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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DE VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA COMARCA DE RECIFE - PE
Processo Nº: 042.338.0322
	MARCILEIDE ARAÚJO SILVA, empresária, CPF nº 123.456.789 -00, RG nº 8.888.888 – SXX/PE, e-mail: xxxxxx@abc.com.br, telefone celular: (81) 99999-XXXX, brasileira, casada, residente na Av. Bernardo Vieira de Melo, nº 123, Piedade, Jaboatão dos Guararapes – PE, CEP nº xx.xxx-xxx, representado por seu advogado, regularmente constituído, conforme instrumento de procuração em anexo(doc.01), propõe com fundamento no art. 335, e seguintes do Código de Processo Civil (CPC), a presente, CONTESTAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
I – DA PUBLICIDADE
	Inicialmente, requer que todas as publicações e/ou intimações referentes ao presente feito sejam efetuadas exclusivamente em nome do patrono HUGO JOSÉ DE PAULA MARANHÃO, OAB-PE  nº NJUR75-6, com endereço profissional localizado na rua xxxxxxx, Sala xxxx, CEP xx.xxx-xxx, Recife-PE, requerendo, para tanto, a anotação de seu nome na contracapa destes autos. 
II – DA TEMPESTIVIDADE
	Conforme art. 335, I, do CPC, começa-se a contar o prazo para contestação em 15 dias úteis a partir da audiência de conciliação, sendo que a audiência de conciliação ocorreu em xx de xxxxxx de 2021, seu primeiro dia deu-se em xx/xx/2021.
Desta forma, a presente contestação é tempestiva.
III – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
	Requer preliminarmente a ré, com fulcro no artigo 5º, incisos XXXV e LXXIV, da CF, combinados com os artigos 1º e seguintes da lei 1.060/50, que seja apreciado e acolhido o presente pedido do direito constitucional à Justiça Gratuita, isentando a parte ré do pagamento e/ou adiantamento de custas processuais e dos honorários advocatícios e/ou periciais caso existam, tendo em vista os seus baixos rendimentos e o fato de que ATUALMENTE PASSA POR MUITAS DIFICULDADES FINANCEIRAS POIS EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA A SAÚDE FINANCEIRA DE SUA EMPRESA FOI AMPLAMENTE COMPROMETIDA, SENDO O PAGAMENTO DE DESPESAS PROCESSUAIS PREJUDICARÁ O SEU SUSTENTO E O DE SUA FAMÍLIA.
	Diante também do Novo Código de Processo Civil, o inteligente artigo 99 assim deixou a sua previsão:
“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no pro recurso.
§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.”
	Desta forma, fica evidente que se trata de uma pessoa com poucos recursos financeiros e que vem sendo coagida com cobranças abusivas relativas à presente lide.
IV – DOS FATOS
O autor, através de seu representante legal, propôs ação de alimentos, buscando o pensionamento de sua genitora.
	É sabido que a mesma vinha ajudando as crianças e, inclusive, pegava as mesmas para passar finais de semana, tendo uma convivência “pacífica”. Além disso, a ré encontra-se com uma renda bastante comprometida, conforme documento anexo com breve cálculos de lucros de sua empresa.
	
	Em decisão à fl.xx/xx ficou determinado que o autor deve pagar, a títulos de alimentos provisórios, o valor de “xx% de seus ganhos líquidos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios, incidindo o percentual, inclusive, sobre 13º salário, férias, horas extras, eventuais verbas resilitórias, se houver. Tal pensionamento será de 100% do salário mínimo nacional, valor este a ser depositado, até o dia 10 (dez) de cada mês, em conta a ser aberta conforme determinação abaixo”.
	Mesmo após a distribuição, a demandada, sem saber, continuou tendo acesso a criança, porém, quando a genitora passou a cobrar recibos pelos valores que dava ao representante legal, o mesmo fez alienação parental com os menores que hoje sequer podem olharem no rosto da sua mãe sem chorar.
	Inclusive, cabe destacar, a parte requerida informa que no dia da audiência, o pai a proibiu de falar com os menores, demonstrando, assim, a alienação parental e o comportamento do genitor, ou seja, intolerante e absolutamente agressivo.
V – DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
	Inicialmente faz-se necessário e urgente o pedido de redução dos alimentos provisórios arbitrados, conforme fls.xx/xx
[...]texto da folha com decisão[...]
	No nobre julgador estipulou os valores conforme exposto acima baseando-se única e exclusivamente na palavra do representante legal dos menores, porém a cautela neste caso se torna essencial.
	Atualmente a demandada encontra-se em situação financeira delicada, conforme documentações anexadas a peça de defesa, especificamente à pag. Nº xxxx do documento, dificilmente terá a quantia de 100% de um salário mínimo para dar como alimentos para seus filhos, requerente desta demanda. É certo afirmar que a requerida tem o dever de alimentar, não é esse o foco da presente narrativa, mas sim o valor arbitrado, fugindo totalmente da realidade em que vivem os empresários em tempos pandêmicos.
	
	Ainda, cabe observar que, caso a autora consiga reestabelecer a saúde de sua empresa, deverá adimplir o valor de 100% de um salário mínimo, ou seja, R$ 1.192,40, que é um montante razoável para a natureza da ocupação da autora. A douta decisão possuem equívocos que devem ser corrigidas imediatamente, pois não é razoável.
	
