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Aula 6 – Dermatologia 2ºbimestre – Isabelle L. Conhecida desde final do sec. XV 1547: 1 descrição da doença 1932-72: “Tuskegee Study of Untreated Syphilis in the Negro Male” 1943: Penicilina Agente etiológico: Treponema pallidum Não cresce em cultura “in vitro” “Grande impostora” ou “simuladora” Enfermidade infecciosa SISTÊMICA de evolução CRÔNICA Alterna períodos de ATIVIDADE e aparente INATIVIDADE com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas Aumento global na incidência da sífilis o Especialmente em associação a herpes e HIV Recrudescimento da sífilis congênita em vários países A sífilis continua contribuindo de forma significativa nas taxas de mortalidade infantil Quando fazer notificação? SEMPRE → doença de notificação compulsória Sexual o Beijo ou toque em pessoa com lesões ATIVAS nos lábios, cavidade oral, seios, genitália, etc. Vertical (Sífilis Congênita) o Transplacentária o Canal do parto Transfusão (sangue ou hemoderivados) o Rara Inoculação acidental o Manuseio de material infectado Terciária sempre vai ser tardia Sífilis primária Exposição → incubação primária → 21 dias em média (3-90 dias) → sífilis primária: cancro duro; adenopatia regional 1 ano o Quadro clínico o Lesão ulcerada, fundo limpo, indolor, borda bem delimitada, regular e endurada, não coça, não dói, não tem pus → cancro duro o Cancro duro ocorre no local da infecção o Não percebida em 15-30% dos pacientes o As lesões podem estar no reto ou colo do útero, cavidade oral ou garganta, não sendo possível observá-las o Desaparece após 4 a 6 semanas o ALTAMENTE INFECTANTE o Uso de ATB ou sífilis prévia pode alterar lesão Aula 6 – Dermatologia 2ºbimestre – Isabelle L. Sífilis secundária Sífilis primária → incubação secundária → 4 a 10 semanas → artralgia, febre, cefaleia, rash, poliadenopatia regional, alopecia, condiloma plano Lesões eritematosas numulares, diagnóstico diferencial → síndrome mono like, sarampo, farmacodermia, eczema numular Roséola sifilítica Diagnóstico diferencial: líquen plano oral Placas mucosas → lesões placares endurecida Sífilis palmo-plantar Alopecia em clareira Sífilis latente Assintomática RECENTE se menos de 1 ano da infecção TARDIA se mais de 1 ano da infecção Diagnóstico exclusivamente por testes sorológicos Recorrências de secundarismo Principalmente 1 ano (sífilis latente recente) Sífilis terciária Este é o estágio final da sífilis. A infecção se espalha par áreas do cérebro, Sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e até para o coração. Aula 6 – Dermatologia 2ºbimestre – Isabelle L. Aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas desenvolvem o estágio terciário da doença. É grav ! Geralmente após anos da infecção primária Doença inflamatória de progressão lenta Pode afetar qualquer órgão do corpo Neurossífilis Sífilis cardiovascular Goma sifilítica Osteíte sifilítica Quando solicitar exames para sífilis? Deve-se pensar em sífilis todo o tempo! Por quê? Intermináveis diagnósticos diferenciais: Hanseníase Alergias Herpes genital, cancro mole, donovanose Lúpus, sarcoidose Sínd. Mononucleose e outras doenças exantemáticas Eritema polimorfo O que solicitar MICROSCOPIA o Microscopia Direta em campo escuro o ImunoFluorocência direta o Para fases sintomáticas, mas são pouco usados. SOROLOGIA Teste não treponêmicos o VDRL e RPR (teste de REAGINA PLASMÁTICO RÁPIDO). o Ambos quando positivos indicam atividade da doença e são usados no diagnóstico inicial e no controle de cura. São tituláveis. Teste treponêmicos o FTA-Abs (fluorescente treponemal antibody absorption test) – anticorpos específicos contra o Treponema pallidum . o TPHA o ELISA o TESTE RÁPIDO o Permanecem positivos Testes rápidos para a triagem da sífilis Nome do produto: Rapid Check Sífilis Fabricante: Núcleo de Doenças Infecciosas/Universidade Federal do Espírito Santo Finalidade: detecção de anticorpos (IgM e IgG) específicos para antígenos do Treponema pallidum Amostras utilizadas: sangue total, soro ou plasma Características do desempenho: plasma ® Sensibilidade = 99,7%; Especificidade = 99,3%; sangue total ® Sensibilidade = 99,7%; Especificidade = 99,3% (informado pelo fabricante). Aula 6 – Dermatologia 2ºbimestre – Isabelle L. Outras alternativas: Ceftriaxona¹: o Sífilis Primária/Secundária e Latente Precoce o 250mg EV ou IM por 5 dias Sífilis Latente