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Química Geral 
e Ambiental
5
• Matéria
• Fenômenos
• Estados da matéria: sólido, líquido e gasoso
• Mudanças de Estados da Matéria
• Outras Propriedades da Matéria
• Propriedades Organolépticas
 · Conhecer e identificar as fases ou estados da matéria: sólido, líquido e gasoso.
Caro(a) aluno(a), 
Leia atentamente o conteúdo desta unidade, que lhe possibilitará conhecer as dimensões 
dos Estados da Matéria.
Você também encontrará, nesta unidade, uma atividade composta por questões de múltipla 
escolha relacionada com o conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar 
conhecimentos e debater questões no fórum de discussão.
É extremante importante que você consulte os materiais complementares, pois são ricos 
em informações que lhe possibilitarão o aprofundamento dos seus estudos sobre este assunto.
Estados da Matéria
6
Unidade: Estados da Matéria
Contextualização
Para iniciar esta unidade, a partir da ilustração abaixo, reflita sobre as diferentes 
apresentações da substância água na natureza. 
Água Gelo Vapor
Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:
• Por que isso acontece?
• Quais fenômenos estão envolvidos?
• Como controlar esses estados?
7
Matéria
“A química, como toda ciência, não é nada magico ou superior, 
reservado para mentes brilhantes. Nem tampouco existe uma 
receita mirabolante para se aprender ou fazer ciência, algo como 
o mito do fantástico ‘método cientifico’ que os cientistas seguem 
como uma maquininha de fazer leis e teorias... Existem tantos 
métodos quanto cientistas; tudo é válido para se resolver um 
problema e não existe necessariamente uma ordem a ser seguida” 
(MATHEUS, 2001).
Vivemos rodeados por objetos que são diferentes, mas que têm uma coisa em comum: 
ocupam um lugar no espaço. Sendo assim, não se consegue colocar duas ou mais coisas 
no mesmo lugar.
“Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço”
Lei de Newton
O espaço ocupado é chamado de volume e o tamanho dele, com maior ou menor quantidade 
de substância, chama-se massa. Chamaremos de matéria tudo o que ocupa lugar no espaço e 
tem massa.
Reflita
Aninha pegou um copo e encheu-o com suco de uva.
Como estava muito calor, colocou três pedras de gelo no copo.
Nesse momento, o suco transbordou e Aninha chorou, pois 
molhou e sujou seu vestido.
Pergunta: Por que o líquido transbordou?
8
Unidade: Estados da Matéria
Fenômenos
Fonte: Thinkstock/Getty Images
Figura 1 - Fenômeno Físico e Fenômeno QuímicoOs objetos que nos rodeiam sofrem 
transformações. Essas transformações 
podem alterar a matéria final ou não. Ao 
derreter uma barra de ferro numa fundição, 
não há alteração de matéria, pois o ferro 
continua sendo ferro; só muda o estado 
físico de sólido para líquido pela ação da alta 
temperatura. Por outro lado, ao se incinerar, 
no laboratório, uma amostra de carne, 
teremos a formação de cinzas.
O fenômeno físico não altera a matéria, já o fenômeno químico proporciona a 
formação de outra substância.
Exemplificando:
Ir ao cabelereiro e cortar o cabelo é um fenômeno físico, porém queimaresse cabelo 
que foi cortado é um fenômeno químico.
 Saiba Mais
Exemplos de propriedades químicas:
• Combustão: ao colocarmos a gasolina em contato com uma fonte de calor, ela 
pega fogo; o suco de uva não.
• Digestão: ao ingerirmos os alimentos, eles vão para o estômago, onde recebem 
o ácido estomacal, momento em que são digeridos, quebrados em partículas 
menores para absorção do organismo.
• Oxidação: o ferro sofre oxidação e enferruja. A oxidação é a reação do material 
com o oxigênio contido no ar.
 Para pensar
Indique cinco fenômenos físicos e cinco fenômenos 
químicos que você presencia diariamente.
9
Estados da matéria: sólido, líquido e gasoso
Abordaremos, adiante, as mudanças de fase da matéria. A matéria pode se apresentar nos 
estados sólido, líquido e gasoso. A mudança de estado da matéria é um fenômeno físico.
No nosso dia a dia, observamos a água em diferentes formas:
• Ao abrirmos o congelador, deparamo-nos com os cubos de gelo.
• Ao abrirmos a torneira e o chuveiro, temos a água que lava nossas roupas, louças e nos 
higieniza no banho. 
• E quando colocamos água na caneca sobre fogo alto do fogão, temos a formação do 
vapor de água.
A água é um elemento que se apresenta diariamente nos três estados: sólido, líquido e gasoso.
Figura 2: Água nos estados: sólido, líquido e gasoso
Fonte: Wikimedia Commons
Como vimos, as substâncias podem se apresentar em três fases: fase sólida, fase líquida e 
fase gasosa.
A temperatura do ambiente e pressão são os fatores que determinam o estado em que as 
substâncias se encontram. Dessa forma, cada material se apresenta de uma forma diferente 
em cada ambiente. E, toda vez que uma substância muda do estado sólido para líquido, líquido 
para gasoso, por exemplo, diz-se que houve uma mudança de estado ou mudança de fase.
Esse fenômeno explica-se, pois as substâncias são formadas por átomos e, ao se fornecer 
energia para os átomos, eles começam a se movimentar. 
Exemplificando:
Imagine um grupo de amigos que está conversando e uma música começa a tocar. O grupo 
começa a se agitar, o calor aumenta e eles começam a se separar.
Da mesma forma, quando a música para, o grupo volta a se reunir para continuar conversando.
10
Unidade: Estados da Matéria
A mesma coisa acontece com os átomos. Ao receber o calor (= energia), os átomos 
começam a se movimentar e a se distanciar. Ocorre, então, a mudança do estado sólido para 
líquido e de líquido para gasoso.
Os átomos, ao perderem energia, param de se agitar, voltam a se aproximar e temos as 
mudanças de gasoso para líquido e de líquido para sólido.
Concluindo, vemos que o que define um estado físico da matéria são as forças de coesão e 
repulsão. A coesão aproxima as partículas e a repulsão tende a separá-las. 
• Se a força de coesão for maior que a força de repulsão, a substância se apresentará 
na fase sólida.
• No momento em que as forças apresentarem a mesma intensidade, ocorrerá a fase líquida.
• E, quando a força de repulsão superar a força de coesão, teremos a fase gasosa.
Sólido
Os sólidos apresentam forma e volume bem definidos. É como se comporta uma bola de 
boliche. No estado sólido, as partículas encontram-se organizadas em posições bem definidas, 
lado a lado.
Líquido
O líquido adquire a forma do recipiente em que está contido, como um copo de água estreito 
e um copo largo de 300 mililitros. A forma pode mudar, mas o volume continua sendo o 
mesmo. Nesse estado, existe menor atração entre as partículas e elas ficam se movendo e 
deslizando umas sobre as outras.
Gasoso
Um material no estado gasoso é denominado gás ou vapor. Um gás passa facilmente de um 
lugar para outro, pois possui grande fluidez. Ele sempre ocupa o volume do recipiente que o 
contém. A matéria nesse estado não possui forma e volume próprios. O ar pode ocupar uma 
sala de aula e pode ser acondicionado num cilindro.
 Atenção
Resumindo na tabela:
Sólido Líquido Gasoso
Ligação entre átomos intensa fracas muito fracas
Movimento vibração translação intenso
Forma geométrica definida sem definição Indefinida
Volume constante constante indefinido
11
Mudanças de Estados da Matéria
O derretimento das geleiras e a evaporação da água são fenômenos físicos que acontecem 
por mudanças de temperatura e pressão. As mudanças de estado recebem nomes especiais:
 
Fusão Vaporização
Sólido Líquido Gasoso
Solidi�cação
Sublimação
Liquefação
(condensação)
Fonte: Adaptado de profmcastro.wordpress.com
Fusão
É a passagem do estado sólido para o estado líquido. 
Ocorre quando uma substância sólida é aquecida.
A temperatura em que ocorre a mudança de fase 
denomina-se Temperatura de Fusão ou Ponto de Fusão.
 Importante!
O sistema permanecerá em Temperatura de Fusão até que toda 
substância no estado sólido passe para o estado líquido
Fonte: Thinkstock / Getty Images
Vaporização
É a passagem do estado líquido para o estado gasoso. Ocorre quando uma substância 
líquidaé aquecida.
A vaporização pode ocorrer de duas formas diferentes:
• Evaporação, quando o líquido passa para o estado gasoso lentamente à temperatura ambiente; 
• Ebulição, quando a passagem do estado líquido para o gasoso é rápida e com 
formação de bolhas.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
12
Unidade: Estados da Matéria
A temperatura em que ocorre a mudança de fase denomina-se Temperatura de Ebulição ou 
Ponto de Ebulição.
 Importante!
O sistema permanecerá em Temperatura de Ebulição até que toda substância no 
estado líquido passe para o estado gasoso
Fonte: Thinkstock / Getty Images
Liquefação (Condensação)
É a passagem do estado gasoso para o estado líquido.
Ocorre quando uma substância gasosa perde calor.
 Importante!
Chamamos de condensação quando a substância no estado gasoso é um vapor e 
liquefação quando a substância no estado gasoso é um gás.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
13
Solidificação
É a passagem do estado líquido para o estado sólido.
Ocorre quando uma substância líquida perde calor.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
Sublimação
É a passagem direta do estado sólido para o estado gasoso sem a passagem pelo estado líquido.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
A tabela, a seguir, fornece os Pontos de Fusão e Pontos de Ebulição de algumas substâncias.
 Atenção
Substância Fusão (ºC) Ebulição (ºC)
A 50 200
B -100 100
C -200 90
Considere essas substâncias nas geleiras (temperatura de –40°C), em São Paulo 
(temperatura de 25°C) e no deserto (temperatura de 60°C).
Quais os estados físicos das substâncias em questão nos três locais indicados? 
14
Unidade: Estados da Matéria
Outras Propriedades da Matéria
Densidade
É a propriedade do material que relaciona massa e volume.
d =
m
v
Ela é uma propriedade específica de cada material, como o Ponto de Fusão e o Ponto de 
Ebulição, e serve para diferenciá-los dos demais.
A unidade de densidade no Sistema Internacional (SI) é o quilograma por metro cúbico 
(kg/m3), embora as unidades mais utilizadas sejam o grama por centímetro cúbico (g/cm3) ou 
o grama por mililitro (g/ml).
