Buscar

Doenças do Esôfago

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Gastroenterologia – Amanda Longo Louzada 
1 DOENÇAS DO ESÔFAGO 
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO: 
INTRODUÇÃO: 
 “Condição na qual o refluxo do conteúdo gástrico 
causa sintomas que afetam o bem-estar do 
paciente e/ou complicações”; 
 15% da população brasileira; 
 O diagnóstico presuntivo de DRGE é seguro, 
podendo iniciar tratamento empírico 
 Se não afetar o bem estar só tem doença do 
refluxo, e se afeta é DRGE 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Sintomas Típicos e Atípicos (esofágicos, 
pulmonares, otorrinolaringológicos e orais) 
 Sinais de Alarme: odinofagia; disfagia; 
hemorragia; anemia; perda ponderal 
 Típicos: pirose e regurgitação. 
 Atípicos: globus (hystericus/faringeus) e tosse 
crônica. 
DIAGNÓSTICO: 
 Clínico 
 EDA: para afastar complicações 
 40 anos 
 Menos de 40 anos + sinais de alarme 
 Sinais de alarme 
 Suspeita de doença funcional 
 pHmetria 24h 
 Impedância pHmetria: padrão ouro 
 A minoria dos casos de pirose e regurgitação 
apresentam esofagite erosiva na endoscopia 
digestiva alta (EDA). 
 Caso a EDA e pHmetria forem normais, segundo 
critérios de ROMA, estamos diante da Pirose 
Funcional, respondendo mal ao uso de inibidores 
de bomba de prótons (IBP). 
TRATAMENTO: 
 Comportamental + dietético (evitar cafeína, 
bebida gaseificada, álcool, embutidos podem 
piorar) 
 Medicamentoso: 
 IBP: melhora a pirose e os sintomas de 
regurgitação 
 Procinéticos: também podem diminuir os 
sintomas de regurgitação 
 Cirúrgico: fundoplicatura 
 Endoscópico 
 
