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1 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia Disfagia K Disfagia é a dificuldadé dé déglutir os aliméntos so lidos ou lí quido. É a sénsaça o dé qué o aliménto para ém sua déscida ao ésto mago, éstacionando ém algum ponto éntré o éstérno é o apé ndicé xifoidé. K A descrição que o paciente vai passar é de uma sensação de entalo. Lémbrando qué éngasgo é diférénté dé éntalo. K Énta o o paciénté vai éxpréssar o qué sénté dé acordo a linguagém délé é cabé a vocé como mé dico déscobrir ao qué o paciénté sé référé: disfagia, odinofagia ou globus farí ngéos... K A prévalé ncia dé disfagia ém adultos idosos variou dé 11,4-16%, é ém paciéntés mais idosos na o sauda véis éram mais élévados: 54-55,2%. K Algumas comorbidadés é patologias cursam també m com disfagia como os distu rbios dé tiréoidé, diabétés méllitus, doénças néuromuscularés é doénças néurolo gicas. K Semiologia K Antés dé mais nada é préciso sabér a diférénciaça o éntré: K ODINOFAGIA: Dor ao déglutir na régia o dé amí gdalas tonsilas palatinas é géralménté rélacionado ao ato dé déglutiça o, rélacionado a processo infeccioso e inflamatório, na maioria das vezes é viral. A dor so ocorré no moménto da déglutiça o. É o grandé diagnóstico diferencial para o paciénté qué possui disfagia orofarí ngéa. K AFAGIA: É o paciénté qué aprésénta impossibilidadé dé sé aliméntar, dé engolir o aliménto. Impossibilidadé na maioria das vézés por quésto és orga nicas. K GLOBUS PHARYNGEOUS: Sénsaça o dé qué ha um “bolo na garganta”. Éssé “bolo” na o sobé ném déscé, fica impactado na garganta. Paciénté muitas vézés référé qué ténta déglutir a pro pria saliva para sé livrar déssé “bolo”, mas na o conségué. K FAGOFAGIA: Médo dé éngolir. Condiça o muito associada a paciéntés com distu rbios psiquia tricos. K Classificação K Tém duas formas dé classificar a disfagia: K NEUROMUSCULAR E MECÂNICA: N K OROFARÍNGEA E ESOFÁGICA: n K História K Quando vocé s éstivérém dé frénté a um paciénté com disfagia o qué vocé s va o pérguntar? Dois sintomas qué vocé s précisam parar tudo é pérguntar ao paciénté o qué élé tém: paciénté com disfagia (qué vai référir dificuldadé dé déglutiça o) é o paciénté qué ésta référindo sangramento. K LOCALIZAÇÃO: Paciénté vai référir qué élé tém dificuldadé na déglutiça o, apontando o local da dor é isso ja da um dirécionaménto para a causa qué ésta lévando a ésté sintoma é sabér sé a disfagia é alta ou baixa. K LÍQUIDO, PASTOSOS OU SÓLIDOS: Pérguntar sé a disfagia do paciénté é para lí quidos, pastosos ou so lidos. Éssa diférénciaça o contribui na détérminaça o dé uma possí vél étiologia para a disfagia, alé m na idéntificaça o do grau da progréssa o dé uma détérminada doénça. Ex: Na ésofagopatia dé chagas, vocé s té m uma histo ria dé um paciénté qué tém disfagia progréssiva é dé longa data (20-30 anos) é a disfagia inicial é para sólidos, secos, depois evolui para sólidos úmidos → pastosos → líquidos. O paciénté ja chéga com désnutriça o, déficié ncia nutricional. K DURAÇÃO E FREQUÊNCIA: Éxistém patologias qué causam disfagias agudas, disfagias su bitas, p.ex. paciéntés qué possuém éspasmo ésofagiano cursam com disfagia su bita, ou paciéntés qué apréséntam éso fago dé québra-nozés com disfagia + dor tora cica també m cursam com disfagia su bita. É importante que vocês perguntem ao paciente se a disfagia é súbita ou de característica progressiva. 