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RESUMO DISFAGIA

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Med Brasil
RESUMO DISFAGIA
1. DEFINIÇÃO
Disfagia é a sensação de impossibilidade ou anormalidade da deglutição. Quando grave pode comprometer a nutrição, causar aspirações e reduzir a qualidade de vida, ela pode ser dividida em:
É muito importante não confundir a disfagia com o “globo faríngeo”, que é a sensação de corpo estranho localizada no pescoço que não vai interferir diretamente na deglutição, por vezes, é até aliviada por ela. 
. 
2. EPIDEMIOLOGIA
Estudos recentes descrevem a prevalência estimada de disfagia em indivíduos da comunidade com idade ≥ 65 anos entre 14 a 33%. No ambiente hospitalar, a prevalência de disfagia pode chegar a 40%. Essa taxa de prevalência na comunidade em geral pode chegar a 11%. A condição afeta cerca de 70% dos pacientes com AVC, 80% dos pacientes com doenças neurodegenerativas e cerca de 51% dos idosos institucionalizados. Cerca de 75% dos pacientes que recebem radioterapia por câncer de cabeça cursam com disfagia. Por ser uma patologia muito subestimada e mal-entendida em geral, é difícil fornecer dados epidemiológicos a nível do Brasil, pois a prevalência da maioria das doenças que causam disfagia tende a diferir entre as diferentes regiões. É importante saber que as taxas de prevalência variam dependendo da idade dos pacientes e aumentam com a idade, bem como o tipo de patologia que leva à disfagia é diferente em cada faixa etária. 
3. FISIOPATOLOGIA
Inicialmente precisamos compreender as três fases da deglutição, observe o fluxograma abaixo:
Fisiologicamente para que a deglutição ocorra o bolo alimentar precisa estar em um tamanho adequado para o lúmen do esôfago, seus movimentos peristálticos devem ser coordenados e o estímulo da deglutição deve abrir e fechar os esfíncteres superior e inferior do esôfago. Se o bolo alimentar for grande para o lúmen ou o calibre do lúmen inadequado temos uma disfagia dita como estrutural. Já se estiver ocorrendo peristalse esofágica inadequada ou relaxamento dos esfíncteres inadequadamente, temos uma disfagia propulsora ou motora. Ambas podem se apresentar juntas. 
Na disfagia oral teremos uma formação e controle insuficiente do bolo alimentar e sua retenção prolongada na boca pode provocar vazamento do alimento, salivação e isso será devido a uma dificuldade de iniciar a deglutição. Essa permanência do bolo alimentar na cavidade oral possibilitará com que restos desse bolo se deposite na hipofaringe podendo causar aspiração traqueal ou regurgitação para a cavidade nasal. Na disfagia faríngea teremos um deposito alimentar na faringe devido a propulsão inadequada da língua, faringe ou obstrução do esfíncter esofágico superior. 
Essas disfagias tem como causas mais comuns as patologias iatrogênicas (cirurgias e radiação), neurológicas (AVE, Doença de Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica) e estruturais (neoplasias, divertículo de Zenker e barra cricofaríngea). A disfagia esofágica é muito comum quando ocorre um estreitamento de lúmen do esôfago abaixo de 13 mm, no entanto quando há um alimento mal mastigado ou alguma disfunção motora, pode ocorrer a disfagia do mesmo modo. As lesões estruturais e circunferenciais são causas muito comuns, como os anéis de Schatzki, a esofagite eosinofílica e os estreitamentos pépticos. Na DRGE, podemos encontrar também as disfagias devido à capacidade distensão e motora alteradas. 
4. ETIOLOGIA
Em pacientes com diagnóstico de disfagia orofaríngea e esofágica a avaliação deve ser realizada para determinar a etiologia subjacente. Os quadros abaixo indicam as principais etiologias de cada grupo e seus principais fatores desencadeantes.
5. CLÍNICA
É importante fazer uma boa anamnese e estabelecer cuidadosamente a localização da sensação de distúrbio da deglutição para determinar se é disfagia orofaríngea ou esofágica. Na disfagia orofaríngea os pacientes terão dificuldade de iniciar a deglutição, e geralmente identificam a área cervical como a origem do problema, esses distúrbios de deglutição podem causar ansiedade e medo, que levam os pacientes a evitar a ingestão oral, frequentemente teremos os seguintes sintomas associados a disfagia orofaríngea:
Já a disfagia esofágica vai ocorrer igual para sólidos e líquidos geralmente reflete dismotilidade esofágica, essa suspeita é confirmada se o paciente relatar que vem acompanhada de dor torácica. Se ela ocorrer somente para sólidos, mas nunca para líquidos, sugere a possibilidade de obstrução mecânica, a exemplo do estreitamento luminal. Em caso de disfagia intermitente com impactação alimentar, especialmente em homens jovens, deve-se suspeitar esofagite eosinofílica.
6. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de disfagia orofaríngea é baseado em uma história de dificuldade de transferir alimentos da boca para a faringe e relatar uma sensação de obstrução no pescoço. Esses sintomas também ajudam a excluir diagnósticos alternativos, por exemplo, disfagia esofágica. A disfagia esofágica, se relacionada a doença péptica, às vezes pode ser sentida na incisura supraesternal. No entanto, pacientes com disfagia orofaríngea têm dificuldade em iniciar a deglutição e podem apresentar regurgitação nasofaríngea, aspiração e sensação residual de alimentos na faringe. Em contraste, a disfagia esofágica é caracterizada pela dificuldade de engolir vários segundos após o início de uma deglutição, e esses pacientes devem ser prontamente encaminhados para a endoscopia.
7. TRATAMENTO
Os objetivos do manejo da disfagia orofaríngea são melhorar a transferência de alimentos e prevenir a aspiração. O manejo envolve o tratamento do transtorno subjacente e pode exigir intervenção adicional em pacientes com causas estruturais ou neuromusculares subjacentes de disfagia orofaríngea. Nesse sentido, tratar a causa é um fator importante.
Na disfagia esofágica, quando aguda, requer avaliação e intervenção imediatas. A impactação alimentar é a causa mais comum nos adultos. Pode haver um componente subjacente de obstrução mecânica. Após remoção do bolo alimentar impactado, observa-se melhora imediata. Deve-se ter cuidado para evitar perfuração ao tentar puxar o corpo estranho para baixo.
Referências bibliográficas:
1. Liu LWC, Andrews CN, Armstrong D, Diamant N, Jaffer N, Lazarescu A, et al. Clinical Practice Guidelines for the Assessment of Uninvestigated Esophageal Dysphagia. J Can Assoc Gastroenterol. 2018; 
2. Carrión S, Roca M, Arreola V CP. Disfagia. Nutr y dietética clínica. 2014; 
3. Roy N, Roy N, Stemple J, Merrill RM, Thomas L. Dysphagia in the Elderly: Preliminary Evidence of Prevalence, Risk Factors, and Socioemotional Effects Dysphagia in the Elderly: Preliminary Evidence of Prevalence, Risk Factors, and Socioemotional Effects. 2007;

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