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Introdução à Virologia

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Virologia
Introdução
Os vírus possuem grande diversidade biológica (maior que bactérias, plantas e animais) → Sucesso em parasitar todos os grupos de organismos vivos.
Entender a diversidade é a chave para compreender a interação com seus hospedeiros. Podem ser proteína-proteína, proteína-ácido nucleico e proteína-lipídeos determina a estrutura das partículas virais, síntese e expressão do genoma viral e os efeitos dos vírus nas células do hospedeiro.
Classificação viral
Ordem, família, subfamília, gênero, espécies, amostras/tipos/subtipos.
As partículas virais (virions) não crescem nem se dividem por si só (precisam infectar uma célula viva).
Não possuem informação genética necessária para a codificação de um sistema que permita a geração de energia metabólica e a síntese de proteínas (ribossomos).
Nenhum vírus conhecido tem esse potencial genético ou bioquímico para gerar ou dirigir todos os seus processos biológicos.
Os vírus são absolutamente dependentes da célula hospedeira para todas essas funções
O ciclo viral é contado em dias, ao contrário das bactérias que são em horas.
Eclipse: não consegue detectar a partícula viral (período de incubação) → infectado, sem sintomas e não reage em testes de detecção.
Maturação: replicação
Morte da célula: detecção é possível (ele sai da célula) → existem vírus que saem das células sem causar a morte da célula
Infecção
- Produtiva: quando há entrada permissiva nas células seguida de formação de novas partículas.
- Abortiva: entrada em uma célula não permissiva não resultado na formação de partículas viáveis (tenta fazer mudança sem sucesso).
- Restritivas (latente): O vírus continua no organismo sem causar dano, reativando em períodos (ex: herpesvírus fica latente no nervo trigêmeo até que haja uma queda de imunidade).
Simetria
• Helicoidal 
Ligação direta da cobertura do vírus com o material genético em hélice).
Composta por: Envelope viral, matriz interna e genoma viral.
A partícula viral encosta na membrana celular (contato físico), rola sobre a membrana e encontra o receptor viral. Quando o encaixe acontece temos a fase chamada de adsorção, acionando a endocitose (englobamento pela célula), penetrando a célula.
Para sair da célula, o vírus monta suas proteínas próximo da membrana celular e brota com um pedaço da célula infectada (exocitose).
• Icosaédrica/cúbica
Pentâmero, quadrado, cubo
Composta por: capsômeros, matriz viral e genoma.
Lesões celulares
Causa:
- Lesão na membrana
- Disfunção mitocondrial → diminuição da síntese proteica
- Anormalidades do citoesqueleto
- Espécies reativas de O2 → radicais livres
Consequências
- Estado e grau de adaptação da célula alvo
- Perda do equilíbrio osmótico (lesão) → influxo de fluidos e íons, perda de proteínas, enzimas e coenzimas, perda de ácidos ribonucleicos
- Extravasamento metabólitos → perda de fosfato de alta energia
Extravasamento de enzimas Lisossomais e sua ativação: 
RNAases, DNAases, proteases, fostatases, glicosídeos, catepsinas.
Digestão → morte celular → apoptose
Lesão reversível
Resposta celular depende do tipo de lesão, duração e gravidade.
Reversível: edema celular, degeneração gordurosa.
Mecanismos:
- Baixo ATP
- Dano as mitocôndrias
- Influxo de cálcio
- Acúmulo de radicais livres
- Lesão membrana
Lesão irreversível
- Morte celular
- Incapacidade de reverter disfunção mitocondrial: fosforilação oxidativa e geração de ATP nulos
- Alterações na função da membrana
- Ativação de enzimas
- Necrose → hidrolases ácidas diminuem o pH e levam a degeneração celular e causa reação inflamatória
Reação inflamatória viral
Células mononucleares: linfócitos (Th1 e Th2), macrófagos caninos (polarização M1 leva a falha do metabolismo energético e M2 levam a divisão celular por mitose), plasmócitos.
Mediadores químicos: citocinas, interleucinas, IFN, TNF.
Proliferação conjuntiva → fatores de crescimento
Resposta imunológica x infecção viral
Pode ser adquirida ou natural.
Fonte: Flores, EF 1ª edição.
Componentes da resposta imune inata
- Proteínas efetoras circulantes
- Complemento destruição do patógeno, opsonização, recrutamento celular
- Citocinas: TNF-α, IL-1, quimiocinas (inflamação); IFN-α,β (resistência a infecção viral); IFN-γ (ativação de macrófagos); IL-12 (produção de IFN-γ por células NK e células T); IL-15 (proliferação de células NK e células T); IL-10 e TGF-β (controle da inflamação).
Componentes da resposta imune adquirida
Desencadeada após a estimulação dos linfócitos T e B pelo antígeno.
- Anticorpos (humoral) neutralização, opsozinação (ativação do complemento e fagocitose)
- Linfócitos T e B (celular)
Viremia
Primária: Quando o vírus chega ao epitélio (nasal, oral, etc), cai na circulação, faz replicação e migra para os linfonodos próximos.
