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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS PRISCILA SANTOS DE LIMA Matrícula: 20211301079 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL AVA 2 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: ENTREVISTA COM UM GESTOR ORGANIZACIONAL RIO DE JANEIRO 2021 PRISCILA SANTOS DE LIMA Matrícula: 20211301079 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL AVA 2 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: ENTREVISTA COM UM GESTOR ORGANIZACIONAL Trabalho da disciplina Comportamento Organizacional apresentado como requisito para obtenção de nota da AVA2 do curso de graduação em Ciências Contábeis, à Universidade Veiga de Almeida. RIO DE JANEIRO 2021 RELATO DE EXPERIÊNCIA: ENTREVISTA COM UM GESTOR ORGANIZACIONAL A gestão competente de pessoas é uma ferramenta muito relevante para o sucesso das organizações. Conhecer, capacitar, valorizar e motivar os colaboradores se tornou um fator decisivo para aumentar a competitividade de uma empresa e sustentar o negócio. Para Chiavenato (2008), a gestão de pessoas tem sido a responsável pela excelência das organizações bem-sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza, mais do que tudo, a importância do fator humano em plena Era da Informação. A empresa V.C.E de Muriqui Materiais de Construção LTDA ME, com sede no Município de Mangaratiba, considerada de pequeno porte, tem como atividade a comercialização de material de construção em geral, material elétrico, hidráulico e de acabamento. Atua no mercado a 41 anos e conta com 10 funcionários. Seus clientes são predominantemente do bairro de Muriqui e adjacências, além de empresas da região. E possui como principais concorrentes outros comércios de material de construção do bairro. A empresa tem por objetivo a diversificação na oferta de produtos e funcionários instruídos a ajudar com atendimento técnico não especializado, buscando sempre a excelência no atendimento. O Luiz Augusto Inácio de Lima é gerente e sócio da empresa, graduado em Administração de Empresas pela UFRRJ, possui 10 anos de experiência na empresa. Para Luiz Augusto, a base de uma boa gestão organizacional é a equipe de funcionários que compõe a empresa, tanto na parte interna, como externa (ao ter contato com o cliente). Se uma empresa não tem uma boa composição de funcionários que buscam o melhor em sua função, a empresa passará por dificuldades internas, seja na organização do estoque até na motivação individual do funcionário que é influenciado pela presença de um funcionário mal motivado. Já na área externa há um efeito indireto na captação de clientes finais e consequentemente nas vendas destes. Um funcionário motivado na função externa, consegue alavancar as vendas da empresa sozinho e o inverso é de igual relação. Cada cargo exige características e atitudes diferentes que um gestor precisa observar e se atentar. Segundo Chiavenato (2008), não basta ter pessoas na empresa. É preciso contar com talentos humanos, infelizmente ter pessoas nem sempre significa ter talentos. Talento é uma pessoa muito especial, uma pessoa dotada de competências. O gestor da V.C.E. não considera que há relação direta entre objetivos organizacionais, motivação individual e coletiva, e o sucesso da empresa. Para ele, em alguns destes elementos há uma relação direta, tal como o sucesso da empresa, objetivo organizacional e motivação coletiva. Costuma observar que cada funcionário tem uma motivação distinta e intrínseca a pessoa, tal como segurança familiar, segurança financeira, saúde, estudos, etc. Porém como gestor, uma das funções é atrelar a motivação coletiva ao objetivo e sucesso da empresa, mas cada funcionário tem sua motivação individual distinta desse panorama, que dentro do possível, ele como gestor, tentará atender. Segundo Luiz Augusto, a comunicação é fundamental em todos os níveis hierárquicos da empresa, indo além da gestão de pessoas subalternas, mas também como alinhamento organizacional entre sócios e diretores. Porém, a comunicação de nada vale se o gestor não conseguir identificar a necessidade individual de cada um e conseguir alinhar esse ponto ao objetivo da empresa. Por exemplo: Assim que o gestor iniciou na empresa, percebeu que a empresa estava desorganizada a nível básico estrutural, enfrentando a resistência de sócios ao mostrar que com uma boa organização de estoque e uma reorganização do layout do salão de vendas a empresa já iria mostrar melhoras no curto/médio prazo. Apesar de enfrentar resistências, conseguiu aprovação, e com reuniões frequentes ao longo dos meses seguintes ao início da implantação, conseguiu com sucesso catalogar e organizar o estoque a um nível de eficiência desejável, assim como reorganizar o salão de vendas, para aumentar o número de clientes internamente ao mesmo tempo melhorando a exposição dos produtos. Com essa mudança o atendimento ao cliente se tornou mais ágil na hora da separação de material e o cliente se sentia mais disposto a comprar, vendo uma loja organizada e de fácil acesso para ver produtos expostos. Os sócios resistentes viram que a mudança trouxe resultados e isso facilitou o alinhamento organizacional com os mesmos a longo prazo. Um outro exemplo é que, ao mesmo tempo que mudava o ambiente interno da loja, o gestor também tinha que realinhar a gestão de pessoal sob sua autoridade na área de expedição e identificar gargalos existentes, após conversar com toda a equipe e conhecer cada um, conseguiu identificar problemas críticos que a empresa não se atentava até aquele momento. Como forma de eficiência e sem gerar desemprego, identificou em cada funcionário seus pontos positivos e os realocou para uma função centrada naquela qualidade onde estavam precisando, de forma generalizada haviam funcionários não alfabetizados que tinham contato com separação de material pós venda e direta com o cliente sem supervisão, ao mesmo tempo que tinham funcionários alfabetizados em posição que só se exigia esforço braçal. Com essa mudança e realocação de pessoal nas funções, conseguiram eliminar 90% de falhas na área de expedição da empresa, principalmente perda de produtos entregues errados ou carregados errados. Com estas mudanças na gestão organizacional e de pessoas, ao longo dos anos, a empresa pode ver os resultados e melhora nas vendas em até 15% ao ano. Assim como melhoras na motivação coletiva em trabalhar em uma empresa em crescimento, a gestão de pessoas identificou problemas pontuais e hoje a empresa tem como resultado ser uma das empresas mais conceituadas na região, que reconhece o valor de seus funcionários e que sempre se atenta em se modernizar em suas práticas, alinhando objetivo e sucesso da empresa a motivação coletiva. “Boa gestão é a arte de tornar os problemas tão interessantes e suas soluções tão construtivas que todos vão querer trabalhar e lidar com eles.” (Paul Hawken). “Somente no final do século passado é que as empresas, e a sociedade em geral, passaram efetivamente a perceber que o sucesso das organizações dependia intrinsecamente das pessoas e, nesse contexto, elas deveriam ser tratadas como parceiros e não como recursos.” (Chiavenato, 1999). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional. Teoria e prática. 2ª edição. São Paulo: Elsevier, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. 4.ed. SÃO PAULO: Atlas, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 2004. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. Material da Disciplina fornecido na plataforma virtual UVA. Acesso em 10 de Junho de 2021.
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