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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Coleta e Análise de Dados | Pesquisa Quantitativa| Aula 07 
Onde Chegar 
• Apresentar a modalidade de pesquisa quantitativa 
• Apresentar as Teorias e metodologias da pesquisa quantitativa e sua aplicação 
na saúde. 
 
O que Aprender 
• Processos de produção do conhecimento. 
• A evolução do conhecimento e da pesquisa no campo da saúde. 
• A coleta de dados em pesquisa quantitativa. 
 
 
AULA 
07 
Pesquisa Quantitativa 
Coleta de dados 
 
Coleta e análise de dados 
 
 
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Coleta e Análise de Dados | Pesquisa Quantitativa| Aula 07 
Desenvolvimento 
Momento Conceitual 
• A pesquisa quantitativa 
 Os princípios da Pesquisa Quantitativa, apesar de originados nas ciências 
exatas, tem grande importância na área da saúde e sua contribuição é essencial 
na consolidação das ciências humanas pois, apesar dos desafios dos constructos, 
pode oferecer caminhos para a consolidação e definição de novos parâmetros de 
mensuração dos processos psicológicos. 
 A objetividade, inerente à logica da metodologia quantitativa, conflita com a 
subjetividade. Uma vez que os constructos dos fenômenos humanos e do 
psiquismo ainda são imprecisos, com pouca definição dos processos de 
mensuração, pois muitos desses não tem unidades de medida. Qual seria a 
unidade ou valor absoluto da memória, do pensamento ou da depressão? 
Conseguimos definir, mas não medir com precisão. 
 Desta forma pesquisa quantitativa força e obriga os pesquisadores na área 
das ciências humanas a aprofundarem estudos que tenham como resultados um 
clareamento dos fenômenos e processos emocionais, mentais e cognitivos, que 
precisam ser descritos de forma mais precisa e do estabelecimento de padrões de 
medida (psicometria, bioestatística e neurometria). 
A pesquisa quantitativa em Psicologia tenta apresentar respostas para os 
processos mensuráveis do comportamento e psiquismo, e auxilia na construção, 
determinação ou desenvolvimento de parâmetros para tornar mensuráveis os 
qualitativos (ainda não mensuráveis) com a ansiedade, depressão ou a saudade. 
 Assim a pesquisa quantitativa oferece um caminho mais consistente e 
seguro para as pesquisas em Psicologia e para a área da saúde exige um rigor 
maior nos processos de pesquisa, desde à problematização, até a apresentação 
dos resultados e análises, com o uso dos melhores procedimentos, instrumentos e 
técnicas sugeridos pela comunidade científica. 
 
 
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Momento Procedimental 
• A coleta de dados em pesquisa quantitativa. 
 Os procedimentos para coleta de dados nesta modalidade devem ser mais 
cuidadosos, primar pela exatidão (tanto dos processos, quanto dos resultados) e 
controlar os riscos de erros e vieses, inclusive porque os procedimentos e 
instrumentos de controle são mais acessíveis. 
Protocolos de pesquisa (projetos e procedimentos). 
 Na construção dos projetos de pesquisa neste modelo de pesquisa tem 
normatização mais rigorosa e o descumprimento ou desatenção a elas pode 
prejudicar o prosseguimento da pesquisa, principalmente nas bancas de 
qualificação ou nas avaliações dos comitês de ética ou junto às agencias de 
fomento, sendo que diversas instituições e centros de pesquisa, como a APA, 
ABNT e Associações, estão constantemente regulamentando ou atualizando as 
normas, instruções e manuais de orientação para a confecção de protocolos de 
pesquisa cada vez melhores, precisos e fidedignos. 
Populações e amostras. 
 A determinação das amostras e participantes neste modelo de pesquisa 
também é regulada por princípios quantitativos e classificatórios que estipulam e 
orientam a determinação do número de participantes (identificado pela letra “n” – 
minúscula) e que dever respeitar uma proporção com relação à população 
(identificado pela letra “N” – maiúscula) que é total de pessoas de um grupo 
específico. O valor de “n” deve ser indicado ou comprovado por cálculos de 
amostra que estabelecem o número ideal de pessoas para comporem o grupo ou 
grupos de participantes. 
 Além disso, a composição do “n” deve considerar as homogeneidade ou 
heterogeneidade dos possíveis participantes (tipos de amostras) que deve 
respeitar as diferenças ou possíveis influências (tendências) que um grupo pode 
ter, contaminando as respostas. Assim as amostras podem ser do tipo: 
Amostragem Aleatória Simples, Amostragem Aleatória Sistemática, Amostragem 
Estratificada ou Amostragem por Conglomerados. 
 
 
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Instrumentos e equipamentos 
Os instrumentos e equipamentos utilizados em pesquisas quantitativas 
devem atender especificações técnicas, ter características aceitas 
internacionalmente e respeitar as rígidas orientações de produção e de uso. Estes 
instrumentos e equipamentos também devem ser aferidos e calibrados para que 
garantam a precisão, adequação e validade dos dados coletados. 
As pesquisas em ciências sócias, humanas ainda não desenvolveram 
equipamentos muito complexos para a coleta de dados mas geralmente fazem 
uso de Questionários fechados (com respostas objetivas – alternativas), 
Inventários, roteiros, formulários, escalas e testes. Que devem ser padronizados, 
reconhecidos e validados por órgãos ou instituições. Estes instrumentos devem 
ser construídos a partir de critérios e controle da estrutura, forma, conteúdo e 
unidades de medida. 
Porém o uso corrente de aplicativos digitais e de programas 
computadorizados para a elaboração de instrumentos e coletas de dados deve 
vista com cuidado. Pois, se por um lado automatizam e agilizam o processo de 
coleta, por outro, torna os resultados suspeitos, pois a sua construção é feita de 
forma artesanal pelos pesquisadores, correndo o risco de gerar distorções ou 
perda de informações relevantes para a pesquisa. 
 No caso da Psicologia a coleta de dados de constructos psicológicos deve 
considerar as orientações internacionais da APA e do CFP (para o contexto 
brasileiro) sobre o uso de testes e instrumentos psicológicos a partir do Sistema 
de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI) que, desde 2001, acompanha a 
elaboração, produção, uso e resultados dos testes usados por psicólogos, tanto 
no contexto clínico quanto no de pesquisa. 
 