Secundária: altas cargas virais no sangue após a replicação. Vírus já estão em outros tecidos (cérebro, pulmões, glândulas, etc).
Replicação viral
Curva de crescimento: penetração, eclipse, maturação e saída das partículas virais da célula hospedeira.
Eventos que ocorrem durante o eclipse:
Fase I: Contato com a célula hospedeira.
Fase II: Penetração (endocitose ou fusão da membrana plasmática).
Fase III: Descapsidação ou desnudamento.
Fase IV: Estratégia de replicação.
Vírus de DNA de fita dupla
Transcrição RNAm = RNAm do molde inicial de DNA.
Sequência de eventos: DNA viral no núcleo da célula → faz tradução através da transcriptase → transcrição → RNAm-citoplasma → RNA polimerase celular → síntese proteica.
Ex: Papovavírus, herpesvírus, poxvírus, vírus da peste suína.
Vírus de DNA fita simples
Fita complementar do DNA viral (enzima DNA polimerase viral) → faz uma cópia do seu material genético.
Sequência de eventos: DNA viral no núcleo da célula → faz tradução através da transcriptase → transcrição → RNAm-citoplasma → RNA polimerase celular → síntese proteica.
Ex: Parvovírus.
Família Orthomyxoviridae
 Fonte: Johnson&Johnson.
Influenza vírus tipo A, B e C.
Aves, suínos e seres humanos: tipo A.
- Problemas respiratórios graves
- Alto grau de recombinação
- Alterações Shift (lenta) e Drift (rápidas)
- Estirpes/variantes vacinais (LPAIV – baixa patogenicidade) x Estirpes patogênicas (HPAIV – alta patogenicidade)
Características biológicas
Pleomórficos e envelopados (100nm)
Simetria helicoidal
Glicoproteínas
Vírus RNA fita simples segmentado, polaridade negativa
Tipo A, B e C – determinados pelo nucleocapsídeos.
Combinações de HA (Hemaglutinina) e NA (Neuroaminidase) – sorotipos virais
Enzimas associadas a nucleoproteína viral: PB1, PB2 e PA
Genoma viral: 8 segmentos de RNA, polaridade negativa
6 codificam 1 proteína
7 e 8: 2 proteínas → M1 e M2; NS1 e NS2
Fonte: Wikipedia
Glicoproteínas - 4 regiões antigênicas variáveis e receptores que encontram a célula alvo
Receptores para vírus da Influenza
Ácido sialíco componente da estrutura que existe entre as células, tem como constituinte o ác. acetilneuramínico presente no sistema respiratórios dos animais e nos humanos.
As lecitinas auxiliam a quebra e a absorção pelo intestino delgado. Possui uma região hidrofílica (colina, glicerol e grupo fosfato) e região hidrofóbica (cadeia de ácido graxo).
A neuraminidase facilita a infecção, pois quebra as moléculas do muco e facilita o acesso do vírus com o epitélio respiratório. Obs: A medicação tamiflu inativa a neuraminidase e tem ação imediata.
Presença também da lecitina (emulsifica as moléculas) → O vírus utiliza a lecitina a favor dele para se ligar aos receptores, dessa forma não acionando o sistema imunológico.
Reação de hemaglutinação: Baseia-se na reação dos receptores da HA e da hemácia hospedeira.
Replicação viral
Quando o vírus encontra os receptores de superfície (pode ou não ser ácido siálico+lecitina), a célula endocita o vírus, seguindo em direção ao núcleo dentro de um lisossomo. Uma vez no núcleo, ele faz transcrição para RNA positivo (IFN não consegue notificar que a célula está infectada). As fitas positivas vão para o RER e o RNAr sintetiza. O complexo golgiense forma as vesículas e coloca a hemaglutinina na superfície,monta o capsídeo e faz brotamento, levando a lise celular devido a grande quantidade, ativando o sistema imunológico. 
Transmissão do Influenza
Transmissão direta
Aves → Homem → Homem
Transmissão via hospedeiros intermediários
Aves (fezes) → Ex: suínos → Homem → Homem
Reassortment/“Rearranjo”
Animais variados e homem convivendo, infectam outros animais e homem → Homem transmite para outro homem
Ambiente de pandemia
Confirmação diagnóstico
LPAIV – Low Pathogenic Avian Infectious Virus
Isolamento viral e identificação do agente em ovos embrionados de 9 a 11 dias.
Tecidos a serem coletados: sistema respiratório → alta frequência na região nasofaríngea.
Faz sequenciamento.
HPAIV – High Pathogenic Avian Infectious Virus
Alterações da sequência da HÁ, disseminação visceral.
Praticamente todos os tecidos pode ser swab cloacal.
Como o corpo reage
Imunidade não adquirida
TNF-α, IFN-γ, IL-6 e IL-2, Cortisol → Agravamento 8h após a infecção.