Tardia e Terciária o 1g EV ou IM ao dia, por 14 dias. Azitromicina: o Sífilis precoce o 2g VO DU ² ³ o 1g/sem por 3-4 semanas 4 Seguimento pós tratamento VDRL QUANTITATIVO: trimestral. Espera-se depois do tratamento (adequado) nas fases primária e secundária: 2 títulos entre 3 e 6 meses (ex. 1:64 para 1:16) 4 títulos entre 6 e 12 meses (1:16 para 1:2) Título poderá reverter (negativo) em até 1 ano Frequente estabilização em baixos títulos, indicando sucesso terapêutico (cicatriz imunológica) Elevação em 2 títulos ou mais indica nova investigação e tratamento. Reação de Jarisch-Herxheimer o Mais comum na fase recente da sífilis o Inicia-se entre 2-4h após tratamento, podendo durar 24 a 48h o Febre o Calafrios o Mialgia o Cefaléia o Hipotensão o Taquicardia o Acentuação das lesões cutâneas o Não se trata de alergia o Tratar com sintomáticos O que fazer quando você não consegue saber em que estágio da sífilis está o paciente? Frente a um indivíduo com sorologia reagente confirmada em que não é possível inferir a duração da infecção, caracteriza-se como sífilis latente tardia cujo esquema de tratamento se dá com 3 séries de 2.400.000 UI totalizando 7.200.000 UI de penicilina benzatina. A mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. Grande número de bebês que nascem infectados não apresentam nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidade nos dentes. Quando a infecção materna está nas fases iniciais os riscos do bebê contrair são maiores, pois a infectividade é maior. Fase primária ou secundária – risco de transmissão é de 70 a 100%. Fase latente tardia e terciária – risco de transmissão é de 30%. Aula 6 – Dermatologia 2ºbimestre – Isabelle L. 50% dos bebês são assintomáticos logo ao nascimento. Os bebês devem fazer o VDRL ao nascer e com 3 a 6 meses de idade. Atenção às mães que não fizeram pré-natal. Manifestações clínicas Sífilis congênita precoce: o Surge até o 2ºano de vida o Quanto mais precoce os sinais clínicos, maior a gravidade o Todas as secreções mucosas são ricas em treponemas e altamente infectantes Sífilis congênita tardia: o Síndrome clínica surge após o 2 ano de vida o Diagnóstico diferencial com abuso infantil Diagnóstico Testes sorológicos para sífilis o Principal estratégia diagnóstica Testes não treponemicos (VDRL) o Baixa especificidade o Usados para triagem Tratamento Penicilina cristalina Penicilina procaína A - Para gestantes com alergia confirmada à penicilina: como não há garantia de que outros medicamentos consigam tratar a gestante e o feto, impõe-se a dessensibilização e o tratamento com penicilina benzatina. Na impossibilidade de realizar a dessensibilização durante a gestação, a gestante deverá ser tratada com ceftriaxona. No entanto, devidoà possibilidade de falha terapêutica, na abordagem, considera-se tratamento inadequado da mãe, e o RN deverá ser avaliado clínica e laboratorialmente. B - Embora não exista evidência científica que uma segunda dose de penicilina G benzatina traga benefício adicional ao tratamento para gestantes, alguns manuais a recomendam. C - Os pacientes devem ser seguidos em intervalos mais curtos (a cada 60 dias) e as gestantes, mensalmente, para serem avaliadas com teste não treponêmico, considerando a detecção de possível retratamento caso haja elevação de títulos dos testes não treponêmicos em duas diluições (ex.: de 1:16 para 1:64, em relação ao último exame realizado). D - O seguimento do caso deve ocorrer em intervalos mais curtos (a cada 60 dias) e avaliados quanto à necessidade de retratamento, devido à possibilidade de falha terapêutica. Gestante não pode usar doxiciclina. Investigar para outras IST’s Tratar parceiros Aula 6 – Dermatologia 2ºbimestre – Isabelle L. Notificar Importância da atenção primária o Prevenção da sífilis entre a população geral o Uso de preservativos o Diagnóstico precoce o Realização de VDRL em mulheres com intenção de engravidar o Tratamento precoce Sífilis aumenta a eficácia da transmissão do HIV As lesões da sífilis são uma porta de entrada para o HIV HIV - afeta o curso natural da sífilis Múltiplos cancros, mais profundos Sobreposição sífilis primária e secundária Progressão mais rápida para a sífilis terciária Resultados falso-negativos da sorologia da sífilis Menor eficácia da terapia padrão para sífilis precoce (falha terapêutica
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