2 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia K DEMAIS SINTOMAS (odinofagia, regurgitação nasal, aspiração, rouquidão, perda ponderal, dor retroesternal): Sé o paciénté tém outros sintomas associados, como présénça dé comorbidadé é médicaço és, alé m das citadas éntré ( ). Isso é importanté porqué muitas patologias sé apréséntam como maniféstaça o clí nica a disfagia. EX: Paciénté podé cursar com disfagia por conta da déscompénsaça o dé doénças como distu rbios da tiréo idé é diabétés méllitus. Alé m dé qué alguns médicaméntos podém sér o fator causal para a disfagia do paciénté. K Fases da deglutição K A déglutiça o é um procésso compléxo qué énvolvé muitos sistémas como o sistéma muscular é o sistéma fonoarticular. K A déglutiça o possui: 1 FASÉ VOLUNTA RIA é 2 FASÉS INVOLUNTA RIAS. FASE ORAL – VOLUNTÁRIA K A fasé inicial da déglutiça o é a fasé oral qué també m corréspondé a fasé volunta ria déssé procésso. K Éssa fasé coméça com a captaça o do bolo aliméntar é términa quando o bolo aliméntar é énviado para a orofaringé. K Éssa fasé volunta ria possui o énvolviménto dé mais dé 20 mu sculos para qué séja désémpénhada. É controlada pélo céntro da déglutiça o situado no tronco cérébral é pélo co rtéx cérébral. Reparem que para essa fase acontecer e que ocorra a mastigação e a transferência do bolo alimentar contra o palato mole para a orofaringe (fase voluntária/oral) são necessárias as atividades de mais de 20 músculos e as atividades do tronco e córtex cerebral. FASE FARÍNGEA – INVOLUNTÁRIA K Éssa fasé coméça com a récépça o do bolo aliméntar qué ésta vindo da cavidadé oral para a hipofaringé. Para éssa fasé acontécér é nécéssa rio qué éxista uma protéça o da via aé réa para qué évité a aspiraça o. K Éssa fasé abrangé a chégada do bolo aliméntar na hipofaringé é o séu déslocaménto até o éso fago. K Quando o bolo aliméntar passa para a faringé, ocorré o féchaménto da épigloté para qué na o haja passagém dé aliménto para as vias réspirato rias. K Géralménté a fasé farí ngéa acontécé duranté a éxpiraça o, séndo éla uma fasé dé transiça o para a fasé ésofa gica. OBS: Costuma-se colocar a fase oral e a fase faríngea no mesmo grupo quando se faz a classificação etiológica das disfagias. FASE ESOFÁGICA – INVOLUNTÁRIA K Éssa fasé sé inicia quando o ésfí nctér supérior do éso fago volta a sé contrair dépois dé tér récébido o bolo aliméntar. Éssé bolo vai passar travé s dé ondas pérista lticas é sob o auxí lio da gravidadé, éssé bolo aliméntar alcança o éso fago distal, ondé o ésfí nctér ésofagiano inférior rélaxa pérmitindo a passagém déssé bolo aliméntar para o pro ximo o rga o do sistéma gastrointéstinal, o ésto mago. K Dépois déssa passagém do bolo aliméntar para o ésto mago, o ésfí nctér ésofa gico inférior vai sé mantér féchado por uma préssa o dé 10mmHg para évitar qué ocorra réfluxo déssé matérial, logo apo s a réféiça o. K Costumamos dividir a disfagia ém: K DISFAGIA OROFARÍNGEA: Éngloba a fasé oral é farí ngéa. K DIFAGIA ESOFÁGICA: Éngloba a fasé ésofa gica. K Disfagia Orofaríngea x Disfagia Esofágica K PERGUNTA: Prematuros que tem maior risco de bronca aspiração, possuem patologia nessa fase faríngea? Sim, sa o prématuros é néonatos, chamamos dé disfagia funcional, por isso qué na maioria das vézés élés récébém um tubo orotraquéal para ajudar a réspirar, ganhando uma sonda para sé aliméntar. K Ém comum as fasés orofarí ngéa é ésofa gica témos as causas mecânicas. 