Acute respiratory distress syndrome (ARDS) → 6 dias ocorre a morte disfunção total dos órgãos.
Sindrome Reye’s Sepsi (sem bacteremia) → Quando há sobrevida 10-14 dias anticorpos em alto títulos.
Tratamento: Drogas anti-neuroaminidase, corticoides para regular o cortisol (estresse) → TNF-α,β, IFN-γ e IL-2 em baixos níveis.
Em embriões: hemorragia, morte embrionária, altos títulos virais na cavidade alantoide.
Diagnóstico direto
Reação de hemaglutinação → líquido córion alantoide
Diagnóstico sorológico
- Kit ELISA
- Reação de inibição da HA
Observar a conversão sorológica para confirmação da infecção → Precisa ser 4x maior caso não seja vacinado.
Diagnóstico molecular
- Vírus de RNA segmentado
- Região conservada do gene N ou M
- Região glicoproteína caracteriza (H e N) → alta variabilidade
Sorologia em aves ornamentais ou de interesse comercial
Resumo características biológicas
Patógeno que infecta mucosas.
Eliminação de partículas virais 2-3 dias após infecção.
Pressão vacinal aumenta a DMI50 (dose mínima infectante 50%) nos casos de transmissão.
Alterações DRIFT (18HA e 11NA) = 198 tipos de combinação.
Papel da NS1 (proteínas não estruturais 1) – produzida em altas concentrações durante o processo de replicação viral. Na montagem da partícula viral está ausente.
Bloqueio da replicação viral através do RNA de interferência.
Microfitas de RNA dupla homólogas a fita de DNA em regiões específicas 21 nucleotídeos.
Entretanto, para patógenos altamente instáveis como o vírus de RNA tem pouca eficiência (> 60%).
Família Paraxyxoviridae
Gêneros:
Paraxyxovirus - Nove sorotipos → PMV-1 Mais importante: Doença de New Castle
Morbillivirus- Vírus da cinomose canina
Vírus Pneumovirus – Vírus Sincicial bovino e vírus da rinotraqueíte dos perus
Duas subfamílias: Pneumovirinae (Pneumovirus) e Paramyxovirinae (Respirovirus, Rubulavirus, Mobillibirus)
Possui somente um segmento de RNA, a fita é negativa. Proteína G é receptor viral e faz hemaglutinação (mesma coisa da proteína S). Proteína F para fusão.
Faz viremia secundária e alcança outros tecidos, também usa como receptor o ácido siálico. 
Doença de Newcastle: forma aguda, letal e atinge todas as aves. Forma sub-aguda não é letal (viscerotrópica). Atinge aves de todas as aves de todas as idades e neurotrópica
Cinomose canina: Forma respiratória, digestiva e neurológica.
Broncopneumonia bovina: lesões do parênquima pulmonar.
Características morfológicas
Vírus de RNA fita simples, simetria helicoidal, envelopados, polaridade negativa e pleomórficos.
Atividades biológicas de hemaglutinação, neuraminidase e fusão celular.
Características biológicas
Receptor celular – Morbillivirus liga dois receptores, a molécula sinalizadora da ativação linfocítica (SLAM) e a nectin-4. O SLAM é encontrado em células imunocompetentes, linfócitos T imaturos, células T ativadas e de memória, células B imaturas e ativadas, macrófagos e células dendríticas. 
Nectin-4 é expressa em altos níveis por células epiteliais da nasofaringe, traqueia e queratinócitos epidérmicos e localiza-se nas junções aderentes.
É pantrópico e consegue alcançar outros tecidos.
MHC no vírus da cinomose.
O macrófago infectado expressa o MHC de classe II e a célula somática expressa MHC de classe I para ser reconhecido respectivamente pelas célula Th e células T citotóxicas.
O vírus é endocitado, fica dentro de um lisossomo, sofre uma proteose da membrana do lisossomo. Ocorre a transcrição, faz o molde da fita, traduz as proteínas e faz a montagem da partícula, saindo por brotamento. Sai em grande quantidade, causando lise da célula.
Encefalite desmielinizante
Forma crônica.
Processo bifásico.
Ação direta do CDVm CD8, IL-2, IL-8, TNF-alfa, IL-12.
Progressão afeta células do MHC II (autoimune) CD4 e CD8.
O corpo não reconhece mais os constituintes normais e ataca, nesse caso, as bainhas de mielina.
As proteases celulares auxiliam tanto no brotamento quanto na lise da célula. O vírus utiliza as funções fisiológicas normais do nosso corpo a favor dele devido a sua adaptação.
Diagnóstico laboratorial - Newcastle
Material biológico inocular em ovos embrionados de 9-11 dias de incubação
Observar lesões (hemorragia, morte do embrião), realizar a prova de hemaglutinação
Sorologia: reação de inibição da hemaglutinação e ELISA
Família Coronaviridae
Fonte: CDC.