A densidade da água é 1,0g/cm3
Significa que 1 grama de água cabe num cubo de 1 centímetro de largura, 1 centímetro de 
profundidade e 1 centímetro de altura.
 Saiba Mais
Você já deve ter observado que alguns objetos afundam e outros não. 
A diferença entre os materiais que afundam e os que não afundam é 
explicada pela densidade. Não é o material de maior massa que afunda, 
e sim o material mais denso. Esta é uma observação importante: os 
objetos com densidade superior à da água afundam e os materiais com 
densidade inferior não afundam. Faça o teste: encha vários copos de água 
e mergulhe diversos materiais neles!
15
Propriedades Organolépticas
São aquelas perceptíveis aos cinco sentidos dos seres humanos: visão, paladar, olfato, 
audição e tato, e servem para identificar determinado material. Exemplo: o açúcar é branco, 
a cândida tem cheiro forte, o ácido cítrico tem sabor azedo. 
É possível identificar o açúcar e o sal pelo paladar; pela visão fica difícil, pois ambos são pós 
brancos utilizados na cozinha. Pode-se, também, identificar o óleo e a água pela aparência, 
pois são líquidos com cores diferentes.
As análises físico-químicas são muito importantes na identificação dos materiais, mas, 
como foi apresentado acima, as propriedades organolépticas não devem ser desprezadas na 
identificação das substâncias.
 Saiba Mais
A Análise Sensorial é uma ciência que se utiliza da percepção das propriedades 
organolépticas para classificar produtos. De acordo com Isaac et al. (2012), a 
análise sensorial tem sido utilizada como instrumento de medida científica na 
avaliação da qualidade de cosméticos. É fonte de informação única e a mais 
próxima possível do ser humano, porque avalia a aceitação e a preferência 
pelos produtos, quanto a atributos como a aparência, viscosidade, fragrância, 
espalhabilidade, resíduo graxo, secagem rápida, podendo ser muito útil na 
elucidação de problemas relacionados à aceitação do produto pelo consumidor. 
A aquisição e a continuidade do uso do produto estão relacionadas à sensação 
provocada no consumidor e pode ser a avaliada pela Análise Sensorial. Se a 
aparência não agrada, o consumidor não compra, não usa. Pelo tato, é possível 
verificar a sensação graxa residual: a maciez, a hidratação, a refrescância, 
o toque seco, entre outros atributos proporcionados por um determinado 
cosmético. Pelo gosto, envolvendo a percepção do doce, do salgado, do ácido, 
do amargo, do adstringente, do metálico, pode ser definida a compra de um 
batom ou a continuidade do uso de uma pasta dentifrícia. A aquisição e/ou 
a utilização constante podem, também, ser definidas quando a fragrância de 
um cosmético e o odor de um perfume podem ser percebidos pelo homem. 
Em estudos de mercado, a análise sensorial pode ser aplicada em ensaios 
comparativos entre produtos concorrentes e, também, em ensaios de aceitação 
dos consumidores por produtos a serem lançados para consumo.
Em resumo, tudo o que nos cerca tem química. Falamos de materiais, estados, mudanças 
de fase e propriedades. Cabe a nós observar, a partir de agora, as coisas com outros olhos, os 
olhos de quem estuda e desvenda química.
 
5
• Introdução
• História
• Prótons, Elétrons e Nêutrons
• Número Atômico
• Símbolos dos Elementos Químicos
• Número de Massa
• Isótopos, Isóbaros e Isótonos
• Massa Atômica
• Massa Molecular
 · Nesta Unidade abordaremos a evolução do conhecimento da estrutura atômica, 
massas atômicas e massas moleculares.
 · O principal objetivo aqui é conhecer as diferentes teorias da estrutura atômica e, 
assim, quantificar e diferenciar massas atômicas e massas moleculares.
Caro(a) aluno(a),
Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer as dimensões 
da estrutura atômica.
Aqui você também encontrará uma atividade relacionada com o conteúdo estudado e 
composta por questões de múltipla escolha. Além disso, terá a oportunidade de ampliar seus 
conhecimentos na atividade de aprofundamento.
É extremamente importante que você consulte os materiais complementares, pois são 
ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre os assuntos 
tratados nesta Unidade.
Estrutura Atômica
6
Unidade: Estrutura Atômica
Contextualização
Caro(a) aluno(a),
Para iniciar esta Unidade, a partir da seguinte imagem reflita sobre a estrutura atômica:
Fonte: iStock/Getty Images
A imagem acima é símbolo da cidade de Bruxelas. Trata-se de um emaranhado de gigantes 
esferas de metal, construído para a Feira Mundial de 1958, representando uma estrutura 
atômica ampliada.
Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:
Como se constitui um átomo?
O que é massa atômica? E massa molecular?
7
Introdução
Diálogo com o Autor
O que você sabia de átomo até hoje? Eis o seu significado de acordo um dicionário 
online de língua portuguesa:
s.m. Fisioquímica. A menor partícula que compõe um elemento químico, composta 
pelo núcleo, cujo interior está repleto de prótons e nêutrons, e por elétrons que estão 
ao redor desse mesmo núcleo. P.ext. O que é excessivamente pequeno; insignificante. 
P.ext. Intervalo de tempo muito breve; instante.
Filosofia. Segundo os adeptos do atomismo, a determinação das características de cada 
objeto é feita por partículas – infindáveis, pequenas e não divisíveis – que se combinam e se 
separam por serem movidas por forças da natureza (Etm. do grego: átomos.os.on).
História
Em sua essência, toda matéria é formada por partículas bem pequenas, que chamamos 
de átomo.
Algumas passagens históricas são importantes para a criação do modelo atômico que 
atualmente conhecemos:
• Na Grécia Antiga, o filósofo Demócrito declarou que, ao dividirmos a matéria, chegamos 
às partículas indivisíveis, que são os átomos. 
Fonte: iStock/Getty Images
• Ernest Rutherford (1871-1937) mostrou que os átomos tinham uma região central 
compacta, chamada núcleo e que ali encontravam-seos prótons, partículas com 
carga positiva.
Elétron
Núcleo Próton
Órbita
Fonte: iStock/Getty Images
8
Unidade: Estrutura Atômica
• James Chadwick  (1891-1974) descobriu o nêutron, partícula neutra, constituinte do 
núcleo atômico.
Fonte: iStock/Getty Images
Elétron
Núcleo Próton + Nêutron
Órbita
Durante a Antiguidade, acreditava-se que os átomos eram indivisíveis. Somente no século 
XX foi demonstrado que os átomos são formados por três partículas fundamentais: as negativas 
– elétrons –, as positivas – prótons – e as neutras – nêutrons. Os prótons e nêutrons ficam 
localizados no núcleo do átomo, enquanto os elétrons ficam dispersos na eletrosfera.
Cabe ressaltar que essa atual estrutura atômica ainda se encontra em estudo e constante 
evolução teórica.
 Reflita
A importância do estudo do átomo através do tempo é fascinante. Atualmente, 
considerando todos os recursos tecnológicos que temos, avançamos muito, mas 
as teorias que foram postuladas por Dalton, Faraday, Röentgen, Becquerel, 
Marie e Pierre Curie, Thomson, Rutherford e Bohr continuam a nos orientar 
e ensinar! 
Nesse sentido, procure saber um pouco mais sobre esses teóricos!
9
Prótons, Elétrons e Nêutrons
Estudaremos mais a estrutura de um átomo, conhecendo suas partículas – prótons, elétrons 
e nêutrons – e suas relações:
• O próton e o elétron apresentam cargas iguais e de sinal contrário;
• Próton = carga positiva (+1) e o elétron = carga negativa (-1);
• O nêutron não possui carga.
• Átomo, considerado eletricamente neutro, terá quantidade de prótons = quantidade 
de elétrons;
• A carga do núcleo se dá unicamente ao número de prótons;
• A massa do elétron é considerada desprezível em relação à massa do próton;
• A massa do átomo está praticamente concentrada no núcleo;
• A massa da eletrosfera é considerada desprezível em relação à massa do núcleo.
Resumindo:
Quadro 1.
Carga Massa relativa Símbolo
Próton Positiva 1 p
Elétron Negativa 1 e
Nêutron Neutra Desprezível n
 Saiba Mais
Os átomos são compostos de prótons e elétrons, podendo apresentar ou não 
nêutrons. O  átomo de hidrogênio  não possui nêutron: é formado por um 
elétron girando em torno de um próton localizado em seu núcleo.
• Elétrons – são partículas de massa pequena – aproximadamente 1.840 vezes 
menor que a massa do próton –, dotados de carga elétrica negativa: -1,6.10-
19C. Movem-se ao redor do núcleo atômico em rotas de translação e rotação, 
gerando campos de energia;
• Prótons  – juntamente aos nêutrons, suas partículas formam o núcleo 
atômico. Possuem carga positiva de mesmo valor absoluto que a carga dos 
elétrons; assim, um próton e um elétron tendem a se atrair eletricamente 
por serem opostos;
• Nêutrons – juntamente aos prótons, suas partículas formam o núcleo atômico. 
Possuem carga elétrica nula e são dispostos estrategicamente no núcleo para 
promover sua estabilização.
10
Unidade: Estrutura Atômica
 Para pensar
O artigo intitulado Aspectos técnicos, econômicos e sociais do uso pacífico 
da energia nuclear, de Carajilescov e Moreira (2008), apresenta projeções do 
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – Intergovernmental Panel 
on Climate Change (IPCC) –, diante do crescimento populacional mundial. 
Apontam a necessidade de se quintuplicar o fornecimento de energia no mundo 
até 2050. Essa maior demanda deverá ocorrer em países emergentes como 
Brasil, China, Índia e outros da América do Sul, Ásia e África. Tal cenário, 
associado às preocupações com as mudanças climáticas e à escalada de preços 
de geração de outras tecnologias, provocou o ressurgimento de usinas nucleares 
para a geração de potência.
Atualmente existem 443 usinas nucleares, correspondendo a 370 GW(e) de 
potência nominal, que representam 17% da potência mundial instalada. Desde 
1980, a produção nuclear de energia elétrica saltou de 0,7 milhão para 2,6 
milhões de GWh por ano. No Brasil, com a entrada em operação da usina 
Angra 2, em 2000, essa produção está em torno de quatorze mil GWh por 
ano. Excetuando os acidentes de Three Mile Island e Chernobyl, a partir de 
1990, a geração nuclear tem ocorrido de forma eficiente e segura.