 
ESÔFAGO DE BARRET: 
 O EB é caracterizado pela metaplasia intestinal 
incompleta, que pode evoluir com displasia e 
adenocarcinoma. 
 10% dos casos de DRGE crônico possuem EB. 
Destes, 90% possuem hérnia de hiato e 
melhoram os sintomas de pirose. 
 Seguimento endoscópico: 
 Sem displasia: EDA a cada 2 anos, e o 
tratamento é funduplicatura ou uso de IBP 
contínuo 
 Baixo Grau: EDA a cada 6 meses 
 Alto Grau: faz cirurgia 
 Casos de EB com displasia de alto grau devem 
ser operados (ressecção do tumor) 
 Normalmente ocorre após 10 anos de DRGE não 
tratada 
HELICOBATER PYLORI: 
 Maioria dos casos são sintomáticos 
 Causa úlcera, linfoma, câncer. 
 Mas não tem nada a ver com DRGE, geralmente 
ele diminui os sintomas de refluxo e aumenta os 
sintomas de dispepsia 
COMPLICAÇÕES: 
 Esofagite: A minorias dos casos de pirose e 
regurgitação apresenta esofagite erosiva 
 Anel de Schatzki 
 Sangramento 
 Úlceras esofágicas 
 Doença de barret 
MEMBRANAS ESOFÁGICAS: 
 Conceito: estruturas mucosas, geralmente em 
esôfago cervical. 
 É um distúrbio de transição 
 Etiologia: 
 DRGE 
 Síndrome de Sjögren 
 Pênfigos 
 Epidermólise bolhosa 
 Tireoidopatias são causas de membrana 
esofágica. 
 Clínica: assintomáticas ou disfagia intermitente, 
associada a anemia ferropriva 
 Plummer-Vilson: é associada a anemia 
ferropriva, com formações de membranas em 
esôfago cervical. 
 Melhora com a reposição de ferro 
 Diagnóstico: 
 EDA 
 Esofagografia. 
Gastroenterologia – Amanda Longo Louzada 
2 DOENÇAS DO ESÔFAGO 
 Tratamento: 
 Tratamento doença de base 
 Dilatação endoscópica. 
ANEL DE SCHATZKI: 
 Conceito: estrutura de mucosa e submucosa na 
junção esofagogástrica (JEEG). 
 Normalmente é associado a DRGE, formando 
uma membrana no esôfago distal, que pode ser 
assintomático ou causa disfagia de condução 
 Clínica: 
 DRGE longa data 
 Disfagia de condução 
 Diagnóstico: 
 EDA: para afastar câncer 
 Esofagografia. 
 Tratamento: 
 Tratamento doença de base 
 Dilatação endoscópica 
DIVERTÍCULO DE ZENKER: 
 Mais comum entre os divertículos esofágicos; 
 Etiologia: 
 Protrusão extraluminal da mucosa hipofaríngea 
no triângulo de Killian: A herniação no triângulo 
de Killian em idosos, ocasionando disfagia de 
transferência, halitose, e tumefação cervical é 
relacionada ao divertículo de Zenker; 
 É um pseudodivertículo; 
 Prevalência de 0,1% 
 Mais comum do lado esquerdo, devido a crosta 
aorta 
 Mais comum no sexo masculino com 70 anos 
 Clínica: 
 Disfagia de transferência 
 Regurgitação de alimentos não digeridos 
 Tumefação cervical 
 Halitose 
 Diagnóstico: 
 Esofagografia 
 EDA 
 Tratamento: 
 Endoscópico: diverticulostomia, se for um 
divertículo pequeno (até 2 cm) 
 Cirúrgico: diverticulotomia e diverticulopexia, se 
for um divertículo grande (acima de 2 cm) e 
pacientes sintomáticos 
MALLORY-WEISS: 
 Acontece laceração superficial (mucosa e 
submucosa) geralmente após vômitos de 
repetição. 
 Fatores de Risco: 
 Alcoolismo 
 Excesso alimentares 
 Clínica (vômitos + hematêmese) 
 Diagnóstico: clínica 
 Tratamento: endoscópico 
 Prognóstico melhor 
SÍNDROME DE BOERHAAVE: 
 A minoria das perfurações esofágicas são pela 
síndrome de Boerhaave 
 Fatores de Risco: 
 Alcoolismo 
 Excesso alimentares 
 Acontece laceração profunda com perfuração 
transmural esofágica 
 Clínica (Vômitos + dor + enfisema) 
 Diagnóstico: 
 EDA é contraindicada 
 Raio-X 
 Clínica 
 Prognóstico: ruim 
 Tratamento: cirúrgico 
ACALASIA: 
 Conceito: Falta de relaxamento do EEI por 
destruição do plexo mioentérico (Auerbach). 
 Fisiopatologia: Ocorre devido a degeneração do 
plexo mioentérico esofágico ocasionando déficit 
de relaxamento do esfíncter esofagiano inferior. 
 Chagásica (T. cruzi) x Idiopática. 
 Epidemiologia: 
 Mais comum no sexo feminino 
 Mais comum na 5ª década 
 Classificação: por esofagografia ou TC 
 
 Clínica: 
 Disfagia lentamente progressiva 
 Regurgitações 
 Dor torácica 
 Perda ponderal 
 Tosse 
 Sialorreia 
 Soluços 
 Pirose 
 Dor torácica 
 Perda ponderal 
Gastroenterologia – Amanda Longo Louzada 
3 DOENÇAS DO ESÔFAGO 
 Diagnóstico: 
 Em casos suspeitos, deverá solicitar até 3 
exames para confirmação da etiologia 
chagásica (reação de fixação de complemento 
de Machado e Guerreiro, a imunofluorescência 
indireta e ELISA). 
 Etiológico: Reação de fixação de complemento 
de Machado e Guerreiro, a imunofluorescência 
indireta e ELISA; 
 Esofágico: 
 Esofagomanometria 
 Esofagografia 
 EDA 
 Tratamento: 
 Casos iniciais podem ser manejados com 
medicações, injeções de toxina botulínica, 
dilatações endoscópicas e POEM. 
 Medicamentoso: 
 Nitratos 
 Bloqueio de canais de Cálcio 
 Endoscópicos: 
 Injeção de toxina botulínica 
 Dilatação pneumática da cárdia 
 POEM 
 Cirúrgica: 
 Esofagomiotomia à Heller + Fundoplicatura: 
tratamento de escolha em jovens e com bom 
risco cirúrgico 
 Thal-Hatafuko 
 Esofagectomia 
 Dilatação endoscópica: está bem indicada, 
para idosos, com alto risco cirúrgico ou que 
não querem ser submetidos a procedimentos 
mais invasivos. 
 Complicação: carcinoma epidermóide

Continue navegando