3 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia CAUSAS DA DISFAGIA OROFARÍNGEA K MECÂNICA. K NEUROGÊNICA. K DROGAS. K ENVELHECIMENTO. K D. SISTÊMICAS. K FUNCIONAL – RN PM. K PSICOGÊNICA. CAUSAS DA DISFAGIA ESOFÁGICA K MECÂNICA. K DISTÚRBIOS DE MOTILIDADE: Altéraça o na péristalsé ésofa gica ou dé rélaxaménto do ÉÉI. K Disfagia Orofaríngea K IMPACTO EPIDEMIOLÓGICO: Néonatos – Idosos. Sa o dois grupos qué va o apréséntar éssés sintomas é précisara o dé cuidados importantés. K Néonatos prématuros por apréséntar imaturidadé do sistéma réspirato rio é digéstivo. Élés va o précisar sé aliméntar désdé o priméiro minuto dé vida atravé s dé sonda nasoéntéral até podérém tér a aliméntaça o réstaurada. K Os idosos, na maioria das vézés, por ja apréséntam uma bagagém dé comorbidadés importantés é qué inclusivé podém sér déséncadéadoras da disfagia néssés paciéntés. K CLÍNCA: Dificuldadé ém iniciar a déglutiça o*, éngasgos, régurgitaça o nasal, sinais dé aspiraça o: tossé, dispnéia, voz molhada, réféiço és longas. * Na du vidasé o paciénté tém disfagia orofarí ngéa ou odinofagia, é importanté pérguntar qual o moménto qué élé sénté o désconforto: sé é na priméira garfada, ou no moménto dé iniciar o procésso dé aliméntaça o, ou do méio pra o final. Lembrar que os pacientes com odinofagia conseguem fazer a deglutição, mas possuem dor NO MOMENTO da deglutição e essa dor é indicada na região próxima às tonsilas palatinas (amígdalas). • ENGASGO: O comprométiménto da fasé oral é farí ngéa da déglutiça o podé provocar aspiraça o do aliménto gérando os éngasgos. • REGURGITAÇÃO NASAL: O comprométiménto da fasé oral é farí ngéa podé induzir uma régurgitaça o nasal. • SINAIS DE ASPIRAÇÃO: Tossé, dispnéia, voz molhada (saliva acumulada nas vias aé réas péla dificuldadé dé déscér por conta da disfagia orofarí ngéa) é réféiço és longas. K GRUPOS DE RISCO: Doénças néurolo gicas, Alts méca nica – éstruturais, VM prolongada. Intubaço és ou éxtubaça os trauma ticas, TQT. • NEONATOS PREMATUROS E IDOSOS: Grupos éta rios dé risco. • PACIENES QUE POSSUEM DOENÇAS NEUROLÓGICAS: Géralménté os idosos. • Doénça dé Alzhéimér. • Doénça dé Parkinson. • Ésclérosé latéral amiotro fica. • PACIENTES COM ALTERAÇÕES MECÂNICO-ESTRUTURAIS: • Paciéntés qué foram submétidos a procédiméntos ciru rgicos é acabaram téndo réssécço és (rétira dé uma parté do técido) por outras doénças é qué acabaram téndo complicaço és déssa cirurgia com os o rga os da contiguidadé. Ex: Paciénté foi opérar a tiréo idé é como conséqué ncia do procédiménto ciru rgico désénvolvéu complicaço és como lésa o ésofa gica por procéssos como cicatrizaça o inadéquada. • PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILAÇÃO MECÂNICA PROLONGADA. • PACIENTES QUE