Com o mercado nuclear reaquecido, a European Commission, órgão da 
comunidade europeia, divulgou, recentemente, o documento The sustainable 
nuclear technology platform – a vison report, objetivando garantir a liderança 
tecnológica europeia nesse setor. Nos EUA, a Administração de Informações 
Sobre Energia (EIA), órgão do Departamento de Energia (DOE), vem 
promovendo a certificação ou pré-certificação de novos reatores comerciais 
e, através do apoio e participação no Fórum Internacional da Quarta Geração 
(GIF), tem acompanhado o desenvolvimento de longo prazo da futura geração 
de reatores nucleares.
No Brasil, além da recente decisão do Conselho Nacional de Política Energética 
(CNPE), referente à conclusão das obras da usina Angra 3, a retomada do 
programa nuclear, estagnado desde o início da década passada, deve ocorrer em 
um futuro próximo. A expansão do aproveitamento nuclear, tendo em vista a 
evolução tecnológica ocorrida nas últimas décadas, tem levado a uma reavaliação 
dos aspectos econômicos, tecnológicos, regulatórios e socioambientais desse 
setor, no Brasil e no mundo.
Qual opinião você tem sobre isso?
11
Número Atômico
A principal característica de um átomo é o seu número de prótons, que foi chamado de 
número atômico e recebeu o símbolo Z. Ou seja, o número atômico é o número de prótons 
existentes no núcleo do átomo. 
Os átomos que apresentam o mesmo número atômico pertencem ao mesmo elemento 
químico representado na tabela periódica, por exemplo, o elemento químico cloro é Z = 17.
Todo átomo que possuir 17 prótons é um átomo de cloro, pertence ao elemento 
químico cloro.
O número atômico é representado graficamente por ZX.
Importante!
O número atômico deve sempre ser calculado pelo 
número de prótons, pois esse número é identidade do 
elemento químico e não varia.
Exercício proposto
Um dado elemento X possui 14 prótons e 9 nêutrons. Calcule o número 
atômico Z;
Outro elemento Y possui número atômico Z igual a 19 e tem 20 nêutrons. 
Calcule o número de prótons;
E ainda um elemento W possui 30 prótons e número de massa A igual a 36. 
Calcule o número atômico Z.
Resumindo:
Quadro 2.
Átomo Número de prótons Número atômico
Sódio 11 11
Ferro 26 26
12
Unidade: Estrutura Atômica
Símbolos dos Elementos Químicos
Os elementos químicos são identificados por símbolos. O símbolo do elemento é o mesmo 
do átomo correspondente. Assim e por exemplo, o símbolo Br indica o elemento químico e 
o átomo bromo.
Fonte: iStock/Getty Images
Quadro 3.
Elemento Símbolo
Ouro Au
Alumínio Al
Prata Ag
Cobre Cu
Atenção
Não existe uma regra fixa para definir a – ou as – letra(s) que 
representam o elemento químico: pode ser pela primeira letra do 
nome, as duas primeiras letras do nome, ou ainda pelas primeiras 
letras do nome em latim. Na tabela periódica você poderá encontrar 
todos ordenados pelo seu respectivo número atômico.
Pesquise o símbolo dos seguintes elementos químicos e compartilhe 
a informação com seus colegas:
• Flúor;
• Hélio;
• Iodo;
• Cálcio;
• Magnésio.
13
Número de Massa
Número de massa (A) é representado pela soma do número de prótons com o número de 
nêutrons. Indica a quantidade de partículas existentes no núcleo do elemento químico.
Assim, teremos: 
Um átomo com p = número de prótons e n = número de nêutrons, de modo que veremos 
que o número de massa A será representado por A = p + n. 
Conhecendo os valores de Z e A do átomo, torna-se possível calcular o número de prótons, 
elétrons e nêutrons.
A representação gráfica do número de massa é XA.
Exercício proposto
Um dado elemento X possui 15 prótons e 16 nêutrons. Calcule o número 
de massa A;
Outro elemento Y possui número de massa A igual a 55 e tem 17 nêutrons. 
Calcule o número de prótons;
E considerando um elemento W que possui 20 prótons e um número de 
massa A igual a 46, calculeo número de nêutrons.
 Saiba Mais
O átomo é o elemento que possui o número de prótons igual ao número de 
elétrons, sendo eletricamente neutro. Se o número de prótons for diferente 
ao número de elétrons, então não será mais um átomo neutro, passará a ser 
chamado de íon.
A representação dos íons é X+1, ou X-1.
Então:
Átomo
Ânion:
AX
Cátion:
ganha ē
perde ē
Z
-n
AXZ +n
14
Unidade: Estrutura Atômica
Isótopos, Isóbaros e Isótonos
Os elementos químicos se relacionam pela comparação de seus números de prótons, 
nêutrons e elétrons.
A
ZX ou ZX
A
• Isótopos são os elementos que apresentam o mesmo número de prótons (p) e número 
de massa (A) diferentes: 
12A ou 12A
• Isóbaros são os átomos com o mesmo número de massa (A) de elementos diferentes:
12A ou 11B
• Isótonos são os átomos de elementos diferentes, mas com o mesmo número de nêutrons (n): 
12A ou 14B
Exercício proposto
Qual a relação entre os átomos isótopos, isóbaros e isótonos?
• 17W
35
17 W
37
• 25 X
55
26 Y
56
• 18 Z
40
19 W
40
Pesquise e complete:
Quadro 4.
Elemento Símbolo Número atômico Número de massa Prótons Nêutrons
Hélio H 01 01
Boro B 05 11
Flúor F 09 19
Oxigênio O 08 16
Para os elementos que possuem o mesmo número de elétrons, 
damos o nome de isoeletrônicos:
12A 14B
+2
 10C
-2
15
 Massa Atômica
De acordo com a Química clássica que aprendemos, a massa atômica do carbono é igual 
a 12u, sendo o padrão para a medida de massas atômicas de todos os outros elementos. O 
carbono 12 é o isótopo do carbono que apresenta seis prótons e seis nêutrons em seu núcleo.
A massa de um átomo qualquer depende da quantificação de elétrons, prótons e nêutrons 
de sua estrutura. 
Dizer que um elemento qualquer possui massa atômica de 24u equivale a afirmar que esse 
apresenta massa 24 vezes maior que a massa de 1/12 do átomo do carbono (A=12). Ou seja, 
a massa atômica do elemento S é duas vezes a massa atômica do carbono.
Para entender melhor:
Observe abaixo alguns elementos químicos extraídos da tabela periódica com seus respectivos 
números atômicos e massas atômicas:
Quadro 5.
Elemento Símbolo Número atômico Massa atômica
Enxofre S 16 32,06
Oxigênio O 8 16,00
Sódio Na 11 23,00
Alumínio Al 13 26,98
Cálcio Ca 20 40,08
Hélio He 2 4,00
Iodo I 53 126,90
Cobre Cu 29 63,55
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Unidade: Estrutura Atômica
Massa Molecular
A partir do conhecimento das massas atômicas dos átomos que constituem uma molécula, 
podemos calcular sua massa molecular.
A massa molecular é representada pela soma das massas atômicas (u) dos átomos 
da molécula.
Estudaremos a massa molecular da água – de formula H2O:
2 x massa atômica do hidrogênio (H) + 1 x massa atômica do oxigênio (O).
2 x (1u) + 1 x (16u) = 18u
Observe que é necessário multiplicar a massa atômica de cada elemento pelo número de 
átomos desse presentes na molécula para somar as contribuições de todos os elementos no 
valor final.
Outros exemplos:
Mg(OH)2 (hidróxido de magnésio)
2 x (massa atômica do H) = 2 x 1 = 2
2 x (massa atômica do O) = 2 x 16 = 32
1 x (massa atômica do Mg) = 1 x 24 = 24
Massa molecular = 2 + 32 + 24 = 58u
Ca(NO3)2 (nitrato de cálcio)
6 x (massa atômica do O) = 6 x 16 = 96
2 x (massa atômica do N) = 2 x 14 = 28
1 x (massa atômica do Ca) = 1 x 40 = 40
Massa molecular = 96 + 28 + 40 = 164u
Massa Molecular (MM) é a massa da molécula medida em 
unidades de massa atômica (u). Para cálculos estequiométricos 
podemos utilizar a unidade grama (g). 
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• Introdução
• Distribuição Eletrônica e a Tabela Periódica
• Ligações Químicas
• Regra do Octeto
 · Conhecer e identificar tipos de fenômenos físicos e químicos. 
 · Conhecer as principais teorias atômicas. 
 · Reconhecer os diferentes tipos de substâncias, suas propriedades e características. 
 · Reconhecer a importância das ligações químicas na fabricação de matérias-primas 
e produtos utilizados em Engenharia. Entender como ocorrem as transformações 
químicas e os riscos destas transformações para o ambiente.
Leia atentamente o conteúdo desta unidade, que possibilitará a você conhecer as dimensões 
da classificação periódica dos elementos.
Você encontrará nesta unidade uma atividade composta por questões de múltipla 
escolha, relacionada com o conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar 
conhecimentos e debater questões no Fórum de Discussão.
É extremamente importante que você consulte os materiais complementares, pois são 
ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre o assunto.
Classificação Periódica dos Elementos
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Unidade: Classificação Periódica dos Elementos
Contextualização
Para iniciar esta unidade, a partir da ilustração abaixo, refl ita sobre a classifi cação periódica 
de um elemento. Trata-se de uma representação do elemento Ferro extraída da Tabela 
Periódica. A fi gura aborda alguns números que são específi cos de cada elemento.
Número
Atômico
Distribuição
Eletrônica
Nome
Símbolo
Ferro
55,847
26 2
8
14
2Fe
Massa
Atômica
Oriente sua re� exão pelas seguintes questões:
 » Como diferenciar um elemento do outro?
 » Quais são os critérios para montagem da Tabela Periódica?
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Introdução
Signifi cado de átomo de acordo com o dicionário on-line de português:
 Em síntese
s.m. Fisioquímica. A menor partícula que compõe um elemento químico, composta 
pelo núcleo cujo interior está repleto de prótons e nêutrons, e por elétrons que estão 
ao redor deste mesmo núcleo.
P.ext. O que é excessivamente pequeno; insignificante.
P.ext. Intervalo de tempo muito breve; instante.
Filosofia. Segundo os adeptos do atomismo, a determinação das características de 
cada objeto é feita por partículas (infindáveis, pequenas e não divisíveis) que se 
combinam e se separam por serem movidas por forças da natureza.
(Etm. do grego: átomos.os.on)
 » Qual a explicação de átomo que você tinha até hoje?
