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Alterações cadavéricas - Patologia Veterinária

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Alterações cadavéricas 
CONCEITO 
• São alterações físico-químicas que ocorre no corpo do cadáver imediatamente após a morte; 
• Estas alterações são invitáveis, irreversíveis e progressivas; 
• Algumas alterações ocorrem rapidamente e outras mais lentamente com o passar das horas; 
IMPORTÂNCIA 
• Interpretar corretamente a presença ou ausência de lesões; 
• Verificar a manipulação de cadáveres; 
• Estimar o tempo da morte (horas); 
• CRONOTANATOGNOSE (conhecimento do tempo de morte); 
IMPORTÂNCIA DE ESTIMAR O TEMPO DA MORTE 
• Excluir suspeitos de crimes; 
• Atos de abuso e negligência -> estabelecer quando o animal pode ter sofrido o ato abusivo 
ou negligente e a sua morte; 
• Seguro; 
AUTÓLISE: autodigestão celular de um tecido por enzimas proteolíticas produzidas pelo próprio 
tecido. / Ainda não há microrganismos; 
PUTREFAÇÃO: é a ação de enzimas proteolíticas de microrganismos saprófitas, geralmente oriundos 
do próprio trato intestinal do animal. / “Evolução da autólise” / Há MO; 
FATORES QUE INFLUENCIAM O TEMPO DE APARECIMENTO DAS ALTERAÇÕES PÓS MORTE 
• Causa da morte 
• Tamanho do animal 
• Estado de nutrição 
• Cobertura corporal por lã ou penas 
• Temperatura ambiente 
 
1. TAMANHO DO ANIMAL: volume corporal grande -> mais tempo para dissipar o calor interno 
do corpo -> mais tempo para esfriar -> autólise maior/ + rápida (menor superfície de contato 
no ambiente) 
Volume corporal menor -> maior superfície de contato -> autólise mais lenta 
 
2. ESTADO NUTRICIONAL: animal obeso -> grande quantidade de tecido adiposo (isolante 
térmico e proteção) -> perde o calor interno mais lentamente -> autólise mais rápida 
Normal X Caquético -> caquético fica rígido mais rapidamente 
Função e disfunção I – Mariana Flach 
3. COBERTURA POR LÃ OU PENAS: autólise muito rápida -> lã e penas são isolantes térmicos e 
mantém muito calor interno 
Despenar ajuda a retardar a autólise; 
Ovinos -> retirar o couro ajuda a resfriar; 
 
4. TEMPERATURA AMBIENTE: Calor -> alterações mais rápidas 
Frio -> retarda as alterações enzimáticas da autólise 
CLASSIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES 
ABIÓTICAS 
-imediatas 
-mediatas/ consecutivas 
BIOTICAS/ TRANSFORMATIVAS 
-modificam o estado geral do cadáver 
-normalmente a partir de 48h pós morte 
ALTERAÇÕES ABIÓTICAS: são aqueles que não modificam o estado geral do cadáver 
ALTERAÇÕES ABIÓTICAS IMEDIATAS 
-perda da consciência 
-insensibilidade 
-ausência de reflexos 
-parada das funções cardiorrespiratórias 
ALTERAÇÕES ABIÓTICAS CONSECUTIVAS/ MEDIATAS 
• LIVOR MORTIS (HIPOSTASE CADAVÉRICA) 
Mecanismo: acomodação gradativa do sangue, dentro dos vasos, para os lados de decúbito do animal 
Mais fácil de observas em órgãos pares em animais em decúbito lateral; e em peles mais claras; 
Desenvolvimento: 30 minutos a 2h em seres humanos; 
 
 
 
 
 
