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Rose Anne | Medicina 1 Fisiologia do ciclo menstrual Ciclo menstrual • Média de 28 dias • 1º dia do ciclo = 1º dia de menstruação Hipotálamo • GnRH ✓ Hormônio liberador de Gonadotrofinas cai na circulação porta-hipofisária para agir na hipófise anterior ✓ Liberado e produzido de forma pulsátil e intermitente Hipófise anterior (Adeno-hipófise) Estimulada pelo GnRH produz: • Gonadotrofinas: ✓ LH → Hormônio Luteinizante ✓ FSH → Hormônio Folículo Estimulante Gonadotrofinas agem nos ovários estimulando a produção de Esteroides sexuais • Estrogênios → proliferação endometrial (mitoses) ✓ Estriol → placentário e em pequenas quantidades pelos ovários (principal na infância) ✓ Estradiol → ovariano (principal estrogênio a partir da menacme – período reprodutivo) ✓ Estrona → periférico (tecido adiposo*, fígado, músculos) • Progesterona (pro-gestação) ✓ Prepara o útero para a gestação ✓ Secreção de mucopolissacarídeos pelo endométrio para receber o óvulo fecundado Correlação clínica: Principal fator de risco para câncer de endométrio é a obesidade, uma vez que a quantidade de tecido adiposo é maior, produzindo mais Estrona e aumentando a proliferação endometrial. Ovários • Função gametogênica e hormonal Inibina A e B Fator Atenuante do Surto das Gonadotrofinas (GnSAF) Adeno-hipófise • FSH • LH • Prolactina • ACTH • GH • TSH Neuro-hipófise • Ocitocina • Vasopressina Colesterol • Matéria-prima para esteroidogênese • Fígado, adrenal, gônadas, tecido adiposo Ciclo ovariano Fase folicular Fase lútea Ciclo endometrial Fase proliferativa Fase secretora Rose Anne | Medicina 2 Tríade da mulher atleta • % gordura muito baixo → menor qtde de Colesterol → não há produção de esteroides sexuais → não há menstruação (amenorreia) • Fator de risco para osteoporose (estrógeno → importante para a saúde óssea) Eixo hipotálamo-hipófise-ovário A partir do córtex: Feedbacks do Estradiol: • Negativo sobre o FSH; • Positivo sobre o LH. Progesterona: • Inibição no hipotálamo • Na hipófise, sensibiliza o GnRH • Liberação mais ativa das Gonadotrofinas (FSH e LH) Androgênios • Na Hipófise, inibem a síntese de gonadotrofinas Inibina B: • Produzida pelos ovários → células da granulosa • Feedback negativo na produção de FSH • Aumenta durante a fase proliferativa, bloqueando o FSH • Age concomitantemente com o Estradiol Progesterona (19 C) Perda de Carbonos Androgênios (18 C) Estrogênio (17 C) Estradiol Estimula a liberação de GnRH no hipotálamo Estimula a produção de LH na hipófise Sensibiliza a Hipófise à Progesterona Rose Anne | Medicina 3 Inibina A • Produzida pelo corpo lúteo; • Inibe a ação do FSH; • Age na fase secretora; • Atua sinergicamente com o Estradiol. Fase folicular • 16-20 semanas de gestação: 6-7 milhões de oócitos • Oócito parado no diplóteno da prófase 1 da meiose com 1 camada de células da granulosa • Ao nascimento: 2 milhes de oócitos • Puberdade: 300-400 mil de oócitos • Cerca de 400 oócitos ovulam durante a menacme Ovários Folículo primordial • Formados na vida intrauterina • Células da granulosa + gameta = folículo primordial • Nascimento: aproximadamente 1 milhão de folículos primordiais • Sofrem atresia • Puberdade: 500.00 folículos primordiais • Alguns desses folículos restante, desenvolvem mais a camada da granulosa, ficando com as células cuboides • Além de formar uma camada mais externa → células da teca → Folículo Primário Aumento de FSH → Recrutamento folicular (175 dias antes da ovulação) • Após ativado, folículos primários são recrutados Folículo primário • Multiplicação das células da granulosa e quando estas têm duas camadas ao redor do óvulo → Folículo Secundário → início da formação das células da Teca • Estimulado por ativinas, BMPs e GDF-9 Folículo secundário • Fica mais sensível ao FSH • Cavidade antral preenchida por líquido • Estimula a proliferação das células da granulosa para o terceiro estágio com