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Thais Alves Fagundes ELETROCARDIOGRAMA NAS DOENÇAS INFECCIOSAS REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO • Quadradinho: 0,04 segundos • Quadrado: 0,2 segundos • Intervalo PR: início da onda P até o início do QRS • Intervalo QT: início do QRS até o final da onda T Frequência cardíaca: • FC = 1500 / R-R → intervalo entre dois complexos QRS (em mm) o Quadradinho: 1 mm o Quadrado: 5 mm Derivações do plano frontal: • Cálculo do eixo. Thais Alves Fagundes PROPOSTA DE LAUDO • Ritmo (sinusal: P positiva em DI, D2 e avF) • Frequência cardíaca (entre 50 e 100 bpm) • Eixo do QRS (de -30 a + 90 graus) • Duração do QRS (até 100ms) • Onda P (duração até 110 ms e amplitude até 0,25 mV) • Intervalo PR (de 120 a 200 ms) • Repolarização (ST/T) • QTc (até 450 ms homens; até 470 ms nas mulheres) • Conclusão INTERVALO QT Intervalo QT: • Início do complexo QRS → final da onda T. • Representa a duração da sístole elétrica (período da despolarização até a repolarização ventricular). • Prolongamento do QTi é associado a Torsades de Pointes (taquicardia ventricular). Correção do intervalo QT: • QTi varia inversamente com FC. • Devendo ser corrigido pela FC, gerando o QTi corrigido (QTc). o Fórmula de Bazett (Q - Tc) Thais Alves Fagundes • Síndrome do GT longo: o Distúrbio de repolarização ventricular caracterizado por prolongamento do intervalo QT ao ECG. o Associado a aumento do risco de desenvolvimento de arritmias ventriculares potencialmente graves. o Pode ser genética, com 15 genes diferentes envolvidos, ou adquirida ▪ Hipocalemia, hipomagnesemia, hipocalcemia, lesões SNC, hipotiteoidismo. ▪ Drogas que prolongam o QT: • Glucantime • Macrolídeos (azitromicina) • Cetoconazol e Itraconazol – antifúngicos • Antimaláricos (cloroquina) o Mais comum em mulheres. o ECG em repouso pode ser normal. o Sinais: palpitações, síncope, convulsões, morte súbita. ALTERAÇÕES NO ELETROCARDIOGRAMA • Extrassístoles • Bloqueios atrioventriculares • Bloqueios intraventriculares EXTRASSÍSTOLES • Batimentos precoces ou prematuros. • Batimentos prematuros (R-R se encurta em relação ao ciclo anterior). • Podem ser de origem atrial (supraventricular), juncional (região atrioventricular) ou ventricular. o Atriais: ▪ QRS estreito ▪ Precedidas de onda P o Ventriculares: ▪ QRS alargado • Em uma região do ventrículo, o impulso anômalo é gerado. • Essa despolarização do ventrículo não ocorre por vias habituais (fibras especializadas). • Por isso, ocorre de maneira mais lenta. ▪ Polaridade da onda T oposta ao QRS ▪ Não precedida por onda P ▪ Pausa compensatória Thais Alves Fagundes Extrassístole atrial: • APB: batimento atrial prematuro • P’: batimento atrial prematuro. • Despolarização atrial ocorre pelo estímulo do nó sinoatrial. • Batimento atrial prematuro ocorre quando outro local causa o estímulo para despolarização atrial. o Antes do momento esperado, ocorre uma onda P. o Por disparo atrial supraventricular prematuro. o Despolarização ventricular ocorre pelas vias habituais. ▪ QRS estreito ▪ Precedidas de onda P Extrassístole ventricular: • Isoladas: única ESV isolada no traçado. • Bigeminismo: ESV alternando com QRS normal. • Em pares: QRS normal, duas ESV consecutivas, QRS normal. • Taquicardia ventricular (TV) o TV não sustentada: ▪ Três ou mais ESV consecutivas. ▪ Duração < 30 segundos – reverte em 30 segundos. o TV sustentada: ▪ Duração > 30 segundos. ▪ Fator de risco para fibrilação ventricular. • Exemplo 1: bigeminismo - QRS normal → ESV → pausa compensatória → QRS normal → ESV → pausa • Exemplo 2: em pares - QRS alargado → ESV (V) → ESV (V) → QRS alargado Thais Alves Fagundes Taquicardia ventricular: • Não sustentada: o Exemplo 1: QRS normal → QRS normal → QRS normal → ESV → ESV → ESV → ESV → QRS normal • Sustentada: o Exemplo 2: não reverte em 30 segundos. o Exemplo 3: não reverte em 30 segundos. Se tornam polimórficas. ▪ Evolução para fibrilação ventricular. BLOQUEIO • Lesões que interferem na condução do estímulo elétrico. • Podem ocorrer no ventrículo (intraventricular) ou entre o átrio e o ventrículo (atrioventriculares). BLOQUEIOS INTRAVENTRICULARES • Ocorrem na despolarização ventricular. • Lentificação da despolarização, aumentando a duração do QRS (0,12 s). • Pode ocorrer na doença de chagas, endocardite, isquemia, miocardite infecciosas. Bloqueio de ramo direito: • QRS maior ou igual a 0,12 s • Padrão rsr’, rsR’ ou rSR’ em V1 ou V2 (R’>R). QRS com uma segunda onda R, maior que a primeira. • Onda S larga em D1 e V6. • Exemplo 1: o QRS alargado o V1 e V2: duas ondas R, a segunda maior que a primeira (rSR’). Predomínio de onda R. o V6: onda S alargada. Predomínio de onda S. • Exemplo 2: o V1 e V2: onda R única (R puro). Predomínio de onda R. o V6: onda S alargada. Predomínio de onda S. Thais Alves Fagundes Bloqueio de ramo esquerdo: • QRS maior ou igual a 0,12 s • Onda R pura, alargada, entalhada em V5-V6, D1 e aVL • Ausência de onda Q em V5, V6 e D1 • Em V1-V3, pequenas ondas r seguidas de ondas S largas e profundas, podendo haver onda S pura. • Pode haver QS em V1-V2. • Exemplo 1: o V1: r pequena e S profunda e larga. QRS alargado. Predomínio de S. o V6: onda R pura entalhada. Predomínio de onda R. • Exemplo 2: o V1: r pequena e S profunda e larga. QRS alargado. Predomínio de S (quase S pura). o V6: onda R pura entalhada. Predomínio de onda R. BLOQUEIO ATRIOVENTRICULARES (BAVS) • Bloqueio da comunicação do disparo elétrico no átrio (onda P), para a despolarização ventricular (QRS). o Bloqueio atrioventricular é refletido no intervalo PR: início da onda P → início do QRS. ▪ Normal: 0,2 s (5 quadradinhos). ▪ Alterado: > 0,2 s (5 quadradinhos). • 1º grau: todas ondas P seguidas de QRS, mas sempre com retardo (intervalo PR > 200ms / 0,2 s). • 2º grau: algumas ondas P são conduzidas (seguidas de QRS) e outras são bloqueadas. • 3º grau ou total: nenhuma onda P é conduzida (seguida de QRS), ocorre dissociação AV. o Mudança do marca-passo ventricular, que se torna mais lento. o Dissociação AV: dificulta a manutenção do débito cardíaco, para perfusão tecidual. ▪ Causa visão turva, síncope. Paciente necessita de marca-passo. Thais Alves Fagundes BAV 1º grau: • Intervalo PR: início da onda P → início do QRS • Normal: 0,2 s (5 quadradinhos). • Exemplo 1: o PR de 0,32 s (8 quadrinhos). o Toda onda P é conduzida. BAV 2º grau: Ondas P são conduzidas e outras são bloqueadas: • Mobitz tipo I (Wenckebach): o PR vai prolongando até bloquear. • Mobitz tipo II: o Bloqueio AV esporádico, sem prolongamento prévio. • 2:1: o Onda P é conduzida e a seguinte é bloqueada. Mobitz tipo I: PR vai prolongando até bloquear. Mobitz tipo II: bloqueio AV esporádico, sem prolongamento prévio BAV total: dissociação total atrioventricular. • Onde P está regular em relação as ondas Ps e onda R está regular em relação as ondas Rs. • Não há comunicação entre eles, onda P em ritmo mais rápido e o QRS mais lento. o Bradicardia extrema (FC, pulso) 30-40bpm. o QRS muito espaçado.
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