Vírus de RNA fita simples (a maior), sentido positivo. Possui envelope viral e glicoproteínas S Spike/espículas).
Classificação
Alpha:
- Humano: resfriados comuns
- Suíno, cão e gato
Beta
- Suínos, bovinos, ratos
- Humano: SARS-Cov2
Gamma
- Galinhas e perus
Delta
- Aves (bronquite infecciosa) e suínos
- Baleias beluga
O vírus se ligam aos receptores através das glicoproteínas, podendo fundir a membrana celular e liberar o material genético ou ser endocitado, sofrendo descapsidação e liberando o material genético.
Epiteliotrópicos → aparelho respiratório e digestório → as células basais possuem alto metabolismo. As células caliciformes produzem o muco que protege a membrana → O coronavírus para o batimento ciliar (cilioestático), fazendo com que o muco (mucina) se acumule, tendendo a chegar aos brônquios, pulmões e alvéolos (favorecendo infecções bacterianas secundárias).
As vilosidades são cobertas por microvilosidades, composta por enterócitos, possui vasos linfáticos e sanguíneos que fazem a nutrição.
Coronavírus bovino
Tropismo aparelho intestinal → causa enterite. O receptor é encontrado somente no intestino.
Se agrava quando se associa a bactérias intestinais. Infecção branda quando solitária.
Coronavírus suíno
Causa gastroenterite e pneumonia → tropismo pelo TGI e respiratório. 
Aumenta as alças intestinais com gases, acúmulo de líquido na cavidade.
Ao contrário do bovino, é uma infecção grave.
Coronavírus canino
Infecção branda. Possui como receptor a aminopeptidase no íleo
As enzimas proteolíticas mantém o receptor na superfície do epitélio, facilitando para o vírus se ligar a ele. As proteínas sofrem a quebra, mas precisam de mais uma quebra para entrar na forma de monômeros no enterócito.
Enzimas proteolíticas:
Estômago: pepsina
Pâncreas: tripsina, quimiotripsina, elastase, carboxipeptidases
Intestino delgado: enteropeptidase, aminopeptidases, dipeptidases, tripeptidases
O coronavírus canino era considerado bovino até uns anos atrás, mas sofreu uma mutação e ganhou um pedaço de informação genética do coronavírus suíno (síndrome respiratória e gastroentérica dos suínos). É pantrópico (afeta todos os órgão do cão).
Coronavírus felino
Tropismo pelo TGI, mesmo receptor dos cães (coronavírus canino é uma mutação do felino, e o coronavírus pantrópico recebeu informação genética do suíno). 
Sofre mutação dentro do animal, ganhando capacidade de fazer a forma grave (peritonite infecciosa felina) → acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.
Reinfecção: o gato infectado passa o vírus para o outro e depois é reinfectado por ele (O animal A libera o vírus na caixa de areia, que fica contaminada e contamina outro animal B, que recontamina o animal A)
Persistência (não é latência): o gato é persistentementeinfectado (o cão não apresenta essa persistência)
Características morfológicas
Vírus de RNA fita simples positiva de grande tamanho (maior entre as famílias) → 27,5 Kb
Simetria helicoidal 
Proteínas: S glicoproteína, N nucleocapsídeo, M matriz viral e proteínas não-estruturais
Os gatos possuem receptor para Sars-cov-2 → sistema renal → receptor que controla a pressão arterial, também presente nos alvéolos pulmonares, fígado. 
Consequências da ativação (entrada do vírus): leva ao processo inflamatório agudo do pulmão, descompasso do ritmo cardíaco, causa o aumento da constrição dos vasos e aumento da permeabilidade vascular.
Ao perceber o colapso do hospedeiro, o vírus vai para outro hospedeiro.
Coronavírus equino
Enterite branda, sem quadros de cólica. Confundido com quadros parasitárias.
Família Rhabdoviridae
Possui quatro gêneros:
Lyssavirus: vírus da raiva e outros vírus de mamíferos, alguns vírus de insetos.
Vesiculovirus: vírus da estomatite vesicular e maioria dos vírus de insetos.
Ephemerovirus: vírus da febre efêmera dos bovinos.
Cytorhadbdovírus: vírus de plantas.
Nucleorhabdovirus: vírus de plantas.
Ciclo da raiva
O homem é o final da cadeia da zoonose.
Ciclo rural: equinos e bovinos.
Ciclo aéreo: morcegos.
Ciclo silvestre: raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos.
Ciclo urbano: cães e gatos.
Patogenia
Após a inoculação, o vírus se multiplica no músculo estriado ou tecido conjuntivo no sítio de inoculação e penetra nos nervos periférias através da junção neuro-muscular. Segue ao SNC via movimento axonal retrógrado. Terminalmente, o vírus se dissemina de forma centrífuga para os órgão do corpo. O vírus causa pouca destruição neuronal.
