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Ed fisica e cultura corporal

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Prévia do material em texto

Educação física e cultura corporal
APRESENTAÇÃO
A Educação Física brasileira apresentou, desde o início do século XX, diversas abordagens (mili
tarista, higienista, pedagogicista, competitivista) que refletiram as mudanças ocorridas na socied
ade ao longo do tempo. A partir da década de 1980, a Educação Física passa por uma ação renov
adora de sua concepção chamada cultura corporal, ou cultura corporal do movimento. Nessa con
cepção, o aprimoramento das capacidades físicas e o rendimento esportivo ficam em segundo pl
ano, e os objetivos da Educação Física se transformam para propiciar ao educando uma apropria
ção crítica da cultura corporal historicamente construída pela humanidade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre a cultura corporal, compreendendo seu
s conceitos e características, discutir as potencialidades e as limitações da cultura corporal aplica
da na Educação Física e refletir sobre os caminhos para elaborar aulas a partir do contexto da cul
tura corporal para todas as etapas da Educação Básica.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever as características da abordagem da cultura corporal aplicada à Educação Física.•
Discutir as potencialidades e as restrições da abordagem da cultura corporal na Educação F
ísica escolar.
•
Elaborar aulas a partir da abordagem da cultura corporal para diferentes níveis de Educaçã
o Física escolar.
•
DESAFIO
A Educação Física utiliza a prática corporal como uma forma de expressão de um cenário cultur
al produzido por diferentes grupos sociais no transcorrer da história. Na prática pedagógica, esse 
conjunto de elementos culturais deve trazer significação e reflexão para o aluno.
O professor de Educação Física estruturou o planejamento anual para suas turmas do Ensino Mé
dio, por bimestre, para que, além da prática corporal propriamente dita, os conteúdos façam inter
locução com outros temas, tendo como fundamentação a abordagem da cultura corporal.
A escola está localizada em uma comunidade violenta, então o professor pensou em uma ativida
de que se relaciona à cultura da paz com o esporte.
Descreva quais conteúdos da Educação Física e que diálogos são possíveis para o sucesso da ati
vidade. 
INFOGRÁFICO
A seleção dos conteúdos na Educação Física é importante como forma de organização e sistemat
ização visando à formação integral dos alunos e reforçando uma aprendizagem significativa e co
ntextualizada do mundo social e cultural. Dessa forma, é necessária a adequação dos conteúdos 
à realidade cotidiana dos alunos, o que resulta em uma visão complexa e não fragmentada do co
nhecimento.
Neste Infográfico, reflita sobre os critérios de seleção dos conteúdos na Educação Física na pers
pectiva da cultura corporal.
CONTEÚDO DO LIVRO
A palavra cultura é um conceito abrangente que denota toda forma de bens, sejam eles materiai
s, sejam eles simbólicos, produzidos pelo ser humano ao longo de sua história e nas suas relaçõe
s com a sociedade ou com a natureza. E, quando se fala sobre cultura corporal, trata-se de uma fr
ação da totalidade da cultura humana, definida por uma realidade cutural inserida em valores e p
adrões das expressões corporais institucionalizadas como o jogo, a ginástica, o esporte, a dança 
e as lutas. Diante disso, a Educação Física, como uma área do conhecimento e com um corpo de 
saberes consolidados, faz-se presente para pedagogicamente aproximar o aluno de uma formaçã
o e desenvolvimento integrais.
No capítulo Educação Física e cultura corporal, da obra Abordagens metodológicas do ensino d
a Educação Física, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender sobre o con
ceito de cultura corporal aplicado à Educação Física, suas potencialidades e limitações, além de 
aprender a elaborar aulas para todas as etapas da Educação Básica a partir da abordagem da cult
ura corporal.
Boa leitura.
ABORDAGENS 
METODOLÓGICAS DO 
ENSINO DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA
Carlos Rey Perez 
Educação física e 
cultura corporal
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever as características da abordagem da cultura corporal aplicada 
à educação física.
  Discutir as potencialidades e restrições da abordagem da cultura 
corporal na educação física escolar.
  Elaborar aulas a partir da abordagem da cultura corporal para dife-
rentes níveis de educação física escolar.
Introdução
A educação física, até poucos anos atrás, tinha um viés puramente prático, 
cujo objetivo era o aprimoramento da aptidão física e o rendimento es-
portivo. Com as transformações da sociedade, fez-se necessário entender 
toda a complexidade do ser humano. Deve-se ter em mente que o corpo 
físico não está separado do cognitivo e do emocional e, consequente-
mente, está inserido em um amplo espectro de ações sociais e culturais 
que, historicamente, são formadas na sociedade.
