Buscar

FRAUDE DE EXECUÇÃO- AULA 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 3- 30/08 
 
FRAUDE DE EXECUÇÃO 
Ocorrido dentro do processo executório, onde o 
executado dilapida o patrimônio dele e o credor fica 
sem outros bens a penhorar. 
 É crime tipificado no Art. 179 do CP 
Por que a fraude de execução é tipificada como crime 
e a fraude contra credores não? 
Porque a fraude de execução não atinge apenas aos 
credores da relação, mas sim atenta contra a dignidade 
da Justiça. 
Nas palavras do ilustre processualista Fredie 
Didier: 
“A fraude à execução é manobra do devedor 
que causa dano não apenas ao credor (como 
na fraude pauliana), mas também à 
atividade jurisdicional executiva. Trata-se 
de instituto tipicamente processual. É 
considerada mais grave do que a fraude 
contra credores, vez que cometida no 
curso de processo judicial, executivo o 
apto a ensejar futura execução, frustrando 
os seus resultados. Isso deixa evidente o 
intuito de lesar o credor, a ponto de ser 
tratada com mais rigor”. 
Na sistemática do CPC de 1973, configura fraude 
à execução o ato de alienação ou oneração de 
bens do devedor quando o bem for litigioso ou 
quando, ao tempo da alienação, correr, contra o 
devedor, demanda capaz de reduzí-lo à 
insolvência (art. 593, I e II, CPC/73). 
Ou Seja: consoante a jurisprudência consolidada 
na Súmula 375 do STJ, o reconhecimento da 
fraude à execução depende do registro da 
penhora do bem alienado. Na falta de registro, 
imputa-se ao credor o ônus de provar a má-fé do 
terceiro adquirente, a fim de demonstrar que 
este tinha ciência da ação em curso. 
NCPC. Art. 792. A alienação ou a oneração de bem 
é considerada fraude à execução: 
I - quando sobre o bem pender ação fundada em 
direito real ou com pretensão reipersecutória, 
desde que a pendência do processo tenha sido 
averbada no respectivo registro público, se 
houver; 
II - quando tiver sido averbada, no registro do 
bem, a pendência do processo de execução, na 
forma do art. 828; 
III - quando tiver sido averbado, no registro do 
bem, hipoteca judiciária ou outro ato de 
constrição judicial originário do processo onde foi 
arguida a fraude; 
IV - quando, ao tempo da alienação ou da 
oneração, tramitava contra o devedor ação capaz 
de reduzi-lo à insolvência; 
V - nos demais casos expressos em lei. 
Resumindo: não tendo havido o registro da 
penhora sobre o bem alienado a terceiro, a 
fraude à execução somente poderá ficar 
caracterizada se houver prova de que o terceiro 
tinha conhecimento da ação ou da constrição 
(esta ciência caracterizará a má-fé do adquirente). 
O terceiro adquirente tem o ônus de provar que 
adotou as cautelas necessárias para a aquisição, 
mediante a exibição das certidões pertinentes.

Continue navegando