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Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano 2022 → Hepatite B: É um DNA vírus, possui um envoltório lipoproteico e um núcleo central denso (cre). Com um envoltório lipoproteico expressa um antígeno - HB s AG - antígeno de superfície (marcador de infecção tanto aguda quanto crônica). Núcleo central denso possui outro antígeno - HB c Ag - proteína interna do core . Outro antígeno na porção central da estrutura do vírus - HBeAg- secretado na corrente sanguínea apenas na vigência de altas taxas de replicação (então quando existe uma grande replicação viral o HBe Ag aparece na corrente sanguínea). Explicando: O vírus B, tem 3 antígenos:, - De superfície HBs Ag que fica do lado externo. - O antígeno do core, que fica no núcleo = HBc Ag, e ele NÃO é lipossolúvel, logo, não é capaz de atravessar a membrana do vírus e ser detectado no sangue periférico, então não dosamos já que não encontramos ele na corrente sanguínea. - E antígeno de replicação HBe Ag. Então na corrente sanguínea conseguimos dosar o HbeAg e o HBsAg. Porém cada antígeno desse é capaz de produzir um anticorpos HBsAg pode se desprender da superfície do vírus e circular , o que determina a formação de um anticorpo - ANTI HBs. HBcAg por sua localização central não está circulando, não sendo detectado no sangue periférico, mas tem capacidade antigênica, sendo capaz de estimular a produção de anticorpo. Determina a formação do ANTI HBc. HBeAg localizado no core viral, proximo ao HBcAg, porém é muito produzido e secretado durante a fase de replicação viral, No sangue determina a formação do ANTI HBe. Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano 2022 HBeAG + viremia alta presente no sangue Modo de transmissão: ● HBV é encontrado no sangue e nos fluidos corporais. ● Transmissão vertical (passa da mãe para o filho): ○ Gestante HBeAg + 90% ○ Transmissão intra uterina: antes do parto 5-10% ○ Transmissão perinatal: durante o parto 90-95 ● Transmissão sexual: modo de transmissão mais comum ● Transmissão percutânea (ex: tatuagem, manicure,... ● Hemotransfusão - atualmente o risco é 1:63,000 ● Transplante de órgãos ● Outros: contato interpessoal muito próximo - transmissão horizontal Marcadores virais e história da evolução da doença: Soroconversão: Após o contágio do paciente com o vírus HBsAg, em poucas semanas depois, antes mesmo do início dos sintomas, já conseguimos detectar o antígeno de superfície. Quando desenvolve os primeiros sintomas inespecíficos já pode fazer o diagnóstico sorológico. Este período dura de 1-10 semanas. Período de incubação: Média 4-6 semanas (30-180 dias). Quando surgem os primeiros sintomas da hepatite B, dois eventos acontecem: ● Aumento das transaminases (+- 10 x mais do que os níveis normais. Porque o vírus lesa o hepatócito devido a resposta imune, não faz lesão direta ao hepatócito, ativa a resposta inflamatória e é essa resposta inflamatória que lesiona o hepatócito.) ● Aparecimento do anti HBc (anticorpo contra antígeno do core) Resumindo: No começo da doença, poucos dias depois temos já conseguimos detectar a presença do vírus então o HBs Ag positivo. Desencadeando resposta inflamatória, lesa hepatócito temos elevação das transaminases, e junto a isso, a produção anticorpo, logo produzido anti HBc. Marcadores e as fases clínicas: As 3 fases duram alguns dias a poucos semanas: Fase prodrômica 1-2 semanas ● Anti HBc IgM aparece logo após do surgimento do HBsAg (1-2 semanas). E Este ac permanece positivo por 4-5 meses ● HBs Ag positivo + associado ao anti HBc IgM = marcadores mais importantes para hepatite B aguda !! Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano 2022 ● ANTI HBc IgG aparece pouco tempo depois do IgM e fica positivo indefinidamente (mesmo com cura ou cronificação) Explicando: - O Anti Hbc tem 2 formas: IgM e IgG - O IgM surge na fase aguda da doença, surge logo depois da presença do vírus no sangue - HBsAg. Aí surge o primeiro anticorpo que é o Anti HBc IgM esse período pode ir de 4 a 5 meses e depois disso diminui. - IgG aparece um pouco depois que o IgM fica indeterminadamente. Só que ele não é um anticorpo neutralizante, logo ele não indica a cura da doença, e sim, indica em que fase da infecção nós estamos; Fase de convalescença: ● Quando surge ANTI HBs que são anticorpos neutralizantes (neutralizam/neutralizam o vírus e indica cura) contra o antígeno da superfície. Então o HBs Ag positivo e com o tempo ele cai e o ANTI Hbs surge ● Queda das aminotransferases e melhora da icterícia e dos sintomas sistêmicos ● O anti HBs surge 1-2 meses após início dos sintomas, logo depois ou algumas semanas depois da negativação do HBsAg → janela imunológica ● Quando pacientes com hepatite B aguda tem HBsAg negativo ● A evolução para cura depende do anti HBs ● Se não produzir este anticorpo dentro de 6 meses (ou seja, se persistir o HBs Ag por mais de 6 meses. Logo, ele não evoluiu para a cura) → portador assintomático ou → hepatite B crônica ● Antígeno E = HBe Ag (não interfere no diagnóstico, só serve para ver a replicação viral, e a taxa de destruição hepática, assim analisando o Prognóstico, e NÃO para definir diagnóstico) ● É produzido quando o vírus se replica intensamente, durante a fase sintomática ● Dura um período um pouco menor que HBs Ag ● Quanto maior HBe = maior infectividade ● Organismo começa a suprimir/diminuir replicação viral produzindo um anticorpo contra ele, assim surgindo o anti HBe ● Na cura o anti HBe permanece positivo para sempre, mostrando passado de replicação viral, mas houve cura. Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano 2022 Explicando: Janela Imunológica: - Hbs Ag positivo, ele começa a cair e o Anti Hbs começa a subir, só que pode acontecer de dosarmos esses marcadores onde esses níveis estão tão baixos que o laboratório não consegue captar. Mas ele está agudo ! Resumindo: - Paciente assintomático ou crônico = HBs Ag positivo , ANTI HBc IgG positivo e não terá anti HBs - Paciente curado que que teve replicação viral = HBs Ag negativo, anti HbC IgM negativo, anti HBc IgG positivo, Anti HBe Ag negativo, anti HV e positivo, ANTI HB S positivo Manifestações clínicas: ● Idade (quanto mais jovem ou mais velho for o paciente, maiores são as chances de complicações de cronicidade.) ● Nível de replicação viral (+sintomas, + lesão hepatocelular) ● Imunidade do paciente ● Forma evolutiva ● Formas evolutivas: Manifestações Extra-hepáticas (não acontecem por conta da alteração do fígado) : ● Relacionadas a formação de imunocomplexos (por conta do vírus que tem uma grande capacidade antigênica que vai formar imunocomplexos, fazendo essas outras alterações) ● Poliartrite associada hepatite B ● Poliarteritenodosa = vasculite: HAS, RASH, febre, eosinofilia, poliarterite, dor abdominal, poliartrite (bem associada ao HB) ● Glomerulonefrites: membranosa e membrano proliferativa - síndrome nefrótica (quando acomete o jovem fazemos acompanhamento avaliando que eles tendem a voltar a função renal normal há cerca de 3 anos. Já pessoas adultas ou idosos, podem evoluir com a lesão renal pra sempre) ● Acrodermatite papular (doença da giannotti): erupção maculo papular eritematosa, não pruriginosa que poupa mucosas Diagnóstico: Interpretação dos Marcadores virais: ● O mais precoce e importante é o HbSAg ● Depois o ANTI HBc IgM e IgG ● O diagnóstico de hepatite B aguda depende do HBsAg e do ANTI HBc IgM ● HBsAg positivo → presença do vírus B no organismo. Podendo ser uma: ○ Hepatite B aguda ○ Hepatite B crônica Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano 2022 ○ Estado de portador assintomático do vírus B Obs: Existe uma condição onde podemos ter o HBsAg negativo, isso pode ser que não tenha o vírus, OU que esteja na janela imunológica. OU os níveis estão tão baixos que não conseguimos detectar. OU tem uma infecção por um "mutante de escape”, chamada de hepatite B oculta (1-5%). É quando o vírus está presente, mas sofreu uma mutação não expressando o antígeno de superfície. ● HBsAg positivo + ANTI HBc IgM positivo → Hepatite B aguda recente ● HBsAg negativo + ANTI HBc IgM positivo → janela imunológica para o antígeno de superfície ou hepatite B aguda recente ● O encontro do ANTI HBc IgM positivo FECHA diagnóstico de HB Aguda!! ● HBsAg positivo + ANTI HBc IgM negativo + ANTI HBc IgG positivo → possibilidade de HB crônica ● HBsAg positivo por um período maior que 6 meses indica HB Crônica!! ● HBsAg negativo + Anti HBc IgM negativo + ANTI HBc IgG positivo → HB crônica com HBs Ag falsamente negativo OU HBsAG está realmente falso e o ANTI HBc IgG representa uma infecção antiga ● Quem vai confirmar isso? ANTI HBs. Porque ? ○ ANTI HBs positivo = cura e cicatriz sorológica ○ ANTI HBs negativo = HB crônica mutante OU infecção curada antiga e o anticorpo diminuiu a ponto de ficar indetectável ● ANTI HBs positivo + todos os outros marcadores negativo → imunização vacinal ● Determinação do DNA viral por pCR ou DNA ramificado : dosagem no sangue ou no tecido hepático ● Se correlaciona bem com a carga viral ● Hepatite fulminante onde o HBsAg está indetectável no soro devido a intensa resposta imune, a detecção do DNA por ser útil → Hepatite B Aguda: Fase Inicial: Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano 2022 Fase Tardia: Janela Imunológica: → Hepatite B crônica: Em replicação: Não replica: Vacinação prévia: Cicatriz imunológica: (teve a infecção e se curou) Exames Laboratoriais: Vão mostrar lesão hepatocelular, colestase, falência hepática, que pode acontecer por um monte de causas. Eles não dao diagnóstico de hepatite B para isso SOMENTE sorológico. ● Leucopenia com linfocitose, VHS normal ● TGO / AST (mitocondrial) elevado ● TGP/ALT (hepatócito) elevado ● Bilirrubina aumentada - Principalmente a Fração direta (devido o defeito na excreção da bilirrubina) ● Fosfatase alcalina e GGT alta - colestase ● Eletroforese de PTN - hipergamaglobulinemia em forma cronica Mutantes : ● Mutações na região pré-core do DNA HBV - falha na expressão HBeAg ● Pode se associar a quadros de hepatite fulminante ou exacerbação da doença crônica → é uma variante mais agressiva do Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano 2022 vírus B ( não conseguimos identificar essa viremia) ● HBs AG positivo (mais que 6 meses) + HBeAg negativo + ANTI HBe positivo + Transaminases muito elevadas = pesquisa DNA viral - alta carga viral mesmo com HBeAg negativo ● Mutante por Escape = vírus que sofre alteração no antigeno de superficie, impedindo a atividade neutralizante do ANTI HBs (fica resistente) ● Pacientes com altos títulos de anti HBs na presença do HBsAg OU que desenvolvem HB sem positivar o HbsAg (positiva ANTI HBc iGm ou IgG Profilaxia: ● Vacina: ○ 1 dose : nascimento (monovalente) ○ 2 dose: 2 mês de vida = pentavalente (DTP/HB/Hib) ○ 3 dose: 4 mês de vida= pentavalente ○ 4 dose: 6 mês = pentavalente ○ Avaliamos o anti Hbs = ANTI HBs > 10 ui/mL proteção vacinal por 10 anos ○ Soroconversão ocorre em 90% dos adultos ○ Menos eficaz em obesos, tabagistas, idosos e imunossuprimidos Tratamento: ● Aguda: medidas sintomáticas e de suporte ● Crônica: ○ 5-10% evoluem para cronicidade ○ Dos que cronificam podem evoluir 5-25% evoluem para cirrose, descompensação, CHC ● Critérios de inclusão para tratamento antiviral: ○ HBsAg positivo + ALT/TGP > 2x LSN ○ HBeAg positivo + idade >30 anos ○ HBeAg negativo + HBV DNA > 2000 UI/ml e ALT > 2x LSN ● Outros critérios de inclusão independente do HBeAg; HBV DNA; e ALT ○ História familiar CHC ○ Manifestações extra hepáticas ○ Coinfecção HCV ou HIV ○ Hepatite aguda grave ○ Cirrose hepática Biópsia com metavir > A2F2 ○ Elastografía hepática > 7kPa Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano 2022 ○ Prevenção de reativação viral em pacientes que farão terapia imunossupressora ● Medicamento: ○ Alfapeg interferon ○ Entecavir ○ Tenofovir → Hepatite D: Introdução: ● RNA viral fita única ● Depende do vírus B para sua replicação. NÃO existe infecção isolada do D (pois seu envelope é composto por lipídios e por antíge nos AgHbs) ● Co-infecção concomitantemente B e D ● Super infecção: crônico B e nova infecção por D ● Diagnóstico: ANTI HVD IgM e IgG ● ANTI HVD - 30 -40 -dias após a infecção ● Co-infecção aumenta frequência de hepatite fulminante de 1% para 5% ● Super infecção = aumenta hep. fulminante 20% ou piora prognóstico da doença crônica com maior evolução para cirrose Tratamento:
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