Distribuição Eletrônica e a Tabela Periódica
Para o conhecimento da Tabela Periódica e sua construção, precisamos primeiro entender 
como é feita a distribuição eletrônica, ou seja, entender como os elétrons se distribuem em 
torno do núcleo do átomo.
Os elétrons se dividem em níveis, também chamados camadas, em torno do núcleo.
Na natureza os elétrons conseguem se distribuir até a sétima camada. E em cada uma delas 
temos um limite de elétrons que podem se acomodar.
8
Unidade: Classificação Periódica dos Elementos
Camada K L M N O P Q
Nível 1 2 3 4 5 6 7
Número máximo de elétrons 2 8 18 32 32 18 8
Os elétrons distribuem se em níveis, que se distribuem em subníveis que, por sua vez, 
apresentam orbitais.
Os subníveis são quatro: s, p, d, f, que também possuem uma limitação de elétrons em cada 
um deles.
Subnível s p d f
Número máximo de elétrons 2 6 10 14
O elétron ocupa posição nos níveis e subníveis em ordem crescente de energia: da posição 
de menor energia para a posição de maior energia, sendo que a posição de menor energia é 
a que está mais próxima do núcleo.
 Considerando isso, o químico Linus Pauling chegou a seguinte tabela para facilitar a 
visualização da distribuição eletrônica:
 
1s2
2s2
3s2
4s2
5s2
6s2
7s2
K
L
M
N
O
P
Q
2p6
3p6
4p6
5p6
6p6
7p6
3d10
4d10
5d10
4f14
5f14
6d10
Vamos exercitar?
 Átomo Cloro 
 » 17Cl = 1s
2 2s2 2p6 3s2 3p5 
Última camada de distribuição ou camada 3 (M) contém 7 elétrons
 Íon Cloro 
 » 17Cl
-1 = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 
Última camada de distribuição ou camada 3 (M) contém 8 elétrons
 Você sabia?
A camada de valência corresponde à última camada do átomo, a camada com maior 
energia. As ligações químicas entre os elementos acontecerão entre os elétrons que 
se encontram nesta camada. E a quantidade de elétrons nesta camada irá determinar 
sua posição na Tabela Periódica.
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Tabela Periódica
A Tabela Periódica criada por Mendeleyev dispõe os elementos de acordo com suas 
propriedades.
Estrutura
As colunas apresentam os elementos químicos com a mesma confi guração eletrônica nos 
últimos subníveis e são denominadospor GRUPOS ou FAMÍLIAS.
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Unidade: Classificação Periódica dos Elementos
 A Tabela Periódica possui:
Família 1A (Grupo1) Metais Alcalinos
Família 2A (Grupo 2): Metais Alcalinos-Terrosos
Família B (Grupo 3 a 12): Metais de Transição
Família 3A (Grupo 13): Família do Boro
Família 4A (Grupo 14): Família do Carbono
Família 5A (Grupo 15): Família do Nitrogênio
Família 6A (Grupo 16): Calcogênios
Família 7A (Grupo 17): Halogênios
Família 0 ou 8A (Grupo 18): Gases Nobres
Os Metais se apresentam normalmente no estado sólido, única exceção é o Mercúrio que 
se apresenta no estado líquido. Estes elementos possuem como características serem bons 
condutores de calor e de eletricidade, serem maleáveis e terem boa ductilidade.
Os Ametais se apresentam na forma líquida, gasosa ou sólida. Não são bons condutores de 
calor e de eletricidade, e não podem ser moldados.
E os Semimetais, como o próprio nome indica, possuem características intermediárias entre 
os metais e os não metais, como consequência a condutibilidade elétrica também é intermediária.
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Temos ainda os Gases Nobres que apresentam baixos pontos de fusão e de ebulição, pois 
possuem forças de atração fracas porque possuem os níveis de energia exteriores completos 
com elétrons.
w
As linhas horizontais da tabela apresentam elementos 
com o mesmo número de níveis e são denominadas 
PERÍODOS. A localização dos elementos na Tabela 
Periódica se dá indicando o GRUPO ou FAMÍLIA e o 
PERÍODO onde se encontram.
A posição de um elemento na tabela diz muito 
sobre suas propriedades físicas e químicas. A 
variação destas propriedades em função do número 
atômico pode ser:
 » Periódicas quando ocorrem à medida que o número atômico de um elemento químico 
aumenta, assumindo valores que crescem e decrescem em cada período da Tabela 
Periódica, como densidade, temperatura de fusão, temperatura de ebulição e volume 
atômico, e 
 » Aperiódicas quando os valores variam à medida que o número atômico aumenta não 
se repetindo em períodos regulares e não obedecendo à sua posição na tabela, como 
dureza e massa atômica.
 Você sabia?
São exemplos de propriedades periódicas:
 » O raio atômico que se refere ao tamanho do átomo. Quanto maior o número de 
níveis, maior será o tamanho do átomo.
 » A energia de ionização que é a energia necessária para remover elétrons de um 
átomo isolado no estado gasoso. O tamanho do átomo interfere na sua energia 
de ionização.
 » A afinidade eletrônica que é a energia liberada quando um átomo no estado isolado 
captura um elétron. Quanto menor o raio, maior a sua afinidade eletrônica em 
uma família ou período.
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Unidade: Classificação Periódica dos Elementos
Ligações Químicas
As ligações químicas representam interações entre dois ou mais átomos, interações essas 
que podem ocorrer por doação ou compartilhamento de elétrons e que vão gerar as moléculas. 
Cada um desses processos é caracterizado por um tipo de ligação química.
Para iniciar esta caminhada pelo universo das ligações químicas, vamos observar as forças 
que atuam nas moléculas: temos as forças intermoleculares, isto é, entre as moléculas, e as 
forças intramoleculares, que agem no interior dessas moléculas, entre dois ou mais átomos.
As forças intermoleculares são as Pontes de Hidrogênio ou Forças de Van der Waals.
H - H H - H H - H
H - F
H - F
H - F
Já as forças intramoleculares são as famosas ligações químicas do tipo iônica, covalente ou metálica. 
A molécula da água é formada por Pontes de Hidrogênio que são ligações químicas 
formadas por um átomo de hidrogênio que é compartilhado entre duas moléculas, 
portanto, essas pontes são formadas pelas forças intermoleculares. Esse tipo de 
ligação tem baixa energia e pode ser facilmente rompida com o aumento da 
temperatura. Os átomos de hidrogênio e oxigênio podem interagir com outras 
moléculas diferentes dando à água a característica de solvente universal.
Àgua Gelo Vapor
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Regra do Octeto
Os gases nobres estão livres porque obedecem à regra do octeto, eles contêm 8 elétrons na 
sua camada de valência, aquela mais afastada do núcleo.
A Regra do Octeto diz que os elementos químicos devem conter sempre 8 elétrons na 
última camada, fi cando estáveis, como a confi guração dos gases nobres. Então os átomos dos 
demais elementos químicos devem adquirir estabilidade através das ligações químicas.
Como vimos, há três tipos de ligações químicas promovidas pelas forças intramoleculares:
 » Ligação Iônica – perda ou ganho de elétrons;
 » Ligação Covalente – compartilhamento de elétrons (normal ou dativa);
 » Ligação Metálica – átomos neutros e cátions mergulhados numa “nuvem eletrônica”. 
Ligação Iônica
Para ocorrer uma ligação iônica devemos ter a doação e o recebimento de elétrons entre dois 
átomos. A ligação iônica é responsável pela formação de compostos iônicos. Ocorre entre um 
átomo metálico e um átomo não metálico e um átomo metálico e um átomo de hidrogênio.
Propriedades destes compostos:
 » São sólidos em condições ambiente;
 » Apresentam altos pontos de fusão e ebulição;
 » São condutores de eletricidade quando no estado líquido ou quando dissolvidos em água;
 » A maioria dos compostos é solúvel em água.
 Importante!
Fórmula Molecular das Substâncias
Fórmula química representa o número e o tipo de átomos que constituem uma 
molécula. É a representação que aponta quantos átomos de cada elemento 
químico constitui a molécula.
Exemplos: H2O (água), CO2 (gás carbônico).
A+X B-Y AY BX
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Unidade: Classificação Periódica dos Elementos
Ligação Covalente
A ligação covalente acontece quando se combinam dois átomos que possuem uma mesma 
tendência de ganhar e perder elétrons. Nessas condições, não ocorre uma transferência total 
de elétrons, ocorre um compartilhamento de pares de elétrons. A ligação covalente ocorre 
sempre entre dois átomos não metálicos, ou ametal e hidrogênio.
Propriedades destes compostos:
 » São sólidos, líquidos ou gasosos em condições ambiente;
 » Apresentam baixos pontos de fusão e ebulição (comparados aos iônicos);
 » São maus condutores de eletricidade, alguns podem conduzir quando em meio 
aquoso (ionização);
 » A maioria dos compostos é solúvel em solventes orgânicos.
 Saiba Mais
A ligação covalente pode ser polar ou apolar, conforme indicação abaixo:
Ligação apolar quando a diferença de eletronegatividade é igual a zero. 
Geralmente, acontece em moléculas de átomos iguais.
 » Cl2, O2
Ligação polar quando a diferença de eletronegatividade é diferente de zero. 
Geralmente, acontece em moléculas de átomos diferentes.
 » HCl, H2S
Ligação Metálica
Na ligação metálica os elétrons distribuem-se sobre os núcleos positivos de átomos 
metálicos, formando uma nuvem eletrônica responsável pelas propriedades metálicas da 
matéria constituída. Esta nuvem de elétrons funciona como a ligação metálica, que mantém os 
átomos unidos formando as chamadas ligas metálicas. As ligas têm mais aplicação do que os 
metais puros e são cada vez mais importantes para o nosso dia a dia.
Alguns exemplos: 
1. Bronze (liga de cobre e estanho)
2. Aço comum (liga de ferro e carbono)
3. Aço inoxidável (liga de ferro mais carbono, cromo e níquel) 
4. Latão (liga de cobre e zinco)
5. Ouro para fabricação de joias (liga de ouro e cobre)
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Fonte: iStock / Getty Images
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•	 Introdução
•	 Função	Química
•	 Função	Inorgânica
•	 Base
•	 Sal
•	 Óxido
•	 Função	orgânica
Nesta Unidade abordaremos as funções químicas orgânicas e inorgânicas. 
O principal objetivo desta Unidade é classificar, avaliar e conhecer funções 
orgânicas e inorgânicas.
Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer as dimensões 
das funções químicas.
Aqui você também encontrará uma atividade relacionada com o conteúdo estudado 
e composta por questões de múltipla escolha. Além disso, terá a oportunidade de trocar 
conhecimentose debater questões no fórum de discussão.
É extremamente importante que você consulte os materiais complementares, pois 
são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre os 
assuntos nesta Unidade tratados.
As Funções Químicas
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Unidade: As Funções Químicas
Contextualização
Para iniciar esta Unidade, a partir das seguintes ilustrações reflita sobre as diferentes funções 
e apresentações das substâncias químicas na natureza. 
Figuras 1, 2 e 3 – Limão, cal, ferrugem e sal de cozinha.
Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:
 » Qual a função dessas substâncias?
 » O que as diferencia ou as une em um mesmo grupo?
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Introdução
Diálogo com o Autor
O conhecimento e a classificação das funções químicas são importantes 
para entender o comportamento das substâncias e como essas reagem, 
podendo transformar-se em outras.
Fonte: Thinkstock / Getty images
Função Química
Funções químicas são definidas como os grupos de substâncias compostas que apresentam 
propriedades químicas semelhantes. Os fenômenos de acidez, basicidade, solubilidade em 
água e reatividade são temas estudados.
Os quatro tipos de função inorgânica principais são: óxidos, ácidos, bases e sais, compostos 
que não possuem cadeia carbônica.
8
Unidade: As Funções Químicas
Figura 2.
Já os compostos orgânicos apresentam átomos de carbono distribuídos em cadeias, átomos 
de carbono ligados diretamente ao hidrogênio.
Figura 3.
9
Função Inorgânica
A base de classificação das funções inorgânicas é a Teoria da Dissociação Iônica, proposta 
por Arrhenius, em 1884, após realização de experimentos para explicar a condutividade de 
algumas soluções.
De acordo com fatos históricos, Svante Arrhenius 
concluiu que as soluções iônicas transportavam corrente 
elétrica pelo fato de que os seus íons se separavam quando 
colocados em água, constatando que a condutividade 
elétrica das soluções dependia dos íons responsáveis pelo 
transporte de carga. Já as substâncias moleculares em água, 
sofriam o fenômeno da ionização. Daí surgiu o fenômeno 
da dissociação iônica. 
Após essa conclusão, Arrhenius descreveu que certos 
grupos de substâncias inorgânicas liberavam os mesmos 
cátions quando colocados em água; ao passo que em outros 
grupos, essas substâncias liberavam os mesmos ânions.
As substâncias inorgânicas foram então divididas em 
grupos menores – ou funções inorgânicas –, conhecidas 
até hoje como ácidos, bases, sais e óxidos. 
Observe os dois seguintes experimentos:
Temos eletrodos mergulhados em duas soluções diferentes: uma de sacarose e outra de sal de cozinha:
 Reflita
Por que a lâmpada só acende na solução aquosa do sal de cozinha?
10
Unidade: As Funções Químicas
Figura 6.
 Importante!
Número	de	Oxidação	(NOX)	– para entender o fenômeno da eletroquímica, torna-
se necessário saber calcular o número de oxidação das substâncias que são 
envolvidas em uma reação química.
Apresentaremos a seguir alguns exemplos da forma de calcular o Número de Oxidação – 
mais conhecido como NOX:
 » Substância simples: quando não há perda, nem ganho de elétrons.
H2 NOX	H	=	0
 » Átomo como íon simples: apresenta sua própria carga.
Na+ NOX	Na	=	1+
 » Metais alcalinos: 1+
NaCl NOX	Na	=	1+
 » Metais alcalino-terrosos: 2+ 
CaO NOX	Ca	=	2+
 » Halogênios: 1-
Cl NOX	Cl	=	1-
11
 » Calcogênios: 2-
CaO NOX	O	=	2-
 » Elementos Ag: 1+
AgCl NOX	Ag	=	1+
 » Elementos Zn: 2+
ZnCl2 NOX	Ag	=	1+
 » Elementos Al: 3+
AlCl3 NOX	Al	=	3+
 » Hidrogênio em composto: 1+
H2O NOX	H	=	1+
 » Hidrogênio como hidreto metálico: 1-
NaH NOX	H	=	1-
 » Oxigênio em composto: 2- 
H2O NOX	O	=	2-
 » Oxigênio ligado a flúor: 1+ e 2+
O2F2 NOX	O	=	1+
 » Oxigênio como peróxido: 1-
H2O2 NOX	O	=	1-
Ácido é o grupo que compreende toda substância que libera um íon H+ em água, segundo a 
teoria de Arrhenius. Contudo, na teoria mais atual de Brønsted-Lowry ácido é toda substância 
com capacidade de receber um par de elétrons. A partir dessas duas teorias, a de Arrhenius 
sofreu atualização e hoje podemos dizer que ácido é toda a substância que libera um íon H+
A classificação dos ácidos pode ser realizada de diversas formas e a partir da observação de 
sua fórmula:
A partir da presença ou não de oxigênio, temos:
 » Hidrácidos que não possuem oxigênio na fórmula.
Exemplo: HF
 » Oxiácidos que possuem oxigênio na fórmula.
Exemplo: H2CO3
12
Unidade: As Funções Químicas
Levando em consideração o grau de dissociação iônica, observa-se que o cálculo de α nos 
ácidos é igual ao desenvolvido nas bases.
Sendo α – em porcentagem – igual a cem vezes o número de moléculas dissociadas, é 
dividido pelo número total de moléculas dissolvidas:
50% forteα > → e 5% fracoα < →
Dessa forma, os hidrácidos se classificam:
Fortes HCl < HBr < Hl
Médios: HF
Fracos: Os demais
Quanto aos Oxiácidos, observando que x é igual ao número de oxigênio, menos o número 
de hidrogênio, temos:
Se x > 1 Fortes como o H2SO4
Se x = 1 Médios como o HClO2
Se x < 1 Fracos como o HClO
A nomenclatura dos ácidos também apresenta particularidades de acordo com a sua 
composição.
Para os Hidrácidos utilizamos a seguinte nomenclatura:
Ácido	+	elemento	+	ídrico
Assim: HCl = ácido clorídrico
Para os oxiácidos é necessário observar o NOX:
Ácido	+	prefixo	+	elemento	+	sufixo
NOX Prefixo Sufixo
+1 ou +2 hipo oso
+3 ou +4 - oso
+5 ou +6 - ico
+7 hiper ico
Fonte: elaborado pela professora conteudista.
Cabe ressaltar que quanto menor a quantidade de oxigênio na fórmula, menor será o NOX 
do elemento que está na posição central; por sua vez, quanto maior a quantidade de oxigênio 
na fórmula, maior será o NOX.
Assim: HClO4 = ácido perclórico (onde o NOX do Cloro será Cl = +7).
13
Base
As bases são os compostos que se dissociam em meio aquoso, liberando ânions OH − . Na 
teoria de Lewis a base é definida como uma substância capaz de doar um par de elétrons.
A classificação das bases segue as seguintes regras:
Em função de seu grau de dissociação, utilizamos o mesmo cálculo dos ácidos:
Para α = 100% fortes.
 » São as bases formadas por metais dos grupos 1A e 2A, alcalinos e alcalinos terrosos, 
ou seja, quando o grau de ionização é praticamente 100%. 
Para α < 5% fracas.
 » São as bases cujo grau de ionização é, na maioria dos casos, inferior a 5%. Podemos 
exemplificar com o hidróxido de amônio e os hidróxidos dos metais em geral, excluindo 
as bases formadas por metais das famílias dos metais alcalinos e alcalinos terrosos.
A nomenclatura das bases também apresenta particularidades.
Será chamada de hidróxido de + cátion quando o cátion possuir NOX fixo.
Exemplo: KOH = Hidróxido de Potássio
Será chamada de hidróxido de + cátion + sufixo, ou hidróxido + cátion + NOX – esse 
representado em algarismo romano – quando o cátion não apresentar NOX fixo.
Exemplo: Fe(OH)2 = hidróxido de ferro II, ou hidróxido ferroso
14
Unidade: As Funções Químicas
Sal
Sais são os compostos que apresentam característica de dissociação em meio aquoso e liberação 
de um cátion diferente de H +e um ânion específico de OH − . Podem também ser definidos como 
os compostos resultantes da reação de uma substância ácida e uma substância básica. Tem a 
propriedade de se tornarem condutores de eletricidade quando dissolvidos em água.
A classificação dos sais se faz de acordo com: 
A presença ou não de oxigênio.
Sendo Haloides quando não possuem oxigênio.
Exemplo: KBr 
E Oxissais quando possuem oxigênio.
Exemplo: CaCO3
A presença de íons H+ ou íons OH-
É sal normal aquele formado pela neutralização completa na reação de um ácido e uma 
base. Detalhe, esse tipo de sal não possui íon H+ nem OH-
Exemplo: HCl	+	NaOH	→ 	NaCl	+	H2O
Já o hidrogenossal – ou hidroxissal – é formado na reação de neutralização quando ocorre 
neutralização parcial, com sobra de íons H+ ou íons OH-, isso quando o ácido e a base não se 
apresentam em proporção estequiométrica. 
Exemplo: H2CO3	+	NaOH	→ 	NaHCO3	+	H2O
Há ainda o sal misto, que apresenta mais de um cátion,ou mais de um ânion, os quais 
diferentes em sua fórmula. Esse sal é formado pela neutralização de um ácido por mais de um 
tipo de base, ou de uma base por mais de um tipo de ácido.
Exemplo: Al(OH)3		+	HCl	+	H2SO4	→ 	AlClSO4	+	3H2O
A nomenclatura dos sais segue as seguintes regras:
Pela terminação do ácido:
Ácido Ânion
ídrico eto
oso ito
ico ato
Fonte: elaborado pela professora conteudista.
Exemplo: NaCl	= Cloreto de Sódio
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Para oxissais temos:
Número	de	
Oxidação	(NOX)
- Óxidos	ácidos	e	Oxiácidos Oxissais
Prefixo Sufixo Sufixo
+1 ou +2 hipo oso ito
+3 ou +4 - oso ito
+5 ou +6 - ico ato
+7 hiper ico ato
Fonte: elaborado pela professora conteudista.