	Neste sentido, Conforme dispõe o artigo 1.695 do Código Civil, os alimentos devem ser prestados "quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento".
E assim já compreende o r. Tribunal de Justiça do Distrito Federal por exemplo:
TJ-DF - AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI 20130020300222 DF 0030976-67.2013.8.07.0000 (TJ-DF) data de publicação: 25/04/2014. 2. Na hipótese vertente, considerando as possibilidades financeiras do alimentante/agravante, demonstradas neste juízo de cognição sumária, afigura-se razoável reduzir o valor dos alimentos provisórios, ao menos até o julgamento da ação originária, oportunidade em que será apreciada de forma mais detalhada as reais possibilidades do alimentante.
	O sustento dos filhos é responsabilidade de ambos os genitores, de modo a não deixar de prestar auxílio a qualquer de seus descendentes ou priorizar um em detrimento dos demais, além de os alimentos provisórios terem o dever de ser fixados em quantidade que a mãe suporte.
	
	Desta forma, sugere a autora que seja estipulado, um valor acessível de 50% sobre um salário mínimo, mantendo as disposições em caso de a superação da saúde de sua empresa, para que o mesmo efetue o pagamento, não prejudicando seu sustento.
VI – DO MÉRITO
	01. 	DA NECESSIDADE DO MENOR E DA PLANILHA DE GASTOS
É certo afirmar que quando se busca na justiça pensionamento de alimentos, se faz necessário a juntada de planilha de gastos do menor, conforme o presente caso, o que não foi feito de forma detalhada e não comprovada, conforme professor Gediel Claudino de Araújo Júnior, em sua obra “Prática no processo Civil” – fl.32/33, vejamos:
O interessado deve ser orientada a fornecer ao advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros que o caso em particular estiver a exigir: (...) comprovantes de despesas gerais do alimentado (por exemplo: água, luz, internet, telefone, televisão a cabo, alimentos, aluguel, mensalidade escolar, medicamentos, vestuário, lazer etc.);
Este tipo de documento busca mostrar ao juízo a boa-fé por parte do requerente, bem como ajudar o nobre julgador na prolação da decisão de alimentos provisórios, o que não foi feito e, por este motivo, fica impossível para a parte autora adimplir com um valor de 100% de um salário mínimo, tendo em vista que encontra-se em situação financeira precária.
A r. decisão à fl.xx, impõe ao autor uma obrigação demasiadamente excessiva.
	02.	DO DIREITO DO REQUERIDO
Com fulcro no art. 1.695, do Código Civil Brasileiro, os alimentos quando fixados deverão sempre obedecer ao binômio necessidade – possibilidade, não devendodesfalcar o necessário ao sustento do Devedor, devendo ser, como amplo entendimento jurisprudencial e doutrinário, fixados de acordo com percentual dos rendimentos da Requerida, neste sentido:
TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70062800537 RS (TJ-RS) Data de publicação: 27/04/2015 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS. FIXAÇÃO EM PERCENTUALDO SALÁRIO MÍNIMO. Os alimentos devem ser fixados de acordo com opercentual dos rendimentos do agravante porque, assim, melhor atendem ao binômio necessidade-possibilidade. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (Agravo de Instrumento Nº 70062800537, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 23/04/2015).
Sendo assim, levando em consideração que a douta decisão às fls.xx/Xx, buscou determinar o valor de, aproximadamente, R$ 1.192,40 (um mil cento e noventa e dois reais e quarenta centavos) em dias atuais, ignorou o fato de o representante legal do requerente utilizou-se de artifícios sem provas para convencer o douto Juízo. Conforme amplamente demonstrado, a autora encontra-se em péssimas condições financeiras que a impossibilita de efetuar a quantia determinada pelo nobre julgador.
VII – CONCLUSÃO
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência total improcedência da presente demanda, já que:
	a) 	a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes, do Código de Processo Civil;
	b) 	Acolha-se primariamente o pedido de revisão e arbitre-se a redução dos alimentos provisórios;
	c) 	Seja declarada parcialmente a improcedência dos pedidos deduzidos pelo Requerente e ao final condenado a Requerida ao pagamento de pensão alimentícia no valor de 50%, diferentemente das alegações autorais, conforme fatos e fundamentos expostos, nos termos do Art. 13, § 1º da Lei 5.478/68;
	d)	 Subsidiariamente, em caso de procedência do pedido principal, o que se admite apenas em atenção ao princípio da eventualidade, seja diminuído o valor da pensão requerida; e;
	e) 	Que seja proferida a sentença para que a requerida tenha a obrigação de adimplir com a pensão de alimentos referente aos seus rendimentos líquidos.
	Pretendem os requerentes provarem suas argumentações fáticas, documentalmente, apresentando desde já os documentos acostados à peça exordial, protestando pela produção das demais provas que eventualmente se fizerem necessárias no curso do pedido.
Termos em que,
Pede juntada e espera deferimento.
Recife – PE, 12 de novembro de 2021
	Hugo José de Paula Maranhão
OAB/PE – NJUR75-6

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