Dentro da escola, a cultura corporal pode levar o aluno a compreender, 
experimentar e ter uma visão crítica, usando a expressão corporal como 
elemento central. Dessa forma, o aluno pode desenvolver competências 
como: privilegiar valores que coloquem o coletivo sobre o individual; 
cultivar a solidariedade, o compromisso e o respeito com o outro e com 
si mesmo; promover a saúde; compreender as relações possíveis do 
esporte com a sociedade e a cultura. 
Neste capítulo, você vai aprender sobre o conceito, as características, 
as potencialidades e as restrições da abordagem da cultura corporal 
aplicada à educação física, assim como verificar como criar planos de 
aula que insiram essa abordagem na educação física escolar.
1 Cultura corporal e educação física
No início do século XX, o ser humano se situava em um universo cartesiano, 
materialista, linear e determinista. A organização do conhecimento era frag-
mentada, criando-se um conjunto de especializações desconectadas umas das 
outras e do todo. Com o transcorrer do tempo, o avanço da sociedade e das 
ciências foi notório, bem como, consequentemente, o desenvolvimento do ser 
humano. Isso deu lugar à complexidade em detrimento da especifi cidade e do 
todo em relação às partes; sendo assim, foi necessária uma nova organização 
dos saberes para a construção do conhecimento. 
Nesse sentido, o corpo de conhecimento da educação física, enquanto 
componente curricular da educação básica, passou de um viés higienista, 
militarista e tecnicista, presente até as décadas de 1970 e 1980, para o de 
uma cultura corporal, resultante dos conhecimentos socialmente produzidos 
e historicamente acumulados. Assim, tais conhecimentos necessitavam ser 
reconfigurados e assimilados pelos alunos na escola (COLETIVO DE AU-
TORES, 1992). 
A cultura corporal tem a intenção de ser socialmente compartilhada, como 
uma prática ativa e valorizada pela sociedade; assim, figura-se como um 
objeto de estudo e apreciação. A produção do conhecimento humano passa 
obrigatoriamente pela assimilação de conteúdos sociais e culturais que foram 
historicamente construídos. Para Bento (2004), é na cultura que se configuram 
as construções e reconstruções dos sentidos da vida humana, modificando 
sua forma de expressão em concordância com o contexto histórico-social. A 
cultura corporal pode ser entendida como um amplo espectro de conhecimento, 
como ginástica, condicionamento físico para a saúde, motricidade, esporte e 
manifestações corporais tradicionais.
Nesse sentido, a abordagem da cultura corporal na educação física deve 
fazer frente às questões que estão por trás do aspecto motor. Portanto, a abor-
dagem da cultura corporal, no âmbito escolar, se caracteriza pelo exercício 
da cidadania, que é a prática dos nossos direitos e deveres perante o Estado, 
o outro e si mesmo. Esse exercício está vinculado ao processo de formação 
de um cidadão crítico, consciente da realidade social em que vive e que está 
informado de ideais e valores, para poder intervir na defesade seus interesses 
(COLETIVO DE AUTORES, 1992). Ele envolve formar o aluno como um ser 
autônomo, lúcido, crítico e ativo, incorporando esse espectro nas suas atitudes 
cotidianas, ao mesmo tempo que promove uma compreensão institucional da 
relação da cultura corporal com a sociedade.
Educação física e cultura corporal2
Para Betti e Zuliani (2002, documento on-line), a contribuição da educação 
física na abordagem da cultura corporal consiste em “[…] instrumentalizar o 
aluno para uma apreciação estética e técnica, fornecer as informações políti-
cas, históricas e sociais para que ele possa analisar criticamente a violência, 
o doping, os interesses políticos e econômicos no esporte”. Não é suficiente 
aprender habilidades motoras e gestos técnicos esportivos ou melhorar a aptidão 
física; deve-se conjuntamente aprender como esses elementos se organizam 
socialmente e culturalmente, de forma a significar e contextualizar o gesto 
motor/esportivo à complexidade do ser humano. 
A escola deve assegurar de maneira explícita seu compromisso com a 
formação e o desenvolvimento humano integral (intelectual, físico, afetivo, 
social, ético, moral e simbólico) das crianças e jovens. A integração desse 
compromisso ao currículo identifica uma comunhão com princípios e valores 
que norteiam a construção de uma sociedade justa, democrática, inclusiva 
e cidadã (BRASIL, 2018). Afinal, faz todo o sentido introduzir e integrar o 
aluno na cultura corporal nas aulas de educação física para o exercício pleno da 
cidadania. Para Betti (1994, documento on-line), “A integração que possibilitará 
o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena — é afetiva, 
social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua personalidade”.
Assim, é primordial que as vivências da cultura corporal sejam contextu-
alizadas com os conteúdos de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 
A partir da Figura 1, podemos refletir sobre como o esporte se transformou 
desde os jogos olímpicos da Antiguidade até seu formato atual, analisando seus 
elementos estéticos ou discutindo a sua espetacularização e mercantilização.