TIVEREAM INTUBAÇÕES OU EXTUBAÇÃOS TRAUMÁTICAS. • PACIENTES QUE FORAM TRAQUEOSTOMIZADOS. K AVALIAÇÃO INICIAL: É dividido ém éstrutural é funcional. • ESTRUTURAL: Définiça o higiéné oral, pro tésés déntarias. Na o é incomum os paciéntés fazérém o uso dé pro tésés dénta rias qué sa o inadéquadas para a sua arcada dénta ria. O uso de prótese dentária inadequada pode acabar ocasionando em lesões que comprometem muito a mastigação do paciente e também pode levar a distúrbios de deglutição. Doenças que cursam com disfagia orofaríngea 4 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia Uma vez que você faz essa avaliação estrutural, você precisa de um fonoaudiólogo → ele fará a avaliação funcional. • FUNCIONIONAL (CONSISTÊNCIA): National Dysphagia Diét (lí quido, né ctar, mél, pudim). • O mé dico faz o diagno stico é détérmina qual a patologia dé basé qué o paciénté aprésénta qué justifica a disfagia orofarí ngéa. • O fonoaudio logo vai conduzir o paciénté atravé s dé uma fisiotérapia baséada ém introduça o aliméntar dénominada National Dysphagia Diét (lí quido, né ctar, mél, pudim), séndo uma éscala évolutiva, o paciénté coméça com a digésta o dé pudim → mél → né ctar → lí quido. Énta o, sa o va rios téstés qué sa o féitos ém va rias sésso és séquénciadas com o intuito dé fazér com qué o paciénté consiga fazér a déglutiça o dé lí quido dé forma adéquada. K ATENDIMENTO AO PACIENTE COM DISFAGIA OROFARÍNGEA: • Idéntificar doénças sisté micas é métabo licas. • Localizar a lésa o néurolo gica. • Détéctar aspiraça o, désnutriça o, sépsé pulmonar. A parte do tratamento do paciente com disfagia orofaríngea está mais associada ao fonoaudiólogo que o médico. K EXAMES COMPLEMENTARES: Sa o os éxamés qué o fonoaudio logo faz: • VIDEODEGLUTOGRAMA OU VIDEOFLUOROSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO: Éssé éxamé é féito no consulto rio do fonoaudio logo. É dado um contrasté para o paciénté qué séra éngolido pélo paciénté é a partir daí é possí vél obsérvar todo o procésso dé déglutiça o. Néssé éxamé é possí vél idéntificar escapes qué podém ocorrér para rinofaringé ou para déntro das vias aé réas. O éscapé també m podé ocorrér ém décorré ncia dé uma fí stula. Todos éssés procéssos podém sér idéntificados atravé s déssé éxamé. Atravé s déssé éxamé é possí vél idéntificar a éficié ncia dos mécanismos dé protéça o das vias aé réas. Sé o paciénté éstivér com as vias aé réas comprométidas é com risco dé broncoaspiraça o muito grandé, élé é éncaminhado novaménté para o mé dico qué éxércé como conduta a définiça o dé uma mélhor é mais apropriada térapia nutricional para éssé paciénté. O vidéodéglutograma, portanto, é éspécialménté importanté para idéntificar sé a via aé réa do paciénté ésta protégida. Existem pacientes que apresentam disfagia orofaríngea, mas que tem a capacidade de realizar o movimento involuntário de proteção das vias aéreas. • ESTUDO ENDOSCÓPICO FUNCIONAL DA DEGLUTIÇÃO: Éssé éxamé també m é féito pélo fonoaudio logo. Néssé éxamé, um aparélho éndosco pico bém fino é introduzido pélas narinas é déscé péla faringé até chégar nas proximidadés da régia o ondé ha as cordas vocais. Ao mésmo témpo ém qué sé manipula o aparélho éndosco pico, é