O gato é o maior caçador doméstico, se contaminando por esse hábito. Apresenta a doença de força raivosa, pois o vírus altera o estímulo neuronal conforme se desloca pelos nervos cranianos, então a visão, o olfato, a audição, respiração, ficam alterados, gerando uma hipersensibilidade.
O bovino também tem a viremia centrípeta (vem dos músculos para o SNC), mas quando começa a fazer a viremia centrífuga demonstra paralisia. Não é uma forma agressiva. Confundida com outras doenças.
Nos equinos também é confundida com outras encefalites. Ocorre paralisia, também não é uma forma agressiva.
Características
Morfologia em forma de projétil.
Inclui mais de 100 vírus de vertebrados, invertebrados e plantas (uma das poucas famílias que infecta diferentes hospedeiros)
Sorotipos do gênero Lyssavirus
Sorotipo 1 – Vírus rábico (“vírus de rua”): isolado da natureza e vírus fixo (adaptado em laboratório). Aqui se encontram as variantes canina, bovina, equina, de morcego, etc.
Sorotipo 2 – Lagos Bat (LBV): isolado de morcegos frugívoros. Sintomas semelhantes a raiva em animais de laboratório. Não isolado de animais ou homem.
Sorotipo 3 – Vírus Mokola: isolado pela primeira vez de mussaranhos africanos, de cães e gatos e de 2 humanos na Nigéria, Camarões e Zimbabwe.
Sorotipo 4 – Vírus Duvenhage: isolado pela primeira vez de humano na África e depois de morcegos na África e Alemanha.
Sorotipo 5 – European Bat Lyssavirus 1 e 2 (EBL 1 e 2): isolado de morcegos pela primeira vez na França e depois outros países.
Sorotipo 6 – Australian Bat Lyssavirus (ABL): pouca fauna relacionada.
Sorotipos do gênero Vesiculovirus
Indiana - América do norte, central e sul.
New Jerseys – América do norte, central e sul.
Cocal – Trinidad.
Argentina – Argentina.
Alagoas, Brasil e Piry – Brasil.
Chandipura – Índia e Nigéria.
Isfahan – Irã.
Gênero Ephemerovírus
Causa febre dos 3 dias do bovinos (febre efêmera).
Ocorre na África, Austrália e Ásia.
Acomete apenas bovinos.
Transmitida provavelmente por insetos.
Mortalidade de 1-2% e queda na produção de leite.
Morfologia
Possui envelope, glicoproteínas, matriz proteica, RNA polimerase (não utiliza a maquinaria da célula), RNA e nucleocapsídeo
Fonte: Superinteressante.
Antígenos virais
N-nucleoproteina: comum aos vários grupos dos Lyssavirus e Vesiculovirus. Induz a formação da Ac. 
São detectáveis por sorologia: fixadores (FC), precipitantes (ID e fluorescentes (IF). Induz reações cruzadas entre os Vesiculovirus e os Lyssavirus
G-glicopreoteina: induz a formação de Ac neutralizantes. Específico para cada sorogrupo. Diferencia os sorotipos dos Lyssavirus e dos vesiculovirus
Genoma viral
Número pequeno de uma população estudada contaminada, mas quando contaminada a mortalidade é quase de 100%
Patogenia do vírus da raiva
Viremia no local de entrada. Receptores de acetilcolina.
Terminações neuronais periféricas.
Bainha de mielina.
Viremia centrípeta.
Encefalite.
Viremia centrífuga.
Falência de outros órgãos.
O vírus é eliminado pela glândula parótida, que está localizada na região retrofaríngea. O animal apresenta raiva agressiva, ele se assusta (hipersensível) e ataca, quando ele ataca a mandíbula e o maxilar se aproximam, comprimindo a glândula parótida, liberando o vírus. Uma vez inoculado, o vírus encontra as terminações neuronais periféricas e os receptores de acetilcolina, caminhando pela bainha de mielina em direção ao SNC, leva ao processo inflamatório agudo e já migra para sair do hospedeiro (40 dias), chamada de viremia secundária (centrífuga), paralisando os órgão até paralisar o diafragma (falência respiratória).
Durante todo o percurso até o SNC, o vírus está “escondido” e o animal não apresenta sintomas, ele não entra em contato com células sanguíneas até chegar na barreira hematoencefálica, só então começando o processo inflamatório. Quando o processo inflamatório se inicia, o vírus deixa o SNC (viremia centrífuga), se deslocando pelos 12 pares de nervos cranianos. 
Primeiro o animal tem alteração no olfato (nervo olfativo) e em seguida a visão (ótico e oculocomotor). O animal tem dificuldade de retrair o globo ocular como reflexo na incidência de luz, tornando os animais acuados e agressivos. Depois segue para o nervo troclear, que também age no controle da luminosidade. Seguindo para o nervo trigêmeo, o animal apresenta trismo (travamento e tremor da mandíbula). O nervo abducente também age no nervo ocular e o nervo facial faz com que comece a ocorrer tremores na musculatura. Em seguida o vírus segue para o nervo cócleovestibular, afetando sua audição, deixando o animal desnorteado. No nervo glossofaríngeo, causa paralisia e impossibilita o animal a deglutir a saliva. Já no nervo vago, causa paralisia do diafragma e da parte motora da respiração (espaços intercostais), levando o animal a óbito.