Figura 1. (a) Estátua grega do Discóbolo de Mirón (produzida em torno de 455 a.C.). (b) Gerd 
Kanter, da Estônia: o “discóbolo” da Era Moderna tem a melhor marca de 2008.
Fonte: Globo Esporte (2008, documento on-line).
(a) (b)
3Educação física e cultura corporal
De outra forma, pode-se refletir sobre as manifestações corporais tra-
dicionais, como a capoeira (Figura 2), e como elas trazem a significação de 
uma identidade cultural que foi historicamente construída e se faz presente 
no conteúdo das aulas de educação física, como o esporte, a dança, a luta ou 
o jogo. Isso possibilita a aproximação e o resgate de manifestações culturais 
de um povo e permite fazer relações com a linguagem utilizada, a comida e 
as situações de interpretação do folclore africano. 
Figura 2. (a) A capoeira como manifestação cultural. (b) Conteúdo das aulas de educação 
física.
Fonte: (a) São Paulo (2018, documento on-line); (b) Soares e Vichessi (2013, documento on-line).
(a) (b)
2 Potencialidades e restrições
A educação física escolar, na perspectiva da cultura corporal, tem como 
princípio mediar a complexidade na relação do material com o simbólico, 
mais especifi camente, do corpo com a mente, em um contexto sociocultural. 
O professor deve contextualizar a prática considerando, sempre, o aluno como 
um ser multidimensional, dotado de inúmeras possibilidades, para que possa 
se desenvolver de modo integral.
O Quadro 1 a seguir enumera as potencialidades que a cultura corporal 
tem na formação integral dos alunos.
Educação física e cultura corporal4
 Fonte: Adaptado de Brasil (1997). 
Autonomia Tomar para si os conhecimentos da educação física e 
refletir sobre as práticas corporais, contextualizando 
social e culturalmente. P. ex.: monitorar seu esforço 
físico e conhecer suas limitações e potencialidades; 
problematizar situações do cotidiano e encontrar soluções, 
como exercício físico no combate à obesidade.
Qualidade 
de vida
Experiências motoras socializadas com ênfase em atividades 
lúdicas. P. ex.: aquisição e conscientização de hábitos saudáveis; 
importância da boa alimentação e do sono; atividades 
esportivas de socialização em diferentes faixas etárias etc.
Lazer O lazer como prática cotidiana, como motivo de 
recreação ou liberdade de expressão, utilizando-se 
de equipamentos públicos e, quando não presentes, 
fazendo valer seus direitos como cidadão.
Conhecimento 
sobre o corpo
Conhecimento do próprio corpo (esquema corporal, 
lateralidade, direção, coordenação, ritmo, noção espaço-
temporal, equilíbrio), entendendo os conceitos de 
desenvolvimento físico ao longo da vida e usufruindo 
desses conhecimentos de forma a adquirir hábitos 
saudáveis, interiorizando o autocuidado.
Igualdade Oportunidade de descobrir e aprender o conceito de 
tolerância e de atitudes de não discriminação de raça e 
gênero, de forma a compreender as diferenças individuais 
e não reproduzir atitudes e ações preconceituosas.
Valores éticos Nas aulas de educação física, promover e disseminar os 
valores éticos, fazendo uma análise crítica do agir, que 
consiste em um ato intencional, consciente e voluntário, 
de forma responsável e ciente de suas consequências, 
de modo que seus atos não sejam excludentes ou 
discriminatórios. Discutir a mercantilização do esporte 
e o culto à beleza estética são alguns exemplos.
Respeito e 
trabalho em 
equipe
O respeito a si mesmo, ao corpo e ao outro, bem como 
às regras e aos regulamentos, sem utilizar outros meios 
que não suas próprias capacidades para a superação 
de objetivos propostos. Cooperação e superação 
das limitações inerentes ao trabalho em equipe.
Cultura da paz Entender e promover a cultura de não violência, 
exercitando a solidariedade e o companheirismo.
 Quadro 1. Potencialidades da abordagem da cultura corporal 
5Educação física e cultura corporal
Rangel-Betti (1995) condena a prática, nas aulas de educação física, que 
vincula seu conteúdo a apenas uma fração da cultura corporal, que são os 
esportes coletivos, principalmente os mais praticados no Brasil, como futebol, 
voleibol e basquetebol. O esporte é uma prática cultural e, principalmente, 
social das mais valorizadas na sociedade contemporânea, uma vez que se 
manifestam no jogo diversas atitudes valorizadas socialmente. Para Castellani 
Filho (1993, documento on-line), não se trata de desconsiderar o esporte em si 
como conteúdo da educação física escolar, mas reconhecê-lo "[…] como uma 
prática social, resultado de uma construção histórica que, dada a significância 
com que marca a sua presença no mundo contemporâneo, caracteriza-se como 
um dos seus mais relevantes fenômenos socioculturais", que não deve ser o 
único conteúdo.
