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DIREITO DO CONSUMIDOR-PRATICAS COMERCIAIS I

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DIREITO DO 
CONSUMIDORCONSUMIDOR
PUBLICIDADE
Oferta e proteção contratual
Oferta ou proposta
Definição:
é a manifestação de vontade unilateral suficientemente
precisa para que a aceitação pelo destinatário seja suficienteprecisa para que a aceitação pelo destinatário seja suficiente
para formar o contrato.
2. Elementos do conceito:
 declaração unilateral de vontade;
 precisão (descrição do bem, preço e destinatário). precisão (descrição do bem, preço e destinatário).
3. Características da Oferta
Vinculante e Obrigatória : qualquer informação ou
publicidade veiculada que precisar os elementos essenciais da
c&v [coisa + preço] passa a integrar o contrato que vier a ser
celebrado. (art. 30 do CDC)
Indeterminada: dirigida a todos os potenciais consumidores
que dela tomarem conhecimento.
Ampliada: a vinculação se da por qualquer via: impressos,
propaganda em rádio, jornais e televisão, desde que
suficientemente precisa, obriga a contratação naqueles termos,suficientemente precisa, obriga a contratação naqueles termos,
faltando apenas a aceitação do consumidor. (art. 48 do CDC)
OFERTA
Vinculante (art. 30);
Indeterminada;
Clara (art. 31);
Ampliada (arts. 30 e 48);Ampliada (arts. 30 e 48);
Descumprimento da oferta
(art. 35 do CDC)
I. exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da
oferta, apresentação ou publicidade;
II. aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;II. aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III. rescindir o contrato, com direito a restituição da quantia
eventualmente antecipada, monetariamente atualizada e a
perdas e danos.
Americanas.com é multada em R$ 10,5 milhões por desrespeito a
direito do consumidor
A decisão condenatória do Procon-MG é resultado de um processo
administrativo instaurado contra as duas empresas para averiguar o caso.
A B2W Companhia Digital, proprietária das Americanas.com, e a Xavier
Comercial Ltda (Lojas Xavier) foram multadas pelo Procon-MG, órgão do
Ministério Público de Minas Gerais, por desrespeitarem o direito de
arrependimento, previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). A
B2W deverá pagar multa de R$ 10.524.333,14 e as Lojas Xavier, de R$B2W deverá pagar multa de R$ 10.524.333,14 e as Lojas Xavier, de R$
43.532,84. A sanção imposta pelo Procon-MG se deve a operações
realizadas pelo sistema de marketplace, ou seja, produtos das Lojas
Xavier que foram vendidos no site Americanas.com.
A decisão condenatória do Procon-MG é resultado de um processo
administrativo instaurado contra as duas empresas para averiguar o caso.
Durante a apuração, constatou-se que o site Americanas.com impôs
dificuldade ou deu resposta negativa quando consumidores tentaram
usufruir do direito de arrependimento.
De acordo com a decisão, é prática infrativa “impedir, dificultar ou negar a
desistência contratual, no prazo de até sete dias a contar da assinatura do
contrato ou do ato do recebimento do produto ou serviço, sempre que a
contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial”.
Conforme a 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo
Horizonte, em marketplace (quando um site de rede varejista oferta
produto de lojista parceiro), a responsabilidade é solidária, ou seja, tanto
o site como a loja respondem pela obrigação de cumprir a oferta. Por isso,
os dois fornecedores foram punidos com multa.os dois fornecedores foram punidos com multa.
Segundo a decisão, “as compras realizadas por meio eletrônico constituem
relações de consumo especiais, uma vez que se concretizam fora do
estabelecimento comercial, de forma despersonalizada, massificada e sem
contato direto do consumidor com o produto adquirido”. Por esta razão, o
CDC previu o direito de arrependimento - um período de sete dias para que
o consumidor possa refletir a respeito da compra.
Fonte: Ministério Público de Minas Gerais
Publicidade
É toda comunicação de entidades públicas ou privadas, inclusive as não
personalizadas, feita através de qualquer meio, destinada a influenciar o público
em favor, direta ou indiretamente, de produtos ou serviços, com ou sem finalidadeem favor, direta ou indiretamente, de produtos ou serviços, com ou sem finalidade
lucrativa.
Funções da publicidade
1.Parte da oferta: Quando suficientemente precisa, integra a
oferta contratual (art. 30 do CDC) o futuro contrato (art. 18
e 20), vinculando-o como proposta (art. 30 e 35), ou seja, é
fonte de obrigação.fonte de obrigação.
