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CONHECIMENTO EXPLÍCITO E CONHECIMENTO TÁCITO

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CONHECIMENTO EXPLÍCITO E CONHECIMENTO TÁCITO, ESPIRAL DO CONHECIMENTO, ERA DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO 1 INTRODUÇÃO O conhecimento é “a capacidade para agir”. Este difere da informação porque é dinâmico, humanístico e contextual. Dinâmico porque vive em constante mutação; humanístico porque ele está nas pessoas e sua transmissão e criação dependem da interação entre elas; e contextual porque a informação que se aplica num momento não necessariamente será aplicada em outro (AZEVEDO, 2005). A diferença entre informação e conhecimento está nas pessoas, porque estas possuem experiências, valores, crenças, know-how e insights que as ajudam a discernir e julgar o uso apropriado da informação. A internet, por exemplo, está repleta de informações, mas o uso da informação capturada na rede depende da capacidade que o usuário tem em combiná-la com suas experiências, crenças, know-how; e também, do entendimento do seu contexto para, então, poder agir. Em suma, quando o usuário dá sentido àquela informação, conseguindo aplicála, ele a transforma em conhecimento (AZEVEDO, 2005). FIGURA 1 - DA INFORMAÇÃO AO CONHECIMENTO FONTE: Disponível em: . Acesso em: 4 jan. 2016. UNIDADE 1 | CONHECIMENTO EXPLÍCITO E TÁCITO, ESPIRAL DO CONHECIMENTO, ERA DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO, SOCIEDADE DO CONHECIMENTO E O COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO, GESTÃO DO CONHECIMENTO 4 A citação amplamente aceita é a de Davenport e Prusak (1998), que nos diz: “O conhecimento é definido como sendo uma mistura fluida de experiência condensada, valores e informação contextual, que proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos colaboradores. O conhecimento organizacional é o conhecimento tácito e explícito de cada organização”. A explicação detalhada sobre os tipos de conhecimentos tácitos e explícitos será apresentada ainda neste tópico. NOTA A presença do conhecimento na história do ser humano vai além de passagens históricas, ideias ou crenças, e representa o eixo estruturante do desenvolvimento das comunidades, regiões e organizações. A constatação de que a gestão competente do conhecimento é determinante da capacidade de as pessoas lidarem com o ambiente em acelerada transformação e crescente complexidade caracteriza a mudança de valores na sociedade atual (TERRA, 2000). Conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, p. 6). Para Peter Ferdinand Drucker (1999, p. 100), a gestão relativa a trabalhadores do conhecimento se deve essencialmente à comunicação e à relação entre pessoas de uma organização. Defende que “o saber nasce da interação entre pessoas. Medir o capital intelectual é impossível. É jogar dinheiro fora”. Enfim, para este mesmo autor, os pilares de uma empresa serão modificados: • O significado da produção é o conhecimento, que é propriedade dos trabalhadores do conhecimento e é facilmente transportável. • Há cada vez mais trabalhadores externos, temporários ou com dedicação parcial. TÓPICO 1 | CONHECIMENTO EXPLÍCITO E CONHECIMENTO TÁCITO, ESPIRAL DO CONHECIMENTO, ERA DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO 5 • A concentração do negócio inteiro dentro da empresa não funciona mais, pois o conhecimento necessário para uma atividade é altamente especializado e sai muito caro contratar todos os funcionários que têm um dos conhecimentos necessários. • Agora o cliente possui a informação. • Restam poucas tecnologias únicas; as indústrias precisam dominar muitas tecnologias diferentes, com as quais nem sempre estão familiarizadas (DRUCKER,1999, p. 102). Podemos ser especialistas em uma área, aquela em que possuímos um feeling maior, que conhecemos mais. Porém, existem áreas periféricas ao nosso trabalho onde podemos sobrepor nossos conhecimentos com o de outras pessoas que têm algo em comum em outras áreas de conhecimento. É fundamental criar um elemento de troca de conhecimento com outros profissionais com quem convivemos. É importante ser especialista em um ponto e generalista o máximo possível em todas as áreas que envolvem nossa atuação, só isso cria uma uniformidade na empresa. Para termos novas ideias, sermos criativos e competitivos, a melhor estratégia está na constante troca do conhecimento entre as pessoas e no trabalho em equipe. Nunca devemos guardar, esconder ou adiar nossas competências e habilidades, capacidades inovadoras. Devemos sempre gerar os ativos intangíveis para disseminar a inteligência empresarial antes que outra pessoa ou empresa venha o faça primeiro. Com o incessante avanço da tecnologia, a informação passou a ter um tratamento muito mais cuidadoso do que em tempos atrás, sua difusão e utilização não podem mais depender única e exclusivamente dos seres humanos. Diante disso, muitas novas ciências originaram-se ou transformaram-se a partir de outras já existentes. Em sua tese, Oscar Dalfovo (2007) nos diz que a Gestão do Conhecimento (GC) é uma delas. Ela é utilizada atualmente nas organizações para manusear, transformar, concatenar, aprimorar e difundir informações entre as pessoas que dela fazem uso. Uma vez aprimorada, a informação transpôs várias barreiras no mundo, adquiriu status de negócio, permitindo assim às empresas fazerem uso da mesma sem a necessidade de deslocamentos desnecessários. Diante dessa magnitude alcançada pela informação, tornou-se necessário que as pessoas que a manuseassem tivessem que ser melhor preparadas e treinadas para enfrentar esse novo desafio. Na literatura, dificilmente encontra-se uma única definição formal de Gestão do Conhecimento. Portanto, apresentam-se aqui algumas destas definições e ideias pelos dois mais consagrados autores da área de Gestão do Conhecimento: • Processo através do qual as organizações procuram obter valor a partir de seus recursos intelectuais e de conhecimento. Frequentemente, obter valor destes recursos significa compartilhálos com funcionários, departamentos e até com outras organizações em um esforço contínuo para obter as melhores práticas (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. 80). UNIDADE 1 | CONHECIMENTO EXPLÍCITO E TÁCITO, ESPIRAL DO CONHECIMENTO, ERA DA INFORMAÇÃO E DO CONHEC