Nas aulas de educação física, a diversidade de conteúdos faz com que o 
aluno se constitua como sujeito em uma relação de alteridade com o processo 
educacional, que se constitui na multiplicidade de interações sociais e culturais. 
Remeter o aluno a um pequeno grupo de relações é apequená-lo como sujeito 
transformador.
Betti (1994) alerta que a educação física na escola não pode apenas se 
transformar em um discurso sobre a cultura corporal, mas se mostrar como 
uma ação pedagógica consciente e com significado. Ainda, para Betti (1994), 
a linguagem utilizada deve auxiliar o aluno a compreender e conhecer seu 
sentir corporal e se relacionar com os outros e com as instituições sociais por 
meio das práticas corporais. “A educação física não pode transformar-se num 
discurso sobre a cultura corporal de movimento, sob pena de perder a riqueza 
de sua especificidade, mas deve constituir-se como uma ação pedagógica com 
aquela cultura” (BETTI; ZULIANI, 2002, documento on-line). Nessa condição, 
a ação pedagógica deve transformar o aluno em sujeito ativo, protagonista de 
suas ações e crítico em relação ao conhecimento que está recebendo. 
Educaçãofísica e cultura corporal6
No livro Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica, os autores 
indicam o papel da educação física na formação do aluno como cidadão e autônomo, 
integrante da cultura corporal de movimento (DARIDO; RANGEL, 2017). Esse papel 
permite que o professor proporcione conhecimentos e possibilidades práticas, como 
a melhora da saúde e da qualidade de vida e o lazer. Os autores também trazem 
sugestões de práticas corporais para que o aluno reflita sobre elas, com um caráter 
ético e atitudes valorosas. O livro adota uma classificação de conteúdos da educação 
física em atitudinais, procedimentais e conceituais, com uma proposta de jogos e 
conhecimentos sobre o corpo, o esporte, as ginásticas, as danças e as lutas.
3 A elaboração de aulas
A educação física escolar possui um amplo espectro de estratégias de ensino 
que fazem a articulação entre a teoria e a prática. No plano motor, tem-se: 
jogos pré-desportivos, exercícios individuais, em duplas e trios, gincanas, 
jogos de cooperação, jogos simbólicos e rítmicos, sequência pedagógica, 
resolução de problemas e campeonatos. E, no plano cognitivo, tem-se: leitura 
de textos, mosaicos, discussão em grupo, produção de material audiovisual 
e organização de campeonatos pelos próprios alunos. Enfi m, trata-se de uma 
série de estratégias que, de acordo com a faixa etária, o contexto, os objetivos 
específi cos e os interesses dos alunos, permitem o pleno desenvolvimento de 
uma metodologia própria da educação física, sempre favorecendo o aluno no 
seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional.
Para uma melhor organização das estratégias que podem ser utilizadas, 
devemos considerar princípios básicos, conforme apresenta o Quadro 2.
7Educação física e cultura corporal
 Fonte: Adaptado de Betti e Zuliani (2002). 
Princípio da inclusão Os conteúdos e as estratégias escolhidos devem 
sempre propiciar a inclusão de todos os alunos.
Princípio da 
diversidade
A escolha dos conteúdos deve, tanto quanto 
possível, incidir sobre a totalidade da cultura 
corporal de movimento, incluindo jogos, esporte, 
atividades rítmicas/expressivas e dança, lutas/
artes marciais, ginásticas e práticas de aptidão 
física, com suas variações e combinações.
Princípio da 
complexidade
Os conteúdos devem adquirir complexidade 
crescente com o decorrer das séries, tanto do 
ponto de vista estritamente motor (habilidades 
básicas, combinação de habilidades, habilidades 
especializadas etc.) como cognitivo (da simples 
informação à capacidade de análise, de crítica etc.).
Princípio da 
adequação ao aluno
Em todas as fases do processo de ensino, 
deve-se levar em conta as características, as 
capacidades e os interesses do aluno, nas 
perspectivas motora, afetiva, social e cognitiva.
 Quadro 2. Princípios metodológicos da cultura corporal de movimento 
Objetivando a otimização dos princípios metodológicos, as aulas de educa-
ção física devem levar em conta a etapa da educação básica em que se encontra 
o aluno. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a ênfase deve ser sobre uma 
perspectiva vivencial, uma vez que o raciocínio dos alunos está vinculado a 
uma experiência real. Deve-se partir do simbólico ao concreto, propiciando 
um extenso repertório de atividades motoras, para que o aluno possa explorar 
seu próprio corpo e o espaço ao seu redor. Lateralidade e domínio do corpo 
em várias situações são essenciais, bem como a ação motora utilizando vários 
objetos e em ritmos variados. Isso sem esquecer que o professor deve levar 
os alunos a compreender os significados e as formas de execução daquela 
ação motora.
