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Aula 50 - Provas III

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• Liberdade de provas
• Inadmissibilidade das provas ilícitas
• "são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos" (art. 
5°, LVI, CF). 
• Prova ilícita x prova ilegítima 
• Art. 157 CPP: "São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a 
normas constitucionais ou legais".
PROVA EMPRESTADA 
- Tem o mesmo “valor” da prova originalmente produzida 
- A pessoa contra quem a prova foi produzida deve ter participado do 
processo original 
- Caso contrário → prova documental 
- CPC, Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em 
outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, 
observado o contraditório.
"Prova emprestada e garantia do contraditório. A garantia constitucional do 
contraditório- ao lado, quando for o caso, do princípio do juiz natural- é o 
obstáculo mais frequentemente oponível à admissão e à valoração da prova 
emprestada de outro processo, no qual, pelo menos, não tenha sido parte 
aquele contra quem se pretenda fazê-la valer; por isso mesmo, no entanto, a 
circunstância de provir a prova de procedimento a que estranho a parte 
contra a qual se pretende utilizá-la só tem relevo, se se cuida de prova 
quenão fora o seu traslado para o processo- nele se devesse produzir no 
curso da instrução contraditória, com a presença e a intervenção das partes. 
Não é a hipótese dos autos: aqui o que se tomou de empréstimo ao processo 
a que respondeu corré da recorrente, foi o laudo de materialidade do tóxico 
apreendido, que, de regra, não se faz em juízo e à veracidade do qual nada se 
opõe”. STF, 1ª Turma, RE 323.138, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 
1,.7/10/2003.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PROVA EMPRESTADA ENTRE PROCESSOS COM PARTES DIFERENTES. 
É admissível, assegurado o contraditório, prova emprestada de processo do qual não 
participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada. A grande valia da prova 
emprestada reside na economia processual que proporciona, tendo em vista que se evita a 
repetição desnecessária da produção de prova de idêntico conteúdo. Igualmente, a economia 
processual decorrente da utilização da prova emprestada importa em incremento de eficiência, 
na medida em que garante a obtenção do mesmo resultado útil, em menor período de tempo, 
em consonância com a garantia constitucional da duração razoável do processo, inserida na CF 
pela EC 45/2004. Assim, é recomendável que a prova emprestada seja utilizada sempre que 
possível, desde que se mantenha hígida a garantia do contraditório. Porém, a prova 
emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes idênticas, sob pena de 
se reduzir excessivamente sua aplicabilidade sem justificativa razoável para isso. Assegurado às 
partes o contraditório sobre a prova, isto é, o direito de se insurgir contra a prova e de refutá-la 
adequadamente, o empréstimo será válido. EREsp 617.428-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 
julgado em 4/6/2014. (Corte Especial, informativo 543)
PROVAS ILÍCITAS 
• "são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos" (art. 
5°, LVI, CF). 
• Prova ilícita x prova ilegítima 
• Art. 157 CPP: "São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a 
normas constitucionais ou legais".
• Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as
provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais.
• § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou
quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das
primeiras.
• § 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal,
seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.

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