 Atenção
Os elementos B+3, C+4 e Si+4 são exceções à regra, pois só possuem sufixo "ico" 
na forma de ácido. Assim, quando sais, usa-se sempre o sufixo "ato", como se 
segue:
NOX	N	=	+3		= Nitrito de Potássio
Outra exceção aparece quando na fórmula do sal há um hidrogênio, devendo ser 
acrescentado o prefixo "bi" ao nome do cátion. Daí temos:
NaHCO3		= Bicarbonato de Sódio
Óxido
Os óxidos são compostos binários que apresentam o oxigênio com número de oxidação 
igual a -2, sendo o elemento mais eletronegativo da fórmula. As classificações e propriedades 
de um óxido dependem das características iniciais do elemento formador desse óxido.
Vamos à classificação dos óxidos:
Óxidos	Neutros São aqueles formados por um elemento ametal e oxigênio. Suas 
características são:
 » Possuir ligação covalente;
 » Não reagir com água, base ou ácidos.
Exemplo: CO = Monóxido de Carbono
 
16
Unidade: As Funções Químicas
Óxidos	Básicos São aqueles formados por um metal e oxigênio. Sua principal característica 
é possuir ligação iônica.
Exemplo: BaO = Óxido de Bário
Óxidos	Duplos	ou	
Mistos
São aqueles formados por dois óxidos provenientes de um mesmo 
elemento químico.
Exemplo: Fe3O4 = Magnetita
FeO	+	Fe2O3 → Fe3O4
Óxidos	Ácidos São formados por um elemento ametal e oxigênio. Suas principais 
características são
 » Possuir ligação covalente;
 » Na presença de água, tornar-se um ácido; enquanto na presença de 
base, tornar-se sal e água.
Exemplo: SO2 = Óxido de Enxofre
Peróxidos São formados por um elemento qualquer e oxigênio do grupo [ ]22O −
Exemplo: Na2O2 = Peróxido de Sódio
A nomenclatura dos óxidos segue a seguinte classificação:
De	prefixo	+	óxido	de	+	prefixo	+	elemento
Para qualquer óxido.
Exemplo: Fe3O4	= Tetróxido de Ferro (3)
De óxido de + elemento
Para elementos com número de oxidação NOX fixo.
Exemplo: Al2O3	= Óxido de Alumínio
De óxido + elemento + sufixo, ou óxido de + elemento + NOX (sendo NOX em algarismo 
romano).
Para os elementos que não apresentam número de oxidação NOX fixo.
Exemplo: Fe2O3	= Óxido Férricou ou Óxido de Ferro III
De anidrido + prefixo + elemento + sufixo.
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Apenas para os óxidos ácidos e de acordo com o seguinte Quadro:
NOX Prefixo Sufixo
+1 ou +2 hipo oso
+3 ou +4 - oso
+5 ou +6 - ico
+7 hiper ico
Fonte: elaborado pela professora conteudista.
Novamente as exceções são os elementos B+3, C+4 e Si+4, onde apenas se usa o sufixo 
"ico".
Exemplo: Mn2O7	= Anidrido Permangânico
 
A nomenclatura dos peróxidos é a seguinte:
Regra de ser chamado de Peróxido de + elemento.
Exemplo: H2O2	= Peróxido de Hidrogênio
Quanto à nomenclatura dos superóxidos: 
Regra de ser chamado de: Superóxido de + elemento
Exemplo: NaOH2	= Superóxido de sódio
Óxidos anfóteros são os óxidos básicos na presença de ácidos e os óxidos ácidos na presença 
de bases.
Exemplo: Al2O3	= Óxido de Alumínio
 
18
Unidade: As Funções Químicas
Função orgânica
Dado o grande número de compostos orgânicos existentes, foi necessário agrupá-los em 
funções orgânicas. Assim, as substâncias são classificadas de acordo com a semelhança de 
suas propriedades e composições, melhorando o estudo desses compostos.
As principais funções orgânicas são:
 » Hidrocarboneto;
 » Álcool;
 » Cetona;
 » Éter;
 » Ácido carboxílico.
Hidrocarboneto	
Os hidrocarbonetos correspondem à função mais simples da Química orgânica. A partir do 
seu conhecimento é possível determinar com facilidade as demais funções. 
O petróleo e o gás natural são exemplos de fontes de hidrocarbonetos. Ponto de partida 
para a produção de combustíveis, plásticos, corantes e muitos outros produtos largamente 
utilizados pelo homem.
Hidrocarbonetos são compostos orgânicos formados exclusivamente por hidrogênio e 
carbono. Daí vem o nome hidrocarboneto, hidro = H e carboneto = C.
Sua fórmula geral é: CxHy
Exemplo: C3H8	= Propano que está presente no gás de conzinha GLP
H H H
H c c c H
H H H
C8H18	= Octano (Gasolina)
H H H
H c c c H
H H H
 H H H 
c c c
H H H
H H 
c c
H H 
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Álcool
O Álcool é a denominação de uma substância orgânica contendo um ou mais grupos 
Oxidrila ou Hidroxila (OH) ligados diretamente aos átomos de carbono saturados. 
O álcool etílico – ou etanol – é de grande importância. Trata-se de componente das bebidas 
alcoólicas. É considerada uma substância tóxica, pois age no organismo como agente depressivo 
do sistema nervoso. Apresenta grande importância na indústria química, em processos de 
laboratório, na fabricação de perfumes e aromas, na produção de solventes e nos combustíveis.
A representação de um monoálcool pode ser:
Onde:
R	= Radical OH	=	Hidroxila
Exemplo: CH3 - CH2 - OH
Álcool alifático
H2C - CH2
 
Diálcool alifático
OH OH
 
Cetona
Todo composto orgânico que possui o grupo funcional – CO – é chamado de Cetona.
Nos aldeídos e nas cetonas, chamamos esse grupo – CO – de Carbonila. Por esse motivo, 
os Aldeídos e Cetonas fazem parte do grupo dos Carbonilados.
As Cetonas são encontradas em abundância na natureza em flores e frutos. São líquidos que 
apresentam odor agradável. As diversas Cetonas artificiais e naturais são usadas amplamente 
na indústria de aromas e fragrâncias como perfumes e aromatizantes. Temos também como 
exemplo de Cetonas os compostos cetônicos da urina, que são substâncias medicinais.
As cetonas possuem o grupo Carbonila – CO – ligado a outros dois átomos de carbono.
São exemplos de cetonas:
O
H3C C CH3
Propanona
O 
CH3 C CH2 CH3
Butanona Ciclobutano
 
20
Unidade: As Funções Químicas
Éter
Chamamos de éter a todo composto orgânico que apresenta a cadeia carbônica ligada por 
Oxigênio – O – entre dois carbonos. Esse oxigênio deve também estar diretamente ligado a 
dois radicais orgânicos. 
Entre os compostos classificados como éter mais conhecidos temos o éter dietílico, ou 
comumente chamado de éter comum. Esse possui característica de ser um líquido altamente 
volátil, dado que seu ponto de ebulição gira em torno de 35°C. Possui ainda característica de 
alta inflamabilidade, é incolor e tem odor muito conhecido e característico. É um composto 
muito utilizado em formulações de solvente de óleos, resinas e tintas. Pela possibilidade de 
utilização como composto alucinógeno, possui uso restrito.
O éter apresenta uma fórmula genérica R – O – R, sendo que R é a representação do 
Radical, enquanto O é o elemento Oxigênio.
Eis algumas fórmulas para exemplificar:
 3 3 3 2 2 2 3
CH - O - CH CH - CH - CH - O - CH - CH
Ácidos	Carboxílicos
Os ácidos carboxílicos são compostos orgânicos que apresentam um ou mais grupos – 
COOH – ligados à cadeia de carbonos.
 
Grupo Funcional C ou simplesmente 
O
HO
COOH
Entre os ácidos carboxílicos conhecidos, temos o ácido fórmico, que é o ácido mais simples 
por conter apenas um carbono em sua fórmula. Fórmico é o nome popular do ácido metanoico, 
por esse ser o elemento presente nas picadas de formigas e abelhas.
Concluindo, seguem representações de ácidos carboxílicos:
 
3 3 2CH - COOH CH - CH - COOH
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• Introdução
• Ciclo de Vida
• Prevenção à Poluição
• Principais Contaminantes
 · Nesta Unidade abordaremos as substâncias químicas e suas interações com o 
meio ambiente. O principal objetivo aqui é compreender como a matéria interage 
com o meio ambiente, abordandoos temas ar, água e solo.
Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer as dimensões 
das substâncias químicas e suas interações com o meio ambiente.
Aqui você também encontrará uma atividade relacionada com o conteúdo estudado 
e composta por questões de múltipla escolha. Além disso, terá a oportunidade de trocar 
conhecimentos e debater questões no fórum de discussão.
É extremamente importante que você consulte os materiais complementares, pois 
são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre os 
assuntos tratados nesta Unidade.
As Substâncias Químicas e suas 
interações com o meio ambiente
6
Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Contextualização
Para iniciar esta Unidade, a partir das seguintes ilustrações, reflita sobre a resposta do meio 
ambiente frente às interações com determinadas substâncias químicas: 
Fonte: iStock / Getty Images
Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:
 » Por que isso acontece?
 » Quais fenômenos estão envolvidos nessas imagens?
 » Como controlar tais situações?
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Introdução
As substâncias químicas têm se tornado indispensáveis em nossas vidas, 
mantendo muitas de nossas atividades, prevenindo e controlando numerosas 
doenças e aumentando a produtividade agrícola. Os benefícios são incalculáveis, 
mas, por outro lado, elas podem colocar em risco nossa saúde e contaminar 
nosso ambiente. A natureza, o número e a quantidade de substâncias químicas 
usadas nos países variam largamente, de acordo com características peculiares 
a cada um, sua economia, seu parque industrial e sua agricultura. Milhares de 
substâncias químicas são sintetizadas todos os anos para avaliar se oferecem 
vantagens sobre suas predecessoras e se são comercialmente viáveis. Estima-
se que aproximadamente 100 mil substâncias químicas estejam disponíveis 
comercialmente e cerca de 2 mil novas substâncias entrem no mercado a 
cada ano. O cenário químico está em constante mudança com produtos e 
substâncias novas substituindo os antigos e as quantidades produzidas e usadas 
variam conforme sua eficácia e demanda.