Em uma abordagem tradicional, os alunos são reprodutores de movimentos 
sem uma contextualização. Essa abordagem desconsidera as ações motoras 
da cultura infantil, “[…] rica em movimentos, jogos, brinquedos e fantasia, 
e tem optado por deixar a criança imóvel, na expectativa de que ela aprenda 
conceitos teóricos de forma disciplinada, castrando sua liberdade e criativi-
dade” (DAÓLIO, 2007, p. 23).
Educação física e cultura corporal8
Os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental gostam de brincar com jogos 
simbólicos, ou seja, brincar de faz de conta. As crianças exercitam uma competência 
que nos torna seres humanos, a criatividade, possibilitando a vida em sociedade. Com 
isso, os jogos de faz de conta podem ampliar o mundo do aluno para além de seu 
próprio corpo, derrubando as barreiras do espaço e do tempo, substituindo objetos e 
criando situações imaginárias, entrando no universo cultural próprio da sua sociedade, 
aprendendo sobre suas tradições, seus costumes e suas regras.
Uma atividade que pode ser desenvolvida nas aulas de educação física consiste em 
disponibilizar para os alunos vários objetos, como corda, bambolê, bolas, materiais 
reciclados (latas, garrafas pet), entre outros. Em um primeiro momento, deixe que os 
alunos manipulem esses objetos, o que naturalmente é feito de modo individual e se 
desenvolve em brincadeiras e jogos, sem a necessidade de intervenção. Quando o 
interesse for diminuindo, o professor pode pedir que os alunos se reúnam em pequenos 
grupos, para socializar a atividade anterior. Um próximo passo é o professor contar 
uma pequena história (por exemplo, fui viajar com meus pais para a praia…) e pedir 
que os alunos desenvolvam sua imaginação com os mesmos objetos e compartilhem 
com os demais. 
Nos anos finais do ensino fundamental, o trabalho da educação física deve 
destacar as técnicas esportivas, o seu desenvolvimento e a sua reconstrução 
com outros saberes do currículo escolar, bem como a ginástica e a dança, con-
siderando os diversos níveis de aptidão dos alunos. A atividade de reconstrução 
do conteúdo pelos alunos proporciona uma experiência mais significativa. 
Nessa etapa da escolarização, e partindo da capacidade cognitiva que os alunos 
possuem, deve-se permitir o pensar de forma mais abstrata, possibilitando 
uma ampliação dos objetivos específicos das aulas. O pensamento hipotético, 
comum aos adolescentes, permite uma cultura corporal, não apenas no sentido 
de experimentá-la, mas exercitando sua compreensão, transformando-a em 
um senso crítico.
O grande desafio no ensino médio é a desmotivação em relação às aulas 
de educação física, quando a visão crítica está mais aprimorada. Além disso, 
outros interesses, como o mundo do trabalho, a sexualidade e a introspecção, 
competem de forma a propiciar que a educação física fique em segundo plano. 
Portanto, no ensino médio, os objetivos devem se voltar para o atendimento 
desses novos interesses, não apenas aprofundando os conteúdos vistos nos anos 
9Educação física e cultura corporal
finais do ensino fundamental. Deve-se considerar essa nova fase cognitiva e 
socioemocional dos alunos, apresentando desafios inovadores.
Isso não quer dizer a perda da finalidade da cultura corporal; pelo con-
trário, deve-se tirar proveito dessa competência crítica e da capacidade de 
análise, para oferecer uma abordagem mais complexa dos conteúdos teóricos 
propostos nas aulas de educação física. Isso deverá ocorrer em experiências 
significativas de aprendizagem nas atividades corporais, objetivando o lazer, 
a saúde, a qualidade de vida e a competição esportiva. Essa intensa carga 
cognitiva permite ao indivíduo usufruir plenamente e de forma autônoma a 
cultura corporal, de forma inequívoca e indispensável para a formação de um 
cidadão, capaz de ter um pensamento lógico e abstrato.
Avaliação: o que avaliar? Para que avaliar?
Diante das peculiaridades da abordagem da cultura corporal na educação 
física, a pergunta que surge é: como o professor pode avaliar os conteúdos 
propostos, uma vez que existe um componente subjetivo nessa relação, como 
as competências socioemocionais? Tradicionalmente, o foco da avaliação era 
medir, por meio de uma prova, o que o aluno conseguiu reter do conhecimento 
que lhe foi transmitido. Havia, assim, uma aprendizagem passiva, que não 
servia para reformularo processo de ensino-aprendizagem, pois media apenas 
as competências cognitivas (LUCKESI, 2000).
Para dar conta dos novos desafios, o professor deve ser um orientador da 
aprendizagem, fazer diagnósticos, observar a capacidade de aprendizagem do 
aluno e se auto avaliar. Com isso, o aluno se torna um sujeito ativo e crítico 
da aprendizagem, que também se auto avalia. Nesse contexto, a avaliação é 
contínua e o processo de aprendizagem se retroalimenta.