Procedimentos 
 Os protocolos de coleta de dados devem ser pensados e 
operacionalizados de forma que todo e qualquer pesquisador siga e reproduza os 
mesmos procedimentos, com a mesma sequência, parâmetros e ações (passo a 
passo) na interação com os participantes ou objetos de estudo. 
Coleta das respostas 
 A coleta e registro de respostas deve ser a mais fidedigna para cada 
pesquisador, com cada participante e com cada instrumento. Precisão e exatidão 
 
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nas ações são os termos chave, para que dados não se percam, não sejam 
alterados ou desfigurados. 
Riscos e cuidados 
 O manejo dos riscos que permeiam o ambiente de pesquisa, deve ser 
rigorosamente controlado, tanto para não causar danos físicos ou psicológicos 
aos participantes (como orientam as Res. CNS 466/12 e 510/16) quanto garantir 
que os dados obtidos sejam os mais realísticos, aproximando-se da realidade. 
Pois objetivo de toda pesquisa honesta, sem conflitos de interesses, é mostrar a 
realidade. 
 Em resumo a coleta de dados em pesquisa quantitativa deve ser a 
continuidade do processo iniciado na problematização, elaboração da pergunta, 
construção do projeto e metodologia (tipo de pesquisa, amostra, instrumentos e 
procedimentos). A coleta deve buscar,tanto na literatura (fundamentação teórica), 
quanto no contexto empírico (dados coletados), a resposta para o problema inicial 
ou oferecer subsídios para que esta resposta seja construída, confirmada ou 
refutada a partir dos resultados numéricos obtidos. 
 
Conclusão: A pesquisa quantitativa oferece e exige da Psicologia parâmetros 
precisos para o estudo dos processos psicológicos (emoções, cognições e 
interações sociais). 
 
 
 
 
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Vá mais Longe 
 Pesquise artigos que apresentem argumentos que sustentam a 
importância da pesquisa em Psicologia e consolide sua concepção sobre o papel 
da pesquisa quantitativa em sua formação. 
CARDOSO, Lucila Moraes e SILVA-FILHO, Jose Humberto da. Satepsi e a 
Qualidade Técnica dos Testes Psicológicos no Brasil. Psicologia: Ciência e 
Profissão [online]. 2018, v. 38, n. spe, pp. 40-49. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/1982-3703000209112>. ISSN 1982-3703. 
https://doi.org/10.1590/1982-3703000209112. 
GÜNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a 
questão?. Psicologia: Teoria e Pesquisa [online]. 2006, v. 22, n. 2, pp. 201-209. 
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-37722006000200010>. Epub 13 
Nov. 2006. ISSN 1806-3446. https://doi.org/10.1590/S0102-37722006000200010 
MASSOLA, Gustavo Martineli, CROCHÍK, José Leon e SVARTMAN, Bernardo 
Parodi. A psicologia como ciência empírica1. Psicologia USP [online], v. 27, n. 3, 
pp. 379-394. 2016. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-656420162703>. 
ISSN 1678-5177. https://doi.org/10.1590/0103-656420162703. 
 
Capítulo Norteador: 
 Agora comece a se familiarizar com os conteúdos de pesquisa, leia artigos 
e livros sobre pesquisa; 
ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith; GEWANDSNAJDER, Fernando. O método nas 
ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: 
Pioneira Thomson Learning, 2001. 
 
https://doi.org/10.1590/1982-3703000209112
https://doi.org/10.1590/S0102-37722006000200010
 
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Agora é sua Vez! 
Interação 
 Em pareceria com um colega, procurem um artigo sobre pesquisa 
quantitativa e façam uma primeira avaliação individual (cada um faz a sua) da 
qualidade deste artigo. Depois comparem as análises sobre o mesmo artigo. Qual 
foi o grau de excelência do artigo e do trabalho da dupla? 
Fórum da Disciplina. 
 Discuta com outros colegas qual foi a impressão de cada um sobre este 
módulo, qual foi o ponto que mais lhe interessou e qual não entendeu. 
 
Questão para Simulado 
 
1 – Para a coleta de dados utilizando a abordagem quantitativa, qual o tipo 
de instrumento mais adequado a ser utilizado? 
a) Questionário com perguntas abertas. 
b) Observação participante. 
c) Grupo focal. 
d) Entrevista semiestruturada. 
e) Questionário com perguntas fechadas. 
 
Resposta: Letra E 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith; GEWANDSNAJDER, Fernando. O método nas 
ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: 
Pioneira Thomson Learning, 2001. 
DYNIEWICZ, Ana Maria. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. 
São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2014. E-book. Disponível 
em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/53978/pdf/0 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/53978/pdf/0

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