solicitado para qué o paciénté tomé a gua é a partir déssé procésso, é possí vél idéntificar sé houvé ou na o, a protéça o das vias aé réas. K ETIOLOGIA/ETIOPATOGENIAS DA DISFAGIA OROFARÍNGEA: As causas mais fréquéntés, portanto, mais importantés para disfagia orofarí ngéa éncontram-sé nos grupos dé causas méca nicas é néurogé nicas. • CAUSAS MECÂNICAS: Ca ncér dé cabéça é péscoço. Trauma (facial ou cérvical). Intubaça o orotraquéal/traquéostomia. Pro tésés dénta rias mal adaptadas. • CAUSAS NEUROGÊNICAS: Néoplasias do éncé falo. Acidénté vascular éncéfa lico (AVÉ). Doénça dé Parkinson. Traumatismo cra nioéncéfa lico. Paralisia cérébral. 5 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia Dentre as causas de disfagia orofaringe mecânica existem: lesão de mandibula, alteração estrutural na dentição, câncer de lingua, fratura complexa de madibula. Disfagia Esofágica K É nécéssa rio quando sé éstuda disfagia ésofagiana diférénciar a causa orga nica da funcional. K As caractérí sticas dé iní cio da disfagia, a duraça o é progréssa o da disfagia précisam éstar préséntés na anamnésé do paciénté. K Sé o paciénté référé dificuldadé ém déglutir, o mé dico dévé sé aténtar ém réalizar todas aquélas pérguntas ja listadas acima como a localizaça o do désconforto ao déglutir, sé o désconforto é para lí quidos/pastosos/ so lidos, duraça o é fréqué ncia, déntré outros quéstionaméntos. K Causas mais prova véis para a disfagia do paciénté, a partir da caractérizaça o obtida na anamnésé déssa disfagia: • DISFAGIA SÚBITA: Impactaça o por corpo éstranho. • DISFAGIA PROGRESSIVA COM PERDA DE PESO: Néoplasia. • DISFAGIA EXCLUSIVA PARA SÓLIDOS: Ésténosés bénignas. • DISFAGIA INTERMITENTE PARA SÓLIDOS E LÍQUIDOS + DOR TORÁCICA: Éspasmo ésofagiano difuso. • DISFAGIA PARA SÓLIDOS E ÍQUIDOS DE LONGA DURAÇÃO COM BOM ESTADO GERAL: Acalasia. DISTÚRBIOS DE MOTILIDADE DO ESÔFAGO K A prévalé ncia dé distu rbios motorés ésta muito mais associada a dados sobré Acalasia (u nico DM vérdadéiro). K Fisiopatologia dos démais distu rbios motorés é controvérsa. Desde o lançamento da classificação de Chicago (classificação que permite identificar e caracterizar cada um dos distúrbios de motilidade) surgiu uma discussão se realmente os distúrbios existem ou se existe apenas a acalasia e todos os outros distúrbios são colocados num grupo a parte. Assim, existe discussão a respeito de fisiopatologia dos demais distúrbios motores. K Tudo qué sé sabé dé distu rbio motor é rélacionado a acalasia, considérada como u nico distu rbio motor vérdadéiro. K Na o éxisté fisiopatologia para os démais distu rbios motorés, apénas para acalasia. K A tabéla a séguir ilustra dados dé incidé ncia é prévalé ncia da acalasia ém diféréntés paí sés considérando a populaça o ém géral (todas as faixa- éta rias). K Sé fossé pra considérar soménté os idosos a incidé ncia é a prévalé ncia dé acalasia auméntariam dé modo considéra vél. K É possí vél obsérvar qué, dé um modo géral, a incidé ncia é a prévalé ncia dé acalasia nos paí sés listadosabaixo sa o baixas. FISIOPATOLOGIA DOS DISTÚRBIOS DE MOTILIDADE DO ESÔFAGO K Altéraço és rélacionadas a inérvaça o inibito ria é altéraço és rélacionadas a inérvaça o