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Moral, ética e direito

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Moral, Ética e Direito 
Teoria Geral do Direito 
 
MECANISMO DE CONTROLE SOCIAL 
→ Moral 
→ Ética 
→ Regras de trato social 
→ Religião 
DIREITO: “É o que tem maior pretensão de efetividade” . . . 
NOÇÕES DE ÉTICA 
“Ética é a ciência das condutas.” 
“Ela se dá na relação com o outro, por meio de atos humanos.” 
“E os atos humanos são regulados pela razão.” 
Se voltados para o bem, sinal de que foi feito uso correto da razão e sobrevém a felicidade nas relações. 
ÉTICA PROFISSIONAL 
• Culto a valores que, imperativamente, devem permanecer a consciência dos profissionais e nortear as condutas. 
• É o agir segundo padrões cultuados pela profissão. 
 
MORAL 
- É interna: questão de consciência individual; 
- Indivíduo capaz de discernir sobre certo x errado; bem x mal; bom x mau; justo x injusto. 
- Conjunto de valores morais que a sociedade, a cultura, as tradições maximizam. 
ÉTICA 
É respeito mútuo, cooperação entre os indivíduos. 
É ciência que estuda os valores e o comportamento moral. 
Se cultua e se orienta por valores morais que a sociedade maximiza. 
→ DIREITO; CONCEITO 1 
VARIA EM FUNÇÃO DA CORRENTE DE PENSAMENTO 
JURISTA LEGALISTA – Direito é norma jurídica; 
JURISTA IDEALISTA – Direito pelo liame da justiça; 
SOCIÓLOGO JURÍDICO 
“A função suprema do Direito é o controle social das paixões, que as emoções humanas podem gerar” (ÉMILE DURKHEIM) 
SÓ DESCREVEM MODELOS DE CONDUTA SOCIAL, 
SUGEREM, ACONSELHAM... 
COAGE! 
MORAL ≠ ÉTICA 
HARMONIA SOCIAL 
→ DIRIETO; CONCEITO 2 
DIREITO é sistema de limites, ao qual nos submetemos, para que nos seja possível a vida em sociedade. 
→ DIREITO: CONCEITO 3 
DIREITO “aos olhos do homem comum: é lei e ordem”; 
 
“É o conjunto de regras obrigatórias que garantem a convivência na sociedade, graças ao estabelecimento de limites à 
ação de cada um de seus membros”. 
PONTOS EM COMUM ENTRE DIREITO E MORAL 
✓ Não são excludentes; complementam-se ...; 
✓ Direito – amplamente influenciado pela moral; 
✓ Ambos têm o bem comum do indivíduo e da sociedade, como fim; 
✓ Têm base ética comum – ambos envolvem normas de comportamento e trato social; 
✓ Ambos são imperativos – fixam diretrizes de conduta humana. 
DIFERENÇA ENTRE DIREITO E MORAL 
NORMA JURÍDICA NORMA MORAL 
Campo mais restrito: Fatos da vida. Campo mais amplo/A subjetividade. 
Obrigatória/Estado impõe: Adesão espontânea do espírito à regra/Liberdade. 
Faculdade do indivíduo, quanto à obrigação moral. 
Exterior/Atitudes externalizadas Interior/influi na consciência para evitar externalização 
condutas erradas. 
Coercível/Obediência por sanções prefixadas. Lesado pode 
coagir para ter reparação. 
Incoercível/não autoriza lesado coagir para alcançar 
reparações. Sanções difusas. 
Heterônoma/A norma é posta por terceiros/É querer 
alheio/A vontade da lei se impõe à dos obrigados. 
Autônoma, porque a fonte é a natureza humana. O querer 
espontâneo, individualizado, o sujeito é auto legislador, o 
imperativo é da consciência. 
Bilateral (se dirige a 2 pessoas). 
É imperativa – impõe dever coativo à parte; 
É autorizante – dá poder coativo à outra para que exija o 
dever da primeira. 
Unilateral – é só imperativa (impõe dever quanto ao culto 
a valores). Não é autorizante. 
 
