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Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará. IFCE Campus de Sobral Curso Técnico em Agroindústria Disciplina: Processamento de Leite Proª: Masu Capistrano Camurça Portela Francisco de Souza Lima Filho RELATÓRIO SOBRE PRÁTICA DE LEITES FERMENTADOS SOBRAL 2022 Sumário Figura 1 Aquecimento do soro .................................................................................... 5 Figura 2 Aquecimento do leite ..................................................................................... 6 Figura 3 Resfriamento do leite .................................................................................... 6 Figura 4 Corte da massa ............................................................................................. 7 Figura 5 Massa sendo mexida .................................................................................... 8 Figura 6 Desoragem .................................................................................................... 8 Figura 7 Pesagem da massa ....................................................................................... 9 Figura 8 Peneiração dos grãos de Kefir ...................................................................... 9 Figura 9 Virada da massa ......................................................................................... 10 Figura 10 Queijos expostos ....................................................................................... 11 Figura 11 Queijos prontos ......................................................................................... 12 Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 2. MATERIAL E MÉTODO ............................................................................................................. 4 2.1 Material ................................................................................................................................. 4 2.2 Método .................................................................................................................................. 5 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...............................................................................................10 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................................12 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................12 1. INTRODUÇÃO Este relatório consiste em uma prática acerca de produção de queijo minas frescal, assim como as etapas pelas quais o leite passa para que novos produtos sejam produzidos a partir da matéria-prima. A atividade foi desenvolvida em um sábado letivo, no dia 04 de junho de 2022, no Plano Piloto de Laticínios do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Sobral. As práticas foram realizadas como parte das aulas da disciplina de Processamento de Leite, do Curso Agroindústria do IFCE Sobral. A produção do queijo minas frescal se deu a partir do entendimento de que o produto se encontra entre os mais consumidos no país e consiste em uma [...] massa crua, coloração esbranquiçada, consistência mole e textura fechada. Normalmente é vendido na forma cilíndrica, com o peso variando em torno de 0,5 a 3 kg. O queijo acabado apresenta, em média, a seguinte composição: 55% a 58% de umidade; 17% a 19% de gordura; teor de sal variando entre 1,4% e 1,6%; e pH entre 5,0 e 5,3. (Silva, 2005, p. 11) Logo compreendemos que o queijo minas frescal é um produto com alto teor de umidade, mas não muito gorduroso, sendo classificado como um queijo magro, já que a quantidade de gordura do extrato seco total (GES) está entre 10% e 24,9%.1 A aula teve como objetivo desenvolver o queijo minas frescal, entender as etapas de produção, o uso das matérias primas e dos equipamentos, assim como também dos maquinários, além de possibilitar aos estudantes a importância das boas práticas de fabricação e o desenvolvimento de novos produtos derivados do leite. 2. MATERIAL E MÉTODO 2.1 Material A matéria prima utilizada para a elaboração do queijo minas frescal foi: • Leite • Coagulante líquido Ha-la • Sal 1 Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Portaria Nº 146, de 07 de março de 1996: Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos; Brasília, 1996. • Cloreto de Cálcio • Panelas • Balança de precisão • Fogão a gás • Fôrmas de queijo redondas • Desoradores • Tanque de aço inox • Liras • Pipeta • Pimenta preta 2.2 Método Para a produção do queijo minas frescal, a primeira etapa foi a pasteurização do leite, que ocorreu no dia anterior e foi realizada pela professora da disciplina Masu Carmuça. No dia da prática iniciou-se com o leite, que foi levado ao fogo para ser aquecido a uma temperatura de até 65º C. Figura 1 Aquecimento do soro Em seguida foi aplicado o tratamento térmico, em que o soro foi resfriado a uma temperatura de 34ºC, aproximadamente. Depois foi adicionado as 9,6 ml de coagulante, para que ocorresse a coagulação do soro e que a massa começasse a se formar. Além de adicionar os 2,4 g cloreto de cálcio, a fim de repor o cálcio perdido no processo de pasteurização. Visto que, como diz Busnello, “o cloreto de cálcio é adicionado ao leite para a fabricação do queijo porque quando o leite é pasteurizado ele perde parte do cálcio ligado à proteína, assim o cálcio é adicionado para repor esse cálcio perdido”. Figura 2 Aquecimento do leite Após a adição dos ingredientes, o soro foi mexido para que ocorresse a mistura