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Revisão para OSCE

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Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
REVISÃO PARA O OSCE 
LESÕES DERMATOLÓGICAS 
As condições básicas para o exame da pele são: iluminação adequada, 
desnudamento das partes a serem examinadas, conhecimento prévio dos 
procedimentos sociotécnicos. 
Pela sua acessibilidade aos dois métodos mais simples do exame físico: a inspeção e a 
palpação. 
 
I. INSPEÇÃO: 
a) Localização: referência anatômica. 
 
b) Número de lesões: única, ou se for duas a maior mede tanto e a menor tanto, 
ou múltiplas lesões. 
 
c) Tamanho: tamanho aproximado em centímetros. 
 
d) Distribuição: 
• LOCALIZADA: restrita a uma ou algumas regiões da pele. 
• DISSEMINADA: lesões individualizadas em várias regiões da pele. 
• GENERALIZADA: lesões extensas intercaladas por regiões de pele sã. 
• UNIVERSAL: acometimento total da pele até o couro cabeludo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
 
e) Forma: 
• SIMÉTRICA OU ASSIMÉTRICA. 
• MONOMORFICA: formada por uma única lesão elementar. 
• POLIMÓRFICA: mais de um tipo de lesão. 
• ANULARES: em forma de anel, com involução central e atividade periférica. 
• NUMULARES: em forma de moeda. 
• CIRCINADAS: em forma de círculos. 
• ARCIFORME: em arcos de círculos. 
• RINEFORME: em formato de rim. 
• DISCOIDE: em forma de disco. 
• GEOGRÁFICA: contorno irregular semelhante a um mapa geográfico. 
• SERPIGINOSA: trajeto linear e sinuoso, que lembra uma serpente. 
• CORIMBIFORME: lesão central maior circundada por lesões menores. 
• GUTATAS: em forma de gota. 
• EM ALVO: como alvo, centro violácea circundada por um halo eritematoso. 
• LINEARES: lesão em forma de linha reta. 
• EM PLACAS: lesão elevada e plana. 
• PUNTIFORMES: em forma de ponto. 
• LENTICULARES: semelhante a lentilha. 
• FOLIÁCEAS: descamação em folhas. 
• FUNGIFORMES: semelhante a um cogumelo. 
• MILIARES: lembra grânulos. 
• PEDUNCULADAS: base estreita e consistência amolecida, lembra um saco. 
• SÁSSEIS: lesão não pedunculada firmemente aderida a pele. 
• ACUMINADAS: lesão pontiaguda. 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
 
 
 
 
 
f) Coloração: 
• DIÁFANA: transparente. 
• ERITEMATOSA: avermelhada. 
• VIOLÁCEA: violeta/roxo. 
• RÓSEA: rosa. 
• ENEGRECIDA: tons de marrom/azul. 
• ACASTANHADA: castanho. 
• PARDACENTA: amarelada. 
• BRANCACENTA: esbranquiçada. 
• HIPERCRÔMICA: aumento do pigmento melânico. 
• HIPOCRÔMICA OU ACRÔMICA: diminuição do pigmento melânico. 
• XANTOCRÔMICA: amarelo. 
• ARGENTOCRÔMICA: cinza/prata. 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
g) Contorno: regular ou irregular. 
 
h) Limites: precisos ou imprecisos. 
 
i) Superfície: lisa, rugosa, sobrelevada, abaulada, perda de continuidade 
(ulceração ou erosão), retraída, deprimida. 
 
II. PALPAÇÃO: 
a) Consistência. 
 
b) Temperatura: 
• Normal. 
• Aumentada. 
• Diminuída. 
 
c) Textura: 
• NORMAL: sensação própria, em condições normais. 
• PELE FINA OU LISA: edemaciadas. 
• PELE ÁSPERA: com afecções. 
• PELE ENRUGADA: pessoas idosas, ou após emagrecer, por diminuir edema 
 
d) Espessura: 
• NORMAL: condições normais. 
• ATRÓFICA: translucidez que permite ver a rede venosa local superficial. 
• HIPERTRÓFICA: espessamento do tegmento. 
 
e) Profundidade. 
 
f) Dor: ausente ou presente. 
 
g) Umidade: 
• NORMAL: certo grau de umidade. 
• PELE SECA: tato com sensação especial. 
• PELE SUDORENTA: umidade excessiva da pele. 
 
h) Mobilidade: 
• ELASTICIDADE NORMAL. 
• HIPERELASTICIDADE: característica de borracha. 
• HIPOELASTICIDADE: volta vagamente a posição da pele, desidratação. 
• MOBILIDADE NORMAL: em relação a outras estruturas relacionadas. 
• MOBILIDADE DIMINUIDA: a pele não desliza sobre estruturas vizinhas. 
• MOBILIDADE AUMENTADA. 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
LESÕES DERMATOLÓGICAS ELEMENTARES 
Denominam-se lesões elementares as modificações do tegumento cutâneo 
determinadas por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, 
distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação. 
Sendo externas, portanto, muito acessíveis aos métodos mais simples do exame clínico, 
seu estudo é um excelente meio para o estudante exercitar sua capacidade de 
observação. 
Para avaliação de lesões elementares, empregam-se a inspeção e a palpação. O uso 
de uma lupa capaz de ampliar a superfície da pele e as próprias lesões é vantajoso. 
As lesões elementares classificam-se em: 
 
I. ALTERAÇÕES DE COR: máculas ou manchas. 
a) MANCHAS PIGMENTARES: 
• Hipocrômica: diminuição de melanina. 
• Acrômica: ausência de melanina. 
• Hipercrômica: aumento de melanina. 
• Xantocrômica: amarelo. 
• Argentocrômica: cor prata ou acizentado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
II. ALTERAÇÕES CIRCULATORIAS: 
b) MANCHAS VASCULARES: 
• Eritema: máculas eritematosas de 0,5 cm roséola. 
• Exantema: máculas eritematosas de 2 a 3 cm em quase toda a pele. 
• Mobiliforme: presença de partes com pele normal. 
• Escarlatiforme: difuso e confluente sem pele normal. 
 
 
 
c) MANCHAS HEMORRÁGICAS: 
• Petéquia: máculas puntiformes até 1 cm. 
• Equimose: maculas em placas até 1 cm. 
• Víbices: maculas lineares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
 
III. ELEVAÇÕES EDEMATOSAS: 
a) Urtica: elevação efêmera, irregular, rósea e pruriginosa. 
b) Edema angioneurótico: edema circunscrito ao subcutâneo. 
 
 
 
IV. LESÕES SÓLIDAS: 
a) Pápula: elevação sólida com diâmetro de até 1 cm. 
b) Placa: elevação solida com diâmetro maior de 1 cm. 
c) Nódulo: lesão solida inferior a 3 cm, localizadas na hipoderme, palpável. 
d) Tumor: maiores que 3 cm de diâmetro. 
e) Tubérculo: lesão elevada circunscrita, maior que 1 cm na derme. 
f) Queratose: lesão por espessamento exagerado sendo dura e inelástica. 
g) Vegetação: lesão pedunculada com aspecto couve-flor. 
- Verrucosidade: lesão elevada endurecida e seca. 
- Condilomatosa: lesão amolecida, úmida e sanguinolenta. 
h) Liquenização: lesão difusa marcada pelo espessamento da pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
V. LESÕES DE CONTEUDO LÍQUIDO: 
a) Vesícula: elevação circunscrita na pele menor de 1 cm e líquido claro/turvo. 
b) Bolha: elevação circunscrita na pele maior que 1 cm com líquido claro/turvo. 
c) Pústula: elevação circunscrita de até 1 cm com líquido purulento. 
d) Abcesso: coleção purulenta de tamanho variado e flutuante. 
e) Hematoma: coleção hemática, relacionada a trauma. 
 
 
 
VI. SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE: 
a) Erosão ou escoriação: perda superficial da epiderme. 
b) Ulceração: perda da epiderme e derme da pele. 
c) Fissura: perda de solução de continuidade linear em áreas de dobra. 
d) Fístula: pertuito cutâneo ligadoa um foco profundo onde escoa líquido 
purulento, hemorrágico ou gomoso. 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
VII. LESÕES CADUCAS: 
a) Crosta: são acúmulos de líquidos dessecados. 
b) Escara: necrose de cor preta, na pele com tecido adjacente preservado. 
c) Escama: desprendimento de lâmina secas da superfície cutânea. 
d) Fúruracea: na pitiríase. 
e) Lamelares: na psoríase. 
 
