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Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): engloba doenças como enfisema pulmonar e bronquite crônica. A DOPC é uma doença comum, evitável é tratável. É uma doença caracterizada pela obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar nas vias respiratórias. Ocorre obstrução ao fluxo de ar progressiva acompanhada por resposta inflamatória a partículas e gases nocivos. A causa mais comum é o tabagismo, em 80% a 85% das pessoas com DPOC tem história de tabagismo. Pode ocorrer também por uma deficiência hereditária na alfa-1-antitripsina, que trata- se de uma enzima. Há outros fatores predisponente, como asma e sua posterior hiperresponsibilidade das vias respiratórias. Tabagismo a longo prazo é uma condição comum em ambas as desordens. Quando falamos sobre uma patologia que acomete brônquios e brônquios trata-se de bronquite crônica, já quando acomete ácinos, alvéolos, ou seja, de origem parenquimatosas trata-se de um enfisema pulmonar. No enfisema pulmonar vamos ter a destruição da parede alveolar pela superinflação, temos nesse caso uma doença de caráter crônico, que devido à alteração da respiração, ocorre mudança estrutural do tórax (tórax em tonel). Bronquite crônica, vamos ter como sinal clínico uma tosse produtiva, com inflamação das vias aéreas. Por sua vez, na asma, temos obstrução reversível das vias aéreas, pode ocorrer hiper-responsividade brônquica, estimulada por alérgenos, infecção. Diferenças e definições A definição de enfisema é morfológica. A definição da bronquite crônica é definida com base nas características clínicas, com presença de tosse recorrente e crônica com excessiva secreção de muco. Outro diferencial é que a distribuição anatômica é parcialmente diferente: • A bronquite crônica envolve inicialmente as vias aéreas superiores. • O enfisema pulmonar acomete os ácinos. Enfisema pulmonar Ocorre a dilatação permanente dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais. Acompanhado pela destruição das paredes. Pode ser de dois tipos: 1. Centroacinar (tabagismo) 2. Pan-acinar (alfa-1-antitripsina). Patogênese do enfisema centro-acinar: a exposição a substâncias tóxicas, como a fumaça do tabaco e poluentes inalados, induz a inflamação ativa com acúmulo de neutrófilos, macrófagos e linfócitos no pulmão. Pode existir exposição a elastase e citocinas (incluindo IL-8) causando lesão epitelial e proteólise da matriz extracelular (MEC). Comprometimento ao longo do tempo das antiproteases. Patogênese do enfisema pan-acinar, alfa- 1-antitripsina: a deficiência da alfa-1- antitripsina e a presença de agentes antixoxidantes promovem o ciclo inflamatório e proteolítico. Destruição disseminada do parênquima. Presença de rede de sustentação estroma. Doenças inflamatórias do aparelho respiratório A alfa-1-antitripsina é inibidora da elastase neutrofilica (antiprotease). A antitripsina está presente nos macrófagos, soro e fluidos teciduais. Vamos ter então uma alta atividade das proteases e baixa atividade das antiproteases. Temos então, o tabagismo leva a atração das células inflamatórias, liberação de elastase, e inibição da alfa-1-antitripsina. Em um enfisema centroacinar vamos ter a atividade diminuída da alfa-1-antitripsina, devido a uma deficiência hereditária, diminuição das fibras elásticas do pulmão promovendo o enfisema. Fatores: exposição ambiental, fatores genéticos. Nesse sentido, temos exposição ambientais como tabagismo, combustíveis fósseis. Fatores genéticos como polimorfismo do TFG beta, deficiência da alfa-1-antitripsina. Vai promover a liberação de células inflamatórias, células epiteliais, e células mesenquimais, com degradação da MEC, apoptose e necrose, e por fim, destruição do parênquima. Enfisema sem bronquite Abaulamento torácico e dispneia (dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta) com tempo expiratório prolongado. Ex: ao sentar, os pacientes tendem a curva- se para a frente em posição de corcunda na tentativa de expulsar o ar dos pulmões a cada esforço expiratório. – Soprador rosado. A distinção dos espaços aéreos severa e a capacidade de difusão é baixa. A dispneia e a hiperventilação são intensas, as trocas gasosas e as concentrações sanguíneas dos sangues são relativamente normais até o estágio avançado da doença. Bronquite crônica A dispneia é bem menos intensa, com movimentos respiratórios diminuídos, retenção de CO2, hipóxia e cianose. Existe edema dos brônquios, broncoconstrição e hipersecreção. Comum entre os tabagistas e moradores urbanos de cidades com altos níveis de poluição. 20%-25% dos homens com idade entre 40-65 anos. É caracterizada por inflamação da mucosa dos brônquios, hiperplasia das glândulas submucosas. Metaplasia das células caliciforme, fibrose da parede bronquiolar. Espessamento marcado da camada de glândulas mucosas (3x maior do que o normal). Metaplasia escamosa do epitélio pulmonar. O diagnóstico da bronquite crônica é realizado clinicamente. Presença de tosse produtiva persistente nos últimos 3 meses consecutivos por pelo menos dois anos consecutivos.Tosse produtiva, secreção mucoide esbranquiçada sem obstrução ao fluxo de ar, broncoespasmo intermitente e chiado. Asma Início precoce, vários gatilhos, eosinofilica responde ao tratamento com corticoides. Resultado: broncoconstrição, edema, hipersecrecao mucosa. Os principais fatores etiológicos da asma estão relacionados com: predisposição genética a hipersensibilidade do tipo I (atópica). Inflamação aguda ou crônica das vias aéreas. Hiperresponsividade a uma variedade de estímulos. Patogênese: o papel dos linfocitos T auxiliares tipo 2 (Th2) fundamental na patogenia da asma (forma clássica atópica). As citocinas produzidas pelos células Th2 são responsáveis pela maioria das características da asma. IL-4 estimula a produção de IgE, e IL-5 ativa eosinófilos, e IL-13 estimula a produção de muco, e promove a produção de IgE pelos linfócitos B. Apresenta uma fase precoce imediata e tardia. 1. A reação imediata é denominada broncoconstrição (estímulo direto dos receptores vagais no epitélio), aumento na produção de muco e vasodilatação variável. 2. A reação tardia consiste em inflamação, com ativação de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos T. 3. As células epiteliais promovem o recrutamento de mais linfócitos Th2 e eosinófilos além de outros leucócitos, ampliando o processo inflamatório. 4. Isso leva a mudanças estruturais na parede brônquica coletivamente denominada de remodelamento das vias aéreas.
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