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Ação de reparação de danos

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EXCELENTÍSSIMO (A) DOUTOR (A) JUÍZO DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DE xxxxxxxxxxxx - SP
Dirceu Pereira, brasileiro, solteiro, motorista, portador da cédula de identidade nº xxxxx-x, inscrito no CPF sob o nº xxxxx, residente e domiciliado à Avenida Manoel Goulart, nºxxx, no bairro xxxx, CEP 19060-000, na cidade de xxxxx, por seu advogado que no final se subscreve - procuração anexa- (Doc.01), devidamente inscrito na Ordem dos Advogado, sob o nº 123.321, com escritório nesta cidade, na Avenida Brasil, nº 01, no bairro Caixa, CEP xxxxx, onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, ajuizar a presente 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS 
pelo procedimento comum, em face do Shopping Coronel Marcondes, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ nº xxxxxx ,situada na Avenida Coronel Marcondes, nº xxxx, Bairro do Chico, na Cidade de xxxxxx/SP, neste ato representado pelo seu gerente Luiz Fabrício, brasileiro, casado, portador da Cédula de Identidade nº cxxxxx-x e inscrito no CPF sob o nº xxxxx, residente e domiciliado nesta cidade, na Rua Júlio Prestes, nº XXX, Bairro Juquinha, CEP XXX, pelos motivos que passa a expor: 
Dos Fatos
O requerente, dirigiu-se no dia 01 de março de 2022 ao Shopping Coronel Marcondes, para efetuar algumas compras. Estacionou o veículo Ford Fiesta Sedan, ano 2015, placa EFU-0000, de sua propriedade, por volta das 16h00 no local privativo do requerido estabelecimento. 
Após as compras, quando retornou ao estacionamento, verificou que seu veículo havia sido danificado. Indivíduos com escopo de furtar, arrombaram a porta do carro levando do requerente um notebook e um óculos, que juntos estimavam o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Além disso, houve também um prejuízo de R$ 1.000,00 (mil reais) devido a porta danificada. 
Constatado o ocorrido, o requerente procurou a direção do Shopping Center e foi informado que o mesmo não arcaria com os prejuízos, tendo em vista que o serviço de estacionamento oferecido pela requerida não era pago e havia um letreiro indicando que o local não arca com os danos sofridos ao veículo e nem pelos objetos nele deixado. 
Foi disponibilizado ao lesado, ora requerente, apenas as imagens da câmera de segurança do estabelecimento, para ajudar na identificação dos criminosos, pois os seguranças alegaram não presenciar o furto e portanto, não serem capaz de apontar os sujeitos do crime. No entanto, a requerida não se responsabilizou pelo ocorrido, e consequentemente não arcou com os danos sofridos ao veículo. 
	Assim, não resta ao autor, alternativa, senão propor a presente ação. 
Dos Fundamento
Responsabilidade civil 
O autor pretende que o réu se responsabilize pelo danos, razão pela qual busca o judiciário, através da presente ação. 
Por meio de tais fatos, não resta dúvidas de que o veículo do autor foi furtado nas dependências do estabelecimento, e que os danos devem ser reparados pelo réu. 
Conforme dispõe o Código de Defesa do Consumidor no seu artigo 14, o requerente não deve ser lesado por furto ou roubo ocorrido dentro do estacionamento, portanto, o direito de ressarcimento é garantido: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Ademais, a utilização de placas informativas, argumentada pela requerida para não arcar com os prejuízos causado ao cliente, é considerado uma cláusula abusiva, e portanto, nula e proibida, assim não poderá o réu se exonerar das obrigações nestas situações, conforme artigo 25, CDC.
Neste sentido temos o Superior Tribunal de Justiça, na Súmula 130, resolve a controvérsia em relação a responsabilidade ou não do estabelecimento quanto a presença de placas informativas.
“Súmula 130, STJ: A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento".