O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato 
pelo aluno das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos 
equivalentes. Essencialmente, porque não há paradas ou retrocessos nos 
caminhos da aprendizagem. Todos os aprendizes estão sempre evoluindo, 
mas em diferentes ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do 
professor precisará abranger a diversidade de traçados, provocando-os a 
progredir sempre (HOFFMANN, 2001, p. 47).
A educação física, desde muito tempo atrás, tem uma peculiaridade na 
avaliação, que utiliza aspectos formais (como trabalhos e provas escritas, testes 
práticos de habilidades e capacidades físicas, resolução de situações-problema 
propostas pelo professor, elaboração e apresentação de coreografias de danças 
Educação física e cultura corporal10
e exercícios ginásticos) e informais (como comentários sobre interesse, respeito 
ao outro, colaboração e autoavaliação) na atribuição dos conceitos ou menções 
ao aluno. Nesse ponto, no que tange à abordagem da cultura corporal, deve-se 
deixar claro que o professor de educação física deve sistematizar o processo 
avaliativo, passando de uma avaliação do “aqui e agora” para levar em conta 
o processo evolutivo da aprendizagem do aluno.
Avaliar aspectos puramente técnicos das habilidades motoras e esportivas 
somente tem sentido se tiver como base as situações de ensino-aprendizagem 
propostas aos alunos. Ainda, avaliar uma coreografia de dança folclórica só 
é válido se o professor observar fatores da expressão cultural daquele povo 
ou grupo social. Com isso, a avaliação em educação física deve privilegiar 
tais tipos de conhecimentos e habilidades (BETTI; ZULIANI, 2002), para 
além da execução de gestos técnicos perfeitos, do interesse em participar das 
atividades, de como os alunos relacionam ou do que aprenderam na atividade 
física. Deve-se considerar os elementos da cultura corporal de uma forma 
mais ampla, como a qualidade de vida proporcionada pela prática esportiva. 
Aos alunos do ensino médio, o professor de educação física propôs uma atividade na 
qual os alunos vivenciariam técnicas e táticas do futebol. Como tarefa, deveriam fazer 
uma entrevista estruturada com atletas que vivenciaram o esporte de rendimento 
em uma condição amadora e o esporte de rendimento profissional, tendo como 
perspectiva a evolução dos treinamentos e táticas do esporte. Após as entrevistas, os 
alunos deveriam elencar as características do esporte amador e profissional, fazendo 
uma relação com os aspectos sociais e históricos. O professor poderá avaliar como 
os alunos relacionam os mecanismos de variação técnica e táctica ocorridos nos dois 
momentos históricos, argumentando sobre a evolução tecnológica das bolas, por 
exemplo, ou a evolução das ciências biológicas, como a introdução da fisiologia do 
exercício, bem como o relacionamento do esporte com as mudanças sociais ou no 
campo do trabalho ocorridas entre os períodos históricos.
Na abordagem da cultura corporal na educação física, deve-se incluir na 
avaliação um componente até então desconhecido, mas presente: a dimensão 
cognitiva dos alunos. Deve-se fornecer aos alunos uma explicação sobre os 
aspectos quantitativos e qualitativos na atribuição dos conceitos.
11Educação física e cultura corporal
Essas estratégias avaliativas estão de acordo tanto com os objetivos específicos 
(aprendizagem de habilidades motoras básicas e especializadas, jogos, etc.), 
como com a finalidade geral de integrar o aluno na cultura corporal de movi-
mento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, 
instrumentalizando-o para usufruir o jogo, o esporte, a dança e a ginástica 
em benefício de sua qualidade de vida (BETTI; ZULIANI, 2002, documento 
on-line).
Dessa maneira, a avalição exige do professor:
  fazer uma autoavaliação, que será fundamental para o processo de ree-
laboração das estratégias e dos conteúdos das aulas de educação física;
  englobar aspectos motores, cognitivos e socioemocionais;
  contextualizar as habilidades motoras e a aptidão física com os co-
nhecimentos científicos consolidados, exigindo uma atitude crítica 
dos alunos; e
  observar os progressos alcançados pelos alunos em relação ao caráter 
imediatista da avaliação. 
Para que você possa saber mais sobre os conceitos práticos da abordagem da cultura 
corporal, assista aos vídeos disponíveis nos links a seguir, que contam com especialistas 
da educação física escolar.
D-19: Cultura Corporal
https://qrgo.page.link/ZTRsL
Professor Presente, Programa 31
https://qrgo.page.link/WFTPA
A abordagem da cultura corporal na educação física, no âmbito escolar, 
baseada em um desenvolvimento harmonioso dos alunos, desenvolve as ha-
bilidades essenciais (cognitivas, motoras e socioemocionais), considerando 
a complexidade do ser humano, assim como a singularidade das relações 
sociais, em um contexto cultural e histórico. Educar, na abordagem da cultura 
Educação física e cultura corporal12
corporal, é promover uma sociedade democrática e inclusiva, com a cooperação 
e a resolução de conflitos, visando à participação ativa do aluno no grupo 
social em que vive.