 
VIII. LESÕES RESIDUAIS OU SEQUELARES: 
a) Atrofia: diminuição da espessura e elasticidade, dobrada ou enrugada. 
b) Cicatriz atrófica: fina e pregueada. 
c) Cicatriz hipertrófica: elevada, nodular e com proliferação fibrosa. 
d) Cicatriz queloide: cicatriz elevada com crescimento em extensão com 
proliferação fibrosa, secundária a trauma. 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS 
Identificar por meio de imagens as principais lesões dermatológicas secundárias as 
infecções sexualmente transmissíveis: 
 
I. URETRITE NÃO GONOCÓCCICA COM A GONOCÓCCICA 
A Gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível, adquirida unicamente por essa 
via, causada pela Neisseria gonorrhoeae. A infeção genital aguda possui sítios 
primários de predileção como a urtra masculina e a cérvide uterina. 
Os sintomas são: 
• Secreção uretral amarelada em grande quantidade; 
• Secreção purulenta com odor pútrido; 
• Acompanha disúria e polaciúria. 
 
 
 
II. VULVOVAGINITE GONOCÓCICA 
No sexo feminino o acometimento sintomático da cérvice uterina pode ser 
coincidente a menstruação. Apresenta: 
• Disúria; 
• Polaciúria; 
• Urgência miccional; 
• Prurido; 
• Secreção uretral e vaginal. 
O exame pélvico geralmente revela edema e hiperemia do colo uterino, além de 
secreção mucopurulenta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
III. HERPES GENITAL 
É uma infecção sexualmente transmitida, pelo vírus herpes simples vírus (tipo 2). A 
infecção é caracterizada pelo aparecimento das vesículas que se rompem cursando 
com úlceras que podem evoluir para crosta. 
 
 
 
IV. CONDILOMA ACUMINADO – Verrugas genitais 
O condiloma acuminado ou verruga genital é uma infecção sexualmente transmissível 
causada pelo vírus papilomavírus humano (HPV). 
A principal forma de transmissão é via sexual, e pode haver transmissão durante o 
parto. 
É conhecido como “crista de galo”, “figueira”. 
As lesões genitais mais frequentes são papilas papilomatosas, sésseis ou pedunculadas. 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
V. LINFOGRANULOMA VENÉREO – Doença Nicolas-Favre 
O linfogranuloma venéreo, também conhecido como estruma, ou doença de Nicolas-
Favre. 
É uma IST adquirida unicamente por essa via, que pode ser causada por três sorotipos 
da Chlamydia trachomatis. 
 
 
 
VI. CANCRO MOLE 
O cancro mole é uma infecção sexualmente transmissível, adquirida unicamente por 
essa via, causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, que se manifesta tipicamente 
como úlceras na região genital. 
O cancro mole é uma lesão com presença de dor, coloração esbranquiçada ou 
purulenta com base eritematosa com mobilidade. 
 
 
 
 
VII. CANCRO DURO – Sífilis na fase primária 
O cancro sifilico é uma lesão superficial, indolor, bem definida com borda endurecida 
e fundo limpo. A lesão costuma regredir espontaneamente em 1 a 8 semanas. 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
a) Sífilis secundária 
A primeira manifestação cutânea ocorre em forma de máculas discretas roséolas 
sifilíticas, as quais evoluem para lesões papulosas que podem se tonar pustulosas. 
Nessa fase, acarreta regiões palmoplantares. 
 
 
 
b) Sífilis terciaria: presença de goma sifilítica e neurosifilis. 
c) Sífilis congênita: dentes de amora, incisivos de Hutchinson. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
EXAME PROCTOLÓGICO E PROSTÁTICO 
ANTES DO EXAME: 
Explique para o paciente como será o exame e obtenha o seu consentimento verbal. 
Diga ao paciente que será necessário introduzir um dedo na região anal do mesmo e 
que isto não será doloroso e não trará dano para ele. 
TÉCNICA SEQUENCIAL DO EXAME DE TOQUE RETAL: 
Após o consentimento verbal do paciente, assegure-se que o local tenha privacidade 
adequada. Certifique-se de que você dispõe de uma boa fonte de luz para realizar o 
exame. Descubra o paciente da cintura até os joelhos. Peça para o paciente ficar na 
posição genopalmar ou decúbito lateral esquerdo com as pernas dobradas na altura 
dos joelhos direcionados ao tórax. Colocar o par de luvas. Separar as nádegas 
levemente elevando a nádega direita com sua mão esquerda. 
 
INSPESÃO ESTÁTICA: 
Realiza a inspeção da área perineal, perianal e anus. Pesquise por fissuras, 
escoriações, úlceras, verrugas anais, aberturas de fistulas, hemorroidas externas, 
abscessos, sangue ou muco. Se dor na abertura do canal anal, considerar a presença 
de fissura anal, abscesso, úlcera anal, ou prostatite. 
INSPEÇÃO DINÂMICA: 
Com a solicitação ao paciente para fazer força como se fosse defecar, para que seja 
observado a presença de prolapso retal ou mamilos hemorroidários. 
• Prolapso retal: é a protrusão indolor do reto através do ânus. 
• Procidência retal: consiste em prolapso completo de toda a espessura do reto. 
 
 
 
TOQUE RETAL: 
Lubrifique o dedo indicador, e em seguida lubrifique a região anal. Coloque a polpa 
digital do dedo indicador direito contra a linha média do ânus de forma firme e lenta. 
Em seguida introduza o dedo indicador mais profundamente e perceba se há 
conteúdo fecal e sua consistência. 
Faça o primeiro movimento com o indicador para adiante e para atras, rodando a 
360º sentindo qualquer espessamento ou irregularidade na ampola retal. 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
Introduza totalmente o dedo indicador, faça o segundo movimento e rodando a 360º 
novamente, deve-se notar a presença de espessamento ou irregularidade na parede 
retal, além de notar ponto doloroso. Retirar o dedo indicador lentamente e 
cuidadosamente. 
Em seguida é obrigatório fazer a inspeção da luva, observar se há fezes, sangue, 
melena ou luvas limpas. Perceber o odor do conteúdo observado na luva 
principalmente na melena. 
 
INPEÇÃO PERIANAL: 
1) Avaliar as lesões na pele da margem anal: 
- Cicatrizes. 
- Liquenização (mucosa esbranquiçada). 
- Espessamento da pele e acentuação das pregas radiadas do ânus. 
- Lesões eczematosas (prurido crônico). 
- Lesões por dermatose medicamentosa. 
- Lesões por psoríase. 
- Lesão micótica. 
- Lesões por IST. 
- Lesão por tuberculose. 
- Fistulas e fissuras. 
 
2) Avaliar abaulamentos: 
- Difusos. 
- Localizados: agudo com febre (abscesso), agudo sem febre (trombose 
hemorroidária) ou crônico (plicoma anal). 
 
 
 TROMBOSE HEMORROIDÁRIA PILOCOMA ANAL ABSCESSO ANAL 
 
 
INSPEÇÃO ANAL: 
a) NORMAL: fechado como um diafragma com pregas radiadas. 
b) ESPÁSMICO: puntiforme e hipertônico, em geral fissuras. 
c) INFUNDIBULIFORME:em forma de infundíbulo. 
d) HIPOTÔNICO: presente em hemorroidas, e ressecção do esfíncter. 
e) DEFORMADO: operações progressivas e lesões inflamatórias. 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
 
 
 
 
CARACTERISTICAS SEMIOLOGICAS NO TOQUE RETAL: 
1) Esfíncter anal: 
- Tonicidade: normotônico, hipertônico ou hipotônico. 
- Elasticidade. 
- Motricidade. 
- Dor. 
- Zona interesfincteriana. 
 
2) Zona Pectínea: 
- Sensibilidade nessa região sugere criptites agudas ou crônicas, papilites ou 
papilas hipertróficas. 
- Ulcerações. 
- Pólipos sésseis ou pedunculados. 
- Hemorroidas internas. 
- Fistulas. 
- Plicomas. 
 
• Criptite: inflamação por irritação mecânica da cripta anal na dobra cutâneo-
mucosa. 
• Plicoma: posterior a uma criptite devido a formação de um granuloma de 
cicatrização seguido de retração. 
 
3) Reto: 
- Consistência mole. 
- Vazio ou com fezes. 
- Pouco móvel. 
- Paredes anteriores, lateriais e posteriores são moles e depressíveis. 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
CARACTERISTICAS SEMIOLÓGICAS DAS NEOPLASIAS DO RETO: 
I. Neoplasias malignas: 
- Carcinoma: apresenta consistência de madeira, lesões vegetantes e 
estreitamento retal. 
- Sarcoma: perceptível na região perirretal, não ulcerosa, não é mucoso e tem 
limites imprecisos. 
- Viloso do reto: lesão com sensação gelatinosa. 
 