RELAÇÃO ENTRE A JUSTIÇA E O DIREITO 
. . . Conceituar JUSTIÇA é permanente desafio aos filósofos do DIREITO; 
. . . JUSTIÇA é desafio para o legislador que, movido por interesse de ordem prática, busca consagrá-la nas normas de 
DIREITO” (PAULO NADER, 2006). 
Na acepção de RUI BARBOSA “. . . ser justo é tratar com desigualdade, pessoas que são desiguais, na justa medida das 
suas desigualdades . . .”. 
“[ . . . ] justiça pressupõe o valor segurança; depende dela para produzir os seus efeitos, na vida social [ . . . ]” (NADER) 
“[ . . . ] como chegar à justiça, se não existir, preliminarmente, um Estado organizado, uma ordem jurídica definida? [ . . . ]” 
(GOETHE) 
LEGALIDADE 
Quando tem a força ou o amparo de lei; 
Lei que considerou a vontade de grupo restrito de pessoas 
“ . . . é legal . . . ” 
LEGITIMIDADE 
Quando tem a força da aceitação do grupo social; 
Porque se coaduna com princípios e valores morais que o grupo cultua. 
Se a lei ambiental só maximiza interesses do agronegócio; “ . . . se não traz benefícios ambientais . . . “ 
“ . . . é ilegítima . . . “ 
Em suma . . . 
ATO LEGAL – Se respeita a lei; 
ATO LEGÍTIMO – Se aceito socialmente; se resulta em justiça. 
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO (MIGUEL REALE) 
Na base fenômeno jurídico, três elementos/dimensões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NORMA – Instrumento prático do Direito; 
 
Regulando um FATO JURÍDICO RELEVANTE 
 
Em função de determinado VALOR, que se pretenda dedicar ou adotar ou dimensionar, para tal FATO JURÍDICO 
RELEVANTE.
FATO JURÍDICO 
Acontecimento social, de origem natural ou 
humana, economia, geográfica, demográfica, 
tecnológica, histórico, que gere consequências 
jurídicas. 
VALOR 
Elemento moral do Direito. O fato tem 
determinado significado para a sociedade, a 
ser preservado. 
NORMAL 
Que relaciona o fato ao valor e 
determina o comportamento social 
padrão que o Estado impõe às 
pessoas. É a dogmática jurídica. 
O que é justo/injusto, 
certo/errado... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO – RESUMO: DIREITO, MORAL E REGRAS DE TRATO SOCIAL 
DIREITO MORAL REGRAS DE TARTO SOCIAL 
BILATERAL UNILATERAL UNILATERAIS 
HETRÕNOMO AUTÕNOMA HETERÔNOMAS 
EXTERIOR INTERIOR EXTERIORES 
COERCÌVEL INCOERCÍVEL INCOERCÍVEIS 
SANÇÃO PREFIXADA SANÇÃO DIFUSA SANÇÃO DIFUSA 
 
A finalidade dos mecanismos de controle social é o aprimoramento das relações sociais. 
“APENAS O DIREITO DETÉM A CARACTERÍSTICA DA COERCIBILIDADE”. 
DIREITO MORAL 
DIREITO MORAL 
 DIREITO 
TEORIA DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS OU DO MÍNIMO ÉTICO – 
Jeremmy Bentham e Georg Jellinek (séc. XVIII/XIX). O direito 
totalmente inserido na MORAL. 
TEORIA DOS CIRCULOS SECANTES – Claude Du Pasquier. “Há 
assuntos e valores que têm interseção, ou pertencem, 
simultaneamente, ao Direito e à Moral; outros só ao Direito; Outros 
só à Moral. 
VISÃO KELSENIANA e THOMASIUS – Desvincula Direito 
de Moral; a norma é o único e essencial do Direito. Não há 
pontos de relação ou interseção necessários entre ambos 
os campos.

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