2. Ato ilícito: Se violar direitos, a publicidade é considerada
ato ilícito nas modalidades enganosa, abusiva ou clandestina.
Publicidade Ilícita
Publicidade Clandestina: (art. 36)
Publicidade Enganosa: (art. 37, § 1°)
Publicidade Abusiva: (art. 37, § 2°)Publicidade Abusiva: (art. 37, § 2°)
Publicidade Clandestina
(art. 36 do CDC)
É a publicidade que se disfarça não permitindo ao consumidor sua fácil
identificação.
ex.: Propaganda subliminar.
Publicidade enganosa
(art. 37, § 1°, do CDC)
Dá uma idéia errônea da realidade, a respeito dos elementos
característicos dos produtos e serviços. Pode se manifestar
através de ações omissivas ou comissivas.
Omissivas: deixa de dar informação induzindo em erro o
consumidor sobre praticamente qualquer aspecto quantitativo,
qualitativo de natureza intrínseca ou não do produto ou serviço.
Comissivas: falsificação ou distorção de informações.
Publicidade Abusiva
(art. 37, § 2°, do CDC)
É a que afeta valores essenciais, incitando a violência, induzindo um comportamento
prejudicial. A publicidade abusiva não afronta a veracidade do produto ou serviço,prejudicial. A publicidade abusiva não afronta a veracidade do produto ou serviço,
mas ou ofende valores sociais ou provoca influência comportamental causadora de
riscos à saúde ou à segurança.
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da
informação ou comunicação publicitária cabe a quem as
patrocina.
Lil Miquela, a influencer que tem 1,5 milhão de seguidores, mas não
existe
Lil Miquela estreou no Instagram em abril de 2016 e, por meses, gerou uma
série de especulações sobre se era real ou não.
Surgiram várias teorias sobre sua procedência — alguns apostavam que ela
era uma "jogada de marketing do The Sims (série de jogos eletrônicos que
simulam a vida real)", enquanto outros acreditavam se tratar de um
"terrível experimento social".
Até que finalmente, o mistério foi revelado: Lil Miquela era uma garota-
propaganda criada digitalmente.propaganda criada digitalmente.
E, aparentemente, isso não importa para seus milhares de seguidores.
Como é Lil Miquela?
Lil Miquela tem sardas, lábios carnudos e cabelos escuros. Nas fotos que
publica no Instagram, aparece usando roupas da marca Prada e acessórios
de Chanel, Supreme e Vans.
Em fevereiro, a revista Vogue a chamou de "garota fictícia do momento".
Mas, para seu 1,6 milhão de seguidores, Miquela vai muito além de um
manequim virtual.
Em 2017, ela lançou um single, Not Mine, que se tornou viral no Spotify. E usa a rede
social para apoiar causas sociais, como o movimento Black Lives Matter (campanha
em resposta a episódios de violência policial contra negros nos EUA), e a organização
Black Girls Code, que oferece aulas de programação e robótica para jovens negras.
Tudo isso tende a "borrar as fronteiras" entre o mundo real e o virtual, em que Lil
Miquela vive.
 Devassa
 A cerveja Devassa teve uma propaganda acusada de sexista e racista, o que 
levou à abertura de um processo administrativo pelo Ministério da Justiça, em 
2013.
O anúncio da Devassa Tropical Dark, veiculado entre 2010 e 2011, trazia uma 
ilustração de uma mulher negra, em pose sensual e com um vestido de gala 
com as costas abertas, junto à mensagem "É pelo corpo que se conhece a 
verdadeira negra."
O anúncio foi considerado "publicidade abusiva por equiparar a mulher negra a 
um objeto de consumo", segundo informou o Ministério em comunicado da 
época.época.
O processo aguarda uma decisão, mas não há data definida.
Quando o processo foiaberto, a empresa afirmou em nota que não comenta 
processos jurídicos em andamento. "A empresa reitera que conduz seu negócio 
com respeito e ética a todos os seus públicos e consumidores", disse.
Em sua defesa ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação 
Publicitária) , que analisou a peça em 2011 e orientou que a propaganda 
sofresse alterações, a empresa negou conotação racista ou apelo à 
sensualidade, e afirmou que o anúncio estava totalmente ligado ao produto.
 Duloren
 A marca de lingeries Duloren divulgou uma campanha, em 2012, em que uma 
mulher negra, de lingerie, aparecia segurando um quepe ao lado de um policial 
branco desacordado.