BENTO, J. O. Desporto: discurso e substância. Porto: Campo das Letras, 2004.
BETTI, M. Valores e finalidades na educação física escolar: uma concepção sistêmica. 
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 16, n. 1, p. 14-21, 1994. Disponível em: http://
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BETTI, M.; ZULIANI, L. R. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. 
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CASTELLANI FILHO, L. Pelos meandros da educação física. Revista Brasileira de Ciências 
do Esporte, v. 14, n. 3, p. 119-125, 1993. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
gov.br/wp- http://cev.org.br/biblioteca/revista-brasileira-ciencias-esporte-1993-n3-v14/. 
Acesso em: 23 jan. 2020.
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DAÓLIO, J. Educação física e o conceito de cultura. 2. ed. São Paulo: Autores Associados, 
2007.
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pedagógica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
GLOBO ESPORTE. Manual olímpico: lançamentos imortalizados e, às vezes, perigo-
sos. Globo Esporte, 2008. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/Esportes/
Pequim2008/Noticias/0,,MUL598956-9823,00-MANUAL+OLIMPICO+LANCAMENTOS
+IMORTALIZADOS+E+AS+VEZES+PERIGOSOS.html. Acesso em: 23 jan. 2020.
HOFFMANN, J. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Editora Me-
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LUCKESI, C. C. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Pátio, v. 3, n. 12, 2000. 
Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf. 
Acesso em: 23 jan. 2020.
13Educação física e cultura corporal
RANGEL-BETTI, I. C. O que ensinar: a perspectiva discente. Revista Paulista de Educa-
ção Física, n. 1, p. 27-30, 1995. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rpef/article/
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ponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/3493/entre-na-roda-para-aprender-
-capoeira. Acesso em: 23 jan. 2020.
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Educação física e cultura corporal14
DICA DO PROFESSOR
A avaliação em Educação Física, como elemento fundamental no processo educacional, é o mo
mento de verificar o que o aluno aprendeu, como ele relaciona a atividade física com os element
os da cultura corporal de movimento em uma perspectiva mais ampla. E, para fazer uma boa ava
liação, é necessário que se tenha objetivos bem claros, pois isso determina quais os critérios a se
rem observados na avaliação.
Na Dica do Professor, reflita sobre as estratégias e os instrumentos de avaliação em Educação Fí
sica na perspectiva da cultura corporal.
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EXERCÍCIOS
1) A avaliação em Educação Física deve ser algo útil tanto para o aluno como para o pro
fessor, para que ambos possam dimensionar os avanços e as dificuldades dentro do pr
ocesso de ensino-aprendizagem e torná-lo cada vez mais produtivo.
Nesse contexto, pode-se considerar como alternativa correta:
A) 
A avaliação da aptidão física é o único aspecto que permite avaliar de modo abrangente o 
processo de ensino-aprendizagem.
B) 
A avaliação é padronizada, e espera-se o mesmo resultado de todos alunos.
C) 
A aptidão física é um dos aspectos a serem avaliados e deve estar contextualizado dentro d
os objetivos e conteúdos propostos.
D) 
A avaliação tem como objetivo verificar a memorização dos conteúdos pelo aluno.
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E) 
O objetivo da avaliação é auxiliar o professor a avaliar seus alunos dentro de um processo 
unidimensional.
2) Nos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, observamos a transição entre as 
brincadeiras simbólicas e individuais para as brincadeiras regradas e sociais.
Quais conteúdos estão em consonância com a abordagem da cultura corporal para es
sa etapa da Educação Básica?
A) 
Discussão das regras dos jogos e participação/apreciação de brincadeiras ensinadas pelos c
olegas.
B) 
Analisar as diferentes caracteristicas dos esportes no mundo contemporâneo e suas manisf
estações.
C) 
Experimentar os diferentes tipos de luta, respitando a sua segurança e a integridade física d
os colegas.
D) 
Relacionar e contextualizar as práticas corporais com o lazer e a saúde dentro e fora do am
biente escolar.
E) 
Experimentar os jogos eletrônicos dando sentido e significado aos diferentes grupos socias 
que os praticam.
3) O professor de Educação Física, na turma do 5.º ano, fez uma adaptação ao jogo da a
marelinha para que os alunos façam as quatro operações da aritmética: adição, subtr
ação, multiplicação e divisão. Foi um pedido da professora de sala, em uma tentativa 
de fazer os alunos terem melhor desempenho em Matemática.
De acordo com a abordagem da cultural corporal, assinale a alternativa correta.
A) 
O professor de Educação Física atendeu ao pedido porque o mais importante é o desempen
ho dos alunos em Matemática.