éxcitato ria. Énta o, éssé déséquilí brio qué éxisté da inérvaça o da musculatura lisa ésofa gica qué vai éxplicar os distu rbios dé motilidadé. K DESORDENS DA INERVAÇÃO INIBITÓRIA: • REDUÇÃO/ PERDA DA INERVAÇÃO INIBITÓRIA: Paciéntés com acalasia é éspasmos ésofagianos difusos va o apréséntar uma réduça o ou pérda da inérvaça o inibito ria da musculatura lisa do éso fago. • AUMENTO DA INERVAÇÃO INIBITÓRIA: Paciéntés com rélaxaménto transito rio ésponta néo do éso fago apréséntam um auménto da inérvaça o inibito ria da musculatura lisa déssé o rga o. K DESORDENS DA INERVAÇÃO EXCITATÓRIA: • REDUÇÃO DA INERVAÇÃO EXCITATÓRIA (HIPOCONTRATILIDADE): Paciéntés com motilidadé ésofa gica inéficaz (MÉI) é Paciéntés com ésfí nctér ésofagiano inférior hipoténsivo. 6 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia • AUMENTO DA INERVAÇÃO EXCITATÓRIA (HIPERCONTRATILIDADE): Paciéntés com éso fago ém québra nozés é paciéntés qué apréséntam o ésfí nctér ésofagiano inférior hipérténsivo. SINTOMATOLOGIA DOS DISTÚRBIOS DE MOTILIDADE DO ESÔFAGO K Como mostrado na tabéla abaixo, os sintomas dos distu rbios dé motilidadé do éso fago sa o praticaménté os mésmos, altérando apénas a réléva ncia dé cada sintoma nos diféréntés distu rbios. Éssés sintomas sa o: • Disfagia • Dor tora cica • Pirosé/régurgitaça o • Pérda dé péso • Tossé • Ansiédadé é dépréssa o Alguns estudiosos do esôfago consideram que o único distúrbio de motilidade do esôfago é a acalásia. IMPORTANTE: Disfagia e dor torácica são sintomas que vão caminhar quase sempre juntos nos distúrbios de motilidade do esôfago. EXAMES COMPLEMENTARES K Os éxamés compléméntarés utilizados para fazér invéstigaça o dé disfagia ésofagiana sa o: K ESOFAGOMANOMETRIA: É considérado, hojé ém dia, um padrão de referência para idéntificar distu rbio dé motilidadé do éso fago. • Ésofagomanométria convéncional X Ésofagomanométria dé alta résoluça o (possui algumas vantagéns quando comparada a Ésofagomanométria convéncional). • Na o précisa dé acompanhanté pois na o é um éxamé féito com sédaça o. • Posiciona o paciénté séntado é coloca-sé uma sonda no nariz do paciénté. Éssa sonda possui va rios sénsorés. Éssés sénsorés alcançam até a cavidadé ga strica, séndo o u ltimo sénsor posicionado no ésfí nctér ésofagiano inférior (importanté obsérvar a moviméntaça o déssé ésfí nctér duranté o éxamé). Com a sonda dévidaménté posicionada com os séus sénsorés, o mé dico solicita qué o paciénté tomé a gua é a déglutiça o déssé lí quido é obsérvada pélo éxamé. Éssa déglutiça o séra transférida ém forma dé gra ficos para um monitor no moménto do éxamé. • Éssé éxamé idéntifica a préssa o désémpénhada péla musculatura ésofa gica. • A partir da ana lisé déssé éxamé é possí vél idéntificar qual distu rbio ésofagiano o paciénté possui. • Ésofagomanométria convéncional → 8 sénsorés. • Ésofagomanométria dé alta résoluça o → 24 a 36 sénsorés. Critérios manométricos para cada distúrbio: tônus e relaxamento do EIE. K CLASSIFICAÇÃO DE CHICAGO: Pérmité fazér a diférénciaça o manomé trica dos distu rbios dé motilidadé lévando ém considéraça o o to nus do éso fago é o rélaxaménto do ésfí nctér ésofagiano inférior. OBS: O esfíncter esofagiano superior não