II. Neoplasias benignas: localizados, limites precisos regulares, não infiltra na parede 
do reto e não tem consistência de madeira, como nos carcinomas. 
 
III. Fecaloma: não é neoplasia mas o conteúdo fecal impactado como pedra, tem 
consistência firma, depressível e descolável da parede do reto em geral. 
 
TÉCNICA SEQUENCIAL DO EXAME DE PRÓSTATA: 
Após o consentimento verbal do paciente, assegure-se que o local tenha privacidade 
adequada para o exame. 
Peça para o paciente deitar-se na posição de SIMS ou genopalmar. 
Em sequência ao exame de toque retal, identifique a glândula prostática que poderá 
ser localizada na parede anterior da região retal. 
➢ Na próstata normal se observa uma superfície macia, consistência firme, e com 
textura levemente fibro-elástica, medindo entre 2 a 3 cm de diâmetro, com sulco 
mediano palpável. 
 
CARACTERISTICAS SEMIOLÓGICAS DAS NEOPLASIAS DA PROSTÁTA: 
I. Hiperplasia prostática benigna: próstata aumentada, mas sulco central preservado 
e frequentemente exagerado. 
II. Neoplasia maligna prostática: a glândula torna-se de consistência endurecida, é 
encontrado distorção ou perda do sulco central, espessamento da mucosa retal 
se o tumor é grande. 
III. Prostatite: próstata aumentada, amolecida, muito dolorosa e o sulco central 
preservado. 
 
DESCRIÇÃO EM PRONTUÁRIO: 
- Exame normal: inspeção estática e dinâmica sem alterações, esfíncter normotonico, 
ampola retal com fezes, ausência de irregularidade em parede da ampola retal, 
presença de fezes e ausência de sangue na luva. 
- Se homem: próstata de tamanho preservado, consistência fibro-elástica, indolor e 
sulco mediano palpável. 
- Se mulher: ausência de abaulamento em fundo de saco posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
EXAME FISICO DO ORGÃO GENITAL EXTERNO MASCULINO 
1) O que é o reflexo cremastérico? E qual a diferença com o Sinal de Prehn? 
É a contração do músculo cremastérico e elevação do testículo ipsilateral após 
estímulo na face medial da coxa. 
Sinal de Prehn: alívio de quadro doloroso ao elevar a bolsa testicular do lado afetado, 
por exemplo varicocele. 
 
2) O que é prepúcio? 
Prepúcio é prega cutânea que recobre a glande do pênis. E acropóstia é a parte do 
prepúcio que foi removida cirurgicamente durante uma postectomia. 
 
3) O que é fimose e parafimose? 
Fimose é a presença de um anel fibroso no prepúcio que impede a exteriorização da 
glande, total ou parcial. 
Parafimose é um problema mais grave que a fimose e exige atendimento imediato, 
pode ser entendida como o inverso da fimose onde a pele do prepúcio retrai e não 
consegue voltar para cobrir novamente a glande do pênis. 
 
4) Qual a diferença da postectomia e circuncisão? 
Postectomia é o tratamento da fimose por meio da remoção cirúrgica do prepúcio e 
circuncisão é a remoção do prepúcio pelo aspecto cultura e/ou religioso, não indica 
tratamento da fimose. 
 
5) Qual o significado clínico de epispádia e hipospádia? 
Epispádia é uma má formação do sulco e canal uretral que faz a uretra se abrir na 
face dorsal do pênis. Tem importância clínica porque o orifício é constritivo resultando 
em obstrução do trato urinário e risco aumentado de infecções ascendentes. A 
correção cirúrgica costuma ser necessária para restaurar o bom fluxo de urina. A 
correção cirúrgica deve ocorrer antes dos 18 meses de idade. 
Hipospádia é uma má formação do sulco e canal uretral que faz a uretra se abrir na 
face ventral do pênis. A correção cirúrgica deve ocorrer antes dos 18 meses de idade. 
 
6) Por que é importante observar a higiene na inspeção do sulco balanoprepucial e 
da glande? Quais os fatores de risco ao câncer de pênis, balanites e balanopostites? 
Identificar a higiene, se precária observar a presença de descamação e esmegma, 
pois a higiene precária é o principal fator de risco ao câncer de pênis e processos 
inflamatórios, como balanite (inflamação na glande) e balanopostite (inflamação na 
glande e prepúcio). 
 
7) O que é varicocele e hidrocele? 
Varicocele é a dilatação das veias do plexo pampiniforme (varizes), que promove 
estase dessas veias. Embora seja uma das causas da infertilidade masculina, não 
provoca distúrbios da função erétil. 
Hidrocele é o acúmulo anormal de fluido no interior da túnica vaginal, a membrana 
que reveste internamente a bolsa que contém os testículos. 
 
8) O que é a orquiepididimite? O que é criptorquidia? 
Orquiepididimite é a inflamação no epidídimo e testículo. 
Orquite: inflamação somente no testículo 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
Epididimite: inflamação somente no epidídimo. 
Criptorquidia: ou testículos não descidos, ou a ausência de um ou dos dois testículos 
na bolsa testicular é uma alteração genital muito comum. Ela pode ocorrer em até 4% 
das crianças nascidas a termo e em até 45% nos meninos nascidos prematuramente. 
 
9) O que é priapismo? Quando considerar uma emergência urológica? 
Priapismo é ereção peniana involuntária, dolorosa e sem estímulo erótico, durante um 
período superior a duas horas e sem levar à ejaculação. É causada por insuficiência 
de drenagem do sangue que enche os corpos cavernosos, comum na anemia 
falciforme. Deve ter intervenção cirúrgica imediata para drenagem dos corpos 
cavernosos, caso contrário pode ocorrer isquemia e necrose peniana. Mesmo após 
procedimento cirúrgico há risco de trombose dos vasos penianos. 
 
10) O que é a torção do testículo? Por que é uma emergência urológica? 
É quando ocorre rotação do testículo (torção testicular), o cordão que fornece 
sangue para a bolsa testicular abaixo do pênis é torcido. Isso pode ocorrer após 
atividades intensas, trauma ou depois de dormir. Os sintomas incluem dor súbita e 
intensa acompanhada de edema no testículo. Deve ter intervenção cirúrgica 
imediata, geralmente é possível salvar o testículo com intervenção em até 6 horas do 
início dos sintomas, e uma espera mais longa pode afetar a fertilidade. 
 
11) O que é doença de Peyronie? 
Consiste num espessamento fibroso que contrai e deforma o pênis, alterando a formada ereção. Muitos homens apresentam um pequeno grau de curvatura do seu pênis 
ereto. A doença de Peyronie causa uma curvatura mais severa. 
 
DESCRIÇÃO DE EXAME MASCULINO EM PRONTUÁRIO: 
Paciente em decúbito dorsal horizontal, púbis com pilificação com patível para a 
idade tanto a quantidade e sua distribuição, prepúcio com total exteriorização da 
glande, higiene preservada em glande e sulco-bálano-prepucial, meato uretral 
preservado. Palpação da uretra peniana na face ventral e dorsal sem alterações, 
expressão uretral sem conteúdo. Bolsa testicular sem alterações cutâneas, edpidimos 
palpáveis bilaterais e indolores. Testículos tópicos com consistência fibroelastica, 
tamanho habitual e superfície regular. Períneo preservado e ausência de linfonodos 
palpáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
 Julia Lago Marquioro 
 
EXAME FISICO DO ORGÃO GENITAL EXTERNO FEMININO 
1) Descrever as condições adequadas ao exame, posição da paciente e o uso de 
luvas. 
Certifique-se de que você dispõe de uma boa fonte de luz para realização do exame, 
uso obrigatório de luvas e posição da paciente é ginecológica. 
 
2) Descrever a inspeção geral do púbis, descrever a pilificação e classificação de 
Tanner. 
Realizar uma inspeção geral do púbis, observar MONTE PUBIANO quanto a quantidade 
e distribuição da pilificação e se encontra de acordo com idade e faixa etária (< 20 
anos deve aplicar a classificação de Tanner). 
 
3) Descrever os aspectos específicos dos pequenos lábios, vestíbulo da vulva, clitóris 
e prepúcio, uretra, hímen, óstio vaginal, períneo, ductos das glândulas vestibulares (as 
maiores são as glândulas de Bartholin e as menores são as glândulas parauretrais ou 
Skene), região perianal. 
Conforme a queixa, pesquisar secreção uretral, introduzindo o dedo indicador na 
cavidade vaginal e realizar uma ordenha na parede vaginal anterior, no sentido 
posterior para anterior. Descrever o achado (quantidade, aspecto, coloração, odor). 
Buscar as glândulas de Bartholin pinçando, com os dedos indicador e médio, as 
regiões das 5h e das 7h (ou, segundo alguns autores, às 4h e às 8h). Se palpável, 
descrever tamanho, localização, consistência, temperatura, presença ou não de dor. 
Em seguida o períneo, região perianal e faces internas da coxa. Identificar lesões 
secundárias às ISTs. 
 