O vírus sempre vai para o SNC (tropismo).
Diagnóstico
- Isolamento viral → inoculação intracerebral em camundongos lactentes ou de 20g ou cultivo celular (neuroblastoma → tumor benigno de origem humana).
- Sorologia → cultivo celular, ELISA, camundongos.
Família Retroviridae
Faz transcrição inversa (RNA faz a transcrição do DNA).
Processo de oncogênese → vírus que levam a neoplasia.
Processos infecciosos → vírus levam a processo infeccioso que fica com o animal para sempre.
Nesta família estão muitos vírus de interesse veterinário. Provocam enfermidades relacionadas com tumores e leucemia em espécies como aves, bovinos, ovinos, caprinos, equinos e no homem.
Classificação
Família Retroviridae – infecta apenas vertebrados e possui vários gêneros com tipos ou espécies. Anteriormente classificados em subfamílias (Sub-família Oncoviridae), mas atualmente são gêneros:
- Alpharetrovirus – Vírus da leucose aviária.
- Betaretrovirus – Vírus do tumor mamário de camundongos.
- Gammaretrovirus – Vírus da leucemia murina.
- Deltaretrovirus – Vírus da leucose bovina.
Sub-família Lentiviridae:
- Vírus da AIDS (HIV) e FIV.
- Vírus da Maedi-visna (pneumonia progressiva dos ovinos).
- Vírus da artrite-encefalomielite dos caprinos.
- Vírus da anemia infecciosa equina. 
- Leucemia felina.
Morfologia
Fonte: iStock.
Vírus envelopados, possuem duas cópias de RNA no capsídeo. Levam informações para sintetizar a transcriptase reversa e a integrasse.
Icosaédrica.
Organização do genoma
5’3’ (fita positiva) 
Replicação
A porção viral quandointegrada ao nosso material genético é chamado de pró-vírus, podendo ficar anos sem se manifestar. É indetectável, pois está no núcleo. Infecção que não tem produção de partícula viral, mas já inseriu seu genoma.
Anemia infecciosa equina
O animal positivo é picado por um vetor mecânico (artrópode hematófago, mosca), que passa a carrear o vírus e infecta outro animal, reiniciando o ciclo. Uso de agulhas, seringas não esterilizadas, transfusões também podem infectar o animal.
Uma vez nas células do equino, leva a uma destruição das células vermelhas e insere parte do seu genoma, levando a uma anemia. Baixa saturação de oxigênio, aumenta a FC e leva ao emagrecimento.
Característica biológica
Animais infectados que permanecem assim para sempre.
Transmitem de forma vertical (mãe para filho) e horizontal (através de um vetor ou contaminação sanguínea).
Ficam em latência bastante tempo.
São transmitidos por artrópodes hematófagos.
Causam transformação celular.
Produzem anticorpos (muitos testes falso positivo, necessário contra-prova).
Fazem a transcrição reversa.
Isolamento viral
- Culturas celulares
- Inoculação em animais
- Ovos embrionados
Identificação
- Sorologia: IDGA e ELISA
- RT-PCR
Alterações celulares 
1. Degeneração hidrópica: água dentro do citoplasma
2. Degenração gordurosa: lipídios (frequente no fígado)
3. Degeneração hialina: proteínas 
4. Degeneração mucoise: muco
5. Degeneração glicogênica: carboidratos
O vírus pode causar:
- Hiperplasia → Aumento do número de células (reversível).
- Displasia → Variação do tamanho e formato das células (reversível).
- Metaplasia → Substituição de um tipo de células adultas por outro (reversível).
- Anaplasia → Perda completa da diferenciação celular com hipercromatismo e aumento exagerado de mitoses (não reversível).
Os vírus também causam hipersensibilidades do tipo I (covid-19 nos pneumócitos, causando edema), II (anemia, exposição do antígeno na hemácia), III (influenza) e IV (retrovírus).
FELV e FIV
O vírus da leucemia felina possui uma particularidade muito semelhante a humana porque ele dá sinais ao longo da infecção, que o tutor vai tratando e agravando, pois quando faz viremia causa degenerações e não consegue recuperar o sistema imunológico do animal (as células estão em maior número mas não conseguem exercer sua função propriamente).
O animal pode não ter a doença clínica, mas possui o material genético dentro da célula. Caso passe por estresse, ocorre a reativação viral e o animal vem a óbito. Ou o animal desenvolve rapidamente a doença e vem a óbito.
No sangue normal, a quantidade é maior de glóbulos vermelhos em relação aos glóbulos brancos, divididos em granulócitos e agranulócitos, células blásticas (antes da diferenciação), além das plaquetas, imunoglobulinas, complemento, hormônios, etc.