do leite com os ingredientes. O passo seguinte foi acondicionar o leite aguardar os 40 minutos para que o leite iniciasse o processo de geleificação e formação da massa. Foi verificado, após os 40 minutos, se a massa já estivesse no ponto, verificando com uma colher nos cantos do tanque. Figura 3 Resfriamento do leite A etapa seguinte foi o corte da massa, feito por um dos discentes utilizando liras com cordas na horizontal e na vertical. Os cortes ocorreram, respectivamente, na vertical e na horizontal, formando cubos. Os cortes são necessários para que se libere o soro e fique apenas a massa. É necessário, nessa etapa, que os cortes ocorram de forma lenta e cuidadosa, para evitar a perda de gordura e caseína. Figura 4 Corte da massa Após o corte da massa, foi sendo mexido, para que a massa fosse liberando o soro e que ficasse mais concentrada. Também é importante ressaltar que para essa etapa foi realizada por 3 minutos com 5 minutos de intervalo, totalizando 40 minutos entre mexer e aguardar. Figura 5 Massa sendo mexida Foi realizada a dessoragem, a fim de extrair o soro, para manter a massa e para que fossem realizadas as próximas etapas de produção do queijo. Figura 6 Desoragem Após a pesagem foi realizada a salga da massa, a fim de obter um queijo de maior qualidade sensorial. A quantidade de sal, varia entre 2% a 2,5%, a depender da quantidade de leite utilizado. No entanto, a professora informou que a quantidade parecia elevada para a quantidade de massa e adicionou uma quantidade menor. Figura 7 Pesagem da massa A enformagem foi a etapa seguinte, sendo uma das últimas realizadas pela equipe para a conclusão da produção do queijo minas frescal. A massa foi enformada em moldes cilíndricos, também utilizando os dessoradores, a fim de extrair o soro, sem a perda de massa, com o intuito de evitar o desperdício e elevando o rendimento. Figura 8 Peneiração dos grãos de Kefir Para uma melhor padronização, foi realizada algumas viradas da massa, para que o soro fosse escorrendo de forma igualda parte de cima e de baixo da massa. Outro fator também é a padronização dos queijos, em formato redondo e achatado. Figura 9 Virada da massa 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Obtivemos como resultado, um ótimo queijo, com sabor, textura e aspectos sensoriais muito agradáveis, visto que foi provado por todos que participaram da aula prática. Além desses aspectos, verificamos que a qualidade e a segurança do queijo dependem da [...] matéria-prima de boa qualidade, por isso o leite destinado à fabricação deve ser de boa qualidade, e essa qualidade está diretamente relacionada às condições de sanidade do rebanho e à produção higiênica do leite, englobando o local de ordenha, o ordenhador, o vasilhame, o acondicionamento, a conservação e o transporte do mesmo. (BRAGANÇA e SOUZA, 2001) Isso mostra que, toda a cadeia de produção é importante seguir as boas práticas de fabricação e manipulação, a utilização de matérias-primas de boa qualidade, qualificação do pessoal responsável pela manipulação e beneficiamento e técnicas que promovam uma maior segurança e qualidade. Quando a equipe é bem treinada e entende os processos e a importância deles, logo compreende que a produção é mais complexa do que realmente parece, visto que cada etapa, a precisão das medições, dos cortes e dos cuidados dos queijeiros, influencia diretamente a qualidade, como por exemplo a adição de cloreto de cálcio, que é muito importante para o processo de coagulação da massa e reposição do cálcio perdido na pasteurização. A produção do queijo minas frescal difere de outros queijos, devido a elevada concentração de umidade, caracterizando-o como um queijo de alto rendimento, visto que não passa pelo processo de prensagem, como passam outros queijos, como o qualho, por exemplo. Ao concluirmos o processamento e a adição da pimenta em alguns queijos, obtivemos um resultado muito próximo do esperado, resultando 3 queijos maiores e um pequeno, resultando em 2,102 kg. Figura 10 Queijos expostos 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer da prática, desde as etapas iniciais, cada detalhe nos possibilitou compreender como os processos de fabricação dos queijos minas frescal, assim como a importância de adicionar os ingredientes necessários para que o queijo fosse produzido e que se mantivesse como um alimento rico em fontes de proteína, cálcio e outras substancias necessárias para a alimentação humana. A prática foi se mostrando uma ótima atividade, pois nos insere no ambiente da produção, assim como o uso dos equipamentos e maquinários, além de conhecer as matérias-primas e com os processos necessários para o desenvolvimento dos produtos. Figura 11 Queijos prontos REFERÊNCIAS BRAGANÇA, M. G. L. e SOUZA, C. M. Agroindústria. Processamento do Queijo Minas Frescal, Meia-Cura, Mussarela, MG, mar. 2001. Disponível em: <http://www.emater.mg.gov.br/site_emater/Serv_Prod/Livraria/Agroindustria> . Acesso em: 05 out. 2008. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Portaria Nº 146, de 07 de março de 1996: Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos; Brasília, 1996. BUSNELLO, Sabrina Rotger. Aspectos da qualidade do leite e produção do queijo minas frescal. Monografia. Curso de Veterinária, Faculdades Metropolitanas Unidas, São Paulo, 2008. Silva, Fernando Teixeira. Queijo minas frescal. – Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2005.
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