4) Descrever os tipos de hímen: 
Dobra circular de tecido que oclui parcialmente o introito vaginal. 
 
 
 
 
 
 
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SEMIOLOGIA MAMÁRIA 
O exame começa com a paciente sentada e é concluído com ela deitada. 
Inicialmente, a paciente deve estar sentada na mesa de exame, com braços rentes 
ao tórax, vestida apenas com um avental aberto na frente e recebendo luz em 
incidência oblíqua. 
Usam a inspeção e a palpação, um método completando o outro. A inspeção pode 
ser estática ou dinâmica. 
 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
A paciente deve estar em pé ou sentada na mesa ginecológica, com os braços ao 
redor do corpo, e o examinador se coloca diante da mesma, observando as mamas 
adjacentes. 
Tem por objetivo analisar: 
• Número. 
• Formato das mamas: cônico, pendente. 
• Simetria. 
• Volume: pequeno, médio, grande e gigante. 
• Alterações de contorno: definidos e não definido. 
• Modificações: pele, aréolas, papilas, abaulamentos, retrações ou cicatrizes. 
 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
Com a paciente em pé ou sentada na mesa ginecológica, visa pesquisar eventuais 
retrações ou abaulamentos por meio da contração de músculos peitorais ou pela 
movimentação das mamas. 
Três técnicas são preconizadas: elevação dos membros, contratura peitoral com 
pressão na cintura e contratura peitoral com compressão das palmas das mãos. 
 
1º movimento: levantar e abaixar os brações três vezes para avaliar a simetria do 
deslizamento das mamas no gradiado costal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2º movimento: contração voluntária dos músculos peitorais com as mãos na cintura 
impulsionando os cotovelos para frente três vezes a fim de avaliar possíveis 
abaulamentos, e com os cotovelos para trás três vezes a fim de avaliar possíveis 
retrações. 
 
 
3º movimento: nesta manobra, os ligamentos de Cooper são estirados, podendo 
revelar tecidos aderidos e retraídos. 
 
 
 
 
PALPAÇÃO 
Neste momento, a paciente deve ser posicionada em decúbito dorsal com as mãos 
na nuca, retificando a mama sobre a caixa torácica. O examinador permanece ao 
lado direito da paciente, mesmo para avaliar a mama esquerda. Em mamas muito 
volumosas, pode-se trocar o lado do exame, se necessário. 
 
PALPAÇÃO SUPERFICIAL: realizar movimentos rotatórios em cada quadrante mamário e 
na região areolo-papilar. Avaliar temperatura, local, nódulos, abaulamentos, retrações 
e presença da pele “casco de laranja”. 
 
PALPAÇÃO PROFUNDA: a palpação é feita com a ponta dos dedos sobre o gradeado 
costal. Realizada por meio da técnica de “raios de roda”: devem ser palpados todos 
os quadrantes e a região retroareolar sem tirar os dedos durante toda a manobra, 
caso contrário reiniciar a palpação quantas vezes forem necessárias, pois o 
importante é não perder nenhum parênquima mamário, sem esquecer de palpar o 
ligamento Spencer. 
 
 
 
 
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• Se um nódulo é encontrado, deve ser avaliado sua localização, tamanho, forma, 
contorno, consistência, mobilidade, sensibilidade. Um nódulo endurecido, de limites 
pouco nítidos, indolor, pouco móvel, é sugestivo de câncer. Já tumores benignos são 
bem delimitados, consistência fibro-elástica, moveis e não dolorosos. De um modo 
geral, o tumor é clinicamente detectável com diâmetro maior de 1 cm. 
 
PESQUISA OU BUSCA DE LINFONODOS 
Realizar com a paciente sentada, a inspeção e palpação das cadeias 
supraclaviculares, infraclaviculares e axilares. 
Inspeção – quando visível, aumento do volume isolado ou agrupado, simétrico ou 
assimétrico e estado da pele. 
Palpação – quando palpável, número, tamanho e localização, consistência, 
coalescência, limite, mobilidade e dor. 
Linfonodo inflamatório: mole, não coalescente, limite preciso, móvel e doloroso. 
Linfonodo neoplásico: duro, coalescente, limite preciso, fixo e indolor. 
 
CARACTERISTICAS SEMIOLOGICAS DOS LINFONODOS: 
• Localização; 
• Número; 
• Tamanho; 
• Consistência: mole ou duro. 
• Coalescência: sim ou não. 
• Mobilidade: móvel ou fixo. 
• Limites: preciso ou impreciso. 
• Dor: presente ou indolor. 
 
CARACTERISTICAS SEMIOLOGICAS DO NÓDULO MAMÁRIO: 
• Localização: quadrante ou infrapapilar. 
• Número. 
• Tamanho. 
• Consistência: duro, fibroelastico ou mole. 
• Superfície: lisa, regular ou espiculada. 
• Mobilidade: móvel ou fixo. 
• Limites: precisos ou imprecisos. 
• Dor: presente ou indolor. 
 
EXPRESSÃO PAPILAR: com o polegar e indicador ou usando a manobra da “ordenha” 
da base da mama. 
Se positiva, descrever se uni ou multiductal, uni ou bilateral, descrevendo o tipo de 
fluxo achado se transparente, sanguinolento, purulento, lácteo entre outros. 
Se normal, descrever como ausência de descarga papilar bilateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXAME ESPECULAR 
FINALIDADE DO EXAME: 
Inspecionar as paredes vaginais, fórnices vaginais, conteúdo vaginal e colo uterino. 
ORIENTAÇÃO SOBRE O EXAME À PACIENTE:Após a etapa de preparo, inicie o exame avisando à paciente. 
AMBIÊNCIA FISICA: 
Mesa ginecológica, foco de luz, banheiro para a paciente se trocar, local reservado 
para o exame, cesto de lixo, banqueta giratória e mesa auxiliar. A paciente deve vestir 
o avental fechado na frente. 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
Espéculo vaginal e par de luvas. 
POSIÇÃO DA PACIENTE: 
Paciente em posição ginecológica. 
TECNICA DE INSERÇÃO DO ESPÉCULO: 
Com a mão esquerda, gentilmente, afaste os lábios e exerça uma pressão leve no 
períneo posterior. A mão direita leva o espéculo ao introito vaginal, em ângulo de 15° 
com a vertical em sentido horário. O espéculo deve deslizar sobre os dedos da mão 
esquerda que afastam os lábios e ser inserido respeitando a anatomia vaginal. Assim, 
a introdução do espéculo deve ser lenta e gradual, com o vetor de entrada 
apontado para a parede posterior da vagina. Com a introdução completa, gire-o em 
sentido horário e o coloque na posição horizontal com a borboleta do espéculo para 
baixo. 
A abertura do espéculo permite a visualização do colo. Neste momento, há avaliação 
da presença de secreções, lesões, tumores, massas, malformações, erosões, eritema, 
hemorragias, cicatrizes e do formato do orifício externo. Se as secreções dificultarem a 
visualização, podem ser retiradas com haste com ponta de algodão ou com uma 
gaze montada. Este material deve ser examinado a fresco em lâmina. 
» Tamanhos de espéculos: P – nulíparas, M – primíparas e G – multíparas. 
 
INSPEÇÃO DAS PAREDES E FÓRNICES VAGINAIS, CONTEUDO VAGINAL E COLO UTERINO: 
- Paredes vaginais: Inicia-se com a inspeção das paredes vaginais, observando seu 
trofismo, que reflete a ação do estrogênio sobre este tecido. Nas pacientes na 
menacme, as paredes vaginais encontram-se rugosas e úmidas, e na pós menopausa, 
lisas e secas. 
 