é de grande relevância já que é uma estrutura relacionada a disfagia orofaríngea. K ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA: A ÉDA é um éxamé importanté para paciéntés com distu rbios da motilidadé do éso fago apénas para afastar léso és orga nicas dé léso és funcionais. • A s vézés a éndoscopia é féita até antés da manométria, pois é dé suma importa ncia détéctar sé a disfagia ésofagiana é dé origém maligna ou na o. K ESTUDO RADIOLÓGICO DO ESÔFAGO-ESTÔMAGO E DUODENO (EREED) OU ESOFAGOGRAFIA: É um éxamé qué traz informaço és muito importantés para paciéntés qué séra o submétidos a cirurgia. • Baixa sénsibilidadé para diagno stico • Pérmité éstabélécér o grau dé dilataça o ésofa gica. • Pérmité a avaliaça o do éféito dé ondas dé contraça o. Principais sintomas na acalasia. Na acalasia é um sintoma inicial que muitas vezes normaliza com a progressão do quadro. 7 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia • Pérmité a idéntificaça o da formaça o dé ní vél hidro aé réo. • Pérmité détéctar a présénça ou na o do Afilaménto tipo “bico dé pa ssaro”. ETIOLOGIA K As principais causas para disfagia ésofagiana sa o divididas ém dois grupos: Causas orga nicas é causas funcionais. K Causas Orgânicas (mecânicas) CAUSAS INTRÍNSECAS K Ésténosé pé ptica: paciénté qué aprésénta o ciclo vicioso do matérial réfluxado réfluir → inflamaça o → cicatrizaça o → Ésténosé. 1. K Anél dé Shatzki → Mémbranas qué sé désénvolvém no lu mén do éso fago. 2. K Tumorés bénignos é malignos. 3. K Mémbranas. K Divértí culos. K Impactaça o dé corpo éstranho. K Ésofagité por pí lula. K Ésofagité éosinofí lica. K Anéurisma dé Aorta. K Bo cio tiréoidiano mérgulhanté → provoca disfagia por compréssa o. 4. K Cisto. 5. K Ésofagité ca ustica. 6. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 8 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia CAUSAS EXTRÍNSECAS K Compréssa o vascular. K Doénças do médiastino → Éxistém o rga o do médiastino qué podém comprimir o éso fago causando disfagia. K Causas Funcionais PRIMÁRIAS K ACALASIA: Éssé paciénté possui o “bico dé pa ssaro” (afunilaménto do éso fago). 1. K ESPASMO ESOFAGIANO (EED). K ESÔFAGO EM QUEBRA-NOZES (EQN): na imagém vémos qué éxistém moméntos ém qué ha ésténosé, como sé fossé um “apérto”. 2. K ESFÍNCTER INFERIOR HIPERTENSO. K DISTÚRBIO MOTOR INESPECÍFICO (DM1). K DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE). K PÓLIPO PEDICULADO: Tudo dé cor éscura réprésénta léso és da mucosa ésofa gica. K LESÃO NEOPLÁSICA: A lésa o néopla sica da imagém, apésar dé présénté na o ésta obstruindo o lu mén do éso fago. 4. K O contrasté conségué passar é corar todo o réstanté do éso fago qué vém apo s a lésa o néopla sica. SECUNDÁRIA K Ésclérosé sisté mica progréssiva (ÉSP). K Outras doénças do cola géno. K Ésofagopatia chaga sica. K Na imagém dé éndoscopia abaixo na o é possí vél idéntificar a gravidadé do éstado do paciénté. K Atravé s da éndoscopia na o é possí vél médir a disténsibilidadé do éso fago ném firmar um diagno stico dé éso fago chaga sico. K Na doénça dé chagas é nécéssa rio um éxamé radiolo gico é manomé trico para définir um diagno stico préciso. K O éxamé abaixo corréspondé ao éxamé radiolo gico do éso fago-ésto mago é duodéno (ÉRÉÉD). K As 4 imagéns corréspondém a éso fagos com graus diféréntés dé dilataça o. Os graus dé dilataça o do éso fago sa o définidos péla classificaça o dé Rézéndé qué définé 4 graus distintos dé dilataça o. 1. 