• ALGOR MORTIS (frialdade cadavérica) 
Resfriamento gradual do cadáver 
Mecanismo: com a morte do animal cessa a função termorreguladora e a temperatura corporal tende 
ao equilíbrio com a do ambiente. A sensação de frio ao tato deve-se a evaporação corporal. 
Cronotanatognose: queda de 1°C por hora 
• RIGOR MORTIS (rigidez cadavérica) 
Mecanismo: enrijecimento da musculatura do cadáver e ocorre devido ao consumo gradativo de ATP 
pela fibra muscular. 
Tem início em 2 a 6h após a morte e se desfaz em até 36h após ter iniciado. 
É dividido em 3 partes: 
-FASE DE PRÉ RIGOR: período após a constatação da morte clínica em que ainda o tecido muscular 
está vivo; 
A reserva de glicogênio muscular (ATP) mantém o músculo relaxado; 
-FASE DE RIGOR: período de contração muscular intensa; 
Esgotam-se as reservas de glicogênio; 
A ausência de ATP leva a uma forte união entre a actina e miosina -> continuam contraídas, “não 
soltam” 
Qual fica rígido mais rápido? O animal caquético. 
-FASE DE PÓS RIGOR: período onde predominam os fenômenos líticos, promovendo a destruição do 
complexo actina/miosina e assim promovendo o relaxamento muscular. / “fica mole de novo” 
Rigor mortis – cronotanatognose: 
1ª hora – Músculo cardíaco. • 1 a 2 hs – Músculos respiratórios (diafragma e intercostais). • 2 a 3 hs – 
Musculatura da cabeça, da mastigação e periocular. • 3 ½ a 4 ½ hs - Região cervical, tórax e membros 
anteriores. • 6 a 9 hs – Restante da musculatura 
• COAGULAÇÃO SANGUÍNEA PÓS MORTE 
-com a parada da circulação as células endoteliais e plaquetas liberam tromboquinase que promove 
a formação dos coágulos no interior dos vasos; 
-diferenciar de trombos que são formados em vida e que podem ter provocado a morte do animal; 
2-8 horas -> após isso volta a ficar liquido pela hemólise 
 
 
• CLASSIFICAÇÃO DOS COÁGULOS 
-COÁGULOS CRUÓRICOS (vermelhos): mais hemácias e menos plaquetas 
-COÁGULOS LARDÁCEOS (mais claros/amarelos): mais plaquetas e menos hemácias (em animais 
anêmicos são frequentes) 
-COÁGULOS MISTOS: cruórico + lardáceo 
 
• EMBEBIÇÃO POR HEMOGLOBINA 
-ocorre a hemólise dos coágulos e a autólise da parede dos vasos. Manifesta-se por manchas 
avermelhadas em superfícies serosas como o omento, mesentério, endocárdio e vasos. 
Após 8 horas; 
• EMBEBIÇÃO BILIAR 
-difusão de pigmentos biliares através da parede da vesícula biliar em autólise. Manchas amarelo-
esverdeadas em órgãoes adjacentes a vesícula biliar como o fígado, intestino e estômago. 
Após 8 horas; 
 
• TIMPANISMO OU METEORISMO PÓS MORTE 
-Produção de gás no rúmen ou intestino com distensão abdominal; 
Após 24h (ou antes) 
Diferenciar: 
-Timpanismo (meteorismo) pós morte: ausencia de alterações circulatórias nas paredes do esôfago; 
-Timpanismo (meteorismo) ante-morte: hiperemia e hemorragia na parede do esôfago; 
 
• DESLOCAMENTO, TORÇÃO E RUPTURA DE VÍSCERAS 
-Pós timpanismo 
-RUPTURA PÓS MORTAL DO ESTÔMAGO 
Em vida: alterações circulatórias, digerença de cores 
Pós morte: tudo igual/normal, apenas rompido 
ALTERAÇÕES BIÓTICAS OU TRANSFORMATIVAS 
Modificam significativamente o cadaver no seu estado geral, inclusive dificultando o trabalho de 
análise e interpretação dos achados da necropsia; 
Do ponto de vista prático, não se justifica a necropsia a não ser em casos forenses; 
Tipos: 
• PSEUDO-MELANOSE 
Manchas amarronzadas, negras ou esverdeadas em superfícies serosas e nas cápsulas dos órgãos; 
Sulfeto de ferro é o que cora as manchas; 
 suíno esverdeado 
 ENSISEMA TECIDUAL 
Bolhas de gás em órgãos e tecidos; 
coração 
• MACERAÇÃO: fragmentação tecidual e desprendimento das mucosas; 
• COLIQUAÇÃO OU LIQUEFAÇÃO: perde progressiva do aspecto estrutural dos órgãos; 
 
 
 
 Fígado 
• ESQUELETIZAÇÃO: desintegração dos tecidos moles; desaparecimento das partes moles;

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