- Conteúdo vaginal: A presença de secreções vaginais e seu aspecto também devem 
ser relatados. Uma secreção clara, cristalina e límpida é considerada fisiológica. 
Representa a produção normal das glândulas da endocérvice e do vestíbulo vulvar. 
Se secreção anormal for identificada, deve ser avaliada quanto a volume, cor, 
consistência e odor. 
Quando esta secreção apresenta colorações diferentes, como esverdeado, 
amarelado, acinzentado e branco, provavelmente está presente algum patógeno. 
Conferir com atenção à avaliação dos fundos de saco vaginais, principalmente se 
houver abaulamentos, que podem indicar a presença de tumoração pélvica, ou 
coleção intra-abdominal, como sangue ou pus. 
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- Colo uterino: Na avaliação do colo do útero é importante relatar a localização, a 
morfologia, o tamanho e o aspecto do orifício do colo do útero. Esses dados nos 
guiam para a realização de diagnósticos diferenciais. 
Seu tamanho é um relato importante, principalmente na obstetrícia, na qual o colo 
passa por processos plásticos, durante um trabalho de parto, perdendo espessura e 
aumentando a dilatação do seu canal, para possibilitar a passagem do feto. 
Com o objetivo de prevenir essa doença, no momento do exame especular, se faz a 
coleta de material para o exame de Papanicolau, conhecido como citologia 
oncoparasitária. 
 
TÉCNICA DE RETIRADA DO ESPECULO: 
A retirada do espéculo é efetuada em manobra inversa à da sua colocação; durante 
sua retirada, deve-se examinar as paredes vaginais anterior e posterior. 
DESCRIÇÃO DOS ACHADOS: 
Paredes vaginais róseas, integras com rugosidades normais para a idade, fundos de 
saco livres, conteúdo vaginal em pequena quantidade, transparente, fluido e inodoro, 
colo uterino róseo, cilíndrico de médio volume e óstio externo puntiforme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PAPANICOLAOU 
FINALIDADE DO EXAME: 
Rastreamento do câncer do colo uterino. 
AMBIÊNCIA FISICA: 
Mesa ginecológica, foco de luz, banheiro para se trocar, local reservado para o 
exame, cesta de lixo, banqueta giratório, mesa auxiliar. 
POSIÇÃO DA PACIENTE: 
Paciente em posição ginecológica. 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
Espéculo vaginal, par de luvas, lâmina, lápis preto, espátula de Ayre, escova 
endocervical, fixador, recipiente para armazenar a lâmina, excepcionalmente soro 
fisiológico, gaze e pinça de Cheron. 
TÉCNICA DA COLETA DA ECTOCÉRVICE ÁPOS INSERÇÃO DO ESPÉCULO: 
Encaixe a ponta mais longa da espátula de Ayre no óstio externo do colo uterino, 
apoie-se firmemente e faça uma raspagem na ectocérvice em movimento de 360º; 
disponha o material colhido em sentido horizontal, ocupando 2/3 da parte 
transparente da lâmina, evitando sobreposição do esfregaço. 
 
TÉCNICA DA COLETA DA ENDOCÉRVICE: 
Utilize a escova endocervical; introduza-a delicadamente no canal endocervical, 
deixando cerdas visíveis para fora do óstio externo e gira 360º; disponha o material no 
1/3 restante da lâmina, rolando a escova no modo inverso ao da coleta, no sentido 
vertical. Fixe o esfregaço. Retire o especulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TOQUE VAGINAL 
O objetivo da realização do toque vaginal é avaliar: 
• Paredes vaginais; 
• Fundo de saco do útero; 
• Colo uterino; 
• Corpo uterino; 
• Anexos; 
 
TOQUE VAGINAL: 
Após o consentimento da paciente, se inicia o toque vaginal que sempre é realizado 
de maneira bimanual: uma mão sobre o abdome e a outra intravaginal. 
Os pequenos lábios deverão ser entreabertos com primeiro e quarto dedos e deverá 
ser introduzido na vagina, primeiro o dedo indicador e na sequência o terceiro dedo. 
Não é necessário auxílio da outra mão para abertura dos pequenos lábios, muitas 
vezes isso é feito, na maioria das vezes, é realizado próximo ao clitóris, o que pode ser 
um desconforto e incomodo para a paciente. 
 
1ª AVALIAÇÃO DAS PAREDES VAGINAIS: 
A avaliação inicial das paredes vaginais, anterior, posterior e laterais, verificar 
procidência de paredes vaginais a manobra Valsalva, palpação varrendo as 
estruturas dos fundos de saco para a porção mais próxima do introito vaginal. 
Avalia-se a presença de retocele e cistocele pela compressão da parede posterior 
(fundo de saco) e manobra de Valsava e compressão da parede anterior e manobra 
de Valsava, respectivamente. 
• Se verifica nas paredes vaginais: 
1. Consistência; 
2. Massas; 
3. Retrações; 
4. Presença de nodulações na parede posterior; 
5. Dor a palpação; 
6. Dor a descompressão do fundo de saco posterior. (fundo de saco de Douglas) 
 
 2ª AVALIAÇÃO DO COLO UTERINO: 
Avaliação do colo uterino, se busca o colo ao longo da parede posterior até 
encontrá-lo que geralmente é posteriorizado (útero antevertido), as vezes pode estar 
anteriorizado (útero retrovertido). A mão abdominal faz pressão no fundo uterino para 
aproximar o colo dos dedos da mão intravaginal. 
• Se verifica no colo uterino: 
1. Ausência ou presença do colo uterino; 
2. Consistência; 
3. Arquitetura; 
4. Posição; 
5. Tamanho; 
6. Mobilidade; 
7. Dor a mobilização; 
 
 
 
 
Habilidades semiológicas II 4ª etapa A 
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3ª AVALIAÇÃO DO CORPO UTERINO: 
A avaliação do corpo uterino, a mão abdominal comprime o fundo do útero para 
tentar delimitá-lo, em manobra conjunta com os dedos da mão intravaginal que 
palpa o colo, com movimento para cima para tentar delimitar o útero. 
• Se verifica no corpo uterino: 
1. Posição; 
2. Arquitetura; 
3. Tamanho;4. Formato; 
5. Consistência; 
6. Presença de tumores; 
7. Dor a palpação; 
8. Dor a mobilidade; 
 
4ª AVALIAÇÃO DOS ANEXOS UTERINOS: 
Os dedos da mão intravaginal palpa o fórnice lateral direito da vagina e a mão 
abdominal palpa o quadrante inferior direito do abdome (flanco) e procura delimitar 
entre os dedos do exame vaginal o anexo direito (ovário, a tuba só será palpada se 
estiver alterada). Deve-se realizar de maneira bilateral. 
• Se verifica nos anexos: 
1. Tamanho; 
2. Posição; 
3. Consistência; 
4. Mobilidade; 
 
DESCRIÇÃO DOS ACHADOS DO TOQUE VAGINAL: 
• Em mulheres não gestantes, a consistência do colo é fibroelástica e em situação 
normal, indolor a mobilização, o útero é intrapélvico, anexos palpáveis em pacientes 
não obesas, fundos de sacos livros e não preenchidos. 
• Em mulheres gestantes, a consistência do colo do útero é amolecida, 
dependendo da idade gestacional, o corpo do útero será delimitado em diferentes 
pontos do abdome: 
- Intrapélvico até 12 semanas; 
- Entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical ao redor de 16 semanas; 
- Na cicatriz umbilical ao redor de 20-22 semanas e acima disto dependerá de cada 
idade gestacional. 
Os fundos de saco são preenchidos (sinal de Nobile – Budin) e os anexos serão 
palpáveis no primeiro trimestre, sendo difícil sua palpação com o progredir da 
gestação. Ainda deverá haver avaliação da bacia obstétrica, verificação ângulo 
subpubico, espinhas isquiáticas e se promontório atingível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXAME OBSTÉTRICO 
FINALIDADE DO EXAME: 
Avaliar modificações gravídicas gerais, medir a altura uterina, realizar o palpar 
obstétrico, e auscultar o foco fetal. Além de definir a situação, apresentação e 
posição, e realizar o toque vaginal se necessário. 
AMBIÊNCIA FISICA: 
Mesa ginecológica, foco de luz, banheiro para a paciente se trocar, local reservado 
para o exame, cesto de lixo e banqueta giratória. 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
Fita métrica, estetoscópio de Pinard ou sonar doppler, par de luvas. 
POSIÇÃO DA PACIENTE: 
A gestante deve ficar na posição DDH (decúbito dorsal horizontal) com elevação do 
tronco de 30º. 
POSIÇÃO DO MÉDICO: 
O médico examinador deve estar a direita da paciente. 
TÉCNICA DA MEDIDA DA ALTURA UTERINA E DA CIRCUFERENCIA ABDOMINAL: 
Após a avaliação das modificações gravídicas locais (crânio-caudal), realizar a 
medida da altura uterina (AU) e da circunferência abdominal (CA). 
 
• Para medir AU, utiliza-se para medir a fita métrica da borda superior da sínfise 
púbica ao fundo uterino, deixando a fita métrica entre os dedos da mão que 
determinará o fundo uterino com a borda cubital da mesma. A altura uterina cresce 
aproximadamente 4 cm por mês solar de gravidez. Em geral ao redor de 4 semanas, 
uma multípara apresenta AU 36 cm aproximado, enquanto uma primigesta ao redor 
de 36 até 38 cm e após a descida uterina 32 cm. 
 