A leucemia dá um quadro hemolítico (hemácias sofrem ataque), proliferação das células brancas afuncionais, algumas células granulocíticas. Caracteristicamente essas células são permanentemente infectadas uma vez na medula óssea.
Leucose bovina
Ao contrário da felina, é um achado post mortem, porque o bovino demora muito a apresentar o quadro. Com exceção de matrizes e bovinos de leite, o animal não tem uma vida longa.
A célula geneticamente alterada (infectada pelo retrovirus), apresenta inicialmente só o aumento do número, causando hiperplasia e em seguida displasia (disfunção). A fase seguinte é o câncer in-situ, alcançando um tamanho razoável (nódulo no tecido). Segue aumentando até extravasar após tanta nutrição (ciclo acelerado), podendo cair na corrente sanguínea e fazer metástase. Ocorre da mesma forma na FELV.
Durante todo o processo está liberando partículas virais
Família Reoviridae
Reo = roda
Vírus de RNA, fita dupla segmentada dentro do capsídeo, não envelopado.
Simetria icosaédrica, formato circular. RNA+ funciona como RNAm e o vírus carrega a própria transcriptase (RNA dependente RNA polimerase).
Fonte: Shuttershock.
Na fase de transcrição inicial o RNAm transcreve as enzimas que serão utilizadas na síntese dos componentes virais, e na fase tardia transcreve as proteínas estruturais do vírus
Classificação
Três principais:
- Orthoreovírus (Reovírus)
- Rotavírus
- Orbivírus
Genômicos
Para os tipos G, foi demonstrada completa correlação entre sorotipo e genótipo enquanto que para P isso não foi observado. Os genótipos P descritos foram denominados de 1 a 20.
A adsorção acontece (tripsina = VP4 clivada em VP5 e VP8), o vírus é endocitado até descapsidar e libera o RNA, forma um grande complexo chamado de viroplasma.
Tipos sorológicos
Os rotavírus são classificados sorologicamente em grupos e subgrupos. Até o momento foram descritos 7 grupos, nomeados de A a G (VP6).
Grupo A foram ainda divididos em 4 subgrupos: I, II, I e II, não I e não II e em sorotipos.
Os sorotipos foram definidos com base nas proteínas do capsídeo externo VP7 e VP4.
Os sorotipos específicos VP7 foram denominados G, por ser uma glicoproteína e para os sorotipos VP4 ser sensível a protease.
Já foram descritos 14 sorotipos G (de 1 a 14) e 12 sorotipos P (6, 5, 1B, 7, 2ª, 2B, 3, 4, 8 e 10).
Características do virion
Tamanho: 65 a 75 nm
Simetria: icosaédrica
Envelope: não envelopado (resistente a solventes lipídicos)
Ácido nucleico → RNA segmentado de fita dupla (11 segmentos)
Proteínas Estruturais: VP
Não estruturais: NS
Diagnóstico laboratorial
Detecção do vírus, antígenos virais e do RNA viral:
- Eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) → RNA
- Microscopia eletrônica → vírus
- ELISA → antígeno
- Aglutinação em látex → antígeno
Isolamento viral a partir das fezes:
- Cultura de células (MA-104 ou CaCO2)
Caracterização sorológica de subgrupos e sorotipo:
- Ensaio imunoenzimático com anticorpos monoclonais
Caracterização molecular dos genótipos G e P:
- Transcrição reversa seguida da reação em cadeia da polimerase (PCR)
Rotavírus nos animais
Oral quando o animal ingere fezes, água ou alimentos contaminados.
Resistentes ao pH entre 3-9 e aos desinfetantes e estabilidade à temperatura ambiente, resistindo por 7 a 9 meses entre 18 e 20ºC. Eliminado nas fezes em grande quantidade 10¹¹ partículas virais por grama de fezes.
Rotavírus em bovinos
Perda econômica.
Causa achatamento das vilosidades, afetando a absorção de nutrientes.
Animais jovens são mais susceptíveis (abomaso ativo e rúmen inativo) → Tripsina = enzina proteolítica cliva VP4 em VP5 e VP8.
As células da vilosidade em tropismo do rotavírus, assim como do coronavírus canino e bovino.
Células cripta tem tropismo do parvovírus canino → destruição total da vilosidade → enterite com sangramento.
Vírus da língua azul 
Afeta ovinos. Língua azul = congestão represa sangue na língua.
Transmitida por artrópodes hematófagos do gênero Cullicoides.
Imunodifusão em gel de ágar.
Rotavírus em humanos
Doença entérica.
Família Herpesviridae
3 subfamílias: alphaherpesviridae, betaherpesvirinae, gammaherpesvirinae.
Podem induzir a neoplasias.
Fonte: Sociedade Brasileira de Microbiologia.
Tamanho de 120 a 200 nm.