Muitas substâncias têm efeitos tóxicos potenciais tanto à saúde quanto 
ao ambiente. Há riscos associados à exposição durante os processos de 
produção, armazenamento, manuseio, transporte, uso e disposição, bem 
como de derramamento acidental ou descarte ilegal. Quando introduzidas de 
forma inadequada no ambiente as substâncias químicas podem ressurgir como 
poluentes no ar que respiramos, na água que bebemos e nos alimentos que 
ingerimos. Podem afetar nossos rios, lagos e florestas e causar danos à vida 
selvagem, mudando o clima e os ecossistemas. Todos nós estamos expostos 
a substâncias químicas tóxicas. Os danos que podem c-ausar dependem de 
quantidade, duração e frequência da exposição, bem como da toxicidade 
inerente à substância e da sensibilidade do indivíduo. A quantidade pode ser 
pequena, mas algumas substâncias acumulam-se no organismo por longos 
períodos. Os efeitos da exposição a algumas substâncias podem ser notados 
após vários anos da exposição, embora efeitos relativos à exposição curta 
também possam ocorrer frequentemente e em concentrações elevadas. 
Crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas enfraquecidas por enfermidades 
podem ser mais suscetíveis que adultos saudáveis. Prevê-se grande crescimento 
da indústria química nos próximos anos, tanto em países desenvolvidos como 
nos em desenvolvimento. A segurança química, que inclui a prevenção e o 
gerenciamento dos riscos químicos, é essencial para que esse crescimento seja 
benéfico e não catastrófico para o homem e para o ambiente.
Fonte: Relatório do Programa Internacional de Segurança Química da Organização Mundial da Saúde, 2008
8
Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Ciclo de Vida
O percurso, ou caminho que um elemento químico essencial à vida realiza no meio ambiente 
é conhecido como ciclo biogeoquímico.
Podemos citar como exemplos o ciclo da água, do nitrogênio, do oxigênio, do fósforo, do 
cálcio, do carbono e do enxofre.
O termo vem do fato de que existe um movimento cíclico dos elementos químicos essenciais 
que formam os organismos vivos no ambiente geológico onde acontecem as mudanças químicas.
Os elementos são absorvidos ao longo do ciclo e reciclados a partir de bióticos que são 
componentes que vêm dos seres vivos, contando ainda com componentes abióticos da biosfera, 
como ar, água e solo.
Os elementos químicos e os compostos químicos através dos ciclos biogeoquímicos transitam 
entre os organismos e ambientes nas mais diversas partes do Planeta.
Fonte: iStock / Getty Images
O estudo e a avaliação dos ciclos biogeoquímicos ajudam a identificar possíveis impactos 
ambientais causados pela introdução de substâncias potencialmente perigosas nos diferentes 
ecossistemas. As interações entre os organismos vivos e o ambiente caracterizam-se por uma 
constante mudança dos elementos em uma atividade cíclica. Esse fenômeno é considerado 
cíclico em relação ao processo químico, dado que os mesmos compostos químicos alterados 
se reconstituem ao final do ciclo. Há uma espécie de troca contínua entre os meios abiótico 
e biótico, sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de elementos 
nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes (ROSA; MESSIAS; 
AMBROZINI, 2003).
A partir daí temos a teoria da magnificação biológica, ou popularmente conhecida como 
bioacumulação, que é o processo pelo qual as substâncias tóxicas e não biodegradáveis 
podem permanecer se acumulando ao longo da cadeia alimentar, pois os seres que participam 
desse processo não têm capacidade para metabolizá-las
9
Fonte: iStock / Getty Images
 Saiba Mais
Fatores de toxicidade:
Dose: a dose letal causa a morte de um organismo. Nos humanos, a dose letal de uma dada 
substância tóxica depende dos fatores como a idade, o sexo, o estado de saúde, a eficiência de 
desintoxicação e a sensibilidade de cada indivíduo;
Solubilidade:
 » Substâncias tóxicas solúveis na água são facilmente absorvidas pelos organismos a partir do meio, 
mas também são relativamente fáceis de eliminar;
 » Já substâncias tóxicas solúveis em lipídeos acumulam-se nas células e tecidos e são mais difíceis 
de eliminar.
Bioacumulação: é a soma sucessiva da ação de um poluente por via direta ou por via 
alimentar, sendo muito frequente nos organismos aquáticos.
Bioampliação: 
 » Causada pela acumulação de compostos tóxicos nos tecidos, muito grave para os consumidores 
de topo das cadeias alimentares, onde são registrados os mais graves problemas de toxicidade 
– a concentração de certas substâncias aumenta de nível trófico para nível trófico, ao longo das 
cadeias alimentares, afetando organismos que não foram diretamente expostos ao composto;
 » O aspecto mais grave da bioacumulação e da bioampliação é o de que sintomas não se manifestam 
até que as concentrações no organismo sejam suficientemente elevadas para causar problemas 
graves de saúde.
Interação com outras substâncias:
Sinergismo – quando o efeito combinado das duas substâncias é muito superior à soma dos 
efeitos de cada uma das substâncias, especificamente quando essas atuam isoladamente. A 
presença de um nutriente aumenta ou facilita a absorção de outro. Definitivamente a interação 
das substâncias multiplica o efeito da substância tóxica;
Antagonismo – quando a interação entre as substâncias reduz o efeito da substância tóxica. 
A presença do nutriente causa a indisponibilidade de outro nutriente, mesmo que esse esteja 
presente em quantidade suficiente no ambiente (fonte: http://biohelp.blogs.sapo.pt/861.html).
10
Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
A cadeia alimentar é constituída de três principais níveis tróficos:
 » Produtores,
 » Consumidores – de diversas ordens; e
 » Decompositores.
Fonte: portalescolar.net
Os produtores são caracterizadospelos organismos vivos capazes de produzir o próprio 
alimento, ou seja, os autótrofos, que são, como exemplo dos vegetais, as algas e as cianobactérias;
Os próximos da cadeia alimentar são os consumidores primários, que se alimentam de 
produtores. Nesse momento aparecerem as ordens, os consumidores secundários, que 
se alimentam de consumidores primários e consumidores terciários, que se alimentam de 
consumidores de segunda ordem e assim sucessivamente;
Por fim, tem-se os organismos decompositores, que consomem resíduos de vegetais e 
animais mortos, encerrando o ciclo alimentar e devolvendo nutrientes ao meio ambiente.
No ciclo alimentar os produtores podem assimilar quantidades de substâncias tóxicas que 
estão dispersas no ambiente, que podem – ou não – ser tóxicas para esse nível. No decorrer da 
cadeia alimentar, os produtores serão consumidos e a quantidade de substância tóxica que foi 
assimilada no início do processo permanecerá fixada em seus organismos, pois, como vimos, 
essa substância não é metabolizada, dado que o organismo não tem capacidade para isso.
O ciclo segue com um organismo vivo consumindo outro e os poluentes vão se acumulando 
no decorrer da cadeia alimentar. Os seres que mais se prejudicam nesse processo, ou seja, 
que mais sentem os efeitos desse acúmulo são os consumidores finais, pois ingerem mais 
poluentes do que todos os outros participantes dessa cadeia alimentar.
Entre os poluentes não biodegradáveis que se acumulam ao longo da cadeia, 
merecem destaque:
Mercúrio, chumbo e cádmio, conhecidos também como metais pesados. São os elementos 
que estão frequentemente presentes em processos industriais e nos seus resíduos sólidos 
depositados de forma irregular no meio ambiente;
11
 » Compostos organoclorados presentes nos inseticidas e insumos agrícolas;
 » Cloreto de vinila, substância muito usada na produção de plásticos; e
 » Compostos organofosforados, utilizados na produção de pesticidas.
Os seres humanos têm sua saúde exposta a sérios riscos, pois muitas vezes aparecem 
como consumidores terciários na cadeia alimentar, levando em consideração os processos 
de bioacumulação.
As substâncias tóxicas provocam doenças nos tecidos humanos, como cânceres, lesões 
no sistema pulmonar, esterilidade, danos aos sistemas nervoso e muscular, doenças de pele, 
distúrbios no sistema renal, danos à medula óssea e outras séries de complicações.
Para conhecer mais sobre esse assunto é muito interessante assistir ao filme norte-
americano chamado Erin Brockovich, de 2000 e dirigido por Steven Soderbergh.
Ração bovina
com antibióticos
Contaminação
do solo
Subistâncias
passam para o gado
Subistâncias passam
para o ser humano
Contaminação no
ambiente aquático
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Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Prevenção à Poluição
A prevenção à poluição e geração de resíduos são ações que promovem a redução da 
geração de poluentes na fonte produtora, ajudando na diminuição da utilização de recursos 
naturais, no esgotamento de matéria-prima, promoção de impactos ambientais significativos 
e diminuição da probabilidade de acidentes ambientais e doenças causadas por substâncias 
tóxicas despejadas no meio ambiente.
A adoção desse princípio de prevenção à poluição ajuda a caracterizar de maneira eficiente 
a geração de seus resíduos e o caminho para a sua disposição final, reduzindo problemas como 
passivos ambientais, melhorando as condições de trabalho de seus colaboradores e dando 
nova vida à imagem corporativa junto ao público consumidor.
A prevenção à poluição é uma ferramenta que combina duas preocupações ambientais: o 
uso sustentável dos recursos ambientais e o controle da poluição.
O princípio dos 3R – Reduzir, Reutilizar e Reciclar – é uma ferramenta de qualidade 
que proporciona meios para evitar a poluição, reduzir de maneira significativa a geração dos 
resíduos e destiná-los de forma correta e sem prejuízo ao meio ambiente. 
3Rs
Reduzir
Reutilizar
Reciclar
Atualmente já se estendeu tal princípio a 7R – Redução, Reutilização, Retrabalho, 
Recondicionamento, Reciclagem, Remanufatura e Logística Reversa. 
7Rs
Redução
Reutilização
Retrabalho
Reciclagem
Remanufatura
Logística Reversa
Recondicionamento
Essas ferramentas auxiliam de forma eficaz e eficiente no processo de classificação e controle 
da poluição, caracterizando o resíduo gerado e realizando de forma consistente um inventário 
de emissões para o controle desses processos.
As práticas mais rápidas e utilizadas no trabalho das organizações para prevenção à poluição 
são: modificação de equipamentos; substituição de materiais de uso e matérias-primas; 
conservação de energia não reutilizável e busca por substituição para alternativas de energia 
limpa; reuso e reciclagem de resíduos; estabelecimento de planos de manutenção preventiva 
e preditiva nos equipamentos.
Cabe também à organização sempre cobrar que seus clientes e fornecedores adotem 
medidas como essas para que tais cuidados se tornem globalizados.
13
 Saiba Mais
O Governo do Estado de São Paulo, junto da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e 
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) elaboraram e disponibilizaram 
um manual de implementação de um programa de prevenção à poluição?