 
• Para medir CA, mede-se com a fita métrica na altura da cicatriz umbilical. 
 
TÉCNICAS DO PALPAL OBSTÉTRICO: 
❖ Técnica francesa: 
1º tempo Exploração da escava mãos espalmadas, paralelas à arcada crural. 
2º tempo Exploração do fundo uterino, mãos espalmadas no fundo uterino. 
3º tempo Exploração do dorso, mãos espalmadas nos lados uterinos. 
Os possíveis achados no primeiro tempo: 
- Escava completamente ocupada pela região fetal – polo cefálico. 
- Escava incompletamente ocupada, trata-se do polo pélvico. 
- Escava vazia, apresentação córmica. 
2º tempo – manobra de rechaço; 
3º tempo – manobra de Budin; 
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❖ Técnica alemã: 
1º tempo Exploração do fundo uterino. 
2º tempo Exploração do dorso. 
3º tempo Exploração da mobilidade cefálica. (manobra de Leopoldo) 
4º tempo Exploração da escava. 
- No terceiro tempo se avalia a insinuação da apresentação, na manobra de Leopold. 
 
 
ESTÉTICA FETAL: 
A estática fetal se divide em quatros pontos: (SAPA) 
1. Situação: relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo uterino. 
2. Apresentação: região do feto que ocupa a área do estreito superior da bacia e 
que nela vai insinuar. 
3. Posição: relação entre o dorso fetal e o ventre materno. 
4. Atitude: relação entre as partes fetais com ele mesmo. 
SITUAÇÃO POSIÇÃO APRESENTAÇÃO ATITUDE 
Longitudinal Direita (da mãe) Cefálica Flexão/fletida 
Córmica/transversa Esquerda (da mãe) Pélvica Deflexão 
Obliqua Anterior (transversa) Córmica 
 Posterior (transversa) 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
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TÉCNICA DA AUSCULTA FETAL: 
A ausculta fetal se baseia na região em que os batimentos cárdio-fetais (BCF) são 
melhores audíveis. Procede-se a palpação obstétrica para identificar a situação, 
posição e apresentação fetal. 
APRESENTAÇÃO CEFÁLICA APRESENTAÇÃO PÉLVICA APRESENTAÇÃO CÓRMICA 
O foco da ausculta se 
encontra no quadrante 
inferior ipsilateral ao dorso 
fetal, e no meio da linha 
imaginaria (Ribemont-
Dessaignes) entre a 
cicatriz umbilical e a 
eminência ileopectinea 
ou, no quadrante inferior 
na linha média 
dependendo se é dorso 
anterior ou posterior. 
O foco da ausculta na 
maioria das vezes estará 
no quadrante superior 
ipsilateral ao dorso no 
meio do prolongamento 
da linha umbílico-
espinhosa ou ainda na 
linha média. 
O foco da ausculta se 
encontra na linha 
mediana próximo à 
cicatriz umbilical. 
 
• A Linha de Ribemount é o traço entre duas linhas: a linha de cicatriz umbilical até a 
crista ilíaca e da cicatriz umbilical ao púbis, formando entre elas a linha de Ribemount. 
 
MATERIAIS PARA A AUSCULTA FETAL: 
Poderão ser utilizados para a ausculta dos BCF, estetoscópio clínico, utilizando a 
campanula, estetoscópio de Pinard e sonar Doppler, atualmente o mais utilizado. 
INTERVALO DE NORMALIDADE DE FREQUÊNCIA CARDIACA FETAL: 120 a 160 mpb. 
OBJETIVO DA AUSCULTA OBSTÉTRICA: 
Reconhecer os ruídos fetais e maternos da gestante e parturiente. Além disso, permite 
verificar a vitalidade do feto, a prenhez única ou múltipla, confirmar o diagnóstico da 
apresentação e posição feito pelo palpar e reconhecer sofrimento fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL 
EXAME FISICO NA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL: 
• Realizar o exame físico geral; 
• Realizar o exame físico das mamas; 
• Realizar o exame físico do abdome; 
• Realizar o exame tocoginecológico; (gineco-obstétrico) 
CALCULAR A IDADE GESTACIONAL E A DATA PROVAVEL DO PARTO NA PRIMEIRA 
CONSULTA PRÉ-NATAL: 
1. Pela data da última menstruação (DUM): 
- Em mulheres com ciclos regulares, se divide por 7 o número de dias transcorridos 
entre o primeiro dia de sangramento do último ciclo e a data da consulta. 
- Quando houver dúvida sobre o dia exato, mas se souber o período do mês (início, 
meio, fim), estima-se a DUM usando os dias 5, 15, e 15, respectivamente e procede-
se da mesma maneira para o cálculo da idade. 
 
2. Em casos de incerteza em relação ao dia e ao período do mês: 
Se estima pela altura uterina: 
- Até 12 semanas intrapélvico; 
- 14 semanas entre a linha suprapúbica e cicatriz umbilical; 
- 20 semanas na cicatriz umbilical; 
- Após estima-se pelo aumento de 1,0 cm por semana. 
 
3. Data provável do parto pela regra de Naegele: 
DUM -> dd/mm/aaaa 
DDP = dd + 10 (ou 7) / mm – 3 
- Onde 10 é para gestante primigesta e 7 para multíparas. 
 
CALCULAR O GANHO DE PESO DA GESTANTE, CONFORME A IDADEGESTACIONAL: 
• Aumentar o,5 ao mês no 1º trimestre. 
• 1,0 Kg ao mês no 2º trimestre. 
• 1,5 Kg ao mês no 3º trimestre. 
 
EXAMES SOLICITADOS NA PRIMEIRA CONSULTA – RISCO HABITUAL: 
• Hemograma; 
• Tipagem sanguínea (ABO+Rh) 
• Glicemia em jejum; 
• VDRL; 
• Anti-HIV; 
• HBsAg; 
• Sorologia para toxoplasmose; 
• Urina tipo I e urocultura; 
• Sorologia para citomegalovírus, no caso do estado de São Paulo. 
 
 
ESQUEMA PARA ULTRASSONOGRAFIA: 
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Total: três exames ultrassonográficos: 
1. Primeiro morfológico: entre 10ª e 14ª semana. 
2. Segundo morfológico: na 20ª semana. 
3. Vitalidade e posição fetal: na 34ª semana. 
 
Total: cinco exames ultrassonográficos: 
1. Obstétrico: em menos de 12 semanas. 
2. Primeiro morfológico: entre 12ª e 14ª semana. 
3. Segundo o morfológico: entre 20ª e 24ª semana. 
4. Vitalidade fetal: na 32ª semana. 
5. Posição e peso fetal: na 36ª semana. 
 
ROTEIRO DAS CONSULTAS SUBSEQUENTES: 
1) Mensais até a 32ª semana. 
2) Quinzenais até a 36ª semana. 
3) Semanais no último mês. 
 
GRÁFICO DE ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL: apresenta idade gestacional na 
abscissa versus IMC na ordenada, se classificando em: 
1- baixo peso; 
2- peso adequado; 
3- sobre peso; 
4- obesa; 
 
 
➢ Se o ponto estiver entre as curvas inferiores (p10) e superiores (p90), deve-se seguir 
o calendário de atendimento de rotina. 
➢ Se o ponto estiver acima da curva superior (p90), se atentar para a possibilidade 
de erro de data e avaliar a possibilidade de polidrâmnio, macrossomia, gemelaridade, 
miomatose, mola hidatiforme e obesidade. 
➢ Se O ponto estiver abaixo da curva inferior (p10), se atentar para a possibilidade 
de erro de data e avaliar a possibilidade de restrição de crescimento, oligoâmnio ou 
óbito fetal. 
 
 
 
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ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO 
1) O que é consentimento informado? 
O Consentimento Informado (CI) é a autorização do paciente obtida pelo profissional 
para a realização de procedimento médico de indiscutível necessidade. 
Trata-se de uma decisão voluntária, verbal ou escrita, protagonizada por uma pessoa 
autônoma e capaz, tomada após processo informativo, par aceitação de um 
tratamento específico consciente dos seus riscos, benefícios e possíveis 
consequências. (Conselho Federal Medicina, 1999). 
 
2) O que é plano de parto? 
É um documento (carta) elaborado idealmente pela gestante e o obstetra (pré-
natalista), no qual constam uma lista que descreve o que a gestante gostaria que 
ocorresse em seu parto e o que não gostaria que ocorresse. 
 