três camadas de células Folículo pré-antral • Quatro ou mais camadas de células da granulosa • Mais dependente do FSH • Produção de estradiol ✓ Principal esteroide sexual dessa fase ✓ Suprime a secreção de FSH • Células da Teca ✓ São externas ✓ Únicas vascularizadas ✓ Recebem primeiro o substrato para a esteroidogênese (colesterol) Esteroidogênese Hormônios esteroides sexuais Estrógeno, Progesterona Peptídeos Foliculogênese Recrutamento e desenvolvimento dos folículos ovarianos Rose Anne | Medicina 4 ✓ LH estimula a produção primeiro de Progesterona (C19) e Androgênio (C18) ✓ Androgênio entra na célula da granulosa (avascular) por difusão facilitada ✓ Ação da Aromatase e estímulo do FSH produz Estradiol (C17) Folículo Antral • Folículo fica multilamelar • Células da granulosa secretam um fluido folicular → Forma a cavidade folicular ou antral • O fluido facilita as trocas foliculares entre a granulosa e o óvulo • Atua no processo de ovulação com crescimento de 15 a 20 mm em cerca de 10 dias para a periferia do ovário • Com a formação da cavidade folicular, há a divisão das células da granulosa em duas camadas distintas • Células do Cúmulos ✓ Aderidas ao óvulo ✓ Próximas ao fluido folicular ✓ Função: produção de ácido hialurônico; suporte para o crescimento e diferenciação do óvulo; expansão do cumulus para o êxito ovulatório • Células da Granulosa Mural ✓ Próximas à Teca ✓ Função: predominantemente esteroidogênese Teoria das duas células • Interação entre as células da Teca e da Granulosa para produção dos esteroides sexuais ovarianos • Células da teca → receptores para LH, que sensibiliza o Colesterol a produzir os Androgênios ✓ A progesterona e a androstenediona entram por difusão na célula da granulosa • Células da granulosa → receptores para FSH que produz a Aromatase ✓ Aromatase converte Androgênios em Estradiol • Rota bioquímica é unidirecional → Estradiol não pode ser convertido de volta em Androgênios Rose Anne | Medicina 5 A cada ciclo, cerca de 100 mil folículos são recrutados → sair do estado de quiescência para se tornarem ativos Obs: mesmo com contracepção hormonal, o desenvolvimento e recrutamento folicular são ininterruptos. • Duração estimada = 175 dias • Maioria entra em atresia na passagem de primordial para primário e de primário para secundário • Apenas alguns (de 8 a 20) chegam ao estágio antral • Esses têm o potencial de completar o desenvolvimento • Refletem o pool de reserva ovariana • Esses inicialmente medem 2 a 8 mm e dependem do FSH • Um dos folículos expressa mais receptores de FSH e este é o escolhido ✓ Produção máxima de Estradiol ✓ Feedback negativo com FSH • Folículo maior não sofre com a queda de FSH, mas os demais sim Ciclo menstrual • Início do ciclo: FSH alto • Estimula e recruta folículos ovarianos • De 8 a 10 folículos recrutados, desenvolvem-se e estimulam a produção de Estradiol • Estradiol causa feedback negativo no FSH • Esse Estradiol estimula a proliferação do endométrio • Estradiol FSH • Final da fase proliferativa: Folículo dominante → destinado a ovular • Quantidade de folículos Estradiol • Pico de Estradiol no final da fase proliferativa • Esse pico causa feedback positivo no LH → pico de LH → ovulação • Pico de LH produz enzimas proteolíticas na superfície do folículo, rompendo-o e liberando o oócito • O que restou do folículo após a ovulação é o corpo lúteo, que continua produzindo Estradiol e dá início à produção de Progesterona • Progesterona secreta mucopolissacarídeos a fim de preparar o endométrio para uma futura gestação • Corpo lúteo → meiavida = 14 dias (tempo da fase secretora é fixo e é determinado pela meia vida do corpo lúteo) • Depois dos 14 dias, o corpo lúteo sofre luteólise → níveis de Estrogênio e Progesterona reduzem • Estradiol no final da fase secretora causa um aumento nos níveis de FSH (feedback negativo) • Estrogênio + Progesterona altos na fase secretora → Progesterona inibe os