DNA fita dupla, linear, capsídeo icosaédrico. Possuem envelope envolto por uma camada lipídica onde se localizam os peplômeros glicoproteínas (espículas).
As glicoproteínas são importantes antígenos virais e são específicas para cada espécie de vírus.
Se replica no núcleo da célula.
Sub-família Alphaherpesvirinae
Possuem vários hospedeiros diferentes.
Multiplicam-se rapidamente no organismo de 4-8h.
Provocam lise das células infectadas.
Produzem infecção latente.
Integram-se ao genoma de células principalmente do gânglios nervosos → fica de forma latente.
Sub-família Betaherpesvirinae
Possuem poucos hospedeiros.
Replicam-se lentamente no organismo e em cultivos celulares de 12-18h.
As células infectadas aumentam de tamanho (citomegalia).
Ficam latentes nas glândulas secretoras, tecido linforeticular, rins e outros tecidos.
Sub-família Gammaherpesvirinae
Replicam-se em células linfoblásticas (linfócitos T ou B). São lentos.
Linfócitos são transformados em células tumorais.
Ficam latentes no tecidolinfoide. 
Replicação viral
O vírus faz o rolamento até fazer o encaixe dos receptores (viral e celular proteína C e heparan) para ser endocitado e chega ao núcleo através do poro nuclear. No núcleo ele sofre descapsidação e as fitas dominam a síntese proteica em favor da partícula viral. Abrem-se as duas fitas, uma é transcrita em rNAm (codifica). Chegando ao citoplasma, ele ganha um envelope duplo para se proteger e sai da célula.
HVB1 e HVB5
Rinotraqueíte infecciosa bovina.
Infecção aguda → animal infectado e já apresenta sintoma.
Latência → infectado e sem sintoma.
Reinfecção → se infectou, teve latência e se reinfectou novamente.
No SNC, bulbo olfatório, córtex anterior e dorsal, tálamo, hipocampo e ponte são regiões passíveis de ter o herpesvirus, levando a encefalite.
Herpesvirus equino-1
Quadro respiratório, aborto, sintomas neurológicos e morte neonatal.
Migração de células imunocompetentes para os vasos em qualquer região do corpo, causando lesão, derrame e perda da função.
Equinos infectados de forma latente tem a reativação do vírus pelo estresse e infectam animais adultos e jovens ou se reinfectam.
Herpesvirus canino
Causa morte de neonatos. Transmissão pela reprodução.
Herpesvirus felino-1
Lesões se concentram em sua maioria no globo ocular → protusão da terceira pálpebra, lesões na pálpebra, presença de secreção.
Atinge animais jovens e adultos.
Diagnóstico
Material clínico: suspensão cérebro, sêmen ou fetos abortados, secreções nasais → isolamento em cultura célular (células MDBK em bovinos).
Soro: realizar soroneutralização ou ELISA.
Efeitos citopáticos nas células
Formação de sincícios.
Formas clínicas da doença: bovinos HVB-1; rinotraqueíte bovina, problemas reprodutivos.
HVB-5: sintomatologia nervosa, diferenciar com as encefalites espongiformes.
Suínos: pseudo-raiva ou doença de Aujeszky.
Aves: Doença de Marek.
Família Parvoviridae
 Fonte: C&GVF.
Vírus de DNA fita simples, são pequenos (40 nm), tem simetria icosaédrica (não tem envelope). Replicação no núcleo.
Requer células de rápido ciclo celular.
Resistentes aos agentes físicos e químicos → exceção do fogo e da soda.
Propriedades de hemaglutinação
Tem atividade de hemaglutinação.
Eliminado pelas fezes em grande quantidade → porta de entrada: cavidades nasal e oral.
Doenças sistêmicas e entéricas em cães (derivação do felino) e gatos.
Suínos → falência reprodutiva.
Transferrina carreia o Fe+ usada pelo vírus para chegar ao interior da célula. Sofre descapsidação, vai para o interior do núcleo onde se replica e rompe a célula quando sai dela.
Panleucopenia felina
Após a ingestão ou inalação, replicam-se ni núcleo dos linfócitos.
Viremia em 24h.
Células da cripta das vilosidades e células linfopoiéticas da medula óssea, timo, baço.
Transmissão vertical.
Sintomas: secreção nasal, úlceras na boca, crostas na narina externa.
Parvovirose canina
Replicação nos linfonodos locais e nas placas de Peyer (agregados linfocitários).
Ocorre nas duas primeiras semanas de vida. Pode ocorrer também em adultos, inclusive nos vacinados.
Necrose e miocardite.
Em animais acima de duas semanas, replicação nas criptas do intestino delgado.
Parvovírus suíno
Replicação nas células dos tecidos fetais, transmissão trans-placentária
60-70 de gestação → abortamento, morte embrionária e reabsorção
Após 70 dias nascem leitões sadios e soropositivos
Técnicas laboratoriais
- Técnica de HA
- Técnica de ELISA
- Técnica de PCR
Controle eficaz com vacinação

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