3) O que é doula? 
É uma acompanhante (profissional) não médica e em geral não é da área da saúde, 
da gestante para dar conforto, orientações, fazer companhia, durante trabalho de 
parto e pós-parto e com o RN. 
 
4) Quando se inicia a assistência ao parto? 
A assistência ao parto se inicia ainda no pré-natal, no terceiro trimestre, com 
orientações à gestante a respeito do ritmo e intensidade das contrações, ruptura das 
membranas, possíveis sangramentos, perda tampão vaginal (rolha de Schroeder) e 
orientações quanto à movimentação fetal (sinais de alerta). Especialmente, nos 15 
dias que antecedem ao parto (período denominado de pré-parto), quando ocorrem 
modificações do colo uterino e fixação da cabeça fetal. 
 
5) Em qual local poderá ocorrer o parto? 
O parto normal deverá ocorrer preferencialmente em ambiente hospitalar, mas 
poderá ocorrer em domicílio, casas de parto etc. Segundo as diretrizes nacionais de 
assistência ao parto normal (ministério da saúde, 2017), o local recomendado para 
ocorrência do parto normal em nuligestas e multíparas é em ambiente hospitalar, esta 
é a recomendação do Ministério da Saúde e Federação Brasileira de Ginecologia e 
Obstetrícia (FEBRASGO). O Brasil não tem políticas ́públicas para parto domiciliar. 
 
6) Quais os critérios diagnósticos para trabalho de parto? 
Contrações dolorosas coordenadas que seguem o padrão do tríplice gradiente 
descendente (inicia fundo uterino, sentido descendente, relaxamento simultâneo todo 
útero), projeta a apresentação fetal de encontro ao segmento inferior e ao orifício 
Interno do útero sentido pelo toque vaginal, eliminação de muco pelo orifício interno 
do colo (tampão mucoso) e encurtamento e esvaecimento do colo uterino (sentido 
pelo toque vaginal). 
Trabalho de parto fase latente ou período preparatório, com dilatação menor que 3 
cm de dilatação, quando a dilatação atinge 3cm de dilatação com presença de 
contrações regulares, dá-se início a fase ativa do trabalho de parto. Esta é a fase na 
qual deve ser aberto o partograma. 
 
 
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7) Descreva as etapas desde o diagnóstico de trabalho de parto até a chegada no 
leito de pré-parto. 
Remoção de trajes, higiene corporal, uso de roupa hospitalar, dieta leve. Não se usa 
atualmente, tricotomia de rotina, enteroclisma e venóclise obrigatória. 
 
8) Qual posição (postura) a parturiente deverá assumir quando em trabalho de parto? 
Depende das instalações hospitalares, se possível é aconselhável deambulação, há 
hospitais que tem recursos para que a gestante fique em banho de imersão (banheira) 
por algum período, sentada na bola, cócoras etc, mas o habitual é sentada ou 
deitada em leito hospitalar – pré-parto. 
 
9) O que é dinâmica uterina, como são as contrações de parto e como se dá a 
cervicodilatação em primigestas e multigestas? 
São as contrações de parto que seguem o tríplice gradiente descendente, ritmadas e 
que devem ser de 3 a 5 em 10 minutos (devem durar aproximadamente 40 segundos 
cada uma). Primigesta dilata 1 cm por hora. Multípara 1,5cm /hora. 
 
10) Como é feita a avaliação (exame) da parturiente no decorrer do trabalho de parto 
e o controle da vitalidade fetal? 
Em poucas palavras, a cada hora é realizado toque vaginal, o intervalo pode ser 
maior e a dinâmica uterina. A cada 30 minutos será feita a avaliação do BCF 
(batimento cardiofetal), a vitalidade fetal inclui auscultar BCF antes durante e após a 
contração. 
 
11) Quais são as medidas para controle da dor durante o trabalho de parto? 
Medidas não farmacológicas; deambulação, banho, técnicas de relaxamento, ioga e 
apoio psicológico. 
 
12) O que é partograma? Quais parâmetros são avaliados no partograma? 
É um registro gráfico do trabalho de parto, recomendado pela OMS. Demonstra a 
dilatação cervical e a descida da apresentação, além de outras informações como 
variedade de posição fetal, BCF, contrações, uso medicação, situação bolsa das 
águas. Permite melhor reconhecimento da evolução normal ou anormal do trabalho 
de parto. 
 
13) O que é linha de alerta e linha de ação do partograma? 
São linhas oblíquas traçadas no partograma, a primeira 1 hora após a primeira 
anotação e a segunda quatro horas à direita da linha de alerta. Facilitam o 
diagnóstico precoce do parto disfuncional. 
Quando a curva da dilatação ultrapassa a linha alerta trata-se de trabalho de parto 
disfuncional. Distingue as pacientes com trabalho de parto eficiente e ineficiente. 
Quando o trabalho de parto evolui à esquerda da linha de alerta, o percentual de 
parto normal é alto, do contrário há aumento taxa de cesárea. Isto é maior quando o 
registro do trabalho de parto ultrapassa a linha de ação. 
 
 
 
 
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14) Por que o trabalho de parto deve ser monitorado? E quais as possíveiscomplicações do trabalho de parto (parturiente e concepto)? 
Porque é fenômeno fisiológico que induz à hipóxia fetal, sendo necessário diagnóstico 
precoce de possíveis sofrimentos fetais agudos e intervenção para bom resultado 
perinatal. Também a gestante deve ser monitorada quanto ao risco de rutura uterina, 
descolamento prematura de placenta, sangramentos, crise hipertensiva, convulsão 
(eclampsia), etc. 
Parturiente: risco de rutura uterina, descolamento prematura de placenta, 
sangramentos, crise hipertensiva, convulsão (eclampsia), etc. 
Concepto: hipóxia fetal, sofrimentos fetais agudos. 
 
15) O que é rotura das membranas (aminorexis) e quando pode ocorrer? 
É o rompimento da bolsa das águas (âmnio), pode ocorrer de maneira espontânea ou 
artificial (ruptura realizado pelo médico ambiente hospitalar). Chamada de prematura 
quando fora do trabalho de parto (espontânea) ou precoce, durante trabalho de 
parto. 
 
16) Como se dá a avaliação da descida e rotação interna do feto? 
Pelo toque vaginal, considerando os parâmetros maternos da bacia, espinhas ciáticas 
(estreito médio), plano 0 de DeLee, avalia-se em que posição se encontra o diâmetro 
biparietal fetal e a rotação, pela posição das fontanelas fetais, especialmente o 
lâmbida nas cefálicas fletidas. 
 
17) Quando a parturiente será levada à sala de parto? 
Se houver possibilidade de analgesia de parto, será levada quando a dilatação 
cervical for de aproximadamente 7cm, ou antes se houver indicação, como por 
exemplo, comportamento ansioso materno, descontrole emocional ou quando 
apresentar dilatação total e feto em apresentação baixa, cabeça fetal no plano +2 
de De Lee. 
 
18) O que é dequitação placentária e assistência ao quarto período do parto? 
Saída fisiológica (expulsão) da placenta após seu descolamento. Ocorre após o 
nascimento do recém-nascido. 
O quarto período, chamado de período de Greenberg é o que ocorre imediatamente 
após a dequitação placentária, é o período no qual o útero se contrai e forma o 
globo de segurança de Pinnard, deverá ser assistido, pois é momento de maior risco 
de atonia uterina e sangramentos pós-parto, se a contração não for eficiente. 
Compreende período até 1 hora e meia pós-parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARTOGRAMA 
CONCEITO: gráfico no qual são anotadas a progressão do trabalho de parto e as 
condições da mãe e do feto. 
FUNCIONAMENTO: sistema precoce de aviso de anormalidades na evolução da 
dilatação cervical e da descida da apresentação fetal na pelve. 
INDICAÇÕES: acompanhar a evolução do trabalho de pato, documentário trabalho 
de parto, diagnosticar alterações no trabalho de parto, indicar a tomada de condutas 
apropriadas e evitar intervenções desnecessárias. 
O partograma compreende 4 partes que devem ser preenchidas de hora em hora ou 
quando a gestante for reavaliada: 
1. Identificação do paciente: a primeira parte é a identificação da paciente, cada 
serviço pode ter um cabeçalho especificado mas normalmente temos o nome 
completo, documento, idade da gestante e idade gestacional. 
 
2. Dilatação e altura do feto: a segunda parte se refere ao acompanhamento da 
dilatação e a altura do feto, 2 informações que devem ser anotadas a cada 
toque vaginal que for realizado. O preenchimento é feito a partir da esquerda 
para A direita e além das outras 2 informações é necessário anotar a hora real e a 
hora de registro. 
 