2. 3. 4. 9 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia K Conduta ao paciente com disfagia K O paciénté qué vai fazér avaliaça o clí nica da déglutiça o dévé sér avaliado quanto ao risco para disfagia ou na o. K PACIENTE COM RISCO PARA DISFAGIA: Solicita qué o paciénté réalizé o vidéodéglutograma. K O vidéodéglutograma é um éxamé dé éscolha para avaliar o risco dé disfagia no paciénté. K Sé o paciénté tivér disfagia modérada ou sévéra, élé séra acompanhado pélo fonoaudio logo é séra oriéntado quanto ao tipo dé aliméntaça o qué dévéra tér. K Éssé paciénté vai passar por aquélé procésso dé fisiotérapia antériorménté coméntado, réalizado pélo fonoaudio logo com objétivo dé énsinar ou réénsinar o paciénté o procésso dé déglutiça o. K Néssa fisiotérapia, o fonoaudio logo vai usar uma éscala atravé s da utilizaça o dé 4 consisté ncias dé aliméntos diféréntés séndo qué o u ltimo é lí quido. K Sé o paciénté tivér disfagia modérada é na o tivér réspondéndo imédiataménté a fisiotérapia proposta pélo fonoaudio logo,dévé sér garantida uma via aliméntar para éssé paciénté, qué na maioria das vézés é uma gastrostomia éndosco pica. K A gastrostomia éndosco pica garanté um aporté nutricional adéquado para o paciénté, mas mésmo assim, o fonoaudio logo dévé continuar insistindo na rééducaça o aliméntar via oral. K O paciénté qué possui disfagia sévéra é por isso tém risco gravé dé broncoaspiraça o vai sér submétido a térapia nutricional por sonda nasoéntéral, gastrostomia ou até mésmo térapia nutricional paréntéral. K PACIENTE SEM DISFAGIA: Sé o paciénté na o tivér disfagia, é éncaminhado para diéta dé consisté ncia normal mas é réavaliado ém 4 sémanas. K Manometria Esofágica K A manométria ésofa gica é o éxamé padra o ouro para idéntificar disfagia ésofagiana. K A imagém abaixo référé-sé a manométria ésofa gica dé alta résoluça o. K Néssé éxamé, a sonda vai possuir éntré 24 a 36 sénsorés. K Solicita qué o paciénté faça 10 déglutiço és dé 5ml dé a gua. K É um éxamé ra pido. K A passagém do bolo dé a gua vai pérmitir qué a péristalsé, moviméntaça o do éso fago bém como a contratilidadé do ésfí nctér ésofa gico séja traduzida a na forma dé gra ficos no monitor. K Éssa traduça o podé sér féita ém “Clousé plots” (imagém colorida gérada qué pérmité idéntificar éxataménté ondé ésta o ésfí nctér ésofa gico supérior, o corpo ésofa gico é o ésfí nctér ésofa gico inférior). K A manométria ésofa gica é o éxamé dé maior acura cia para o éstudo dé distu rbio dé motilidadé. Indicaço és da manométria ésofa gica: K Invéstigaça o dé disfagia apo s afastada obstruça o méca nica. K Posicionaménto intraluminal da pHmétria K Pré -opérato rio DRGÉ. K Po s opérato rio ciru rgico. K Po s trataménto Acalasia. Não faz o diagnóstico de DRGE, mas sugere, pois, é capaz de identificar a hipotonia do esfíncter esofágico inferior que consiste num importante fator de risco para DRGE.
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