De acordo com a Lei nº 13.872/09 o fato do serviço de estacionamento oferecido pela requerida ser gratuito, não exonera a responsabilidade do estabelecimento, ou seja, tanto para serviços pagos como para os gratuitos a responsabilidade é a mesma.
Tendo em vista ainda o amparo legal, trazido pelo artigo 159 do Código Civil, será considerado responsável o requerido, pois a gratuidade do serviço de estacionamento não exime o dever de cuidar,vejamos
"Art. 159. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.
Por fim, a responsabilidade da requerida existe, e assim esta terá o dever de reparar o prejuízo ocorrido, uma vez que já foi comprovado o dano e a existência de nexo de causalidade. 
Dos Danos
Danos Materiais:
Deve-se ressaltar que o dano material é aquele que atinge diretamente o patrimônio das pessoas jurídicas ou físicas, bem como a redução da renda ou da sua perspectiva, refletindo no padrão de vida da vítima ou formação de seu patrimônio.
Conforme comprovado pelas imagens captadas na câmera de segurança do Shopping Center, foram levados pelos criminosos alguns objetos do carro, sendo eles, um notebook e um relógio, além do arrombamento da porta do mesmo resultando em danos materiais sofridos pelo autor que totalizaram em R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Danos Morais: 
	Demonstradas as perdas patrimoniais do Requerente, cumpre ressaltar que restou ainda ao constrangimento causados pelo fato, pois ao deixar seu veículo no estacionamento do estabelecimento visava segurança e proteção contra eventuais infratores, porém, mesmo resguardando seu veículo a porta do mesmo foi arrombada, ocasionando furto a seus pertences, além disso o Shopping Center se negou a pagar qualquer tipo de dano, causando transtornos ao requerente. 
Ademais, qualquer dano causado a alguém deve ser indenizado, de tal obrigação não se excluindo o mais importante deles, que é o dano moral. O dinheiro, possui valor permutativo, podendo-se, de alguma forma, abrandar o transtorno.
Audiência de Conciliação e Mediação
	Manifesta-se o autor sobre o interesse para que haja audiência de conciliação e mediação, conforme artigo 334 do CPC/2015. Cuja a citação do réu deverá ocorrer em até 20 dias antes da realização da mesma. 
Da inversão do ônus da prova.
Considerando as peculiaridades do caso, pede que se digne este Juízo de determinar a inversão do ônus da prova em favor do Autor, conforme autoriza Art. 6º, Inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
Da Justiça Gratuita
Afirma o autor, sob as penas da lei, estar no momento hipossuficiente jurídico financeiramente, não tendo condições de arcar com as custas processuais e honorários de advogado, razão pela qual faz jus ao benefício da Gratuidade de Justiça, nos termos da Lei nº 1.060/50, benefício que desde já requer, indicando para o patrocínio da causa o advogado que a esta subscreve, requer o deferimento do pedido de assistência judiciária gratuita nos termos da Lei.
Dos Pedidos: 
	Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:
1. Citação do Réu para que caso queira se manifeste sobre a realização da audiência de conciliação e mediação, e, se for o caso, apresente contestação no prazo legal, sob pena de revelia e confissão.
2. A procedência da ação para condenar o réu a efetuar o pagamento ao autor na importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), acrescidos de juros e correção monetária devido materiais, na forma dos arts. 186 c/c 927,CC e art 5º CF, bem como a importância de R$1.000,00 (mil reais) a título de dano moral.
3. A condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais, no valor de 20% da ação, na forma da lei;
4. A inversão do ônus da prova, segundo artigo 6º do CDC, passando a ser do Shopping Center o ônus de provar que o consumidor não estacionou o veículo no estabelecimento naquele dia;
5. Por fim, deferir o pedidode JUSTIÇA GRATUITA, pelos motivos já expostos.
Protesta-se provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da reclamada, oitiva das testemunhas, juntada de documentos.
Dá-se à presente causa o valor de R$ 6.000,00
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local / data
OAB/SP 000.000

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