Esse manual apresenta uma metodologia de apoio para o planejamento e 
desenvolvimento de um programa de Prevenção à Poluição (P2), que pode ser adaptada 
às condições específicas de qualquer empresa interessada. A P2 refere-se a qualquer 
prática, processo, técnica e tecnologia que visem a redução, ou eliminação em volume, 
concentração e toxicidade dos poluentes na fonte geradora. Inclui também modificações 
nos equipamentos, processos ou procedimentos, reformulação ou replanejamento de 
produtos, substituição de matérias-primas, eliminação de substâncias tóxicas, melhorias 
nos gerenciamentos administrativos e técnicos da empresa e otimização do uso das 
matérias-primas, energia, água e outros recursos naturais. A implementação em ações 
de P2 pela empresa implica no desenvolvimento de um programa que inclui desde o 
comprometimento da direção da empresa com os princípios da P2, até a avaliação do 
desempenho desse programa. Além disso, P2 representa um processo de melhoria 
contínua, ou seja, ao final do programa, novas metas são estabelecidas, reiniciando-se 
novamente o ciclo de implementação.
 » O que você tem feito no seu dia a dia para não gerar resíduos sólidos?
 » E no caso de gerar esses resíduos, o que você tem feito para tratá-los?Principais Contaminantes
Os agentes poluentes podem ser de natureza química, biológica, ou sob a forma de energia, 
como nos casos de luz, calor, ou radiação.
Fonte: Thinkstock /Getty Images
A ação indevida desses contaminantes na água, ar e solo provoca um efeito negativo no seu 
equilíbrio, causando danos à saúde humana, aos seres vivos e ao ecossistema.
A seguir serão listados alguns importantes contaminantes da água, do ar e do solo.
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Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Água:
Fonte: Thinkstock /Getty Images
 Muitas são as substâncias que podem ser encontradas na água. As periculosidades para 
os organismos e as doenças que podem causar estão diretamente ligadas à quantidade 
do componente que foi depositada e assimilada pelo organismo, além da sensibilidade do 
organismo ao elemento em questão. Podemos encontrar, principalmente:
Alumínio Elemento que pode causar problemas ósseos, anemia e lesão hepática, nos casos mais severos, doenças do sistema neurológico e renal;
Arsênico Apresenta-se associado a problemas digestivos, neurológicos e dermatológicos;
Bismuto Quando presente em teores elevados, pode causar danos neurológicos;
Cálcio Quando presente em concentrações acima de 80mg/L, apresenta sintomas como cefaleia, náuseas, vômitos, olhos vermelhos, hipertensão e convulsões;
Cloro e seus 
derivados:
Eliminam microrganismos, protozoários, bactérias e minerais indesejáveis, como 
ferro e manganês. Todavia,um ponto negativo na utilização do cloro é que, em 
presença de substâncias orgânicas, pode formar compostos carcinogênicos, como o 
clorofórmio. Outro composto formado pelo cloro, a cloramina, se em concentrações 
elevadas, pode indicar um distúrbio na hemoglobina e anemia em seres humanos;
Cobre
Aparece dos canos de cobre corroídos, da poluição industrial e agrícola, além de 
compostos utilizados no tratamento de algas. Pode causar destruição das hemácias e 
lesões no fígado;
Chumbo
Quando depositado em excesso no meio ambiente, pode persistir mesmo com o 
tratamento da água, ocasionando doenças como anemia, anorexia, cólica, fraqueza, 
dores musculares e articulares, além de convulsões;
Magnésio Em excesso pode estar associado ao bloqueio da transmissão no sistema neuromuscular;
Mercúrio Acumula-se no sistema nervoso central, causando tremores e paralisias;
Microrganismos O cloro é adicionado na água, ainda que não seja um meio ambiente ideal para multiplicação biológica, pode transportar protozoários, bactérias e outros microrganismos;
Zinco Elemento que, em excesso, pode causar anemia pela destruição de células vermelhas, além de náuseas e vômitos. O acúmulo crônico pode trazer problemas no sistema neurológico.
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Ar:
Fonte: Thinkstock /Getty Images
Da mesma forma, muitas são as substâncias provenientes de fontes poluidoras que podem ser 
encontradas no ar, lançando produtos e partículas na atmosfera. Podemos encontrar, principalmente:
Amoníaco
Substância que se apresenta como um gás incolor, não inflamável, possui cheiro 
característico e sufocante, é um elemento altamente tóxico, muito corrosivo e com 
boa solubilidade em água. Pode ser facilmente condensado em um líquido na ação de 
pressão em temperatura baixa, sendo largamente utilizado como gás de arrefecimento;
Biológico
Compostos encontrados em várias concentrações e em diversos tipos de ambiente, desde 
domésticos, industriais, escolas até escritórios. Os seres vivos têm flora microbiológica 
própria e podem liberar fungos, vírus e bactérias no ar. Os locais úmidos permitem o 
crescimento de patógenos e o ar pode ser uma fonte de disseminação; 
Campos 
Eletromagnéticos
As ondas eletromagnéticas se disseminam no ar e podem provocar efeitos que variam 
desde a estimulação dos nervos e músculos, até o aquecimento dos tecidos; 
Dióxido de Carbono Um gás incolor, de característica inodora e não inflamável; substância resultante do processo de combustão completa de combustíveis fósseis e de processos metabólicos;
Dióxido de Enxofre
Um gás incolor e inodoro, mas que apresenta um cheiro característico quando em altas 
concentrações. É produzido pela combustão de combustíveis fósseis, como carvão e 
óleo, que ainda são recursos muito utilizados em processos industriais. Esse elemento 
também é produzido quando um composto com enxofre é queimado;
Formaldeído
Pertence ao grupo orgânico dos aldeídos, onde tem-se uma grande família de compostos 
chamada substâncias orgânicas voláteis. É caracterizado à temperatura ambiente como 
um gás incolor e que apresenta odor pungente. É solúvel em água e muito reativo. 
Pode ser encontrado como gás, vapor e como polímero sólido. Por ser muito solúvel 
em água, pode irritar partes do corpo que contenham boa concentração de umidade, 
como os olhos. É produzido por combustão incompleta de hidrocarbonetos, como o 
gás natural, que é uma das fontes desse poluente;
Monóxido de 
carbono:
Apresenta-se como um gás incolor, inodoro e insípido. Gases emitidos pelo escapamento 
de veículos e processos industriais que utilizam combustíveis orgânicos são as principais 
fontes desse poluente;
Óxido e dióxido de 
nitrogénio:
O óxido de nitrogénio é um gás venenoso, inodoro e incolor, produzido em combustão 
e que se combina com o oxigénio, produzindo o dióxido de nitrogénio, outro um gás 
muito poluente e de cheiro forte. Esse composto absorve a luz do Sol e forma a névoa 
observada no horizonte de grandes cidades;
Partículas 
suspensas:
São as que se encontram suspensas no ar, resultantes de uma mistura de substâncias 
sólidas ou substâncias sob forma líquida, as quais presentes em suspensão no ar. Podem 
ser inaláveis se pequenas o bastante para passar pelas vias superiores e alcançarem os 
pulmões, causando males respiratórios
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Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Solo
Fonte: Thinkstock /Getty Images
Podemos encontrar, principalmente:
Resíduos industriais:
São produtos químicos, combustíveis, metais pesados e outros elementos 
descartados no solo de forma incorreta e desordenada. O tratamento do solo 
é possível com a demanda da utilização de muitos recursos e tempo. Essa 
contaminação acarreta outro problema grave, a contaminação da água. Tais 
resíduos podem atingir fácil e silenciosamente os lençóis freáticos, contaminando 
a água;
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Lixão: Os terrenos que foram utilizados como áreas de lixões apresentam vários problemas, 
como a contaminação por diversos tipos de poluentes e o risco de explosão, pois o 
processo de decomposição de lixo orgânico gera a produção de gases inflamáveis. 
Esse processo pode ser evitado quando a deposição de resíduos é realizada de forma 
controlada, como o processo dos aterros sanitários;
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Resíduo Eletrônico: Quando no solo, esse material proveniente de produtos eletroeletrônicos libera seus 
componentes químicos, que são resíduos altamente prejudiciais à saúde;
Fonte: Thinkstock /Getty Images
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Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Pesticidas e 
agrotóxicos:
A manutenção de um solo livre de poluentes e agentes tóxicos garante a sanidade 
da população. Exemplos dessas substâncias são os inseticidas, utilizados no combate 
aos insetos transmissores de doenças contagiosas; os herbicidas, empregados na 
destruição de ervas não desejáveis; fungicidas, combatendo os fungos que ameaçam 
o desenvolvimento das culturas;
Fonte: Thinkstock /Getty Images
Elementos 
Radioativos
Acidentes em usinas nucleares, ou descartes de equipamentos que possuem 
elementos radioativos podem deixar o solo contaminado por séculos. Por esse 
motivo, embora existam poucos casos, quando ocorrem geram problemas 
gravíssimos. Quando uma pessoa entra em contato com o solo com esse tipo de 
contaminação, pode morrer ou desenvolver diversos tipos de câncer.
 Saiba Mais
Que pessoas ou organizações que geram poluição de forma desordenada podem ser 
alvos de multas pesadas, ou até mesmo prisão? Afinal, contaminar o meio ambiente se 
caracteriza como um crime ambiental.
A poluição ocasionada pela geração de resíduos pode provocar, por exemplo, a 
extinção de espécies animais e vegetais.
Assim, Brasil, Índia e China, que são países em grande desenvolvimento e acelerado 
processo industrial, apresentam muitos casos de poluição ambiental pela geração 
desenfreada de resíduos.
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• Introdução
• Gestão Ambiental
• Meio Ambiente
• Resíduos Sólidos
 · Abordaremos um tema bem atual, a gestão ambiental. O principal objetivo 
aqui é levantar operações, seus respectivos aspectos e impactos ambientais.
Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer as dimensões 
da gestão ambiental.
Aqui você também encontrará uma atividade relacionada com o conteúdo estudado 
e composta por questões de múltipla escolha. Além disso, terá a oportunidade de trocar 
conhecimentos e debater questões no fórum de discussão.
É extremamente importante que você consulte os materiais complementares, pois 
são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre os 
assuntos tratados nesta Unidade.
Gestão Ambiental
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Unidade: Gestão Ambiental
Contextualização
Para iniciar esta Unidade, a partir da seguinte ilustração reflita sobre os resíduos gerados 
pelas atividades do dia a dia e seu destino final: 
Fonte: iStock / Getty Images
Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:
 » Por que isso acontece?