B) 
Ao fazer essa adaptação o professor estará descontextualizando e abrindo mão do conteúdo 
da educação física para auxiliar apenas no ensino da matemática
C) 
A Educação Física, por ser um componente curricular mais "aceito", facilita e motiva os es
tudantes a aprender Matemática.
D) 
Ao trazer as operações matemáticas para a aula de Educação Física, o professor está utiliza
ndo a estratégia da interdisciplinaridade. 
E) 
O jogo de amarelinha é uma ferramenta pedagógica nas aulas de Educação Física e, como t
al, deve ser ensinada didaticamente. 
4) “A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importânci
a para o desenvolvimento e a manutenção de um Estado democrático. Entende-se por 
inclusão a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em socieda
de, sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade 
humana de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação d
e oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida" 
(Parecer n.º 17, Conselho Nacional de Educação, 2001, p. 7). Pensando nisso, o profes
sor de Educação Física elaborou uma atividade para os alunos do 3.º ano do Ensino 
Médio, que deveriam estar em duplas, com um dos alunos de olhos vendados e o outr
o como guia. O aluno vendado deveria fazer um percurso com obstáculos, e o aluno-g
uia, comandar verbalmente seu caminho. Ao final da aula, o professor propôs que os 
alunos refletissem sobre a inclusão de pessoas com deficiência no Brasil.
Quais foram as possíveis relações que os alunos fizeram? Assinale a alternativa que r
epresenta o objetivo principal da aula. 
A) 
Há leis que protegem a inclusão de pessoas com deficiência; portanto, elas não necessitam 
de ajuda. 
B) 
A estratégia da aula possibilitou que os alunos compreendessem que as pessoas são diferen
tes.
C) 
O apoio entre colegas permitiu que esse envolvimento aconteça principalmente em ativida
des extracurriculares.
D) 
A estratégia do professor não tem a finalidade de que os alunos "pratiquem boas ações". 
E) 
A estratégia do professor possibilitou que os alunos percebessem no outro o que ele tem de 
valor, bem como o valor de si mesmos. 
Para as turmas de 8.º ano do Ensino Fundamental, o professor de Educação Física de
finiu como conteúdo para o 4.º bimestre o voleibol. Ele reuniu os alunos no centro da 
5) 
quadra e explicou como será a avaliação.
Qual das alternativas expressa a avalição pela abordagem da cultura corporal?
A) 
A avaliação deve ser feita considerando o desenvolvimento motor: aquele aluno que tem m
ais aptidões físicas receberá o maior conceito.
B) 
A avaliação deve ser feita considerando o número de faltas nas aulas de Educação Física: a
quele que menos faltar terá um conceito maior.
C) 
A avaliação deve considerar aspectos psicométricos, ou seja, características psíquicas e co
mportamentais dos alunos.
D) 
A avaliação ocorre somente no final do bimestre, não importando o desenvolvimento do al
uno ao longo do período.
E) 
A avaliação deve ser multidimensional, verificando todas as potencialidades dos alunos co
m diferentes instrumentos e estratégias.
NA PRÁTICA
A temática do esporte nas aulas de Educação Física é motivo de preocupação em muitos profess
ores. Tradicionalmente, os conteúdos são divididos em quatro esportes, utilizando como critério 
de escolha os mais populares: voleibol, basquetebol, handebol e futebol. Mesmo assim, os aluno
s preferem o futebol, por uma questão cultural e social — "o esporte mais praticado no Brasil", c
omo diz a sabedoria popular. O sonho de ser jogador profissional de futebol passa pela cabeça d
e muitos jovens, tendo como motivação a ascensão social e, principalmente, a melhoria financeir
a.
Neste Na Prática, veja como uma prática pedagógica, nas aulas de Educação Física em uma esco
la pública cujo único conteúdo era o futebol, modificou a prática social dos alunos. 
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
A prática educativa: como ensinar
Neste livro, você irá conhecer os instrumentos que ajudam os professores a interpretar e conhece
r melhor a gestão de salade aula, com especial atenção ao Capítulo 2: A função social do ensino 
e a concepção sobre os processos de aprendizagem: instrumentos de análise.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Pedagogia crítica da Educação Física: dilemas e desafios na atualidade
Neste artigo, os professores discutem os dilemas e os desafios da pedagogia crítica da Educação 
Física. Os autores atacam o problema em três frentes: a noção de crítica nos planos social e epist
emológico; as questões de normalidade da pedagogia crítica; e o “dilema culturalista” na articul
ação entre linguagem e corpo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Educação Física cultural
Neste vídeo, o professor Marcos Garcia Neira (FE-USP) retoma conceitos da cultura corporal e 
apresenta os resultados do estudo "Análise da produção discursiva sobre o currículo cultural da 
Educação Física".
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 https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/96196/54833
https://www.youtube.com/embed/gnoxQc1Mua4

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