receptores de Estrogênio ✓ LH não aumenta ✓ Endométrio não prolifera Rose Anne | Medicina 6 LH • Ao final da fase folicular, as células da granulosa expressam receptores para LH • Mudança no padrão de dependência da célula de FSH para LH • Transformação luteínica junto à Teca • LH promove aumento do VEGF e este aumenta a vascularização na fase pré- ovulatória → nutrição do corpo lúteo • Folículo libera pequenas quantidades de Progesterona • Hipófise, sensibilizada pelo Estradiol, sofre feedback positivo da Progesterona que secreta Gonadotrofina, principalmente LH • Pico do LH ✓ Término da maturação folicular ✓ Ovulação ocorrerá logo após 36h • Produção de substâncias proteolíticas e prostaglandinas • Reativa a meiose do óvulo interrompida no diplóteno da segunda meiose • As células da parede folicular que permanecem ovário após a ovulação, composto por células da teca e da granulosa, são sensibilizadas para ação do LH ✓ Entram em processo de luteinização → produção de esteroides é direcionada para a Progesterona Mecanismo de ativação folicular e reserva ovariana Hormônio Anti-Mulleriano (AMH) • Secretado a partir das 36 semanas • Função parácrina reduzindo a sensibilidade dos folículos à ação do FSH Ciclo ovariano Dividido em duas fases: Folicular • Aumento da camada das células da granulosa • Crescimento do óvulo • Produção predominante de estradiol ✓ Papel de cicatrizar o endométrio cruento ✓ Epitélio colunar e glandular com receptores estrogênicos ✓ Em resposta ao Estradiol, prolifera em pseudoestratificação e proliferação glandular → muitas figuras de mitoses • Início com a descamação endometrial • Quando o endométrio atinge certa maturidade, passa a apresentar receptores de Progesterona para a próxima fase do ciclo • Progesterona inibe os efeitos proliferativos do Estrogênio Lútea • Desenvolvimento do corpo lúteo Rose Anne | Medicina 7 • Corpo lúteo saudável dura em média fixa de 12 a 14 dias • Produção predominante de Progesterona • O que marca o início é a ovulação • Endométrio é sensibilizado pelo Estrogênio Progesterona • Reduz o efeito proliferativo no endométrio Isso explica o porquê o endométrio não prolifera na fase secretora, mesmo com o estrogênio alto • Diferencia as glândulas pseudoestratificadas → mais tortuosas → acúmulo de glicogênio e glicoproteínas nas glândulas • Arteríolas espiraladas miometriais ficam mais enrodilhadas e menos resistentes → facilitar a implantação embrionária • Pico de produção da Progesterona → 7 dias após a ovulação (meio da fase lútea) • Chance de implantação máxima • 2-3 dias após a fecundação, o trofoblasto (sinciotrofoblasto) entra na cavidade e inicia a produção de HCG → muito semelhante ao LH → até 12 semanas • HCG mantem o corpo lúteo → produção de Progesterona • A partir da 8ª semana, a placenta adquire função endócrina Ciclo Endometrial Fase proliferativa • Proliferação do endométrio por meio de mitoses • Predomínio da ação do Estrogênio Fase secretora • Estabilização do tamanho do endométrio • Endométrio torna-se secretor de mucopolissacarídeos • Predomínio da ação da Progesterona Endométrio e implantação embrionária Endométrio: Camada basal • Regenera-se após a descamação menstrual • Células estromais recobertas por células epiteliais • Delgada • Abriga glândulas curtas • Irrigada pelas artérias retas Camada funcional Rose Anne | Medicina 8 • Sofre modificações ativas durante o ciclo menstrual e descama mensalmente • Células epiteliais colunares, ciliadas e ricas em glicogênio • Glândulas tortuosas e vasos espiralados • Estrutura glandular, celular e vascular • Objetivo: gestação Sem gestação: Prostaglandinas no miométrio • Contração para expulsão do conteúdo uterino Corpo lúteo não recebe novos estímulos de LH Liberação de enzimas líticas + prostaglandinas nos vasos endoteliais Contração dos vasos, instabilidade e necrose Descamação da camada funcional
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