3. Batimentos fetais: a terceira parte é o registro de batimentos fetais e deve ser 
marcado apenas com um ponto na frequência que o feto apresenta no momento 
do exame. 
4. Registro das contrações: para as contrações efetivas deve-se preencher todo o 
quadro; se elas não forem efetivas mas durarem entre 20 e 39 segundos pintasse 
apenas metade do quadrado traçando uma linha diagonal; o número de 
quadrados que pintar representa a quantidade de contra ações em 10 minutos. 
 
Há também duas linhas: a linha de ALERTA e a linha de AÇÃO. Elas podem estar 
presentes ou não no partograma, se não tiverem será de responsabilidade de quem 
abre o partograma desenhá-las. Ambas estão em um ângulo de 45° e devem estar 
separadas em 4 quadrados. A linha de alerta deve começar na segunda hora do 
partograma. 
- LINHA DE ALERTA: o trabalho de parto deve acompanhar a linha por isso se a 
representação do parto ultrapassar essa linha devemos prestar atenção. 
- LINHA DE AÇÃO: mostra a necessidade de intervenção, não necessariamente a 
cesárea. 
No partograma, o triângulo é referente a dilatação e está correlacionado com a 
escala à esquerda. O círculo representa a altura do feto, respeitando os planos De Lee 
ou de Hodge. 
➢ se a frequência cardíaca fetal estiver acima de 160 batimentos por minuto, 
persistente, indica taquicardia fetal. 
➢ se a frequência cardíaca fetal estiver abaixo de 110 batimentos por minuto indica 
bradicardia fetal. 
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A última parte é onde será anotado se há ou não o uso de ocitocina, aspecto do 
líquido amniótico e o aspecto da bolsa. 
• Bolsa: a bolsa pode estar integra (I) ou rota (R). 
• Líquido amniótico: o líquido pode ser claro (LC) ou meconial (LM), lembrando que 
apenas com o rompimento da bolsa é possível avaliar o líquido amniótico. 
• Ocitocina: é importante marcar a dose que está sendo utilizada. 
 
❖ O partograma faz parte do prontuário médico portanto ao preencher uma coluna 
correspondente a 1 hora o examinador deve assinar indicando que ele realizou o 
exame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MECANISMO DE PARTO EM APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA 
Define-se mecanismo de parto como movimentos passivos sofridos pelo feto com o 
intuito de adequar seus maiores diâmetros aos maiores diâmetros do canal do parto. 
Estes movimentos são contínuos e entrelaçados entre si, sofrendo aqui divisão apenas 
com fins didáticos. Numa divisão mais geral, consta de três tempos: insinuação, 
descida e desprendimento. Preferimos, porém, uma divisão mais minuciosa, dividindo-
o em 6 tempos, quais sejam: encaixamento ou insinuação, descida, rotação interna da 
cabeça, desprendimento da cabeça, rotação externa da cabeça com rotação 
interna simultânea das espáduas e desprendimento das espáduas. 
1) ENCAIXAMENTO OU INSINUAÇÃO: é a passagem da maior circunferência da 
apresentação pelo estreito superior da bacia. Para que o encaixamento se dê de 
forma adequada, deve ocorrer a flexão ou deflexão nas apresentações cefálicas, 
e nas apresentações pélvicas, o acomodamento dos membros inferiores sobre o 
tronco ou seu desdobramento para baixo. A flexão e o acomodamento dos 
membros inferiores têm por objetivo a redução dos diâmetros. No início desta fase, 
a cabeça fetal encontra-se com flexão moderada, com a sutura sagital orientada 
no sentido do diâmetro oblíquo ou transverso e com a fontanela lambdóide 
voltada para a esquerda. 
 
2) DESCIDA: inicia-se a descida, quando a apresentação, impulsionada pela 
contratilidade uterina, desce até a proximidade do assoalho pélvico, onde a 
resistência deste, aumenta a flexão. A descida é um moto contínuo do início do 
trabalho de parto até a expulsão total do feto. 
 
 
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Mecanismo do parto em posição occipitoesquerda anterior (OEA). A e B. Insinuação, pelo diâmetro oblíquo 
esquerdo da bacia, flexão e descida. C e D. Rotação para posição occipitopúbica;completa-se a descida 
e ocorre o desprendimento cefálico. 
 
3) ROTAÇÃO INTERNA: acontece quando a apresentação dilata o diafragma pélvico 
que a força a realizar movimento turbinal, orientando a sutura sagital no sentido 
ântero-posterior (maior diâmetro da pelve). Simultaneamente, à rotação interna 
da cabeça e sua descida, as espáduas do feto se apresentam ao estreito superior. 
O maior diâmetro da cintura escapular fetal é o diâmetro biacromial, que mede 12 
cm. Assim o encaixamento das espáduas se faz no sentido transverso ou oblíquo 
do estreito superior. À medida que ocorre a rotação interna e descida, a região 
suboccipital fetal loca-se sob o pube materno com a sutura sagital orientada, 
ântero-posteriormente. 
 
4) DESPRENDIMENTO DA CABEÇA: se dá porque as contrações uterinas, exercendo 
pressão para baixo, forçam a descida, e a nuca fetal faz apoio na arcada púbica, 
enquanto a sua face distende o assoalho pélvico, que oferece menor resistência, 
e sofre deflexão, deslocando o coccige materno para trás (hipomóclio). Neste 
momento, ocorre o deslizamento do occipício sob a arcada púbica e o bregma, a 
fronte, o nariz e o mento surgem sobre o períneo. 
 
5) ROTAÇÃO EXTERNA DA CABEÇA: também chamada de restituição por restituir o 
occipital à sua posição de encaixamento, ocorre na realidade, devido à rotação 
interna das espáduas que alcançando o assoalho pélvico, orientam o diâmetro 
biacromial no sentido ântero-posterior, por ser este o maior diâmetro deste estreito. 
 
6) DESPRENDIMENTO DAS ESPÁDUAS: após a rotação interna, ocorre o 
desprendimento das espáduas. O ombro anterior coloca-se sob a arcada púbica 
onde faz apoio, e o ombro posterior distende o assoalho pélvico, deslocando o 
coccige materno, e se desprende após sofrer movimento de flexão lateral. 
Imediatamente, após o desprendimento do ombro posterior, o ombro anterior 
desliza sob a arcada púbica e, também, se desprende. O restante do corpo do 
feto não oferece resistência ao nascimento por ter diâmetros menores. 
 
POSIÇÕES ADEQUADAS DA PACIENTE: 
Se, no 1o período, a paciente pode assumir a posição que melhor lhe convier, 
deambular, sentar-se ou recostar-se, isso não ocorre no 2o período. 
Por ocasião da expulsão, a paciente deverá ser colocada na posição de dar à luz; 
decúbito dorsal com flexão máxima das coxas sobre o abdome e abdução dos 
joelhos. Trata-se da postura de Laborie-Duncan, que objetiva ampliar o estreito inferior 
e, escancarando o períneo e a vulva, vai favorecer a libertação do concepto e as 
intervenções obstétricas vaginais. 
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Posições que modificam a amplitude da bacia. I, flexão moderada da perna sobre a coxa, e desta sobre o 
tronco (posição de Bonnaire-Bué). II, exagero da flexão, que aumenta o diâmetro anteroposterior do estreito 
inferior (posição de Laborie-Duncan). III, posição de Crouzat-Walcher, que amplia o estreito superior. 
 
Nas bordas laterais, as mesas de parto contêm braçadeiras, para apoio das mãos, e 
perneiras metálicas, providas de estribos, destinadas à sustentação dos membros 
inferiores. 
Com a parturiente em posição, é feita a antissepsia da região perineal (polivinil ou 
similar); a seguir, colocam-se os campos esterilizados de maneira a isolar, cobrindo 
todas as partes maternas, exceto a vulva. O parteiro se prepara com gorro, máscara 
(cerrando nariz e boca), avental e luvas esterilizadas. 
 
DESCREVER O ASSINCLITISMO: 
Nas apresentações cefálicas, a insinuação pode se dar de diferentes maneiras. A 
cabeça fetal pode se insinuar com a sutura sagital no diâmetro transverso da pelve. 
Quando a sutura sagital está equidistante do pube e do promontório, ou seja, paralela 
aos planos da pelve, diz-se que há sinclitismo. Quando este fato não acontece, há 
assinclitismo. 
O assinclitismo é anterior quando o parietal anterior desce adiante do posterior, 
fazendo com que a sutura sagital fique mais próxima do promontório. 
O assinclitismo é posterior quando o parietal posterior desce, adiante do anterior com 
a consequente aproximação da sutura sagital do pube.

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