No anúncio, aparecia a frase: "Pacificar foi fácil. Quero ver dominar". Ela foi 
divulgada pouco tempo após uma operação de pacificação pela polícia na 
Rocinha, no Rio de Janeiro.
A propaganda foi denunciada ao Conar por consumidores, que apontaram 
"desrespeito ao trabalho da polícia e também à imagem feminina, além de 
expressar racismo e machismo", segundo o órgão.
"desrespeito ao trabalho da polícia e também à imagem feminina, além de 
expressar racismo e machismo", segundo o órgão.
O Conar suspendeu a veiculação do anúncio. A Duloren recorreu da decisão, mas 
teve o recurso negado.
Em sua defesa, a marca afirmou que a peça publicitária mostra o 
reconhecimento da posição de destaque que a mulher conquistou na sociedade.
No recurso, a marca afirmou ainda que é inerente à publicidade atrair a atenção 
dos consumidores sem desrespeitá-los e que a mensagem da peça deveria ser 
entendida como: "Pode-se pacificar um morro, mas nem homem nem soldado 
nenhum é capaz de dominar uma mulher com lingerie Duloren".
 Dunkin' Donuts
 A rede Dunkin Donuts pediu desculpas em 2013, depois que um comercial 
veiculado na Tailândia foi acusado de racismo pela ONG Human Rights Watch
(HRW).
Na propaganda, que anunciava o "charcoal donut" (algo como "rosquinha de 
carvão"), uma mulher com o rosto aparentando ter sido maquiado de preto e 
usando batom rosa segura o doce.
"É ao mesmo tempo bizarro e racista que a Dunkin' Donuts pense que precisa 
colorir a pele de uma mulher de preto e acentuar seus lábios com batom rosa colorir a pele de uma mulher de preto e acentuar seus lábios com batom rosa 
brilhante para vender donuts de chocolate", disse Phil Robertson, diretor da 
HRW na Ásia na época.
Um executivo da empresa na Tailândia chegou a defender o anúncio, segundo 
o jornal inglês "The Guardian", mas um porta-voz global afirmou ao jornal que 
a propaganda seria retirada.
"Dunkin' Donuts reconhece a insensibilidade desse anúncio e em nome de 
nossa franquia tailandesa e nossa companhia, pedimos desculpas por qualquer 
ofensa que ele tenha causado", afirmou Karen Raskopf, chefe de comunicação 
da Dunkin' Brands ao "The Guardian", na época.
 Nivea
 A marca de cosméticos Nivea foi acusada de divulgar uma campanha racista, em 
2011.
Na propaganda de produtos masculinos, um homem negro, de cabelo curto e 
barbeado, aparecia em foto simulando jogar para longe uma cabeça de um 
homem também negro, mas com barba e cabelo no estilo afro. Era 
acompanhada da frase "Re-civilize Yourself", algo como "recivilize-se".
Após uma série de críticas em suas redes sociais, a empresa admitiu que a 
propaganda era ofensiva, divulgando uma nota em sua página no Facebook:
"Essa propaganda era inapropriada e ofensiva. Nunca foi nossa intenção ofender 
alguém, e por isso pedimos desculpas. Essa propaganda nunca mais será usada. 
Diversidade e oportunidades iguais são valores cruciais de nossa companhia."
Em abril deste ano, outra campanha, veiculada em redes sociais, teve de ser 
retirada do ar pela Nivea. Para promover seus desodorantes, a empresa 
escolheu o slogan: "Branco é pureza". A empresa pediu desculpas pela peça.
 Pão de Açúcar
 Uma estátua de uma criança negra com os pés acorrentados e segurando uma 
cesta de pães no supermercado Pão de Açúcar também causou revolta em redes 
sociais em 2013.
A estátua estava em uma loja da rede na zona oeste de São Paulo, e sua foto 
circulou na época. Grupos afirmaram que, além de as correntes remeterem à 
escravidão, a menina retratada segurava uma cesta muito grande, sendo uma 
apologia ao trabalho infantil.
Depois da polêmica, o Pão de Açúcar divulgou uma nota afirmando que "a 
estátua em questão foi adquirida como parte de uma coleção de peças estátua em questão foi adquirida como parte de uma coleção de peças 
decorativas de loja, sem intenção ou apologia a qualquer tipo de discriminação". 
A empresa disse ainda que retirou a estátua e estava revendo a seleção de peças 
decorativas
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