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LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA A leucemia linfóide aguda (LLA) se caracteriza pela proliferação clonal e pelo acúmulo na medula óssea e no sangue periférico de células imaturas denominadas linfoblastos. CLASSIFICAÇÃO EPIDEMIOLOGIA Neoplasia mais comum na infância Comum em jovens (< 20 anos); Pico de incidência - 2 a 6 anos; Adultos -> incidência menor, > 40 anos ✓ Mais comum em meninos 2:1 ; ✓O subtipo LLA-B (80%) é mais comum que LLA-T (20%); QUADRO CLÍNICO Mais frequente: o Febre 60% dos pacientes o Hepato/esplenomegalia 70% o Palidez/ fadiga (anemia) 80% o Adenomegalias (geralmente não dolorosas, localizadas ou generalizadas) 50% o Sangramento cutâneo/mucoso – geralmente leve 50% o Alargamento mediastinal: 60% dos casos de LLA – T (derrame pleural e dispneia) o Manifestações articular-musculo-esqueléticas – pode iniciar com claudicação, podem apresentar artralgia migratória, associada ou não com edema, 30% dos casos, podendo encontrar imagem Menos frequente: o Envolvimento do SNC – em geral assintomático 5% dos pacientes o Envolvimento ocular: fotofobia, dor ocular, borramento visual o Aumento de glândulas salivares o Aumento testicular não doloroso o Nódulos cutâneos e subcutâneos – geralmente em menores de 1 ano ETIOPATOGENIA 1) Contato com agentes químicos (benzeno, agrotóxicos, tintas). 2) Exposição a radiações ionizantes ou tratamento com quimioterapia por neoplasias prévias. 3) Vírus (EBV, HIV, HTL V1) podem estar presentes na etiologia das leucemias agudas. 4) Alterações cromossômicas, como a observada em crianças com síndrome de Down (+21), oferecem 20 vezes mais risco de o indivíduo desenvolver leucemia aguda em relação a outras crianças (4:1). A associação de um ou mais fatores induzem a uma desregulação do ciclo celular Os protooncogenes podem sofrer mutações transformando-se em o ncogenes devido a falhas nos sinais de transdução a partir do DNA FISIOPATOLOGIA A doença começa assim que uma determinada célula progenitora (ao sofrer mutações genéticas) se torna incapaz de prosseguir na diferenciação hematopoiética. Esta célula não vai além da forma “jovem” (blasto) e começa a se proliferar descontroladamente, ocupando a medula óssea e impedindo o crescimento e a diferenciação das células normais. Na LLA o clone neoplásico deriva de um progenitor linfoide: célula pré-T ou pré-B “precoce” ou um linfócito B que assume características de blasto. Todas essas células são consideradas linfoblastos. Em 80% das LLA, a origem da neoplasia é na linhagem B . outros 20%, linhagem T. Neste último, a leucemia pode cursar c om proliferação de linfoblastos do timo, levando a uma entidade análoga ao linfoma linfoblástico, um tipo de linfoma não Hodgkin de alto grau de malignidade, típico de crianças. Os blastos leucêmicos primeiramente infiltram a medula óssea, ocupando mais de 20% (pela OMS) ou mais de 30% (pela FAB) do total de células nucleadas, podendo chegar a 80-100% de ocupação. PRIMEIRA CONSEQUENCIA: supressão da hematopoiese normal. Essa expansão do clone neoplásico ocupa o espaço necessário à produção das células hematológicas normais, culminando em pancitopenia (anemia, leucopenia e plaquetopenia), o grande marco clínico da doença. Os blastos anormais também secretam fatores inibitórios e indutores de fibrose , tornando a disfunção medular ainda mais grave do que o esperado somente pela ocupação de espaço. SEGUNDA CONSEQUÊNCIA: leucocitose. Esses blastos podem ser lançados na corrente sanguínea, justificando o termo leucemia (“células brancas no sangue”), com frequência atingindo um número suficiente para determinar leucocitose. E como tais células não são capazes de “amadurecer”, elas não exercem qualquer função fisiológica. As defesas do organismo continuam dependendo dos poucos neutrófilos e monócitos existentes. Padrão ouro: mielograma / biopsia medular o Presença de 20% ou mais de blastos Padrão ouro: mielograma / biopsia medular o Presença de 20% ou mais de blastos o Padrão ouro: mielograma / biopsia medular o Presença de 20% ou mais de blastos Padrão ouro: mielograma / biopsia medular o Presença de 20% ou mais de blastos Padrão ouro: mielograma / biopsia medular o Presença de 20% ou mais de blasto FISIOPATOLOGIA Padrão ouro: mielograma / biopsia medular o Presença de 20% ou mais de blastos Padrão ouro: mielograma / biopsia medular o Presença de 20% ou mais de blast TERCEIRA CONSEQUENCIA: Uma vez na corrente sanguínea, os blastos também podem infiltrar órgãos, com preferência para linfonodos, baço, fígado, gengiva, órbita, sistema nervoso central, meninges, testículos, pele etc. O paciente vai a óbito pela: infiltração tecidual maciça (leva a falência orgânica) ou pela pancitopenia grave e suas consequências (anemia, infecções, hemorragia). DIAGNÓSTICO Padrão-ouro: mielograma/biópsia medular - 20% ou mais de blastos Hemograma completo em que, geralmente, se observa anemia normocítica normocrômica, mais frequentemente leucocitose, com presença de blastos circulantes, neutropenia e plaquetopenia. Mielograma, geralmente, hipercelular em razão dos blastos (! 30%), com hipocelularidade em maior ou menor grau que as outras séries. Imunofenotipagem dos blastos da medula óssea e/ou sangue periférico. Liquor cefalorraquidiano (presença de linfoblastos no SNC) TRATAMENTO o Específico: quimioterapia (a depender do subtipo), se comprometimento do SNC – QTX intratecal Objetivo inicial: remissão e restauração da hematopoiese, terapia preventiva do SNC, fase de intensificação e fase de manutenção. Geralmente duração de 120 semanas aproximadamente. Inespecífico: relacionado aos demais sistemas e distúrbios ocasionados pela doença inicial Anexo 1 Anexo 2
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